Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Conflito já fez um milhão de deslocados e cerca de quatro mil mortes.
As incursões de rebeldes que desde 2017 assolam Cabo Delgado provocaram o encerramento temporário de 157 escolas de um total de 978 que existem na província, afirmou o diretor provincial de Educação.
O distrito de Chiùre, assolado por uma nova vaga de ataques nas últimas semanas, tem o maior número de escolas encerradas (40), seguido por Macomia, com 35 instituições, avançou Ivaldo Quincardete, citado pela Rádio Moçambique.
"Neste momento, estão a funcionar 821 escolas. O distrito com maior enfoque, por enquanto, é Chiùre e nós acreditamos que muito brevemente essas escolas vão retomar ou grande parte delas poderá retomar", observou o diretor provincial de Educação.
A nova vaga de ataques em direção ao sul de Cabo Delgado obrigou milhares de pessoas a abandonarem as suas aldeias, principalmente em Chiùre, mas as autoridades avançam que há melhorias, com o número de deslocados a desder de 67 mil para 45 mil, segundo o primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane.
"Neste momento, a prioridade é acomodar as pessoas. É isso que está sendo feito. Estava a ser um exercício muito grande, numa assentada, receber as pessoas. Algumas pessoas estão em escolas outras em tendas, mas temos de dar alguma coisa para se alimentarem", declarou esta segunda-feira à comunicação social, em Maputo, Adriano Maleiane.
Os populares que fugiram nesta nova vaga são sobretudo moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B e Nacussa, maioritariamente pontos do interior de Chiùre, onde milhares de pessoas abandonaram as respetivas aldeias percorrendo quilómetros ao longo da estrada Nacional 1 (N1) em direção à sede de Chiùre ou atravessando o rio Lúrio para o distrito de Eráti, na província Nampula, vizinha de Cabo Delgado.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Daesh.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de quatro mil mortes, segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês).
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