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Oposição protesta contra o que considera reforma injusta da lei eleitoral em Angola

 


Em Angola, centenas de apoiantes da oposição reuniram-se este sábado (11.09) em Luanda para protestar contra alterações à lei eleitoral que, segundo afirmam, irão minar a transparência das eleições gerais do próximo ano.

O Presidente de Angola João Lourenço apresentou recentemente um projeto de lei que,entre outros aspectos,centraliza a contagem dos votos nas eleições ,em vez de o fazer a nível de cada município e província.

Insatisfeito com a proposta, o principal partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), manteve uma marcha neste sábado (11.09), apoiada por outros movimentos políticos e grupos da sociedade civil, para exigir "eleições livres e justas".

A UNITA propôs uma série de medidas para prevenir a alegada fraude, incluindo a identificação biométrica dos eleitores e o envolvimento da sociedade civil na contagem dos boletins de voto.

Centenas de manifestantes reuniram-se este sábado em Luanda, agitando bandeira da UNITA (foto de arquivo).

Protestos

Pelo menos uma centena de manifestantes reuniu-se na capital, agitando bandeira da UNITA e angolanas enquanto entoavam "MPLA fora".

Eles marcharam pelo centro da cidade segurando cartazes que diziam: "Exigimos os nossos direitos" e "queremos controlo biométrico". A polícia armada com bastões cercou a manifestação.

Entretanto, João Lourenço também suscitou controvérsia por querer alterar outra lei eleitoral, que recentemente submeteu à Assembleia Nacional com sugestões de emendas.

Eleito em 2017, depois de José Eduardo dos Santos ter deixado o posto que ocupou por 38 anos, João Lourenço deve buscar um segundo mandato nas eleições de 2022.

O MPLA tem governado o país africano desde a sua independência de Portugal, em 1975.

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