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domingo, 30 de abril de 2023

Sudão: Grupo paramilitar propõe novo cessar-fogo de 72 horas


O grupo paramilitar Força de Apoio Rápido (RSF) anunciou de forma unilateral a extensão das tréguas que terminavam este domingo (30.04) à noite, para manter abertos os corredores humanitários e a retirada de civis.

"Em resposta aos apelos internacionais, regionais e locais, anunciamos a extensão da trégua humanitária por 72 horas, a partir da meia-noite" local, disse o grupo paramilitar Força de Apoio Rápido num comunicado publicado no Twitter, citado pela agência espanhola de notícias, Efe.

Esta nova extensão das tréguas, a terceira de 72 horas desde que foi anunciada a primeira, no dia 24 de abril, tem como objetivo "abrir corredores humanitários e facilitar o movimento de cidadãos e residentes, permitindo satisfazer as suas necessidades e o acesso a áreas seguras", acrescenta o grupo para militar.

O Exército do Sudão ainda não reagiu a este anúncio, apesar de ter mandado este domingo (30.04) um enviado especial à Arábia Saudita para se reunir com as autoridades do país, que têm agido como mediadores no conflito.

Avião com ajuda humanitária

Um primeiro avião carregado com oito toneladas de ajuda humanitária, incluindo material cirúrgico, aterrou no Sudão, onde deverá permitir tratar 1.500 doentes no país, onde a maioria dos hospitais estão desativados devido aos combates, segundo a Cruz Vermelha.

O avião, que também transporta pessoal humanitário, descolou de Amã e aterrou em Porto Sudão, uma cidade costeira situada 850 quilómetros a leste de Cartum, onde se concentram os combates entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF).

O espaço aéreo sudanês está encerrado desde 15 de abril quando começaram os combates no aeroporto de Cartum originados por tensões sobre a forma de integrar os paramilitares nas forças armadas no âmbito de um processo de transição democrática.

De acordo com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a remessa contém "produtos anestésicos, pensos, materiais de sutura e outros materiais cirúrgicos".

Cerca de 100.000 sudaneses fugiram para o norte do país desde o início dos combates, estimou hoje uma organização não-governamental da República Centro-Africana.

A organização do Secretariado-Geral do Comité Takia indicou, num relatório publicado pelo portal centro-africano Corbeau News, que quase a totalidade dos refugiados sudaneses se encontra na cidade de Amdafock, dividida em duas partes pela fronteira entre a República Centro-Africana e o Sudão, a cerca de 230 quilómetros a sudoeste da cidade sudanesa de Nyala, uma das mais afetadas pelos combates.

Segundo a organização não-governamental (ONG), a chegada de sudaneses à cidade disparou esta semana aproveitando as tentativas de cessar-fogo entre o exército e os paramilitares, ao ponto de, só entre a passada segunda e quinta-feira, terem chegado 63.240 sudaneses.

Esta semana, as Nações Unidas manifestaram o receio de que pelo menos 200.000 sudaneses pudessem fugir do país perante o arrastar do conflito.

O Sudão entrou hoje no 16.º dia consecutivo de confrontos entre o exército e as paramilitares da RSF, um conflito que já fez cerca de 530 mortos e mais de 4.500 feridos.


⛲ DW

sábado, 29 de abril de 2023

Renamo diz que resultados da CRED não são claros



A Renamo diz que não reconhece os resultados da CRED pelo facto de a comissão em si “inconstitucional”. Segundo o maior partido da oposição, as razões financeiras apontadas no seu relatório não são claras.

A comissão de reflexão sobre a pertinência da realização das eleições distritais em 2024 trouxe os resultados que não aconselham a realização de eleições distritais no país.

Aos ouvidos do partido Renamo, tal não constitui novidade até porque considera inconstitucional à própria CRED. “As eleições distritais são de um imperativo constitucional e se não houver um argumento suficientemente forte, todos os argumentos são inválidos”, disse Venâncio Mondlane.

Falando esta sexta-feira, numa conferência de imprensa, a Renamo disse ser pouco justificável a falta de dinheiro para a realização das eleições distritais, até porque: “Desde 1994 até hoje, não houve nenhuma eleição em Moçambique, seja ela geral ou autárquica, que o Estado tivesse capacidade com o orçamento dos Estado para fazer face. Todas as eleições que tivemos em Moçambique foram suportadas pela comunidade internacional”, disse.


⛲ O Pais

sexta-feira, 28 de abril de 2023

MDM diz que há máquinas falsas em alguns postos de recenseamento

 


O Movimento Democrático de Moçambique diz que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral está a “apadrinhar” máquinas clandestinas de recenseamento eleitoral, em algumas autarquias do país. O partido diz que, em alguns postos, o processo decorre no período nocturno e acusa o STAE de estar a projectar uma fraude eleitoral.

O MDM acusa o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, STAE, de estar a ser parcial, a favor do partido Frelimo, no processo de recenseamento.

O partido diz que as irregularidades são parte de uma fraude eleitoral, já projectada pelo STAE com conivência da Comissão Nacional de Eleições.


⛲ O País 

Moçambique sem condições para fazer distritais, diz comissão


A Comissão de Reflexão sobre a Pertinência das Eleições Distritais (CRED) em Moçambique concluiu que "ainda não estão criadas as condições" para o pleito. Analista adverte para os perigos da não viabilização da votação.

O relatório apresentado esta sexta-feira (28.04) dá um parecer negativo à realização de eleições distritais em Moçambique, programadas para 2024.

A coordenadora da comissão, Helena Kida, que também é ministra da Justiça e Assuntos Constitucionais e Religiosos, foi o rosto da divulgação do documento e afirmou que "a conclusão a que se chega é que ainda não estão criadas essas condições".

"Esta não é conclusão do Governo, é de uma comissão que foi criada para tratar deste assunto e trazer, com base nas suas percepções, nas auscultações, com base no seu conhecimento, qual é a nossa realidade e como podemos avançar", frisou Kida numa conferência em Maputo.

"Organizar o que está mal"

O analista político Wilker Dias concorda com a posição da comissão no que toca aos termos administrativos.

"Primeiro a nível provincial, em que temos a figura de secretário de Estado e a figura do governador. Até certo ponto, estas figuras acabam entrando em choque, e isto reflete que ainda precisamos organizar o que está mal para depois darmos o passo seguinte", reconhece o analista.

Helena Kida refuta a posição da crítica de que a comissão sofreu influência para recomendar a não viabilização das eleições distritais.

"Então eu não sei se a comissão se sentiu influenciada e trouxe um percepto que já tinha ouvido. A comissão fez mais, não só disse o que pensava, mas fez o que ouviu e fez constar do documento, porque o Governo pretende ter uma base sólida para as medidas que vai tomar", afirmou a ministra da Justiça moçambicana.

A ministra recomenda, por outro lado, a continuação das negociações com os partidos da oposição e os movimentos da sociedade civil que contestam a posição da comissão.

"A própria comissão recomenda que haja negociações, que continuam a haver ao mais alto nível, para que eventualmente, seja qual for a conclusão que se chegar, que tenha sido o posicionamento consertado", ressalta.

O analista Wilker Dias adverte para os perigos que podem advir de um eventual falhanço das negociações entre os partidos, o que poderia "abrir uma ameaça eminente à paz e segurança em Moçambique".

"A RENAMO ainda não entregou todas as armas, há uma base da RENAMO que ainda está a funcionar. E sabemos, com experiências passadas para forçar o Governo a tomar uma decisão, qual foi o posicionamento do partido", recorda o analista moçambicano.

Segundo Wilker Dias, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) quer eleições distritais para cimentar a sua influência no poder local, o que pode afastar um consenso nacional relativo ao adiamento do sufrágio.

"Eu acredito que o partido RENAMO poderá rejeitar esta ideia da não existência de eleições distritais, porque há muita firmeza por parte dos membros", conclui.


⛲ Dw

Tribunal Administrativo sentencia Vale Moçambique a disponibilizar informação de interesse público sobre suas actividades



O Plenário do Tribunal Administrativo (TA) ordenou a Vale Moçambique, S.A no sentido de disponibilizar à Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) informação de interesse público a que é obrigada por decisão jurisdicional, sem procurar quaisquer manobras dilatórias para se furtar à responsabilidade.

A decisão foi tomada através do irrecorrível acórdão n.º 131/2022 - P do Plenário do Tribunal Administrativo, entanto que última instância, negando assim provimento ao recurso interposto pela Vale Moçambique, S.A.

Para além da Juíza Lúcia Fernanda Maximiano do Amaral, Presidente do Tribunal Administrativo, assinaram também o acórdão n.º131/2022 - P, que põe termo definitivamente o presente processo para o acesso à informação de interesse público sobre as actividades da Vale Moçambique, S.A, os Juízes Conselheiros Nelson Osman José Paulo Jeque como Relator do processo, Januário Fernando Guibunda, Amílcar Mujovo Ubisse, José Luís Maria Pereira Cardoso, David Zefanias Sibambo, Aboobacar Zainadine Dauto Changa, João Varimelo, Paulo Daniel Comoane, José Maurício Manteiga, Isabel Cristina Pedro Filipe Nhampossa, Rufino Nombora, Manuel Pascoal Massuca, Amélia Eunice Deolinda Mangujo Simbine e Cláudio Eduardo Ernesto Pene; incluindo o representante do Ministério Público, Alberto Paulo, Vice-Procurador-Geral da República.

Pode-se ler no documento enviado à ″Carta de Moçambique″ que, recorrendo a manobras dilatórias, a Vale Moçambique, S.A nunca se dignou a responder os pedidos da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) sobre a disponibilização da informação de interesse público, no âmbito da actividade de exploração do carvão mineral, que estava a desenvolver no Distrito de Moatize, Província de Tete.

″Foram praticamente três anos de batalha judicial para acesso à informação que ainda não se materializou e o Acórdão do Plenário do Tribunal Administrativo fixa jurisprudência importante relativamente à litigância de interesse público, em matéria do direito à informação, considerando que o acesso à informação sobre a indústria extractiva em Moçambique é extremamente difícil″, refere a OAM, apontando que foi notificada sobre a decisão do TA neste novo ano judicial que se pretende promissor em matéria de realização de justiça.

Curiosamente, diz a Ordem dos Advogados, o referido Acórdão do Plenário do Tribunal Administrativo foi proferido num período em que a Vale Moçambique, S.A, já não está a operar em Moatize nos moldes anteriores, na sequência da celebração de um acordo vinculativo com a Vulcan Minerals de venda da mina de carvão de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala no valor total de 270 milhões de dólares americanos.

Mesmo assim, a condenada mineradora deve conformar-se com a lei e disponibilizar a solicitada informação de modo a contribuir para uma melhor percepção da sociedade sobre os seus compromissos no âmbito do projecto de exploração de carvão mineral em Moatize.

Neste contexto, a OAM, no âmbito das suas atribuições legais, nomeadamente, "defender o Estado de Direito Democrático, os direitos e liberdades fundamentais, promover o acesso à justiça nos termos da Constituição e demais legislação e promover o respeito pela legalidade" garante que tudo fará para a melhor defesa dos interesses das comunidades afectadas pela exploração do carvão mineral e também para que a Vale Moçambique, S.A, cumpra a decisão vertida no Acórdão do Plenário do Tribunal Administrativo.

Recorde-se que, numa primeira fase, através do Acórdão n.º 29/2020, referente ao Processo n.º 185/2019 - CA, o Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo julgou procedente o pedido da OAM e intimou a Vale Moçambique, S.A, a disponibilizar a informação em causa no prazo de 10 dias.

Inconformada com a decisão da primeira instância, a Vale Moçambique, S.A, interpôs recurso na Primeira Secção do Tribunal Administrativo. Tramitado o processo e analisadas as alegações e contra-alegações apresentadas, os Juízes Conselheiros da Primeira Secção do Tribunal Administrativo, através do Acórdão n.º 119/2020 de 15 de Dezembro de 2020 referente ao processo n.º 131/2020 - 1ª, decidiram negar provimento ao recurso interposto por esta mineradora, por falta de fundamento legal para reverter a decisão recorrida, que fez uma correcta interpretação e aplicação da lei ao condenar a Vale Moçambique, S.A, por violação do direito à informação de interesse público.

Teimosa em negar disponibilizar informação de interesse público e em demonstrar o seu compromisso com os direitos humanos das famílias afectadas e as regras da transparência na indústria extractiva, a Vale Moçambique, S.A, num verdadeiro exercício de exploração máxima das manobras dilatórias, embora seja seu direito recorrer, mais uma vez mostrou-se inconformada com a nova decisão que rejeitara o seu recurso, interpôs um novo recurso, neste caso para o Plenário do Tribunal Administrativo entanto que última instância, que acabou sendo chumbado.

O caso começa em 2019, quando a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), na sequência do seu projecto de Monitoria Legal dos Direitos das Comunidades Afectadas pelos Grandes Investimentos, requereu por via de litigância de interesse público, ao Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo para intimar a mineradora Vale Moçambique, S.A, para disponibilizar informação de interesse público, no âmbito da actividade de exploração do carvão mineral, que estava a desenvolver no Distrito de Moatize, Província de Tete.

A OAM solicitava informação sobre o Memorando de Entendimento firmado entre o Governo, a Vale Moçambique, S.A, e as comunidades afectadas pelo projecto em causa, conforme resulta do disposto no n.º 2 do artigo 30 da Lei n.º 20/2014, de 18 de Agosto (Lei de Minas e todos os acordos celebrados com as comunidades e/ou em benefício das mesmas.

Aquela entidade também requeria Informação integral e detalhada sobre o estágio actualizado do pagamento das indemnizações e/ou compensações pagas às comunidades afectadas, incluindo os oleiros cujas oficinas foram destruídas em virtude da concessão mineira atribuída à Vale e o Relatório sobre o pagamento das indemnizações e/ou compensações pagas às famílias afectadas pela actividade da Vale Moçambique, S.A, em Moatize, no contexto de exploração do carvão mineral.

A Vale Moçambique, S.A, também devia disponibilizar Informação sobre o estágio actualizado do processo de reassentamento das comunidades afectadas pelo projecto e resolução das reivindicações apresentadas pelas comunidades e Informação sobre as garantias de subsistência, de geração de renda e de segurança alimentar das comunidades afectadas pelo investimento da Vale na exploração do carvão mineral em questão.

Finalmente, a OAM solicitava informação sobre o mecanismo de resolução de conflitos ou de reclamação das comunidades afectadas (Operational Grievence Mecanism) existente na Vale Moçambique e Informação sobre as actividades de responsabilidade social levadas a cabo pela Vale em benefício das comunidades afectadas pelo projecto.

Face à recusa da empresa, a OAM acabou recorrendo ao tribunal porque a Vale Moçambique, S.A, nunca se dignou a responder os pedidos daquela entidade sobre a disponibilização da informação supra indicada em nome da transparência na indústria mineira e do respeito pelos direitos humanos, sobretudo das famílias directamente afectadas pelas actividades daquela mineradora.

A OAM assinala que, mais do que isso, tratou-se de uma acção de monitoria da implementação da Lei n.º 34/2014, de 31 de Dezembro (Lei do Direito à Informação) e do Decreto n.º 31/2012, de 8 de Agosto (Regulamento sobre o Processo de Reassentamento Resultante de Actividades Económicas). 


⛲ Cartamoz 

Ucrânia convida Papa Francisco a visitar Kiev

 


O Governo ucraniano convidou, esta quinta-feira, o Papa Francisco a visitar o país após discutir o acordo de paz no Vaticano e pediu ajuda para repatriar as crianças ucranianas levadas para a Rússia pelas forças comandadas por Moscovo.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que, durante a audiência, conversou com o Papa Francisco sobre o plano de paz apresentado pelo Presidente Volodymyr Zelensky, bem como sobre os vários passos que o Vaticano poderá dar para nos ajudar a alcançar esse plano.

“Convidei sua santidade a visitar pessoalmente a Ucrânia. Pedi, por exemplo, a participação, a ajuda do Vaticano, para trazer de volta à Ucrânia crianças, algumas das quais órfãs, e que foram transferidas à força, principalmente para a Rússia”, disse o primeiro-ministro ucraniano, citado pelo Observador.

As autoridades de Kiev estimam que mais de 16.000 crianças ucranianas foram sequestradas e levadas para a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022, muitas das quais foram colocadas em orfanatos.

Moscovo rejeita essas acusações, alegando ter “salvado crianças ucranianas”, mantendo-as longe dos combates e implementando procedimentos para reuni-las com as suas famílias.

No final da audiência, o Vaticano emitiu um breve comunicado afirmando que as “conversações cordiais” se concentraram nas “várias questões relacionadas com a guerra na Ucrânia, em particular com matérias humanitárias.

Desde o início do conflito que o Papa Francisco tem feito apelos à paz na Ucrânia, condenando veementemente uma guerra que classificou de “absurda e cruel”.

Apesar das propostas de mediação, a diplomacia da Santa Sé não conseguiu impor-se neste conflito.

O Papa admitiu deslocar-se a Kiev e a Moscovo, no âmbito dessa mediação.


⛲ O País 

Legalização de milícias continua a dividir opiniões em Moçambique


Estrada de Mocímboa da Praia a ser patrulhada, Cabo Delgado, Moçambique

Estrada de Mocímboa da Praia a ser patrulhada, Cabo Delgado, Moçambique

A organização Human Rights Watch considera que a decisão, oficializada pelo voto parlamentar, coloca o país num "caminho perigoso".

A legalização da chamada força local, grupo de voluntários que se juntaram para combater o terrorismo na província moçambicana de Cabo Delgado, continua a dividir opiniões dentro e fora do país.

A legalização, oficializada em Dezembro passado, através da aprovação pelo Parlamento, da revisão da Lei das Forças Armadas de Defesa e Segurança, que passou a dar às milícias circunscritas a algumas zonas de Cabo Delgado, compostas, na sua maioria por veteranos da luta de libertação nacional ou descendentes, parte dos direitos atribuídos ao exército regular, nomeadamente, o acesso a arma do Estado e subsídio, é vista com desconfiança por parte da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).

Igreja Católica do distrito de Muidumbe, após ataque de insurgentes. Província de Cabo Delgado, Moçambique. 

HRW critica legalização de mílicias locais em Moçambique, um "caminho perigoso"

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 27, aquela organização classifica a medida de um "caminho perigoso", apontando como um dos motivos, o facto de ser “milícia destreinada e aparentemente incontrolável”

Na mesma linha está Albino Forquilha, especialista em assuntos militares, quem aponta o descontrolo do armamento como um dos perigos.

Cabo Delgado, centro de acolhimento deslocados (Metuge, Moçambique)

“Não é por acaso que o militar pertence a um quartel e tem instruções claras do que deve ser a sua conduta e o Estado tem o controle de todos os meios que atribui, não é o caso das milícias” disse o analista, que não para por aqui", aponta Forquila.

Aquele especialista acrescenta se que "se os terroristas sabem que em certa comunidade, qualquer um tem armas atribuídas pelo Estado para os combater, há então o risco dos ataques começarem a ser indiscriminados".

Refugiados moçambicanos em Kapise, no Malawi. 

Human Rights Watch pede investigação a denúncias de abusos do exército

De forma mais comedida, o jurista e analista político Édson Manassés, olha para a situação e salienta que o país não tinha outra saída, senão adoptar aquela medida.

“Esta não é uma situação adequada, mas é necessária. Faz parte de um desafio político-militar que deve sempre ser acautelado em função de cada situação. Na minha opinião, não é que o país desejasse que a situação fosse assim, mas foi necessário, porque as pessoas estavam a morrer e não tínhamos exército preparado para enfrentar a situação", frisa Manassés.

Refira-se que durante os debates no Parlamento, a oposição mostrou reservas e optou por não votar a favor da legalização.

“O Governo moçambicano tem sido incapaz ou não quer responsabilizar os membros das suas próprias forças de segurança, implicados em execuções extrajudiciais, violência sexual, detenção arbitrária e maus-tratos a detidos”, disse a HRW no comunicado, no qual exorta Maputo a “assegurar que todas as forças ligadas ao Governo operem dentro dos padrões legais e não violem o Direito Internacional Humanitário”.

Neste particular, em sentido contrário, segundo o comunicado, a HRW enfatiza que em vez de as autoridades se concentrarem “na melhoria da formação e do profissionalismo das suas tropas regulares em matéria de direitos humanos e na responsabilização de responsáveis por abusos”, escolheram “o caminho perigoso de formalizar relações com uma milícia destreinada e aparentemente incontrolável”.


⛲ Voa

Samsung Galaxy A24 surpreende ao copiar as atualizações dos topos de gama da marca


A Samsung é atualmente considerada o exemplo a seguir no mercado Android graças aos cinco anos de atualizações que oferece nos seus topos de gama. Agora, esta política estende-se também para o seu modelo mais acessível, o Samsung Galaxy A24.

Esta notícia surge poucos dias após a apresentação oficial do smartphone. Graças a esta decisão, o Galaxy A24 assume um papel exemplar que todas as marcas deveriam seguir, mesmo nos seus modelos mais barato.

Samsung Galaxy A24 recebe até cinco anos de atualizações

O Samsung Galaxy A24 é assim o modelo mais acessível do portefólio da empresa sul-coreana abrangido pela sua melhor política de atualizações. Um lugar de destaque que, até agora, pertencia ao Galaxy A33.

Samsung Galaxy A24

Isto significa que o Samsung Galaxy A24 terá direito a quatro anos de grandes atualizações de sistema. Apresentado com a One UI 5.1 baseada no Android 13, este smartphone tem já garantidas atualizações até ao Android 17.

Os cinco anos de atualizações cumprem-se quando juntamos à equação as atualizações periódicas de segurança. Estas garantirão a segurança dos dados e informações de todos os utilizadores do Galaxy A24 pelo menos até 2028.

Sendo o Samsung Galaxy A24 um smartphone com um preço a rondar os 200 €, esta é uma política de atualizações invejável. É possivelmente o único modelo da atualidade com tanto suporte e um exemplo que as demais marcas deveriam replicar.

O Samsung Galaxy A24 foi desvendado de forma discreta no Vietname na semana passada. Trata-se de um smartphone equipado com o processador MediaTek Helio G99, com até 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.

O seu ecrã é um Super AMOLED de 6,5 polegadas com resolução Full-HD+ e uma taxa de atualização de 90 Hz. Possui uma câmara fotográfica com três sensores de 50 MP + 8 MP + 2 MP. Nota ainda para a sua bateria de 5000 mAh com carregamento a 25 W.

Ainda não temos informações acerca da disponibilidade global do Samsung Galaxy A24, nomeadamente da sua chegada a Portugal. Dados que deverão ser anunciados brevemente.


⛲ 4gnews

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Huawei P60 Pro é considerado melhor smartphone fotográfico de 2023


O Huawei P60 Pro só será lançado a 9 de maio em Munique. Mas já recebeu um prémio importante no campo da fotografia. Foi considerado o Melhor Smartphone Fotográfico de 2023 pela Technical Image Press Association (TIPA),

Esta é uma das principais entidades no campo da imagem e fotografia. E quem quiser comprar este novo smartphone da Huawei com destaque na fotografia, estará disponível para pré-compra em Portugal a partir de amanhã, dia 28 de abril.

Huawei P60 Pro apresentado oficialmente a 9 de maio

A seríe Huawei P nasceu com imagens inovadoras no centro da sua tecnologia e o Huawei P60 Pro é o mais recente exemplo deste legado. Este novo dispositivo reinterpreta a linguagem clássica do design da série Huawei P e possui um conjunto de características inovadoras na indústria da imagem móvel, com avanços no sistema ótico e imagem inteligente.

“Um companheiro versátil para aqueles que procuram um smartphone com uma câmara de alta qualidade, tanto para fotografia estática como para vídeo”, é a descrição que o TIPA World Award faz do Huawei P60 Pro.

É bom realçar que os TIPA World Awards são reconhecidos como os mais cobiçados prémios de fotografia e imagem a nível mundial. Em ambos os casos, são reconhecidas as empresas da indústria e os seus dispositivos, servindo como uma importante referência e guia para os consumidores na tomada de decisão de compra.

Durante Esta primavera, a Huawei faz chegar ao mercado português este smartphone de última geração, com a oferta de pré- compra dos recém-lançados FreeBuds 5. A disponibilidade e oferta do P60 Pro será confirmada no evento de lançamento a 9 de maio, em Munique, na Alemanha.


⛲ 4gnews

Locomotivas de Chiveve entra com pé esquerdo na BAL

 


O Ferroviário da Beira, campeão nacional de basquetebol sênior masculino, estreou-se com derrota na presente edição da Basketball Africa League. Na ronda inaugural da Conferencia Nilo, os locomotivas de Chiveve foram derrotados pelo Al Ahly do Egipto pela marca de 92 a 74.

Jogando em casa, a equipa egípcia entrou galvanizado e ganhou uma expressiva vantagem logo no primeiro período, uma vez que os pupilos de Luiz Hernandez não mostraram argumentos para travar as investidas do seu oponente. Com o resultado de 35 a 15 à maior para o Al Ahly terminou o primeiro quarto.

No segundo período, o Ferroviário da Beira tentou esboçar uma reação, mas, debalde, voltou a ser o conjunto anfitrião a estar na mó de cima, tendo saído a vencer por 51 a 34.

No reatamento da partida, ou seja, no terceiro período, o conjunto moçambicano entrou transfigurado, mas voltou a ter o azar de encontrar pela frente um adversário que não deixava os seus créditos por mãos alheias. Aliás, nesta fase do jogo os locomotivas reduziram um ponto na desvantagem: 76 a 58.

O derradeiro período só foi disputado para confirmar o triunfo inequívoco do conjunto egípcio pela marca de 92 a 74.

Refira-se que os campeões vão defrontar no próximo dia 29 do mês em curso o conjunto angolano de Petro de Luanda, em partida pontuável da apelidada NBA do continente africano.


⛲ Evidências 

Tentativa de assassinato de Nini Satar: “Leão Wilson procurou-me e disse para eu vir mentir aqui para o tribunal”, disse Franque Davisse


O declarante Franque Devisse nega a acusação de que teria sido quem introduziu uma faca na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, para executar Nini Satar. O recluso acusa o arguido Leão Wilson de tentar alicia-lo a mentir em troca de liberdade 

No seguimento do julgamento do caso de tentativa de assassinato de Nini Satar, foram, esta quarta-feira, ouvidos mais dois declarantes.

O primeiro foi Franque Davisse, acusado de ter facilitado a entrada de uma faca na B.O., a fim de executar Momed Satar, em Fevereiro do ano passado.

Confrontado com o facto, Franque refutou as acusações e revelou ter sido coagido pelo arguido Leão Wilson a acusar Nini Satar, em troca de liberdade.

“Nesta segunda-feira (24), quando saíam daqui, Leão Wilson procurou-me e disse para eu vir mentir aqui para o tribunal, dizendo que quem me entregou a faca foi Nini. Mas eu não podia fazer isso, porque eu sei que é crime”, disse Franque Davisse, depois de ter afirmado que jamais tenha visto a tal faca de que tanto se fala.

Questionado se teria ouvido falar do plano de assassinato de Nini Satar, Franque disse que só ouviu o caso depois que o assunto foi despoletado, quando a Procuradoria-Geral da República começou uma investigação na B.O., por forma a descobrir os contornos desse caso.

O recluso, de 36 anos de idade, conta que, numa das vezes, o seu pavilhão foi interpelado, através da rede de vedação que separa o seu do outro, por António Chicuamba, um dos arguidos do processo, solicitando que fizesse chegar um contacto telefónico escrito num pedaço de papel a um outro recluso (arguido), de nome Damião Mula.

“Chegado lá, entreguei o contacto e ele devolveu dizendo que o número não estava completo e que não devia aceitar nada quando fosse chamado pela PGR, isto porque Leão (arguido) estava a tratar tudo com os ‘chefes’. Quando voltei, Chicuamba já estava a ser recolhido para um interrogatório. Daí chamei Ismael (outro recluso) e informei-o do sucedido, pelo que me aconselhou a contar tudo a Nini”, disse.

Já o segundo declarante, Armando Vilanculos, oficial de inteligência penitenciária, é implicado no caso como quem teria facilitado a entrada do celular usado para fazer gravações que comprovam o envolvimento dos seis arguidos. Mas este também negou tudo.

Vilanculos é citado como quem recebeu o celular de José Ngulela, numa das paragens do bairro Jardim, na Cidade de Maputo, para facilitar a sua entrada na B.O..

Mas aquele diz que, como oficial de inteligência, foi integrado a uma equipa composta por membros da PGR, SERNAP e outros elementos do quadro da justiça para apurar a veracidade dos rumores existentes sobre a tentativa de assassinato.

No trabalho de investigação, Leão Wilson foi tido como responsável pela execução e Lenine Macamo o cabecilha.

“Depois de Leão ter aceitado, acabou por dizer muitos assuntos sérios, que envolvem pessoas de alto nível no Governo, em que existe um interesse em eliminar Nini Satar, porque já não querem ele na sociedade, porque está a trazer muito problemas para o sistema e ia garantir a soltura deles e teriam muito dinheiro. Fala-se de mais de 40 milhões de Meticais”, disse Armando Vilanculos.

Nesta audição, um novo nome foi citado de quem terá feito parte do esquema para introdução de uma faca na B.O.. Chama-se Inácio Mirasse e será ouvido esta quinta-feira.


⛲ integrity

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Malária continua um dos problemas de saúde pública em Moçambique

 


Moçambique é um dos dez países com maior peso da malária no mundo e a doença é responsável em cerca de 29% de todas mortes. De acordo com o Primeiro – Ministro, Adriano Maleiane, o país continua a registar elevado número de casos de malária devido aos desafios existentes no saneamento do meio, calamidades naturais e acesso às medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento atempado desta doença.

À margem da cerimônia do Dia Mundial da Luta Contra a Malária que se assinalou na quarta-feira, 25 de Abril, Adriano Maleiane tornou público que, no ano passado, o país registou um cumulativo de cerca de 12 milhões de casos de malária contra mais de 10 milhões em 2021.

“Para conter a propagação da malária, o Governo tem implementado várias acções de prevenção, com destaque para a introdução de redes mosquiteiras de nova geração, distribuídas nas consultas pré-natais e nas comunidades”, declarou Maleiane para depois destacar o processo pulverização e a administração de medicamentos na prevenção da malária.

“Estas e outras acções estão a contribuir para a redução da taxa de letalidade da malária, apesar de prevalecer ainda um número elevado de casos. Em 2022, a taxa foi de 1,3 por 100 mil habitantes contra 1,5 em 2021”.

Maleiane, referiu, por outro lado, que Moçambique deve reflectir profundamente sobre as acções a implementar e ao reforço de modo a acabar com esta doença, para fazer jus ao lema escolhido para o presente ano.


⛲ Evidências

Aprovados novos salários mínimos para o sector privado


O Governo anunciou esta terça-feira os novos salários mínimos a serem aplicados pelas empresas do sector privado, a vigorar a partir do mês de Abril corrente. Durante a apresentação dos números, a Ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, explicou que no Sector I, nomeadamente, Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura, o salário subiu de 5.200 Meticais para 5.800 Meticais, um aumento de 11.5 por cento e o valor de reajuste foi de 600 Meticais.

No sector II, de Pesca Marítima Industrial e Semi-industrial, a Ministra disse que o salário cresceu de 5.820 Meticais para 6220 Meticais, um aumento de 400 Meticais correspondentes de 6.9 por cento. No subsector de Pesca de Kapenta, o salário mínimo parte de 4.559 Meticais para 4.791 Meticais, um acréscimo de 200 Meticais, correspondentes a 4.4 por cento.

Já no Sector III, o da Indústria Extractiva, a governante explicou que o actual salário mínimo, fixado em 10.353 Meticais, verificou um incremento de 16 por cento, fixando-se em 12.020 Meticais. Para o subsector de Grandes Empresas e Médias Empresas, o reajuste foi de 550 Meticais (8 por cento), tendo o ordenado mínimo saído de 6.800 Meticais para 7.300 Meticais.

Na Indústria Transformadora (sector IV), o salário mínimo sobe de 7.945 Meticais para 8.749 Meticais, uma subida de 802 Meticais, correspondentes a 10 por cento. No sector (V), Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água, o ordenado mínimo para Grandes Empresas saiu de 9.325 Meticais para 10.475 Meticais, um acréscimo de 1.150 Meticais, equivalentes a 12 por cento e para Pequenas e Médias Empresas sobe de 7.566 Meticais para 8.500 Meticais, um acréscimo de 933 Meticais, correspondentes a 12 por cento.

No que toca à Construção (Sector V), a Ministra disse que o salário mínimo parte de 6.700 Meticais para 7.409 Meticais, um reajuste de 709 Meticais, correspondentes a 10.6 por cento.

No sector VI, o das Actividades dos Serviços Não Financeiros, Talapa disse que o ordenado mínimo sai de 7.774 Meticais para 8.574 Meticais, um crescimento de 10 por cento, correspondente a 707 Meticais. No subsector de Hotelaria, Turismo e Similares, o salário mínimo sai de 6.950 Meticais para 7.715 Meticais, um crescimento em 765 Meticais, equivalentes a 11 por cento. O subsector de Segurança Privada parte de 7.525 Meticais para 7.825 Meticais, um crescimento de 300 Meticais, equivalentes a 3.9 por cento. Já no subsector de Retalhista de Combustíveis, o ordenado passou dos actuais 7.774 Meticais para 8.464 Meticais, o equivalente a 8.8 por cento.

No sector VIII, Actividades dos Serviços Financeiros, a governante disse que o salário mínimo regista um incremento de 1.720 Meticais (12 por cento), devendo sair de 14.340 Meticais para 16.061 Meticais, no subsector de Bancos e Seguradoras, um aumento de 1.500 Meticais (11.7 por cento), no subsector de Micro Finanças e Micro Seguradoras, devendo o salário mínimo fixar-se em 14.241 Meticais contra 12.741 Meticais.

Falando à imprensa após a 14ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Talapa disse que os novos salários aprovados “não são os desejáveis, mas os possíveis, tomando em consideração a actual conjuntura económica e social do nosso país”. 


⛲ Cartamoz 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Governo confirma subida do preço de combustíveis nos próximos meses


O Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, Moisés Paulino, confirma que, nos próximos meses, o preço de combustíveis irá ser revisto em alta, facto que irá acompanhar a subida do preço do petróleo no mercado internacional, agravado há dias pelo anúncio dos países produtores e exportadores (OPEP), de retirar pouco mais de um milhão de barris por dia no mercado global, a partir de Maio próximo.

“Nos próximos meses, a situação no mercado interno pode alterar-se no sentido não muito favorável aos consumidores moçambicanos. Naturalmente vem aí um momento não muito bom nessa área de combustíveis”, disse o Director, em declarações, semana passada, à Televisão de Moçambique (TVM).

Entretanto, Paulino disse que o Governo está a estudar medidas para minorar o impacto da iminente subida de preços de combustíveis. Destacou a revisão do Decreto n.º 89/2019 que aprova o Regulamento sobre os Produtos Petrolíferos. “Estamos agora preocupados em conseguir soluções. Vamos levar agora à revisão o Decreto de Combustíveis na perspectiva de que nesse Decreto encontremos questões legais que possam facilitar a gestão deste momento que se avizinha”, avançou o gestor..

Quanto à informação difundida pelas petrolíferas, segundo a qual, o combustível poderá escassear nos próximos dois meses, devido à redução na importação por causa da dívida do Estado ao sector (no montante de 400 milhões de USD), Paulino tranquilizou afirmando que tal não vai acontecer porque o Governo tem estado em conversações com a classe para resolver o problema e permitir o abastecimento de combustíveis no país.

As declarações do Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis surgem uma semana depois do Presidente da Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL), Michael Ussene, afirmar publicamente que, com o preço do barril de Brent no mercado internacional a variar entre 83 a 84 USD cada, em condições normais, o litro de gasóleo no mercado nacional seria de 110 Meticais contra os actuais 87.97 Meticais e a gasolina custaria no máximo 104 Meticais, mais 17 Meticais em relação aos actuais 86,97 Meticais.

Em contrapartida, Ussene explicou que o actual preço seria praticável se o barril de Brent no mercado internacional custasse 70 USD cada. O último reajuste ocorreu em Julho de 2022, em que a gasolina subiu de 83,30 Meticais por litro para 86,97 Meticais e o gasóleo passou de 78,97 Meticais para 87,97 Meticais por litro. Já o petróleo de iluminação passou de 71,48 Meticais, o litro, para 75,58 Meticais e o Gás Veicular, de 40,47 o kg equivalente, para 43,73 Meticais


⛲ Cartamoz 

Paulina Chiziane vai receber o Prêmio Camões “muito brevemente” – garante ministro da Cultura de Portugal

 


A conceituada escritora moçambicana Paulina Chiziane foi a grande vencedora do Prêmio Camões relativo ao ano 2021. Contudo, Chiziane ainda não recebeu o galardão do prémio literário mais importante atribuído nos países de língua portuguesa. Na segunda-feira, 24 de Abril, o ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva, anunciou, antes da entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, que a data da entrega do mesmo galardão à Chiziane será anunciada “muito em breve”.

Mesmo sem adiantar datas, Pedro Adão e Silva adiantou que Paulina Chiziane será a próxima a receber o galardão do Prêmio Camões o que, de certa forma, “é muito significativo, que é termos uma escritora negra, moçambicana a receber o Prémio Camões. A data da entrega será anunciada muito brevemente”.

A escolha de Paulina Chiziane como vencedora do prémio literário mais importante atribuído nos países de língua portuguesa foi anunciado em Outubro de 2021, sendo que o júri decidiu por unanimidade atribuir o prémio à escritora moçambicana, destacando a sua vasta produção e recepção crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional da sua obra.

Importa referir que, em 1990, Paulina Chiziane foi a primeira mulher a publicar um romance intitulado “Balada de Amor ao Vento” em Moçambique. No seu reportório fazem ainda parte dez obras, nomeadamente, “Ventos do Apocalipse”, “O Alegre Canto da Perdiz” (2008), “As Andorinhas” (2009), “Na mão de Deus”, “Por Quem Vibram os Tambores do Além” (2013), “Ngoma Yethu: O Curandeiro e o Novo Testamento” (2015), “O Canto dos Escravos” (2017), “O Curandeiro e o Novo Testamento” (2018) e “A voz do Cárcere”.


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Há Tensão entre militares e elementos da Força Local em Miangalewa, distrito de Muidumbe



As relações no campo operacional entre os membros das Forças de Defesa e Segurança posicionadas em Miangalewa, no distrito de Muidumbe e elementos da Força Local, da mesma aldeia, onde recentemente a população retornou, são descritas como bastante tensas, alegadamente devido à existência de um clima de medo e desconfiança entre as duas partes.

A situação acontece numa altura em que se esperava que as duas partes, além de patrulhas conjuntas, pudessem manter um ambiente cordial e de cooperação no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado.

Fontes disseram à "Carta" que o problema começou um dia depois do ataque a Miangalewa (15 de Abril), quando alguns militares aproximaram-se dos membros da Força Local, para solicitar a entrega de algumas armas, que supostamente pertencem às FADM.

Esta exigência, de acordo com as fontes, não caiu bem junto dos membros da milícia local, que se recusaram a entregar as armas, justificando que foram recuperadas das mãos dos terroristas no dia que invadiram a aldeia. A força local argumenta que, depois da troca de tiros, os terroristas recuaram e abandonaram as armas, pelo que não faz sentido a exigência das forças governamentais para a entrega das mesmas, quando nem foram as FDS que as recuperaram.

Para tentar apaziguar o desentendimento entre as partes, o administrador de Muidumbe, Saide Aly Chabane, esteve no último sábado em Miangalewa, mas parece que a tensão está longe do fim.

Como sinal de que o ambiente ainda continua turvo, as duas forças operam separadamente no terreno, sendo que estão divididas em termos de patrulha, através de uma ponte que separa os dois bairros da aldeia Miangalewa. Enquanto as forças governamentais patrulham e ocupam a zona norte em direcção a Mocímboa da Praia, as forças locais estão posicionadas a partir da ponte para a região sul, em direcção a Macomia-sede.


⛲Cartamoz

RENAMO acusa FRELIMO de fraude no recenseamento eleitoral


RENAMO acusa a FRELIMO de estar a protagonizar irregularidades no processo de recenseamento para as eleições de 11 de outubro. O partido no poder desvaloriza as acusações e diz que já se habituou aos boatos da oposição.

O mandatário da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em Nampula, Ossufo Ulane, faz duras acusações contra a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO): diz que o partido no poder está a instruir os seus comités a emitir declarações de residência a cidadãos que são de fora das áreas municipais no âmbito do recenseamento eleitoral.

"As brigadas recebem listas [de eleitores] provenientes dos partidos políticos que são entregues por policiais aos secretários dos bairros, listas estas que são usadas para fazer o recenseamento e que, terminadas as mesmas, com os respetivos documentos, há simulações de avarias de máquinas. O nosso grupo de fiscalização capturou várias declarações dos bairros", disse.

Recenseamento começou no dia 20 de abril

Os postos de recenseamento eleitoral abrem diariamente às 08h00 e encerram às 16h00, desde o arranque do processo, a 20 de abril, em todo o país. Ossufo Ulane diz que estranhamente os brigadistas ao serviço da FRELIMO excedem esses horários.

"Os brigadistas trabalham no horário normal estabelecidos, depois simulam a saída para casa, mas voltam às 18 ou 19 horas aos postos de recenseamento para fazerem outros trabalhos e queremos perceber do que se trata", explicou.

O mandatário da RENAMO denuncia igualmente tentativas de obstrução ao processo de recenseamento, bem como o espancamento de fiscais do seu partido por parte dos agentes da polícia em plena fiscalização.

Esta segunda-feira (24.04), um fiscal eleitoral da RENAMO disse ter sido "brutalmente espancado" por agentes da polícia ao tentar impedir a inscrição irregular de pessoas de fora do raio autárquico num posto de recenseamento em Chimoio, Manica, no centro de Moçambique.

Ossufo Ulane diz que a FRELIMO está desesperada e que quer usar tudo o que está ao seu alcance para resgatar os municípios da RENAMO.

"Isto é um boato que visa denegrir as instituições do Estado que estão a gerir o processo eleitoral. É preciso dizer que a posição da FRELIMO é de que precisamos de todos os moçambicanos para apoiar as instituições do Estado que estão a liderar este processo", apelou.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, através do seu porta-voz Zacarias Nacute, diz que a sua corporação está a trabalhar no sentido de um processo de recenseamento livre e transparente, e distancia-se de quaisquer acusações.

Sem entrar em detalhes, Nacute referiu que a polícia já abriu dois processos relacionados a ilícitos eleitorais contra membros da RENAMO.

As autoridades eleitorais não quiseram pronunciar-se sobre o caso, mas prometem convocar a imprensa para esclarecimentos em breve.

Nampula conta com oito municípios e espera, neste processo, recensear mais de um milhão de eleitores para as eleições autárquicas de 11 de outubro.


⛲ Dw

sábado, 22 de abril de 2023

Polícia angolana detém 5 pessoas e trava marcha estudantil


O dirigente do Movimento dos Estudantes Angolanos Francisco Teixeira disse este sábado (22.04) que a polícia voltou a impedir uma marcha em protesto contra a greve no Ensino Superior. Cinco manifestantes foram detidos.

Em declarações à Lusa, Francisco Teixeira disse que os primeiros estudantes começaram a chegar ao local onde se iriam concentrar, Largo das Heroínas em Luanda, pelas 9 horas e encontraram "um grande aparato policial".

Segundo o presidente do MEA, a polícia ordenou aos manifestantes que se retirassem do local e perante a insistência de alguns que pretendiam permanecer acabou por prender cinco jovens, incluindo o secretário provincial da organização, Jonas Damião.

"A marcha ia acontecer às 13h00 e já tínhamos cerca de 40 estudantes que dispersaram depois da polícia dizer que não podiam concretizar a manifestação", adiantou.

O MEA tinha convocado para este este sábado (22.04) uma marcha, a segunda de um calendário de cinco manifestações em favor do regresso às aulas nas universidades públicas, onde os professores cumprem uma greve por tempo indeterminado desde 27 de fevereiro passado.

Francisco Teixeira alegou que o MEA cumpriu todos os procedimentos legais, informando antecipadamente o Governo Provincial de Luanda (GPL) da intenção e contesta o impedimento, afirmando que vai levar o assunto às instancias governamentais, queixando-se de ameaças e restrições à liberdade.

"É a segunda tentativa de marcha boicotada pelo GPL em conivência com a polícia, sabemos que é o governador (Manuel Homem) que é também o primeiro secretário do MPLA que que tem dado orientação para que as marchas não saiam", criticou.

"O MPLA impede sempre as nossas manifestações não podemos sequer reclamar, não querem que nós reivindiquemos que queremos condições para regressar as aulas. As nossas liberdades estão a ser totalmente violadas", prosseguiu.

Francisco Teixeira salientou que o MEA vai continuar com o plano dos protestos.

"Alem da arrogância e da força não há razão para que nos impeçam de sair. Vamos tentar de novo, vamos tentar encontros com instituições internacionais e com a Direção Nacional dos Direitos Humanos para apresentar as nossas inquietações", sublinhou.

O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) angolano retomou em 27 de fevereiro passado a greve, por tempo indeterminado, em protesto contra os "salários miseráveis" e a inversão de prioridades do executivo.

"Quando se pode comprar 45 viaturas num valor total de 9 milhões de euros, isto é um paradoxo. Num país que pretende ser competitivo e sabendo que o conhecimento é uma alavanca para o crescimento, não há vontade política para aumentar salários", afirmou à Lusa o secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, na ocasião.

O sindicalista queixou-se, na última semana, de a sua residência ter sido vandalizada por estranhos, após este e a sua filha terem recebido ameaças anónimas, por telefone, para que "terminasse já com a greve", que dura há qase dois meses.

Também Francisco Teixeira disse à Lusa estar a receber ameaças anónimas: "há mensagens que dizem que estamos a ser financiados para realizar confusões".

De acordo com um ofício do MEA, remetido ao GPL em 17 de abril de 2023 e a que a Lusa teve hoje acesso, a marcha de sábado teria início no Largo das Heroínas até terminar no Largo 1.º de Maio.


⛲ Dw

sexta-feira, 21 de abril de 2023

ONG alerta para problemas no recenseamento

  


A ONG moçambicana Centro de Integridade Pública (CIP) alerta para atrasos e problemas com máquinas no arranque do recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro em Moçambique.

"O primeiro dia do recenseamento ficou marcado pelas avarias de máquinas em muitos postos de recenseamento. Em alguns distritos, alguns postos de recenseamento não abriram devido ao atraso da chegada dos equipamentos ou de avarias", refere o Centro de Integridade Pública (CIP) no seu boletim sobre o processo eleitoral em Moçambique.

O recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro começou na quinta-feira em todo país, com a meta de registar quase 10 milhões de eleitores em 65 distritos com autarquias, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Segundo a ONG, na província de Niassa, no distrito de Lago, até ao meio-dia da quinta-feira apenas cinco dos 34 postos de recenseamento estavam em funcionamento, enquanto na cidade de Nampula, província com mesmo nome, foram registadas avarias das máquinas em alguns pontos.

"Na cidade da Beira, província de Sofala, as brigadas da EPC [Escola Primária Completa] de Matacune e da Escola Secundária Samora Machel registaram problemas”, referiu o CIP.

"Inicialmente apresentaram-se dificuldades no arranque das máquinas, mas passado algum tempo funcionaram só que a impressora não imprimia os cartões de eleitores. Até às 13:00, a população recebeu orientações para regressar para casa porque não havia técnico para repará-la”, acrescentou.

De acordo com a ONG, os problemas com as máquinas e atrasos também foram registados em alguns postos de recenseamento em Maputo e Gaza.

A Lusa tentou, sem sucessos, contactar a Comissão Nacional de Eleições (CNE).


⛲ Dw

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Renamo apela a maior fiscalização do recenseamento Eleitoral

 


O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, exige maior fiscalização do processo de recenseamento, para que não haja pessoas com mais de um cartão de eleitor. Ossufo Momade diz que só assim é possível evitar fraudes eleitorais.

Ossufo Momade recenseou-se na Escola Secundária Josina Machel, na Cidade de Maputo, acompanhado pela comitiva do seu partido e pela esposa. Lembrou, na ocasião, que votar é um dever cívico e independente da filiação partidária.

“O recenseamento não tem cor partidária e constitui um acto de cidadania”, referiu Momade, afirmando que a expectativa do partido é que o processo seja transparente, por isso apela aos potenciais eleitores para que não se recenseiem mais de uma vez.

“Cada cidadão moçambicano, potencial eleitor, tem direito de ter um único cartão e o mesmo é individual, não podendo repassá-lo para outras pessoas.”

O recenseamento eleitoral visa actualizar o número de potenciais eleitores. Com o cartão de eleitor a ser adquirido no processo, os eleitores poderão votar quer nas eleições autárquicas de 11 de Outubro, quer nas gerais de 2024.

Sobre o não reconhecimento, de Ossufo Momade, como presidente do partido pelos ex-guerrilheiros desmobilizados e as acusações de perseguições por esquadrões de mortes, por supostos membros da Renamo, Momade preferiu não pronunciar-se sobre o assunto.


⛲ O País 

Ministério Público instaurou quatro processos – crime conta membros da PRM que reprimiram a marcha em homenagem a Azagaia


Várias organizações da sociedade civil agendaram, em todo território nacional, uma manifestação pacifica m homenagem ao rapper Azagaia. Contudo, a marcha, agendada para o dia 18 de Março do ano corrente, foi inviabilizada pela Polícia da República de Moçambique (PRM) que, mais uma vez, usou o excesso de zelo para dispersar os manifestantes. Na sequência dos incidentes ocorridos no dia 18 de Março, segundo a Procuradora – Geral da República, Beatriz Buchili, adiantou foram instaurados 14 processos – crime, dos quais quatros contra agentes da PRM e 10 contra cidadãos que fizeram parte da manifestação.

Dois dias depois dos jovens ocuparam semáforos nas províncias de Maputo, Inhambane, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado para protestar contra o modus operandi da PRM e exigir o respeito do Artigo 51 da Constituição da República, Beatriz Buchili, à margem do Informe Anual à Assembleia da República, tornou público que na sequência das ocorrências do dia 18 de Março foram instaurados 14 processos-crime.

“Com vista ao esclarecimento dos factos e a responsabilização dos implicados, sobretudo nas provinciais de Nampula, Manica, Maputo província e Maputo cidade, onde foram registados no total 14 processos, dos quais quatro contra membros da PRM e 10 contra outros cidadãos participantes nas manifestações”, referiu Buchili.

Na teoria os moçambicanos têm o direito a manifestação como um direito fundamental consagrado n Constituição da República. Contudo, desde que Filipe Nyusi chegou à “Casa Vermelha Moçambique transformou-se num país alérgico a manifestações.

Respondendo as preocupações dos deputados as constantes violações ao direito a manifestação, Beatriz Buchili referiu que esse direito não deve ser limitado ou condicionado, mas advertiu que exercício deste direito deve respeitar a lei sobretudo ao aviso prévio as autoridades.

“A observância destes pressupostos nas manifestações é imprescindível para a garantia da ordem e segurança pública, bem como o respeito pelos direitos fundamentais de outros cidadãos, inclusive cidadãos não participantes da manifestação”, enfatizou.


⛲ Evidências

Violência a 18 de março: PGR moçambicana instaura processos


As ocorrências de 18 de março, dia marcado pela violência policial contra manifestantes que homenageavam Azagaia, apontam para violação da lei e já foram instaurados processos-crime, disse hoje a procuradora moçambicana.

A procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, disse esta quinta-feira (20.04), no Parlamento, que o direito a manifestação está constitucionalmente consagrado como um direito fundamental 

As ocorrências do dia 18 de março, segundo a procuradora, apontam para violação da lei, razão pela qual foram instaurados processos-crime, "com vista ao esclarecimento dos factos e a responsabilização dos implicados, sobretudo nas provínciais de Nampula, Manica, Maputo província e Maputo cidade, onde foram registados no total 14 processos, dos quais quatro contra membros da PRM [Polícia da República de Moçambique]" e 10 contra outros cidadãos participantes nas manifestações", disse Buchili.

A procuradora respondia à preocupação dos deputados sobre a resposta da Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação à atuação violenta da polícia nas manifestações de 18 de março, em homenagem ao rapper Azagaia, que morreu a 9 de março. Por causa da violência policial, vários cidadãos ficaram feridos.

Direito constitucionalmente consagrado

"Qualquer ação tendente a coartar esse exercício contraria a Constituição e a lei acarretando por isso responsabilidades disciplinar, criminal e civil conforme os casos", declarou Beatriz Buchili, no segundo dia da apresentação no Parlamento da informação anual da atividade do Ministério Público.

A procuradora lembrou que o exercício deste direito deve respeitar a lei sobretudo ao aviso prévio as autoridades.

"A observância destes pressupostos nas manifestações é imprescindível para a garantia da ordem e segurança pública, bem como o respeito pelos direitos fundamentais de outros cidadãos, inclusive cidadãos não participantes da manifestação", sublinhou.


⛲ Dw

Recenseamento eleitoral arranca com oposição atenta



O recenseamento eleitoral para as eleições autárquicas de outubro arranca esta quinta-feira em Moçambique, com os partidos da oposição muito atentos a possíveis manobras de fraude que possam ocorrer neste processo.

Na Zambézia, o recenseamento para as eleições de outubro próximo vai decorrer nas sete vilas autárquicas, nomeadamente, Alto Molocue, Gurue, Milange, Maganja da Costa, Mocuba, Morrumbala e Quelimane, a capital da província. Deverão recenseados mais de 1 milhão de eleitores previstos.

Os partidos políticos dizem que desta vez estão mais atentos, devido a rumores de eventuais tentativas de fraude pelo partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

"Geralmente nas eleições autárquicas no ato de recenseamento, o nosso adversário principal é a FRELIMO, que prepara toda a manobra para ser concretizada nas eleições. Estamos a afinar a nossa máquina de fiscais e delegados de candidaturas para o outro lado do processo de recenseamento", afirma José Lobo, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

"Estamos preocupados, há uma onda que anda a pairar no seio dos eleitores, fundamentalmente em Alto Molocué, segundo a qual o partido no poder vai recensear e atribuir 10 cartões de eleitores para cada eleitor, não sei se é verdade mas estamos atentos a estas manobras", garante.

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) também já está a postos, diz Sebastião da Costa, o diretor do gabinete eleitoral na Zambézia do maior partido da oposição moçambicana.

"A expectativa da RENAMO é de ver que todo cidadão maior de 18 anos seja recenseado. Estamos a fazer tudo por tudo para sensibilizar as pessoas, quanto mais sedo for melhor, convido a todos para aderirem o processo."

Na província da Zambézia, serão recenseados em sete vilas autárquicas mais de 1 milhão de eleitores previstos

O Secretariado da Administração Eleitoral (STAE) da Zambézia diz que não há nada a apontar. Tudo está preparado e pronto para o arranque do recenseamentoem 533 postos que serão cobertos por 416 brigadas, segundo o porta-voz Abdul Rajabo.

"Todo o material do recenseamento eleitoral encontra-se nos distritos. Temos todas as condições criadas para o arranque do recenseamento eleitoral", assegura. "Temos como universo eleitoral um milhão quatrocentos e vinte e nove mil oitocentos e setenta e três cidadãos eleitores nas sedes das autarquias."

Celso Malua, membro do partido FRELIMO, o partido no poder, reconhece os "problemas imensuráveis" enfrentados pela população nos últimos anos, mas incentiva ao recenseamento eleitoral em massa.

"Recenseiem-se para exercer o vosso direito de cidadania em outubro próximo, ninguém pode ficar em casa. Há muitas dificuldades, não lamentem, as nossas lamentações devem terminar com a votação", apela.

Uma aliança da oposição contra a FRELIMO em Moçambique?


⛲ De

Lula da Silva rejeita convite da Ucrânia para visitar o país

 


O Governo da Ucrânia reforçou, esta terça-feira, o convite para que o Presidente brasileiro Lula da Silva visite o país, para compreender as reais razões e a essência da agressão russa e suas consequências.

O Presidente do Brasil rejeitou o convite. De acordo com informações da CNN Brasil, não há qualquer viagem marcada e não há sequer uma perspectiva para que tal aconteça, ou seja, Lula da Silva não planeia, para já, uma visita oficial à Ucrânia.

Os assessores da presidência do Brasil não excluíram a possibilidade de uma visita no futuro, mas apenas se Rússia e Ucrânia estiverem ambas interessadas num cessar-fogo.

Para já, está prevista uma deslocação do Presidente brasileiro à Europa no início do mês de Maio, para assistir à coroação do Rei Carlos III.


⛲ O País