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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

Terroristas expulsos de todos os distritos de CABO DELGADO

 


O Presidente da República moçambicana, Filipe Nyusi, afirmou que as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique expulsaram os terroristas de todos os distritos que ocupavam na província de Cabo Delgado, norte do país.

"As nossas forças de Defesa e Segurança, também assistidas pela força local, continuam a perseguir sem tréguas os terroristas, tendo-os desalojado de todos os distritos que até 2021 ocupavam", afirmou Filipe Nyusi, na noite de quinta-feira (10.08), em Maputo, numa receção ao homólogo queniano, William Ruto, que se encontra em visita de Estado ao país.

A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência armada levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novos ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

"Prosseguem os esforços de luta contra os terroristas que atacam alguns distritos da província de Cabo Delgado, conjugando a cooperação multilateral e a bilateral, da SADC, através da SAMIM [Missão Militar da África Austral], e do Ruanda, respetivamente", detalhou o Presidente moçambicano, ao descrever a situação a William Ruto.

Acordos com o Quénia

Os governos de Moçambique e do Quénia assinaram na quinta-feira (10.08), em Maputo, no âmbito desta visita de Estado, quatro memorandos de entendimento e quatro acordos, um dos quais no domínio da defesa.

"Porque os desafios de combate ao terrorismo são comuns e exigem esforços concertados, mesmo antes de um acordo formal no domínio de defesa e segurança, já temos vindo a trabalhar com o seu país, acolhendo a experiência queniana, que tem enfrentado este flagelo com sucesso ao longo dos anos", destacou ainda Filipe Nyusi, na mesma intervenção, dirigindo-se ao homólogo do Quénia.

O conflito no norte de Moçambique já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para pós Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Os dois países têm sofrido ataques associados aos grupo extremistas Al-Shabaab e ao Estado Islâmico.

⛲ DW

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