Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Commenton Vai a julgamento agente da PRM que matou músico Max Love em 2013
Foi assassinado há mais de oito anos numa caravana da campanha do MDM
Depois de quase oito anos de letargia e aparente negação à justiça, o Tribunal Judicial da Província da Zambézia, agendou para o próximo dia 20 do mês em curso, o julgamento do Processo 55/2014, com vista a responsabilização dos autores do assassinato de Maxi-Love, músico de Quelimane alvejado mortalmente por um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), à data dos factos, afecto a Residência Oficial do Governador.
De acordo com o jornal Diário da Zambézia, no dia da sua morte, o músico, Jaime Paulo, ou simplesmente Maxi-Love (nome artístico), participava numa caravana do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e do candidato, na altura, Manuel de Araújo.
Neste dia, na zona da marginal, um agente da PRM, afecto à Unidade de Protecção de Altas Individualidades, por sinal, guarda do governador da Zambézia, Joaquim Veríssimo, alvejou mortalmente o músico que se encontrava num camião em que seguiam outros membros, conforme noticiou em primeira mão na altura o Diário da Zambézia, na edição do dia 09 de Dezembro de 2013.
Na altura, o Ministério Público chegou a abrir um processo acusando o agente da polícia de ter praticado homicídio e o processo foi remetido ao Tribunal Judicial da Província da Zambézia, nessa altura, na 3ªSecção que estava na gestão de uma juíza identificada por Flávia.
Suspeita-se que por tratar de um processo político, em que o agente cumpria ordens emanadas pelo partido Frelimo, a juíza engavetou-o e mesmo perante pressão da imprensa e da sociedade civil.
Na altura a juíza chegou a simular um julgamento à revelia do réu que supostamente se encontrava em parte incerta, mas a defesa do Maxi-Love, que na altura era a Liga dos Direitos Humanos, recorreu ao Tribunal Superior de Recurso de Nampula onde após análise minuciosa, o tribunal manteve a mesma posição segundo a qual, o agente da polícia deveria ser julgado, portanto, nada obsta.
Flávia foi transferida da Zambézia e mais uma vez o processo ficou engavetado por uma outra juíza.
Diário da Zambézia diz ainda que, há sensivelmente duas semanas, a Juíza Natércia Gerónimo, notificou as partes e marcou a sessão de julgamento para o dia 20 do próximo mês de Outubro.
Vale lembrar que passam-se sensivelmente oito anos do assassinato do músico zambeziano Max-love e no dia da Juventude, 12 de Agosto do corrente ano, Manuel de Araújo, edil de Quelimane, foi contundente ao acusar a justiça de não fazer nada para o esclarecimento do Caso Maxi-Love e de outros processos ligados a intolerância política.
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