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Milhares de pessoas despedem-se de John Magufuli

 


Foram a enterrar, esta sexta-feira, na cidade de Chato, no Noroeste da Tanzânia, os restos mortais do Presidente John Pombe Magufuli, falecido no dia 17 de Março do corrente ano, vítima de doença.


Milhares de pessoas reuniram-se no início de sexta-feira (26.03), num campo de futebol em Chato, cidade natal do Presidente da Tanzânia, numa missa que foi dirigida pelo arcebispo Gervas Nyaisonga, presidente da Conferência Episcopal da Tanzânia, escreve a DW.



A urna de John Pombe Magufuli, coberta com a bandeira nacional, foi vista durante o cortejo fúnebre estadual no estádio de Uhuru, mas antes foi transportada por diferentes cidades na Tanzânia para permitir o luto público.


Para permitir que 60 milhões de habitantes acompanhassem as exéquias, segundo a SABC News, a cerimónia foi transmitida ao vivo por televisões e rádios nacionais.


Esteve presente, na cerimónia, a actual Chefe de Estado da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, parentes próximos e amigos do presidente.


Suleiman Abdalla, elogiou o presidente por assumir a liderança de vários projectos de desenvolvimento na nação da África Oriental.


PERFIL DE JOHN MAGUFULI


John Magufuli entrou na política activa em 1995. Assumiu vários cargos ministeriais até 2015, altura em que se tornou Presidente da Tanzânia. Durante o seu mandato impôs reformas para combater sobretudo a corrupção. Em algum momento foi controverso. Acompanha a seguir parte do percurso académico e político.


John Pombe Magufuli nasceu a 29 de Outubro de 1951, em Dar-se-Salam, capital da Tanzânia. Frequentou o ensino primário na sua cidade natal, Chato.


De 1975 a 1977, John Magufuli frequentou o ensino secundário na Katoke Seminary, no distrito de Biharamulo, província tanzaniana de Kagera. Mas o só veio a concluir o nível em 1978, na Lake Secundary School, cidade de Mwanza, na Tanzânia.


Um ano mais tarde, o Presidente ora falecido frequentou ensino superior na MKwawa High School, mercê do seu bom desempenho.

O curso foi concluído em 1981. Aliás, nesse mesmo ano, John Magufuli ingressou na MKwawa College Of Education, onde obteve um diploma em Matemática, Química, e Educação.

Magufuli não parou por aí. Em 1988, tornou-se bacharel em Ciência da Educação em Química e História, disciplinas que leccionava na Universidade de Dar-se-Salam, a partir do mesmo ano.

Na mesma universidade, Magufuli obteve os graus de metrado e doutoramento, em 1994 e 2009, respectivamente.

Magufuli entra na política acitiva em 1995, um ano depois de Moçambique realizar as primeiras eleições multipartidárias.

Magufuli foi deputado pelo Partido da Revolução, em 1995; vice-ministro das Obras Públicas, em 2000. Neste ano, o falecido Presidente da Tanzânia foi indicado ministro das Obras Públicas até 2006.

Daí em diante, ocupou vários cargos ministeriais, dos quais ministro da Terra, entre 2006 e 2008; ministro da Pecuária e Pescas, de 2008 a 2010.

De 2010 a 2015, Magufuli foi novamente ministro das Obras Públicas. Terminado o mandato, John Magufuli assumiu o cargo mais alto do Estado, ao eleger-se Presidente da Tanzânia,pelo partido Chama Cha Mapinduzi.

Apelidado de Bulldozer, Magufuli chegou ao poder prometendo combater a corrupção e implementou medidas que consistiam no corte de despesas do Estado, bem como a suspensão de viagens internacionais que considerava desnecessárias.

No âmbito das reformas, o malogrado introduziu o uso de carros mais baratos pelos membros do Governo. As medidas não pararam por aí: Magufuli alterou as leis sobre a adjudicação de obras de contratos mineiros, permitindo o direito de renegociação ou rescisão de em caso de fraude comprovada.

Entretanto, o Executivo de Magufuli foi sistematicamente acusado de perseguir cidadãos cujas ideias eram contrárias ao regime, censura aos órgãos de comunicação social, principalmente na Internet, através de aprovação de taxas elevadas.

Magufuli notabilizou-se igualmente como o mais controverso Presidente africano, desde o surto da pandemia da COVID-19, ao negar de pés juntos a fatalidade desta doença, e não admitiu quaisquer medidas de prevenção, pois acreditava que Tanzânia estava livre agraças à intervenção de Deus.

À data da sua morte, a 17 de Março, Magufuli cumpria o seu segundo mandato.

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