Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Partido é liderado por Ossufo Momade desde a morte de Afonso Dhlakama, em maio de 2018..
Um grupo de apoiantes do deputado moçambicano Venâncio Mondlane, da Renamo, foram este domingo expulsos à força pelos seguranças do partido quando protestavam contra a alegada tentativa de excluí-lo da eleição interna no principal partido da oposição no país.
Os jovens tentavam manifestar-se à porta da sala onde decorre a reunião do Conselho Nacional da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) no Hotel Glória, na capital moçambicana, quando os seguranças do partido os expulsaram à força e rasgaram os cartazes de apoio à candidatura de Venâncio Mondlane que empunhavam.
"Nós queremos que eles deem oportunidades a todos nas eleições internas do partido. Eles agora querem trazer um requisito que define que os candidatos devem ter no mínimo 15 anos de militância, o que não faz sentido porque não está nos estatutos", declarou à Lusa Esmeralda Gonçalves, uma das jovens manifestantes.
"Nós queremos Venâncio Mondlane", gritava Tucha Bernardo, enquanto era agredida e escorraçada pelos seguranças da Renamo, perante a imprensa e altos quadros do partido, incluindo o atual presidente, Ossufo Momade.
Numa reação à Lusa à porta da sala de reunião, o porta-voz do partido desvalorizou a manifestação, considerando que os órgãos do partido estão reunidos "para trabalhar".
"Não faz sentido. Este é um órgão que está reunido e membros do Conselho Nacional que têm direito a assento estão lá dentro. Nós não estamos aqui para manifestações. O partido não é uma pessoa", frisou José Manteigas.
Numa carta aberta divulgada no sábado, o deputado da Renamo e ex-candidato do partido à autarquia de Maputo nas últimas eleições autárquicas, Venâncio Mondlane, exigiu que o Conselho Nacional da Renamo reprove a proposta de perfil de candidato à presidência do partido moçambicano apresentada pela Comissão Política, considerando que viola os estatutos.
"O perfil não foi feito de forma objetiva e imparcial, pois, visa especificamente excluir uma pessoa em concreto, o que fere com os princípios mais elementares da técnica normativa que impõe que as normas devem ser gerais e abstratas", referiu Venâncio Mondlane, numa carta aberta aos membros do Conselho Nacional da Renamo.
Segundo Venâncio Mondlane, membro do partido desde 2018, a Comissão Política da Renamo propôs, entre vários requisitos, que os membros do partido que queiram candidatar-se tenham pelo menos 15 anos de militância.
A Renamo é liderada por Ossufo Momade desde a morte de Afonso Dhlakama, em maio de 2018, mas o mandato dos órgãos do partido expirou em 17 de janeiro.
Ainda assim, na altura, o porta-voz do partido, José Manteigas, apontou Ossufo Momade como candidato, nas eleições gerais de outubro, ao cargo de Presidente da República.
A liderança da Renamo tem sido criticada externa e internamente, com o antigo líder do braço armado do partido Timosse Maquinze a acusar Ossufo Momade de inércia face a alegadas irregularidades nas eleições autárquicas moçambicanas de outubro passado, supostamente a favor do partido no poder (Frelimo), e de negligência face à situação dos guerrilheiros do partido recentemente desmobilizados.
Três militantes já anunciaram que pretendem concorrer à liderança da Renamo, num ano em que Moçambique realiza eleições gerais, incluindo presidenciais: o deputado e ex-candidato à autarquia de Maputo Venâncio Mondlane, o irmão do líder histórico do partido Elias Dhlakama e o ex-deputado Juliano Picardo.
O autarca de Quelimane, Manuel de Araújo, disse estar a estudar essa possibilidade.
A reunião do Conselho Nacional da Renamo antecede o congresso eletivo do principal partido de oposição em Moçambique, marcado para os dias 15 e 16 de maio.
Moçambique realiza a 9 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais.
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