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Cyril Ramaphosa saúda liberdade condicional de Jacob Zuma

 


Ramaphosa desejou rápida recuperação ao seu antecessor "ao regressar à casa para os seus entes queridos". Zuma ganhou liberdade condicional por razões clínicas dias antes do reinício do seu julgamento por corrupção.

Encontro de Ramaphosa (esq.) e Zuma em 2018

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, saudou esta segunda-feira a colocação em liberdade condicional, por razões clínicas, do seu antecessor, Jacob Zuma, dias antes do reinício do julgamento do antigo chefe de Estado por corrupção.

"Congratulamo-nos com isto" e "desejamos-lhe uma rápida recuperação ao regressar a casa para os seus entes queridos", afirmou Ramaphosa numa conferência de imprensa, citada pela agência France-Presse (AFP), após uma reunião do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder.

Jacob Zuma, 79 anos, estava hospitalizado desde 06 de agosto fora da prisão onde estava a cumprir uma pena de 15 meses por se recusar a comparecer perante uma comissão de inquérito sobre corrupção no período em que foi Presidente, entre 2009 e 2018.

"O Departamento de Serviços Penitenciários pode confirmar que Jacob Gedleyihlekisa Zuma foi colocado em liberdade condicional médica", anunciaram os serviços num comunicado divulgado no domingo.

Zuma enfrenta acusações de corrupção e sua saúde estaria a deteriorar-se

Reunião do ANC

A libertação condicional de Jacob Zuma por razões médicas "significa que cumprirá o resto da sua pena no sistema prisional comunitário, onde terá que cumprir uma série de condições e estar sob vigilância", adiantaram os serviços prisionais sul-africanos.

A decisão de libertar Zuma coincidiu com a realização de uma reunião do ANC, algo que o opositor John Steenhuisen, da Aliança Democrática (AD), disse à AFP ser "extremamente suspeito".  "Esta decisão é política, não é médica", atirou o opositor.

Cyril Ramaphosa, que fez da luta à corrupção uma das suas principais bandeiras na corrida ao cargo, tem sido acusado de ser brando no combate à corrupção.

Em 10 de agosto, um tribunal sul-africano adiou para 9 e 10 de setembro o julgamento de Zuma, que terá de defender-se de 18 acusações, incluindo fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão, relacionadas com a compra de equipamento militar a cinco empresas de armamento europeias, em 1999, quando era vice-Presidente do país.

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