Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, foi a vítima mais sonante das eleições europeias ao perder de forma expressiva para uma extrema-direita que se reforçou em vários países, embora conservadores e liberais tenham vencido na maioria.
Extrema-direita antecipa legislativas em França, mas centro resiste
Também o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, se demitiu, após o partido liberal ter perdido as eleições federais, regionais e europeias realizadas em simultâneo.
Em França, a União Nacional, atualmente liderada por Jordan Bardella mas que mantém presente Marine Le Pen, venceu com 31,5% dos votos, enquanto a coligação encabeçada pelo partido de Macron, Renascimento, se ficou pelos 15,2%.
"Não posso fingir que nada aconteceu", justificou Macron ao anunciar a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas para 30 de junho (primeira volta) e 07 de julho (segunda).
Le Pen reivindicou "uma eleição histórica" e aprovou a dissolução do parlamento, manifestando-se pronta para governar.
Na Alemanha, o Partido Social-Democrata (SPD), que lidera a coligação governamental do chanceler Olaf Scholz, também foi derrotado, mas sem consequências, para já, na liderança do Governo.
O SPD perdeu para a coligação conservadora CDU/CSU e estava a disputar o terceiro lugar com o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Os parceiros do SPD, Verdes e os liberais do FPD, também perderam votos relativamente a 2019, o que levou a CDU/CSU a atribuir a derrota dos três partidos da coligação às más políticas do Governo.
Em Itália, o último país a encerrar a votação, o partido de direita radical Irmãos de Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, confirmou o favoritismo e venceu com 28%, segundo as projeções.
O partido de extrema-direita Liga, do eurocético Matteo Salvini, ficou em quarto, ao perder 26 pontos percentuais em relação a 2009.
Globalmente, os conservadores e liberais ganharam as eleições na maioria dos países, destacando-se também o PP em Espanha, à frente dos socialistas, com o novo partido Acabou-se a Festa a eleger três deputados.
Destaca-se igualmente a vitória da Plataforma Cívica na Polónia, onde os eurocéticos da Lei e Justiça perderam pela primeira vez em 10 anos.
Na Hungria, o Fidesz, do primeiro-ministro eurocético e pró-russo Viktor Orbán, venceu, mas teve o resultado mais baixo desde que regressou ao poder em 2010.
Registaram-se igualmente vitórias de conservadores e liberais na Eslováquia, também derrotando a esquerda populista do primeiro-ministro Robert Fico, e o mesmo sucedeu na vizinha República Checa.
Os partidos destas famílias políticas ficaram igualmente à frente em três países bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia - segundo dados preliminares, tal como na Finlândia, numa eleição em que a extrema-direita perdeu muito do apoio popular.
Nos países balcânicos, a União Democrática, do primeiro-ministro, Andrej Plenkovic, venceu na Croácia.
Na Eslovénia, os conservadores, mas da oposição, também venceram, enquanto na Bulgária a vitória foi para o partido populista de centro-direita GERB, que ganhou ainda as eleições legislativas, realizadas em simultâneo.
Na Roménia, mais de metade dos votos foram dirigidos para a coligação no Governo de liberais e sociais-democratas, e os conservadores da Nova Democracia, na Grécia, também recolheram a maioria dos votos.
A esquerda democrática obteve vitórias na Suécia e nos Países Baixos, neste caso à frente do partido de extrema-direita de Geert Wilders.
As projeções indicam a vitória em Malta do Partido Trabalhista, no poder, ligeiramente à frente do Partido Nacionalista (PN), da atual presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Realizadas nos 27 países da União Europeia (UE) entre quinta-feira e domingo, as eleições ditaram um crescimento dos grupos de extrema-direita, mas sem a expressão que chegou a ser antecipada.
Segundo as projeções, os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) conquistaram 72 deputados e o Identidade e Democracia (ID) 58, o que significa que os dois grupos que congregam a extrema-direita conseguiram mais 12 lugares relativamente a 2019.
O Partido Popular Europeu (PPE), com 189 deputados, e os Socialistas e Democratas (S&D), com 135, continuam a ser os mais votados, mas os 324 lugares que somam não chegam para uma maioria parlamentar (361), pelo que terão de negociar.
Os liberais do Renovar a Europa são o terceiro maior grupo, com 80 eleitos, seguindo-se o ECR, o ID e os Verdes (52).
Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do Parlamento Europeu, registando-se uma participação de 51%, segundo as estimativas.
A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo, tendo o PS conquistado oito ao conseguir 32% dos votos, enquanto a AD (PSD, CDS-PP e PPM) elegeu sete, com 31,1%.
Os restantes eleitos são do Chega (dois, com 9,79%), IL (dois, com 9,07%), e um para BE (4,35%) e PCP-PEV (4,12%).
A taxa de participação em Portugal foi de 37,06%.
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