Época 2025/26 arranca a vermelho: Supertaça sem brilho e um Sporting perdido sem o seu antigo herói
A nova temporada arrancou… mas ficou longe de entusiasmar. No relvado do Estádio Algarve, esperava-se um clássico quente, intenso e com qualidade. Afinal, tratava-se da Supertaça Cândido de Oliveira, com Sporting e Benfica a reeditarem o duelo que fechou a época passada. Mas o que se viu foi uma exibição fria, sem ideias, sem rasgo — e, no caso dos leões, sem Gyokeres.
O vazio deixado pelo avançado sueco, autor de 97 golos em 102 jogos, é maior do que se podia imaginar. A sua ausência tornou-se ainda mais evidente num jogo onde o Sporting revelou uma gritante falta de soluções ofensivas. Sem o “homem da máscara”, os verdes e brancos parecem um corpo sem alma.
Sporting: novas ideias, velhos problemas
Rui Borges tem ideias próprias e quer cortar com o passado de Ruben Amorim, apostando novamente no 4x2x3x1. A mudança, legítima após a conquista da dobradinha, parece porém demasiado brusca. As rotinas antigas ainda estavam bem enraizadas, e tentar reprogramar o ADN do plantel sem o seu maior artilheiro revelou-se arriscado.
Ontem, viu-se um Sporting desligado. Harder, o presumível substituto de Gyokeres, teve uma exibição desinspirada, falhando lances fáceis e mostrando-se alheado do jogo. E se o leão pretendia iniciar a época com autoridade, ficou pelo caminho — sem chama, sem garras.
Benfica: um “novo” velho problema
Do outro lado, esperava-se também um Benfica renovado. Depois de falhar nos momentos decisivos da época passada — perdendo precisamente frente ao Sporting — e de ver novelas como Thiago Almada e João Félix terminarem em frustração, Bruno Lage tinha obrigação de apresentar algo diferente.
No entanto, a águia continua sem voar. Frente ao Fenerbahçe (Eusébio Cup), João Veloso foi o destaque nos primeiros 45 minutos. Mas na Supertaça, o treinador preferiu deixá-lo de fora do onze inicial, optando por Leandro Barreiro. Resultado? Um meio-campo preso, previsível e incapaz de alimentar o ataque.
A saída de Di María deixou um buraco criativo difícil de preencher. Pavlidis ainda foi o herói improvável, aproveitando uma falha de Rui Silva para marcar o único golo da partida. Mas isso não esconde o problema: o Benfica precisa urgentemente de reforços com capacidade de decidir jogos. Caso contrário, o caminho para a fase de grupos da Champions pode ser mais complicado do que parece.