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sexta-feira, 12 de abril de 2024

POPULAÇÃO CONVIVE COM TERRORISTAS NO POSTO ADMINISTRATIVO DE MUCOJO EM MACOMIA

 


O posto administrativo de Mucojo, em Macomia, é uma das áreas onde os terroristas que atacam a província de Cabo Delgado estão presentes de forma constante. Apesar dos pedidos do governo para que a população se retire para locais seguros devido aos incidentes de violência registados nos últimos meses, alguns habitantes têm ignorado esses apelos.

As autoridades comunitárias confirmam à Miramar a presença regular de terroristas em Mucojo e optaram por mudar-se para a sede distrital de Macomia.

Segundo estas fontes, os terroristas convivem com os habitantes no posto administrativo de Mucojo.

O administrador de Macomia relata operações militares na região de Mucojo com o objectivo de conter os terroristas que parecem ter se misturado à população. O clima nas aldeias de Macomia é tenso, com constantes movimentações da população por medo de ataques, enquanto na sede distrital há relativa calma. 

Homem detido por posse ilegal de arma de fogo

 


Um indivíduo de 36 anos de idade encontra-se sob custódia da Polícia da República de Moçambique (PRM), na 2.ª Esquadra, no bairro da Matola “D”, no município da Matola, indiciado no crime de posse ilegal de arma de fogo e roubo.

Segundo os residentes citados pelo jornal Notícias, o detido tinha uma conduta duvidosa, visto que não trabalhava para custear as despesas de aluguer da casa, bem como para pagar as facturas de energia e água.

Falando ao Notícias, a porta-voz da PRM na província de Maputo, Carmínia Leite, referiu que o indivíduo foi neutralizado pela corporação, na zona da Matola 700, na posse de dez munições, sem licença de porte e uso de arma.

“Através das mensagens trocadas entre malfeitores, em parte incerta, e o indiciado, chegamos à conclusão de que se tratar de um meliante que roubou a arma na empresa onde trabalhava, com intuito de protagonizar actos ilícitos”, afirmou.



Líderes mundiais tentam travar conflito entre Irão e Israel

 Num momento de escalada de tensões no Médio Oriente, líderes mundiais desdobram-se em contactos para tentar evitar um possível conflito entre o Irão e Israel. Teerão voltou a ameaçar punir Israel após ataque a embaixada.



Ataque aéreo atingiu edifício da embaixada iraniana em Damasco, a 2 de abril 

Teerão prometeu retaliar depois de um ataque aéreo ter atingido o edifício da embaixada iraniana em Damasco, a 2 de abril

O ataque à embaixada iraniana, que ocorreu em 1 de abril, matou 12 pessoas, incluindo dois generais iranianos. "O mau regime cometeu um erro a este respeito, deve ser punido e será punido", disse o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei.

"Os consulados e as embaixadas em todos os países que existem são o território do país a que a embaixada pertence. Quando atacaram o nosso consulado, isso significa que atacaram o nosso território. Esta é a lei do mundo", sublinhou.

O Exército de Israel diz que há um risco real de o Irão realizar ataques em território nacional, mas indicou não ter ainda dado instruções de alerta à população, declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, sublinhando que o país se encontra "em alerta” e está "muito preparado” para vários cenários possíveis.

"Estamos preparados tanto a nível defensivo como ofensivo, em várias capacidades do exército. Um ataque a partir do território iraniano será uma prova sólida da intenção do Irão de fortalecer a sua presença no Médio Oriente e de deixar de se esconder atrás dos seus representantes", sublinhou.

Israel promete responder a ataques

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou esta quinta-feira (11.04) que haverá resposta a qualquer ataque: "Estamos a viver tempos difíceis. Estamos no meio da guerra em Gaza, mas também nos estamos a preparar para cenários de desafios de outras áreas."

"Estabelecemos um princípio simples: quem nos atacar, será atacado também. Estamos a preparar-nos para satisfazer as necessidades de segurança do Estado de Israel, tanto em termos de defesa como de ataque", acrescentou Netanyahu.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao lado de Joe Biden, Presidente dos EUABenjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao lado de Joe Biden, Presidente dos EUA

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Joe Biden, Presidente dos EUA.



A partir de Casa Branca, Joe Biden avisa que não quer que o conflito alastre. O Presidente norte-americano deixou claro que defenderá Israel em caso de ataque por parte do Irão.

"O nosso compromisso com a segurança de Israel contra estas ameaças do Irão e seus amigos é intransigente. Repito é intransigente. Faremos tudo que pudermos para proteger a segurança de Israel", frisou Biden.

Os Estados Unidos informaram esta sexta-feira (12.04) que um general norte-americano responsável pelo Médio Oriente já está em Israel para discutir com altos funcionários militares as "ameaças à segurança na região". Também o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, afirmou na quinta-feira (11.04) ter deixado claro ao homologo iraniano que o Irão não deve arrastar o Médio Oriente para um conflito mais vasto. A Austrália pediu ao Irão para não agravar o conflito no Médio Oriente.

Sector da Educação com défice de 71 mil carteiras em Manica

 


Mais de 70 mil alunos estudam sentados no chão em Manica. O dado foi revelado pela governadora da província de Manica, no acto de entrega, no distrito de Vanduzi, de pouco mais de três mil carteiras, as quais serão destinadas aos distritos de Vanduzi, Gondola e cidade de Chimoio.

“Essas carteiras não são suficientes. Nós, neste momento, estamos a precisar de 71 mil carteiras, temos muitos alunos que ainda estão a assistir às aulas sentadas no chão, mas estamos providenciar as carteiras”, explicou a governante.

Depois da cerimónia de entrega de carteiras, a governadora de Manica, que procedeu à inauguração da Escola Primária de Matsinho-sede, vincou que o Governo está preocupado em providenciar infraestruturas para o sector.

“Como me referi anteriormente, o nosso foco a nível do sector da Educação, centra-se na implementação de uma série de acções conducentes à melhoria das condições infra-estruturais dos estabelecimentos de ensino e o respectivo apetrechamento”, disse, acrescentando que “é neste sentido que, nos próximos dias, iremos proceder com a inauguração e entrega das Escolas Primárias de Inchope Estação e Mandore e da Escola Secundária de Noia, no distrito de Gondola, das Escolas Primárias Joaquim Chissano e 12 de Outubro, no distrito de Guro e das Escolas Primárias de Chigubo e Tswito no distrito de Tambara, devidamente equipadas”.

Ainda para o presente ano, serão construídas, em Manica, 95 salas de aula para o ensino primário, bem como o arranque de obras de construção das Escolas Secundárias de Tongogara, Nhansacara e Vumba, para além da distribuição de 260 carteiras.

África do Sul vai extraditar para Moçambique mandantes dos raptos

 


O ministro da Polícia da África do Sul, Bheki Cele, garantiu que o seu país vai extraditar para Moçambique os suspeitos de serem mandantes dos raptos que vem ocorrendo no território nacional.

Conforme referiu Bheki Cele, na reunião bilateral com o ministro moçambicano do Interior, Pascoal Ronda, decorre o rastreio e localização dos criminosos para a sua extradição.

Mesmo sem apontar nomes, Cele assegurou que está a ser concluído o processo de extradição para Moçambique de um dos principais mentores dos raptos detidos na África do Sul.

“A extradição será célere e é parte do empenho dos dois países no combate à criminalidade transnacional, como raptos, branqueamento de capitais, tráfico de drogas e roubos”, disse.

Moçambique, segundo dados facultados pelo ministro do Interior, registou 185 raptos, com 288 detidos por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime, desde 2011.

Aliás, do encontro havido em Maputo, os dois governantes estabeleceram um acordo para o repatriamento dos veículos roubados naquele país e recuperados em Moçambique.

⛲ Folha de Maputo 

Terroristas matam cinco pessoas e amputam braço de outra em Moçambique

 


Grupo é também responsável pelos ataques em Cabo Delgado.

Os grupos armados responsáveis pelos ataques armados em Cabo Delgado mataram cinco pessoas e amputaram o braço de uma outra no distrito de Quissanga, avançaram esta quinta-feira à Lusa fontes locais.

O ato ocorreu por volta das 08h00 (07h00 em Lisboa) de quarta-feira no posto administrativo de Bilibiza, no distrito Quissanga, quando os residentes de uma comunidade do interior se encontravam a trabalhar nos seus campos de produção agrícola.

"Aquilo foi horrível, os terroristas encontraram as pessoas a trabalhar e obrigaram-nas a ir com eles. Depois disso, em determinado ponto, mataram cinco pessoas, a tiro", disse à Lusa um familiar de uma das vítimas.

⛲ Cm

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Custo de vida reduz pelo quarto mês consecutivo

 




O custo de vida reduziu no mês de Março último, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No mês em referência, o aumento do nível geral de preços foi de 3,03%, uma percentagem abaixo da registada em Fevereiro, que foi de 4%.

Pelo quarto mês consecutivo, o nível geral de preços abrandou no país, segundo apurou o INE. De acordo com a instituição que se subordina ao Governo, a redução do nível geral de preços no mês de Março é explicada, sobretudo, pela redução do preço dos produtos alimentares. Mesma razão foi apontada no mês anterior, quando os preços caíram.

Em Dezembro de 2023, quando se iniciou a trajectória de queda do nível geral de preços, o abrandamento, comparativamente ao mês anterior, era maioritariamente explicado pela redução dos preços de ovos frescos (3%), sabão e limão (2% cada) e peixe fresco (1,5%).

Entretanto, estimativas do Banco de Moçambique para os próximos meses apontam para uma ligeira subida do nível geral de preços.

“Esta previsão decorre do impacto dos efeitos dos choques climáticos e do aumento do preço dos combustíveis e da tarifa de portagens na África do Sul”, refere o banco central.

De acordo com o regulador do sistema financeiro nacional, constituem ainda factores de risco para a subida da inflação o eventual agravamento da pressão fiscal (que pode resultar principalmente do ano eleitoral) e o eventual ajustamento dos preços das telecomunicações.

Por seu turno, os agentes económicos acreditam que o custo de vida pode aumentar, nos próximos meses, podendo situar-se na ordem de 5,37%, em Dezembro de 2024.



Fonte:

O país 

Recenseamento eleitoral só com "padrinhos"?



Aumentam as queixas de irregularidades no recenseamento eleitoral em Moçambique. O partido RENAMO denuncia que, em vários postos da província da Zambézia, é preciso ter "padrinho" para se conseguir ser recenseado.

O recenseamento eleitoral começou há quase um mês e, tanto a oposição, como a sociedade civil moçambicana, queixam-se de irregularidades.

O delegado político da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na Zambézia, Inácio Reis, denuncia que, em vários postos, continua a ser preciso ter um "padrinho" para conseguir ter cartão de eleitor.

"Aquilo que presenciámos nalguns postos de recenseamento é que prevalece o problema de sempre, a circulação de listas que são preparadas antecipadamente por grupos dinamizadores, que levam essas listas aos brigadistas", afirma Inácio Reis.

"Ao terminar essas listas, eles acabam dizendo que o [computador] está avariado. No dia seguinte, aparecem os mesmos líderes comunitários com outras listas", continua.

Na província da Zambézia, isso tem acontecido em particular nos distritos de Mulevala, Maganja da Costa, Pebane e Lugela, denuncia Inácio Reis.

Queixas de irregularidades em eleições passadas

As queixas são semelhantes às de outros recenseamentos, para outras eleições, e noutras regiões: tem havido denúncias de avarias constantes, supostamente simuladas pelos brigadistas, e de registo de eleitores facilitados ou "apadrinhados" por régulos e secretários dos bairros.

Nesse aspeto, não mudou muito, comenta Inácio Reis.

Delegado político da RENAMO na Zambézia, Inácio ReisDelegado político da RENAMO na Zambézia, Inácio Reis

Delegado político da RENAMO na Zambézia, Inácio Reis: "Aquilo que presenciámos nalguns postos de recenseamento é que prevalece o problema de sempre, a circulação de listas que são preparadas antecipadamente por grupos dinamizadores.

O delegado político da RENAMO na Zambézia diz que o seu partido tem alertado constantemente os órgãos eleitorais para essas irregularidades, mas as denúncias "caem em saco roto":

"Todos os processos, todos os recursos que a RENAMO submete, nenhum lhe é favorável, porque os funcionários que estão lá nos órgãos eleitorais são os mesmos, as pessoas que estão lá nos tribunais são as mesmas: tudo é FRELIMO. Porque a FRELIMO controla todas as instituições do Estado", refere o político.

O porta-voz do comité provincial da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) na Zambézia, Manuel Franco, não se quis pronunciar sobre as denúncias da RENAMO, nem sobre o processo de recenseamento em curso. Remeteu-nos à Comissão Provincial de Eleições (CPE).

Contactado pela DW, Emílio Mpanga, o presidente da CPE na Zambézia informa que, desde que o recenseamento começou, a 15 de março, não recebeu quaisquer queixas da RENAMO: "Não temos nenhuma reclamação desta natureza", sublinhou.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) afirmou, esta semana, que, em Moçambique, já se recensearam quase 60% dos eleitores previstos, apesar de alguns contratempos por causa das chuvas ou da instabilidade na província de Cabo Delgado. Não falou noutro tipo de incidentes.

Mas as denúncias de "dupla ou tripla inscrição" de eleitores ou do suposto favorecimento de militantes da FRELIMO continuam a preocupar vários membros da oposição e da sociedade civil. O Centro de Integridade Pública (CIP) disse, por exemplo, que há "mais equipas" de recenseamento em zonas associadas habitualmente ao partido no poder, a FRELIMO, do que em zonas da RENAMO, "dificultando, desse modo", o registo de possíveis simpatizantes da oposição.

Manteigas Bulaisse, ex-cabeça de lista da RENAMO em Gurué, considera que a culpa é também do seu partido, alegadamente por haver pessoas "infiltradas" no recenseamento, que estariam a ajudar a FRELIMO a ganhar as eleições. "Pessoas da RENAMO ligadas ao STAE [Secretariado Técnico de Administração Eleitoral] deletam nomes. Eu vi com os meus olhos ser vendida uma lista de eleitores da RENAMO", afirmou Bulaisse.

Contudo, o delegado político da RENAMO na Zambézia, Inácio Reis, diz que isso não faz sentido.

"Nunca foi reportada uma 'infiltração'. Pode haver pessoas de má-fé, mas não acredito que um membro da RENAMO comprometido com a causa possa fazer esse tipo de ato", rematou.

O recenseamento termina a 28 de abril. As eleições gerais estão marcadas para 9 de outubro.



Fonte:

Dw

Recenseamento eleitoral sem observação da oposição pode propiciar manipulação de resultados

 


O Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) alerta que a falta de observação do recenseamento eleitoral por parte dos partidos da oposição moçambicana pode propiciar manobras de fraude, numa altura que aumentam queixas sobre avarias de máquinas nas zonas tidas como bastiões da oposição.

Dércio Alfazema, diretor de programas do IMD, entende que os partidos da oposição estão a dar pouca importância àfiscalização do recenseamento, abrindo espaços para irregularidades, apesar de ser um ano atípico no ambiente político nacional.

Ausência da oposição na observação do recenseamento eleitoral pode propiciar a manipulação de resultados. 

“Os membros que deviam compor as brigadas de recenseamento provenientes dos partidos políticos não estão lá, então não terão legitimidade para depois reivindicar qualquer coisa que seja relacionada com o processo de recenseamento eleitoral” diz Alfazema.

Enquanto isso, prossegue Alfazema, “no lugar de estar a monitorar o processo, e a fazer o levantamento das dificuldades, as irregularidades que estão a acontecer, os partidos estão a resolver as suas querelas internas”.

“Há necessidade dos partidos se organizarem para poderem monitorar e fiscalizar o processo, a começar com o recenseamento”, acrescenta.

O também analista político moçambicano, vaticina que “estas correm o risco de serem as eleições menos observadas por organizações da sociedade civil e plataformas especializadas”, igualmente por falta de recursos financeiros.

Dificuldades

Em declarações à VOA, Leonor de Sousa, Secretária-geral do MDM, anota que no recenseamento em curso a intenção da fraude está a intensificar, havendo eleitores que se registaram três ou quatro vezes, e a persistência de se priorizar para inscrição as listas dos membros do partido no poder.

Ela considera “péssimo o processo do recenseamento eleitoral, não sei onde vamos parar, porque no lugar de mudar para o melhor com as nossas reclamações, estamos sempre a ir para o pior”.

“Há avarias constantes das máquinas, e nós deduzimos que estas não são avarias mesmo, são situações provocadas para poder inviabilizar o recenseamento, e principalmente quando sabem que esta zona é um bastião da oposição, então as máquinas não funcionam mesmo,” acrescenta.

https://beira-magazine.blogspot.com/2024/04/mocambique-cultura-politica-autoritaria.htmlJá José Manteigas, porta-voz da Renamo, principal partido da oposição, avança que o partido está a fazer o levantamento das barreiras no recenseamento eleitoral, devendo se pronunciar oportunamente.

Inundações e insegurança

Entretanto, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) reconhece vários obstáculos no processo de recenseamento, como a interrupção de funcionamento de brigadas devido a inundações no sul do país, e a demora no arranque de brigadas devido a insegurança, em Cabo Delgado, mas, por enquanto, não equaciona a prorrogação do processo.

“Dependendo da evolução, os órgãos eleitorais irão decidir se poderá ou não haver prorrogação, mas neste momento não se equaciona a prorrogação do recenseamento eleitoral”, face aos constrangimentos encarados na inscrição de eleitores, explicou Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, no balanço dos 25 dias do recenseamento eleitoral.

Por sua vez, o politólogo e docente na Universidade Eduardo Mondlane, Eduardo Sitoe, observa que a oposição moçambicana, sobretudo, a Renamo e MDM, “esta conformada” com a posição que ocupa no país, havendo poucas sinergias para reverter o quadro para se impor politicamente.

Moçambique recenseou desde 15 de Março 4.397.750 eleitores, para as eleições gerais deste ano, o correspondente a 58,44 por cento do total previsto até 28 de Abril, anunciou a CNE. Em 2023 foram inscritos 8.723.805 nos distritos autárquicos, e somando-se as novas inscrições totalizam 12.642.248 eleitores.

Ao todo foram constituídos 9.165 postos de recenseamento para as eleições gerais de 09 de Outubro, 391 dos quais no estrangeiro.

Moçambique realiza em 09 de Outubro as sétimas eleições gerais, que incluem presidenciais, legislativas e provinciais, cujo recenseamento está a decorrer de 15 de Março a 28 de Abril.



Fonte:

Voa português 

Moçambique: Cultura política autoritária marca escolha dos presidentes dos partidos



Os três principais partidos políticos moçambicanos, MDM, Renamo e Frelimo, desenvolveram ao longo do tempo uma cultura política autoritária que faz com que não tenham processos abertos de eleições internas em que qualquer candidato se apresente para aceder ao cargo de presidente do partido ou da República, desde que não haja impedimentos legais.

Esta é a leitura de analistas políticos quando os dois principais partidos vão escolher seus presidentes em processos que não seguem o padrão democrático e competitivo das eleições do país que vive há mais de três décadas em democracia.

A Frelimo vai fazer uma lista de candidatos interessados em concorrer à presidência do partido e da República, devendo acontecer o mesmo com a Renamo e o MDM, candidatos esses que serão aprovados pelos órgãos desses partidos.

Ossufo Momade (esquerda) e Venâncio Mondlane (direita), membros do partido Renamo

O analista político e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Salvador Forquilha, diz que a Constituição da República estabelece que qualquer cidadão pode candidatar-se a Presidente da República, desde que reúna os requisitos necessários e cumpra os estatutos do partido.

Forquilha anota ser claro e evidente que "os nossos partidos políticos, particularmente os três principais, Frelimo, Renamo e MDM, têm uma cultura política interna muito autoritária, mas esta é outra discussão porque cada partido estabelece os seus critérios e isso é discutível".

"Esses são assuntos internos de cada partido, desde o momento que não entrem em contradição com o que a Constituição da República estabelece e se isso estiver acautelado, em principio não vejo problema, agora pode haver e há de fato problemas internos que em grande medida resultam da cultura autoritária que se foi estabelecendo ao longo do tempo em cada um destes partidos", realça aquele pesquisador.

O analista político Ivan Mausse diz, por seu turno, que, uma vez que os estatutos dos partidos não preveem qualquer tipo de perfil de candidato, significa que todos os membros filiados nessa formação política podem candidatar-se a cargos eleitos.

Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, em campanha eleitoral para as presidenciais em outubro de 2019.

Mausse sublinha que, na generalidade, esses partidos não colocam especificidades ou requisitos para que os indivíduos possam aceder ao cargo de presidente e o que tem acontecido, muitas vezes, são arranjos feitos nas reuniões dos partidos.

"Claro que isso vai limitar em termos de participação democrática nesses partidos porque, quando esse perfil é desenhado no ano de eleições, muitas vezes é para impedir que certas pessoas que tenham interesse em concorrer possam inscrever-se", acentua Mausse.

Para o sociólogo e analista político Moisés Mabunda, "os nossos partidos comportam-se como partidos autoritários e até parece que estamos no tempo de partido único", sublinhando que o que está errado na Frelimo e noutros partidos "é este paradoxo, os estatutos dizem que os membros podem concorrer mas quando chega o momento há esta proibição, isso não pode ser".

A Frelimo diz que os processos eleitorais são abertos e a Renamo afirma que o partido até eliminou a exigência de que o candidato a qualquer cargo eleito deve ter um determinado número de anos como militante porque isso era antidemocrático.

Os dois partidos devem escolher os seus dirigentes entre abril e julho.


Fonte:
Voa português