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sexta-feira, 5 de abril de 2024

Os salários da discórdia

 


Manter empregos ou aumentar salários? Os trabalhadores e os “patrões” procuram responder a essa questão através de um equilíbrio que nega a acontecer.

Mais uma vez, representantes dos trabalhadores e “patrões” já debatem qual deve ser a nova tabela de salários mínimos a aplicar no país. De princípio, a resposta será conhecida nas próximas semanas quando forem anunciados os novos salários mínimos por sectores.

É um debate que tem como mediador o Governo moçambicano. Para já, uma posição existe, da OTM-Central Sindical que disse ao O País Económico que não vai aceitar aumentos irrisórios este ano, tudo por causa do custo de vida que continua alto.

O debate dos novos salários mínimos em curso, cujo desfecho é quase sempre marcado pelo descontentamento dos trabalhadores, deverá culminar com a aprovação de uma nova tabela para o sector privado que poderá vigorar a partir de Maio próximo.

Este ano, o cenário das negociações não foge ao do ano passado. Há uma posição rígida por parte do sector privado que pede que seja relevado o facto de as empresas estarem ainda em recuperação de crises provenientes de aspectos conjunturais dos últimos anos.

Falando ontem ao O País Económico sobre o curso das negociações, o secretário-geral da OTM-Central Sindical, Alexandre Munguambe, disse que o argumento dos “patrões” não é novo e que a situação conjuntural em alusão não pode impedir aumentos necessários nos salários mínimos até porque o custo de vida não para de subir.

“Sempre dizem isso. Todos os anos ameaçam cortar os postos de trabalho, mas o custo de vida está muito alto. Deve-se ter em conta a inflação que se verificou no ano passado. Há que ver que com ou sem aumento, há cortes de postos de trabalho”, referiu Munguambe.

Os aumentos aprovados no ano passado variaram de 200 a 1500 meticais, sendo ainda um dos mais baixos o do sector da Agricultura que passou para 5800 meticais, o que a se repetir este ano, segundo Munguambe, muito abaixo da cesta básica e a OTM vai rejeitar.

“Quem está a negociar os salários são os sindicatos nacionais dos diversos ramos de actividade. Estes sindicatos estão a se posicionar, mas mesmo os empregadores sabem que esses valores não nos ajudam em nada. Eles vivem aqui e conhecem o custo de vida. Se avançarem com esses níveis só pode ser por má fé.”, disse Alexandre Munguambe.

O secretário-geral da OTM alerta que a aprovação de quantitativos abaixo dos tetos desejados e a quem da cesta básica não prejudica só os trabalhadores, mas também a produtividade das empresas que poderá não atingir o seu máxiomo, pela insatisfação.

O facto é que a posição do sector privado é pelo pragmatismo na hora de interpretação dos dados macroeconómicos apresentados pelo Governo e a actual situação das empresas. E apesar de reconhecer que o Governo aponta para uma melhoria da taxa de crescimento económico e uma relativa estabilidade de preços em 2023, o Presidente da CTA, que falava na abertura das negociações, há dias, disse que há necessidade de haver cautela.

O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Agostinho Vuma, apontava para um fraco desempenho dos sectores tradicionais, como a indústria transformadora e o sector de construção, a apresentarem taxas de crescimento negativas.

“A melhoria global verificada no período em análise é sustentada pelo sector extractivo, com uma contribuição nas contas nacionais de aproximadamente, 36″”, esclareceu Vuma.

Chamado para analisar as posições das partes, no Programa O País Económico da STV Notícias, o economista Elcidio Bachita considerou razoável a posição do sector privado, por considerar que o contexto continua desafiador para as empresas.

Bachita explica que para fazer o reajuste do salário é preciso fazer o acompanhamento da economia e uma previsão do que poderá acontecer nos próximos tempos. “Sabemos que a economia foi dilaserada pelos conflitos geopolíticos, calamidades naturais que destruiram infra-estruturas socioeconómicas e o terrorismo. Estes factores combinados acabam por afectar sobremaneira o desempenho da economia”, explicou.

Mas, nestes tempos, a economia tem vindo a registar um crescimento típico de recuperação. Será este o sinal necessário para um ajuste favorável aos trabalhadores? Elcidio Bachita diz que é preciso olhar para os setores que têm peso nessa recuperação, porque pode estar a ser influenciada pela indústria extractiva, com exploração em alta do gás natural, pelo que julga que a recuperação de outros sectores é gradual.

Aliás, Bachita cita a demora no reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e as altas taxas de juro no serviço de crédito na banca comercial como factores que ainda minam a reanimação das empresas. “As duas reduções da taxa MIMO não têm um efeito imediato na economia, ou no custo de crédito, até porque não são superiores a 75pp”.

Além das reduções da Taxa de Juro de Política Monetária para 15.75%, está em curso a implementação do pacote de medidas de aceleração económica, duas medidas tidas como cruciais para a revitalização da economia que para o economista não são suficientes 

“O que determina o desenvolvimento da economia ou da capacidade do sector privado é a acessibilidade ao crédito e isto ainda é um Calcanhar de Aquiles… só se aumenta salário com o aumento da produtividade das empresas”, disse Elcídio Bachita a finalizar.

A necessidade de um equilíbrio entre aumento e a manutenção de postos de trabalho foi também defendida pela ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, há semanas, na abertura da Sessão Plenária da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT).

“Pretendemos com este processo encontrar um justo equilíbrio entre a necessidade de ajustamento salarial, a manutenção e criação de novos postos de trabalho”, disse Talapa para a seguir apelar ao “não extremar de posições e nem radicalização” nas negociações.

Talapa apelou ainda aos empregadores a promoverem o trabalho digno, o diálogo permanente com os trabalhadores e a negociação. Apelou também ao uso do mecanismo extrajudicial de resolução de conflitos laborais, para um bom ambiente de trabalho.

Nyusi diz que escolha do candidato da FRELIMO "é prioridade"

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o debate do "processo de escolha" do candidato do partido no poder "é prioridade" na reunião do Comité Central da organização, apelando a discussões "sem receios".

"Ao discutirmos a diretiva sobre a eleição de candidatos a deputados da Assembleia da República e a membros das assembleias provinciais, será uma importante oportunidade para avaliarmos o funcionamento dos gabinetes eleitorais a diferentes níveis, incluindo o processo de escolha do candidato da FRELIMO para as eleições de 9 de outubro próximo, como prioridade", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano e líder da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) falava no discurso de abertura da terceira sessão do Comité Central do partido no poder, o órgão máximo deliberativo no intervalo entre congressos. 

Filipe Nyusi avançou que o encontro tem como pontos de agenda os relatórios da Comissão Política, do comité de verificação, Gabinete Central de Preparação das Eleições Autárquicas (realizadas em outubro de 2023), proposta do plano de atividade e orçamento do partido para o ano 2024, proposta do regulamento do estatuto e proposta da diretiva sobre a eleição de candidatos a deputados da Assembleia da República e membros das Assembleias Provinciais.

A reunião vai igualmente debruçar-se sobre o balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de 2023, Informação sobre Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de 2024, entre outros.

A agenda dos trabalhos da terceira sessão do Comité Central foi votada por consenso pelos membros do órgão.

O que está a "tramar" a FRELIMO?

Debate "sem receios"

O líder da FRELIMO apelou a um debate sem receios, nem reservas e dentro de princípios democráticos."Iremos cimentar ainda mais o nosso alinhamento estratégico para a vitória da FRELIMO e do nosso candidato presidencial em outubro próximo", disse Filipe Nyusi.

As deliberações consensuais que forem tomadas no encontro de hoje e sábado, prosseguiu, devem orientar a vida do partido até à realização do próximo congresso da organização, ainda sem datas. "Os debates serão profundos e céleres", acrescentou.

O antigo Presidente moçambicano e da FRELIMO Joaquim Chissano disse hoje que o partido no poder tem de dar "impulsos necessários" ao debate sobre a escolha de um novo candidato à Presidência da República. A FRELIMO tem de dar os "impulsos necessários para este debate" sobre o futuro candidato às eleições presidenciais de 09 de outubro, afirmou Chissano, em declarações ao canal público Televisão de Moçambique.

O antigo chefe de Estado moçambicano (1986-2005) falava à margem da reunião do Comité Central da Frelimo, que se inicia hoje na cidade da Matola. Trata-se de um "debate nacional, o que vai sair daqui [da reunião do Comité Central], vai provocar muita reflexão" no país.

Armando Guebuza, antigo chefe de Estado, disse que o tema da escolha do futuro candidato da Frelimo à Presidência da República é incontornável. "Naturalmente, eu penso que sim", que vai ser debatido, disse Guebuza, não se alongando sobre o assunto.

Moçambique vai realizar em 9 de outubro próximo as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais. O atual Presidente da República está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para a chefia de Estado porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.

⛲ Dw

Nyusi é o único que está a evitar falar da sucessão

  


A Administração da Frelimo reiterou, por diversas ocasiões, que não estava na agenda do Comité Central (CC) o tema da sucessão. No entanto, contra todas as espectativas, todas as intervenções, seja das reuniões dos órgãos sociais e até na abertura do próprio Comité Central, na manhã desta quinta-feira, não contornaram o tema da sucessão.

Filipe Nyusi, Presidente da Frelimo, é até aqui o único a evitar e a se irritar quando o assunto sobre a sucessão é abordado, como bem se viu na reunião de ACLIN, esta sexta-feira, no decurso da intervenção de Óscar Monteiro, quando elevou os ânimos e interrompeu a intervenção daquele veterano.

“Óscar, Óscar… esta já está, te mais alguma coisa?”, perguntou Nyusi, depois de interromper a colocação, aparentemente irritado ao ser apresentado o “elefante na sala”. Seguiu-se um momento de tensão, com a sala gelada, ao que Oscar Monteiro retorquiu: – “não, camarada Presidente”, limitando assim o direito de opinião daquele veterano.

Apesar do silêncio formal, ou seja, ausência deste ponto na agenda, o contexto parece impelir a Frelimo a discuti-lo, peso embora não seja da vontade da Administração da Frelimo que tenta limitar-se no perfil do candidato.

Além de Óscar Monteiro, segundo apurou o Evidências mais veteranos destacaram a necessidade deste assunto deixar de ser “um elefante” durante a reunião da ACLIN.

Na manhã de hoje, mais veteranos abordaram o assunto, como é o caso de Armando Guebuza, que falou de esclarecimento deste ponto em dois dias; Alberto Chissano, que confessou ter recebido Samito; Teodoro Waty, que deixou claro que Nyusi não tem qualquer chance de continuar. Juntam-se a estes os representantes dos órgãos Sociais da Frelimo, como Fernando Faustino, Silva Livone e Mariazinha Niquice

⛲ Evidências 

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Ministério da Justiça confirma esquema fraudulento de atribuição de BI a turcos

 


A Comissão Interministerial confirmou que houve atribuição fraudulenta da nacionalidade moçambicana a três cidadãos turcos, num esquema alegadamente encabeçado por alguns funcionários da Direcção Nacional de Identificação Civil, através de atribuição de Bilhetes de Identidade. A incursão foi despoletada pelo Centro de Integridade Pública (CIP) em finais do ano passado.

Para o seu esclarecimento da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos liderou uma comissão multiministerial composta pelo Ministério do Interior e dos Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação que concluiu que, sim, houve um esquema de atribuição ilegal de nacionalidade a três cidadãos turcos tal como deu a conhecer o secretário Permanente do Ministério da Justiça, Justino Ernesto Tonela, em conferência de Imprensa, na manhã desta quinta-feira, em Maputo.

“Constatamos a existência de transcrição de nascimentos falsos emitidos no ano de 2013. Também, a confirmação da utencidade dos acentos de nacionalidade falsa, emitidos no ano de 2020. Os documentos no caso referidos têm indicação de processos em curso na Conservatória dos Serviços Centrais, na Cidade de Maputo”, declarou Justino Tonela.

Constatadas as irregularidades, a comissão mista que já tinha falhado o prazo de apresentação dos resultados do inquérito no dia 5 de Fevereiro do presente ano, deixou uma série de recomendações a começar pela aplicação de um processo disciplinar.

“A instauração de processos disciplinares para alguns agentes e funcionários de Estado por negligência na sua atuação e a recomenda-se a remessa do relatório final ao Gabinete Central de Combate à Corrupção”, avançou Tonela.

Confirmada a fraude, o Centro de Intergridade Pública (CIP) na qualidade de denunciante espera por uma responsabilização exemplar de modo a desencorajar cenários semelhantes.

“Não podemos firmar estarmos satisfeitos por se ter concluido que cidadãos estrangeiros compram nacionalidade em Moçambique. Isso não deve agradar à ninguém, porque significa uma maior vulnerabilidade para o nosso País. Agora, temos expectativa de que haja responsabilização criminal exemplar. Esperamos que o Ministério Público e outras entidades que têm essa resposbilidade de investigar e agir criminalmente contra aqueles que violam a lei em Moçambique dêm continuidade de modo que tenhamos punição exemplar”, Borges Nhamirre, representante do Centro de Integridade Pública.

A terminar, à comissão de inquérito diz ter detectado algumas fragilidades na legislação pelo facto de Moçambique não dispor de uma lei específica de nacionalidade, tendo recomendado que o país tenha um regime jurídico claro sobre todo processo a ser seguido para atribuição de nacionalidade moçambicana.

Membros da Frelimo ceifados num acidente,que estavam à caminho do Comitê Central em Niassa

 

FRELIMO

A Delegação da Frelimo da Frelimo na província do Niassa sofreu um aparatoso acidente de viação no distrito de Mandimba quando estava em transito para a província de Nampula para apanhar um voo para a capital moçambicana, Maputo, onde pretendia fazer parte do Comitê Central do partido.

Na sequência do sinistro rodoviário, de acordo com a Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, ao nível da província do Niassa, os membros que estavam nas duas viaturas perderam a vida.

Sem adiantar o número de óbitos e, sobretudo, os nomes das pessoas que estavam nas viaturas, a Frelimo a nível central confirmou o sucedido e endereçou os sentimentos de pesar as famílias enlutadas.

⛲ Evidências 

Nyusi questiona realização constante do recenseamento eleitoral

 


Na qualidade de presidente da Frelimo, Filipe Nyusi questionou, nesta quinta-feira, 04 de Abril, a necessidade do país realizar constantemente o processo do recenseamento eleitoral. Apoiando-se no facto do país ter realizado o recenseamento para as VI Eleições Autárquicas, Nyusi adverte que o ciclo eleitoral despende muito dinheiro que podia equipar as Forças de Defesa e Segurança que combatem o terrorismo na província de Cabo Delgado.

Foi à margem da abertura da segunda sessão do comité nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN) que o líder da maior força política do país questionou a necessidade de realização constante do recenseamento eleitoral.

Numa altura que as Forças de Defesa e Segurança debatem-se com falta de equipamentos letais e não letais para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, Filipe Nyusi adverte que o dinheiro canalizado nas contas dos órgãos de administração eleitoral para o ciclo eleitoral em curso podia equipar os militares nacionais no Teatro Operacional Norte.

Na hora de fazer o balanço das VI Eleições autárquicas, o presidente da Frelimo propôs uma reflexão nacional, tendo ainda destacado a melhoria das condições de vida dos combatentes e do papel dos mesmos na luta contra o terrorismo.

Ainda na sua intervenção, Nyusi instou os combatentes para serem mais activos na preparação das eleições gerais que terão lugar em Outubro do corrente ano, apelando, por outro lado, aos membros da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN) para saírem do encontro mais coesos e alinhados com as acções que podem levar o partido a vitória no próximo pleito eleitoral.

⛲ Evidências 

Monteiro exige debate sobre sucessão de Nyusi e diz que atraso pode custar caro ao partido

 


A sucessão de Filipe Nyusi ainda é um tabu no seio da Frelimo. Quando percebeu que a sucessão do “Emprego do Povo” não constava da agenda do dia, o membro proeminente do partido no poder, Óscar Monteiro, exigiu, durante a segunda sessão Comité Nacional da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional, que se faça o debate sobre a sucessão de Nyusi.

Óscar Monteiro não se acobardou e levantou a voz para tecer duras críticas perante o que está acontecer no processo da sucessão de Filipe Nyusi. Monteiro advertiu que o Comitê Central não pode ignorar questões importantes como o processo que inquieta o grosso dos membros do partido.

“Esta agenda toca questões internas e organizativas da nossa associação e esses pontos têm de ser debatidos de tempos em tempos, mas não podem ignorar as questões mais importantes que o país tem que enfrentar”, declarou Oscar Monteiro para posteriormente referir que ao tratar o assunto da sucessão com passos de camaleão a Frelimo pode ser castigado nas urnas.

“Há um elefante nesta sala que são Estamos demasiadamente atrasados e arriscamos a vitória se continuarmos nesse caminho”.

No seio do partido no poder havia muita expectativa em torno da reunião magna, mas a mesma pariu decepção. Sem papas na língua, Monteiro não tem dúvidas de que “o (nosso) Comitê Central não se tem mostrado à altura…”.

Refira-se durante a intervenção de Oscar Monteiro os órgãos de comunicação social foram impedidos de continuar com as gravações de vídeo assim como do áudio

⛲ Evidências 

Nyusi diz que recenseamento por duas vezes é encargo ao Estado

 


O Presidente da Frelimo diz que o ciclo eleitoral despende muito dinheiro, que poderia servir para equipar os militares que combatem o terrorismo em Cabo Delgado. Filipe Nyusi questiona a necessidade de realização constante do recenseamento eleitoral.

Filipe Nyusi orientou, esta quinta-feira, na Escola Central do Partido Frelimo, na província de Maputo, a segunda sessão do comité nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN).

Na sua intervenção, o Presidente da Frelimo falou da melhoria das condições de vida dos combatentes, do papel dos combatentes na luta contra o terrorismo, mas também fez o balanço das eleições no país e propôs uma reflexão nacional.

Nyusi chamou também os combatentes a serem activos na preparação das eleições que se avizinham. 

O Presidente da Frelimo apelou ainda para que os membros saiam do encontro mais coesos e alinhados sobre as acções que o partido deve tomar para vencer as eleições.

Nyusi alerta a ACLLIN sobre a necessidade de garantir que os membros não se guiem por interesses pessoais, mas devem garantir o respeito pelos valores da Frelimo.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Falta de dinheiro prejudica supervisão do processo eleitoral

 


O vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições revela que há falta de dinheiro para fazer a supervisão do recenseamento eleitoral em curso no país. Fernando Mazanga denuncia, também, o não pagamento dos 50% do valor que se deve dar aos brigadistas.

O recenseamento eleitoral em curso no país termina a 28 deste mês, e o vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições diz que a falta de dinheiro está a pôr em causa a supervisão do processo.

“A tarefa número um dos órgãos eleitorais, da Comissão Nacional de Eleições, é fazer a supervisão do recenseamento e dos actos eleitorais. Esta é a actividade principal da Comissão Nacional de Eleições. Se a Comissão Nacional de Eleições não faz a supervisão do recenseamento neste momento, então não está a fazer o seu papel. O seu papel está a ficar ofuscado, porque não há disponibilização de dinheiro. Até chegamos a pensar que pode ser propositado para que o recenseamento seja de má qualidade. Eventualmente, está-se a falar de recenseamento paralelo e de recenseamento nas casas dos secretários dos bairros. Tudo isto está a ser causado pelo Ministério da Economia e Finanças. Temos uma colega da Comissão de Finanças na CNE, que quase dorme lá, atrás do dinheiro que a CNE tem por direito.”

Os brigadistas contratados pelo STAE para realizar o recenseamento eleitoral devem receber 50% do valor total logo no início do processo, entretanto ainda não foram pagos.

Mazanga diz que houve uma situação de duas províncias que receberam por engano dinheiro que, na verdade, não era para brigadistas, mas sim para outras despesas, e deplora o ambiente que se vive no seio dos órgãos de gestão eleitoral.

“Estes brigadistas têm um contrato com o STAE, e o contrato reza que, logo após a assinatura, devem receber 50% do total do valor a receber, para permitir que estejam na brigada sem sobressaltos. Ora, o que está a acontecer até este momento, em todo o país, com todos os brigadistas e polícias, é que ainda não receberam esses 50%.”

Fernando Mazanga diz que a falta de canalização do dinheiro poderá prejudicar o processo de supervisão do recenseamento e todo o processo eleitoral.

Cabo Delgado: Saída da força da SADC levanta preocupações sobre luta contra terrorismo


Uma caravana militar das Forças de Defesa da África do Sul patrulha Pemba. 5 de Agosto 2021

Presidente Filipe Nyusi diz que seu Governo trabalha com vários parceiros para enfrentar a saída da SAMIM

Analistas políticos moçambicanos manifestam-se apreensivos com a prevista retirada, a 16 de julho, da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM), que está a ajudar a combater o terrorismo em Cabo Delgado, porque as Forças Armadas de Moçambique (FADM) não têm capacidade para enfrentar o fenómeno sozinhas.

Entretanto, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, diz que o país já está a trabalhar, com diferentes parceiros, tendo em conta essa retirada.

A retirada da força da SAMIM, que desde 2021 ajuda as tropas moçambicanas na luta contra a insurgência em Cabo Delgado, foi anunciada, há dias, pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verônica Macamo, justificando-a com a falta de financiamento por parte dos países membros da SADC.

"Nos últimos tempos, houve uma nova vaga de ataques, quando parecia que os terroristas estavam rendidos e isto cria insegurança; várias pessoas fugiram de Chiure para Erati, abrangendo-se uma nova zona que é a província de Nampula. Isso é muito preocupante", considera o analista político, Ilídio de Sousa.

Cabo Delgado: Analistas alertam sobre os riscos da saída da SAMIM

Cabo Delgado: Analistas alertam sobre os riscos da saída da SAMIM.

O analista político, Frederico João, diz estar igualmente apreensivo com a possível saída, "uma vez que a força da SAMIM contribuiu de forma significativa para estancar o avanço das forças terroristas e ajudaram o governo a criar capacidades para combater o terrorismo, não apenas neste momento como também futuramente".

Para o analista político, Calton Cadeado, se a SADC se retirar vai ter que partilhar informações, porque caso Moçambique fracasse isso vai afetar também os países da região.

Deslocados em Metuge, Cabo Delgado 

Cabo Delgado: Deslocados estão a viver de forma miserável

João Feijó, também analista político, afirma, por seu turno, que a eventual retirada da força da SAMIM vai ser "muito má", porque o Governo moçambicano continua a insistir numa determinada estratégia militar na luta contra a insurgência. Feijó realçou que "construir um país em que os problemas se resolvem com base na pressão militar, esse país é insustentável, o Governo não tem recursos para criar uma estratégia contra a insurgência".

Entretanto, o presidente moçambicano já reagiu e afirmou que o Governo "está a trabalhar com vários países e organizações multilaterais, no sentido de manter o estado e intensificar a força no terreno, porque o inimigo está a caprichar e nós achamos que temos que estar sempre em cima deles".

Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, em campanha eleitoral para as presidenciais em outubro de 2019.

Cabo Delgado: PR e analistas políticos com leituras diferentes sobre segurança na província

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado tem sido atacada por inusurgentes, que dizem pertencer ao Estado Islâmico. Em resultado cerca de quatro mil pessoas perderam a vida e mais de um milhão de pessoas encontra-se deslocada, além de avultados prejuízos patrimoniais.



Fonte: voa Moçambique