Mário Branco quebrou o silêncio e respondeu, de forma contundente, às acusações de que teria “traído” Bruno Lage no processo que levou à chegada de José Mourinho ao comando técnico do Benfica.
Em entrevista exclusiva ao jornal Record, o diretor-geral do futebol encarnado rejeitou qualquer tipo de conspiração ou deslealdade, classificando as versões divulgadas como “desonestidade intelectual”.
⚽ “Não houve traição. É pura desonestidade intelectual”
O dirigente começou por esclarecer um dos episódios mais mediáticos das últimas semanas — a polémica em torno da data do jogo com o Santa Clara, que muitos associaram a uma manobra interna contra Bruno Lage.
“Acho que isso foi um não-assunto. O Bruno Lage, quando falou sobre a situação, deu a opinião dele — disse que era um erro metodológico, o que respeito, apesar de não concordar. A verdade é que isso foi cavalgado de uma forma completamente diferente. Nem por mim, nem pelo Bruno Lage, mas por terceiras pessoas, no círculo mediático, que criaram um problema que nunca existiu”, explicou Mário Branco.
O dirigente frisou que a decisão de jogar à sexta-feira tinha fundamentos desportivos e estratégicos, rejeitando qualquer segunda intenção:
“O Bruno Lage preferia jogar ao sábado, mas nós explicámos as razões de jogar à sexta, porque isso representa também sermos um clube de princípios. Entre 31 de agosto e 12 de setembro, ninguém falou da marcação do jogo com o Santa Clara. Só mais tarde começaram as interpretações maldosas.”
🔥 Mourinho no Benfica: “Seria um erro não contratá-lo”
Com a saída de Bruno Lage e a entrada de José Mourinho, surgiram rumores de que Mário Branco teria orquestrado o processo nos bastidores. O diretor foi direto ao ponto:
“Criou-se uma narrativa absurda de que o Mário Branco teve uma ideia maquiavélica para prejudicar o treinador. Isso é desonestidade intelectual das pessoas que falaram nisso — e não do Bruno Lage.”
Sobre a alegada “traição” ao ex-técnico, Mário Branco foi perentório:
“Essa palavra não faz parte do meu vocabulário. Não percebo qual seria a lógica de não contratar Mourinho. Se o Benfica tivesse a oportunidade e eu dissesse que não por receio de críticas, isso sim seria um erro. A minha consciência está tranquila.”
🤝 Relação com Bruno Lage continua “em paz”
O dirigente fez ainda questão de deixar claro que mantém uma relação de respeito e cordialidade com Bruno Lage, mesmo após a sua saída.
“Tive uma relação profissional muito boa com o Bruno Lage. Conversámos abertamente no dia em que ele se despediu, falámos do jogo com o Santa Clara e saímos em paz um com o outro. Não houve mágoas nem ressentimentos.”
🧩 Mário Branco, Mourinho e o novo Benfica
A entrevista também abordou o planeamento desportivo das águias, os reforços e o papel central de José Mourinho no projeto liderado por Rui Costa. Branco destacou a sinergia entre direção, treinador e scouting, garantindo que o Benfica está a construir uma estrutura sólida para o futuro.
Com esta declaração pública, Mário Branco encerra — pelo menos por agora — o capítulo mais polémico do início da era Mourinho, reforçando a ideia de que a prioridade continua a ser unir o clube e conquistar títulos.






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