Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Ambos os cidadãos foram detidos "em flagrante delito" em março de 2023.
Dois cidadãos moçambicanos vão ser julgados na província de Cabo Delgado, norte do país, implicados em crimes de financiamento ao terrorismo, recolha de informação, adesão a organização terrorista e associação criminosa, segundo fonte do Ministério Público.
De acordo com a mesma fonte, ambos foram detidos "em flagrante delito" em março de 2023, na vila de Mocímboa da Praia, na posse de 885.500 meticais (13 mil euros) e "diversos géneros alimentícios que se destinavam a garantir a sustentabilidade de um grupo terrorista, que se encontrava acampado em Cabo Delgado".
O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) instaurou um processo criminal contra os dois cidadãos e, segundo o Ministério Público, da instrução "constatou-se que os arguidos, para além de comprarem géneros alimentícios, adquiriam cartões SIM, cupões de recargas das operadoras de telefonia móvel e os remetiam ao líder do grupo terrorista".
"Que, por sua vez, procedia à distribuição aos demais integrantes, para garantir comunicações, internet, bem como transações de dinheiro, com recurso a carteiras móveis, para os membros do grupo e sustento dos seus familiares", acrescentou a fonte.
"Os cartões SIM, depois de usados, eram destruídos, como forma de apagar os vestígios e escapar à ação da Justiça e com o dinheiro adquiriam informações, destinadas ao líder do grupo terrorista, sobre a localização, movimentação e posição das Forças de Defesa e Segurança", prosseguiu a fonte, acrescentando que, finda a instrução, foi entretanto deduzida a acusação e o processo remetido ao Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, no dia 22 de abril, com os dois arguidos presos.
"Contra os arguidos indiciam suficientemente os autos a prática de crimes de financiamento ao terrorismo, recolha de informação, adesão a organização terrorista e associação criminosa", concluiu a fonte.
A província enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência, que desde dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e dos países da África austral, libertando distritos junto aos projetos de gás.
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