Escolher apenas cinco avançados para representar o melhor que a Primeira Liga tem a oferecer em 2025/26 não é tarefa fácil. A qualidade e profundidade das opções ofensivas nunca estiveram tão elevadas. Entre Sporting, Benfica e FC Porto já encontramos nomes de peso, e ao juntar o Braga e outras equipas em ascensão, a competição torna-se ainda mais interessante.
Com o objetivo de dar espaço a diferentes contextos, a seleção inclui apenas um representante dos quatro grandes (Benfica, Sporting, FC Porto e Braga) e abre lugar a outros protagonistas da liga.
Fran Navarro (Sporting de Braga)
Depois de se destacar no Gil Vicente, Navarro viveu uma passagem menos feliz pelo FC Porto, com empréstimo incluído ao Olympiakos. No entanto, desde que chegou a Braga, voltou a mostrar qualidade. É um avançado versátil, com boa técnica, drible curto e inteligência nos movimentos sem bola. Ainda não recuperou totalmente a forma dos tempos de Barcelos, mas continua a ser um jogador capaz de fazer a diferença.
Clayton (Rio Ave)
Uma das maiores surpresas da última temporada, Clayton permaneceu no Rio Ave, apesar do interesse de clubes maiores e de equipas brasileiras. É um ponta de lança imponente fisicamente, especialista em aparecer no sítio certo dentro da área. Com finalização variada e espírito competitivo, é daqueles avançados que nunca desiste de uma jogada. Foi dos melhores marcadores da época anterior e começou 2025/26 em grande estilo.
Luis Suárez (Sporting)
Contratado para suceder a Gyökeres, Suárez chegou a Alvalade com a difícil missão de manter o ataque leonino no mesmo patamar. Diferente do sueco, o espanhol oferece mais fluidez no jogo coletivo, funcionando como ligação entre médios e extremos. Capaz de assistir e criar espaços para colegas como Pedro Gonçalves e Trincão, promete acrescentar dinâmica ao ataque do Sporting, mesmo que não tenha números tão expressivos em termos de golos.
Samu (FC Porto)
No ano passado, Samu foi peça-chave no Porto, carregando a equipa em vários momentos complicados. Inicialmente visto apenas como finalizador, evoluiu e tornou-se mais completo, aprendendo a baixar no terreno para ligar o jogo e apoiar a construção. O espanhol alia força física, instinto goleador e capacidade de adaptação, características que fazem dele um dos avançados mais promissores do campeonato.
Vangelis Pavlidis (Benfica)
O grego é um “9” diferente: joga bem de costas para a baliza, segura a bola e permite que a equipa suba no terreno. Não é um finalizador clínico como Gyökeres, Jackson Martínez ou Cardozo foram, mas compensa com movimentação inteligente e regularidade. Pavlidis oferece alternativas ao ataque encarnado, tanto para variar jogadas como para abrir espaço aos companheiros. Foi decisivo na conquista da Supertaça e é hoje um dos pilares ofensivos do Benfica.
Menções honrosas
Outros avançados merecem referência pelo impacto que podem ter nesta temporada: Ivanovic (Benfica), De Jong (FC Porto), Pablo (Gil Vicente) e Pau Torres (Braga).
Além deles, há jogadores que, embora não estejam no mesmo patamar, acrescentam valor às suas equipas, como Schettine (Moreirense) e Marezzi (Alverca).
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