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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Tropas sul-africanas começam a retirar-se de Moçambique após missão antiterrorismo em Cabo Delgado. Major-general elogia desempenho, enquanto SADC planeia retirada progressiva até julho de 2024.

 


Os militares das Forças Armadas da África do Sul (SANDF) na missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Cabo Delgado já começaram a sair de Moçambique, disse uma fonte oficial.

De acordo com uma nota da missão a que a Lusa teve hoje acesso, o comandante da Força da Missão da SADC em Moçambique, major-general Patrick Njabulo Dube, visitou no dia 13 a Base Operacional Avançada da África do Sul, em Macomia, para uma "inspeção física do estado de prontidão de retirada da equipa de combate Charlie" e "elogiou o excelente desempenho durante" a missão.

Os membros do contingente da África do Sul são o segundo grupo a retirar-se da missão em Cabo Delgado, operação que se iniciou em 07 de abril. A nota, com data de 20 de abril, não específica se a saída dos militares já foi concluída.

O contingente militar do Botsuana começou a retirar-se em 05 de abril de Cabo Delgado, marcando o início da saída da missão que combate o terrorismo na província do norte de Moçambique.

 "A África do Sul sempre defendeu a defesa coletiva e é um país que não recua quando outras nações enfrentam desafios, sejam necessidades humanitárias ou numa situação de conflito (...) A contribuição das SANDF é notável e louvável por trazer paz e estabilidade a Cabo Delgado e à comunidade de Moçambique", disse o comandante da missão, citado na mesma nota.

Plano de retirada progressiva

A missão está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e, em agosto de 2023, a SADC aprovou a sua prorrogação por mais 12 meses, até julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva.

A missão compreende tropas de oito países contribuintes da SADC, nomeadamente Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, República da Tanzânia e Zâmbia, "trabalhando em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outras tropas destacadas para Cabo Delgado".

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou em 18 de abril que devem ser os moçambicanos os responsáveis pela defesa do país, face à saída em curso da missão.

"O grande responsável pela defesa de Moçambique somos nós, os moçambicanos. Os nossos amigos vão nos ajudar. Eu tenho dito que agora estamos numa fase de capacitação, de construção de resistência, estabilização do país depois da recuperação dos problemas", explicou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, no fim de uma visita a Washington, sobre a situação em Cabo Delgado, província palco de ataques de terroristas nos últimos seis anos.

Situação atual já justifica retirada?

Questionado sobre a saída em curso da missão, prevista até julho, e com a possibilidade do reforço do contingente militar do Ruanda que está na província, o Presidente moçambicano não quis avançar detalhes.

"Não vamos expor como é que nós vamos trabalhar lá", disse Nyusi.

Face à possibilidade, admitida pelo Ruanda, de reforço do atual contingente de mais de 2.000 homens em Cabo Delgado, a oposição moçambicana tem vindo a criticar essa presença militar no país, alegando que não foi discutida no parlamento.

"Dizer que isso não foi ao parlamento, mesmo as mortes que estão ser infligidas não foram discutidas no parlamento", ironizou Nyusi, garantindo que a presença destas tropas resultam de acordos militares anteriores e que também a presença da missão da SADC não foi discutida pelos deputados.

O Governo moçambicano assumiu em 26 de março que a condição atual da guerra contra rebeldes na província de Cabo Delgado justifica a saída da missão militar.

"A situação em que nós nos encontramos agora é muito diferente daquela em que nós estávamos quando esta força veio a Moçambique. A situação atual já justifica que se acione a sua retirada", declarou o porta-voz do Governo moçambicano, momentos após uma reunião do Conselho de Ministros, em Maputo.

Filimão Suaze acrescentou que a retirada da tropa da SADC esteve sempre na mesa e nada impede o Governo de voltar a solicitar a missão, caso julgue necessário.




Fonte :DW

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Cabo Delgado: Milícia "Força Legal" invade esconderijo e mata 10 insurgentes

 


Invasão seguiu-se a um intenso confronto com os insurgentes que foi interrompido horas depois devido à falta de munições por parte da milícia 

A milícia moçambicana denominada "Força Legal", que ajuda no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, anunciou ter morto 10 insurgentes durante uma invasão a um esconderijo do grupo perto da lagoa de Chai, no distrito de Macomia, antecipando a ameaça para uma nova escalada de violência.

A invasão, que se seguiu a um intenso confronto entre a milícia e os insurgentes, ocorreu na segunda-feira, 8, mas o combate foi interrompido poucas horas depois devido à falta de munições por parte da "Força Legal", integrada por antigos veteranos da luta de libertação nacional.

“Foram abatidos 10 insurgentes, mas não conseguiram fazer assalto devido a insuficiência de munições tiveram que recuar. Abateram um grande número, estava a se ver, era uma distância muito curta”, contou à Voz da América um membro da “Força Local”, que pediu o anonimato.

A fonte disse que a milícia usou duas armas sofisticadas na invasão, o que permitiu resistir à resposta dos insurgentes, que mais tarde abandonaram o esconderijo, levando os feridos e enterrando os corpos.

“Uma arma era uma metralhadora e uma RPG7 e as restantes eram essas armas pequenas, mas como munições para a força local tem sido um problema muito sério, então não conseguiram fazer assalto naquele local”, lamentou a nossa fonte, anotando que houve destruição no esconderijo.

Decapitações

Esta invasão ocorreu um dia depois de os insurgentes terem raptado e decapitado pelo menos cinco jovens mulheres na aldeia Namaluco, no interior de Quissanga, durante as celebrações do Dia da Mulher Moçambicana, comemorado a 7 de abril, segundo várias fontes locais.

No dia anterior, 6, os insurgentes terão ferido um jovem na mesma aldeia de Namaluco, reacendendo a insegurança e o medo.

Entretanto, os insurgentes foram vistos a circular nesta quarta-feira, 10, na aldeia Cagembe, e estão a movimentar-se divididos em grupos maiores, de até 50 homens, a caminho de Macomia, de acordo com vários relatos de moradores à Voz da América.

Uma caravana militar das Forças de Defesa da África do Sul patrulha Pemba. 5 de Agosto 2021

A Polícia em Pemba não respondeu de imediato ao nosso pedido de comentário sobre a nova movimentação dos grupos insurgentes e as decapitações na aldeia Namaluco.

Ameaças

Ainda segundo várias fontes locais, os insurgentes lançaram novas ameaças de escalada de violência com o fim do Ramadão, durante o qual os muçulmanos praticaram o seu jejum ritual.

Entretanto, o analista moçambicano, Tobias Zacarias, que estuda a insurgência em Cabo Delgado, observa que esta ameaça de insurgentes não pode ser vista como mera propaganda, uma vez que os grupos têm feito nova movimentação.

"A partir de segunda-feira há informações dos insurgentes terem descido na área de Mucojo, no litoral de Macomia, para Quissanga. Significa que eles já estão a descer, sendo que não é mera propaganda”, explicou à Voz da América, Tobias Zacarias.

O também docente universitário anota que a nova liderança dos insurgentes tem mostrado ataques mais coordenados, com rituais próprios nas decapitações, o que tem merecido a “glorificação” do Estado Islâmico, cabendo as tropas moçambicanas travar a ameaça.

"Pode estar a querer concretizar aquela chamada de janeiro, de ‘jihad contra todos os infiéis’, então isso significa que podemos estar não apenas perante uma ameaça, mas sim a concretização de um sonho do Estado Islâmico”, de transformar Cabo Delgado em califado, enfatizou.

Por sua vez, Dércio Alfazema, diretor de programas do Instituto de Democracia Multipartidária (IMD), entende que a ameaça da escalada da violência pode comprometer seriamente o recenseamento eleitoral, já problemático devido à insegurança.



Fonte: voa português