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Munícipes reagem com chacota à nova promessa de transportes por parte Edilidade de Maputo

 


Munícipes da capital do país reagem com chacota ao novo sonho da Edilidade anunciado, semana finda, pelo Presidente do Conselho Administrativo (PCA) da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMME), João Ruas.


Em entrevista à STV, lembre-se, Ruas anunciou a entrada em funcionamento, em finais de 2022, de um novo sistema de transporte urbano, com vista a resolver os problemas de mobilidade e estacionamento na cidade de Maputo. Trata-se de um sistema constituído por veículos que circulam em linhas suspensas, designado FUTRAN, a ser implementado nos principais pontos de entrada da capital moçambicana.


A ideia, segundo Ruas, é permitir que os munícipes que se deslocam ao centro da cidade de Maputo em viaturas particulares deixem os seus carros na entrada da cidade (nos silos a serem construídos) e se façam aos seus postos de trabalho através do sistema FUTRAN. As obras iniciam em Setembro próximo e vão custar 250 milhões de USD.


Entretanto, no lugar de palmas, os munícipes lançam piadas ao novo sonho do Conselho Autárquico da Cidade de Maputo, depois dos falhanços do BRT (Bus Rapid Transit) e do Metro de Superfície, duas promessas não concretizadas do anterior Edil, David Simango.


Um dos munícipes que considera o projecto um “fracasso” antes da sua implementação é Énio Azarias, nome fictício de um morador do Município da Matola. Este afirma que “quero viver para ver isso”, pois, não é a primeira promessa a ser feita pela Edilidade de Maputo.


“Espero poupar o meu combustível”, afirma ele, esboçando um sorriso de quem duvida das capacidades do Município de Maputo.


Já Anabela Mandlate (também nome fictício) fala de uma promessa “mais original” que as anteriores, pelo que aguarda com enorme expectativa a sua concretização. “Iremos voar sobre a cidade”, enfatiza a fonte


Por seu turno, Isaías Munguambe entende que a entrada em funcionamento do FUTRAN será o princípio do fim das gasolineiras, para além de que este sistema será o substituto legal dos “My love”, o transporte-modelo de passageiros na cidade de Maputo.


Os comentários irónicos ao projecto anunciado pela Edilidade estenderam-se às redes sociais, em particular ao Facebook. Gerson Terenciano é um dos citadinos de Maputo que recorreu àquela rede social para expressar o seu sentimento: “como falar não se compra, vão falando que nós estamos prontos para ouvir as vossas bocas ilusórias, barafustando as nossas mentes que não se cansam de ouvir promessas de género em incumprimento. Coitado do povo (nós), que fica atento às imaginações de pessoas que só pensam em mentir, enquanto enchem seus sacos”.


Já Nuno Miranda afirmou: “com todo o respeito do mundo ao professor Ruas, devem-se preocupar em aumentar o número de autocarros, melhorar a gestão das frotas e empresas. Sem isso, não vale a pena trazer mais nada aqui porque não vai funcionar. Se quiserem pôr essas naves aqui, pelo menos façam um ensaio com as carroças dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM). Melhorem aquilo que já está aqui”.


Por seu turno, o internauta Zé Nisa diz que “só acredita quem quer”, pois, “enquanto uns querem «comer» mais que os outros, Moçambique nunca vai evoluir e vão sempre aparecer estes senhores com ideias iluminadas para «comerem» o dinheiro do povo. Arranjem estradas em vez de estarem a querer enganar pessoas com transportes futuristas que vão custar milhões de dólares”.


Refira-se que o projecto proposto não pretende resolver os problemas de transporte na Área Metropolitana do Grande Maputo, que continua um verdadeiro caos, com as pessoas a serem transportadas em carrinhas de caixa aberta, apesar de estas terem sido supostamente banidas. Destina-se a resolver os problemas de mobilidade e estacionamento no centro da capital do país. 


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