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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

40 pessoas acusadas de branquear mais de 20 mil milhões

 


Quarenta pessoas, entre nacionais e estrangeiros, e 15 empresas foram constituídos arguidos indiciados de vários crimes, dentre os quais branqueamento de capitais e falsificação de documentos. São arguidos que terão transferido ilegalmente para fora do país mais de 21 mil milhões de meticais.

O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional descobriu que 40 cidadãos entre estrangeiros e nacionais criavam empresas de fachada que as usavam como um meio para exportar dinheiro de proveniência ilícita e nalguns casos desconhecida.

Assim, depois de buscas realizadas nas residências e estabelecimentos comerciais dos indiciados, localizados em Nampula, Nacala, Matola e Cidade de Maputo, no âmbito da operação denominada Stop Branqueamento de Capitais, o Ministério Público constituiu como arguidos os 40 indiciados e 15 empresas. Foram também detidas cinco pessoas, acusadas de crimes de Branqueamento de Capitais; Falsificação de Documentos; Fraude Fiscal; Abuso de Confiança Fiscal; Associação Criminosa e Uso de Documento Falso.

Segundo uma nota do Ministério Público, os indiciados trabalhavam em colaboração com alguns despachantes aduaneiros e certos colaboradores dos bancos que falsificavam os documentos bancários e os processos de Desembaraço Aduaneiro. Esses documentos serviam para tirar dinheiro do país com a desculpa de que era para importar mercadorias de diversos países , principalmente os considerados paraísos fiscais.

Só para se ter uma ideia, a título de exemplo, entre os anos 2019 a 2023, os arguidos exportaram, ilegalmente, um montante de vinte e um mil, cento e trinta e cinco

milhões, quatrocentos e trinta e nove mil, quinhentos e doze meticais e noventa e seis centavos.

O Ministério Público garante que foi accionada a Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional, com cerca de 12 países, tidos como os receptores dos fundos, com vista à assistência mútua legal e respectiva recuperação de activos.

Agora, o processo foi submetido ao Juiz de Instrução Criminal para o Primeiro Interrogatório dos detidos, sendo que diligências prosseguem para a captura de mais envolvidos.

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