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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Freddy: Edil de Quelimane fala em "discriminação" nos apoios

 


Manuel de Araújo garante que a sua autarquia ainda não recebeu "um centavo" dos fundos anunciados pelo Presidente Filipe Nyusi para apoiar as vítimas do ciclone Freddy. Dinheiro está a ser gerido pelo governo provincial.

Em março, a cidade de Quelimane foi devastada pela tempestade tropical Freddy. Muitas infraestruturas sociais e económicas ficaram destruídas e uma grande parte da população ficou sem tecto.

Seis meses depois, as vítimas ouvidas pela DW garantem não ter recebido apoios das autoridades e dizem estar a viver em "más condições".

Um dos cidadãos de Quelimane afetados diz que "a situação está má" e que à cidade não chegou qualquer ajuda: "Talvez haja noutros distritos, mas na cidade de Quelimane não vemos nada", conta.

"Algumas chapas voaram, mas não recebemos qualquer apoio. Estou a tentar reconstruir [a minha casa]", diz outro habitante à nossa reportagem.

Apoio de quatro milhões

O Presidente da República Filipe Nyusi visitou a Zambézia a 15 de março para ver os estragos causados pela tempestade e ordenou a canalização urgente de 250 milhões de meticais, cerca de quatro milhões de euros, para a reconstrução de edifícios destruídos na província, no centro de Moçambique.

Na altura, o Presidente deu conta que 49.150 pessoas ficaram desalojadas no distrito de Quelimane e que o Governo "continuaria a trabalhar na procura de soluções a curto, médio e longo prazo". Acrescentou ainda que a verba de 250 milhões de meticais disponibilizada pelo Executivo seria "gerida pelo governo provincial para assegurar a rápida retoma das escolas, unidades sanitárias e outros serviços sociais".

"Quelimane está orfã"

No entanto, o edil de Quelimane diz não ter recebido um centavo do montante prometido. Segundo Manuel de Araújo, "a cidade de Quelimane está órfã, porque apesar da promessa do Presidente da República, não recebemos nada até hoje. Não sabemos onde é que este valor está. As pessoas continuam sem casa, sem água potável", lamenta.

Manuel de Araújo diz ter-se reunido com o primeiro-ministro para reivindicar as promessas do chefe de Estado, sem sucesso. Por isso, pediu uma audiência para falar diretamente com o Presidente Filipe Nyusi.

É inaceitável passar quatro ou cinco meses sem qualquer intervenção por parte do governo central ou provincial. É algo que nos preocupa bastante", afirma.

Esclarecimentos

As autoridades provinciais consideram que, face à extensão dos danos deixados pelo ciclone Freddy, o valor alocado pelo Governo foi pouco.

A procuradoria provincial da Zambézia suspeita que o dinheiro esteja a ser mal aplicado. Fonte deste órgão disse à DW que algumas individualidades do governo provincial foram já chamadas a esclarecer algumas questões sobre os 250 milhões de meticais destinados à reconstrução da província.

Até ao momento, algumas obras de reabilitação ocorrem em escolas, residências protocolares e centros de saúde.

⛲ DW

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

FRELIMO pede afastamento do edil de Quelimane



A FRELIMO alega que Manuel de Araújo se ausenta demasiado de Quelimane. Em entrevista à DW África, o edil diz que o faz por um bom motivo e acusa a FRELIMO de ter deitado fogo à casa da sua mãe.

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder em Maputo, mas na oposição em Quelimane, critica as ausências frequentes do presidente do conselho autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo, cargo ao qual foi eleito pela lista da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

A FRELIMO submeteu um ofício ao Ministério de Administração Estatal e Função Pública a pedir a destituição de Araújo do seu cargo.

O Ministério recusou-se a prestar declarações. Num comunicado, apela, no entanto, à bancada da FRELIMO e à assembleia autárquica que exijam do edil explicações sobre as suas ausências e faltas ao trabalho.

Quelimane desperta interesse no exterior

Manuel de Araújo justifica o motivo de tantas viagens apontando o número de municípios no exterior, mormente em Portugal, que pedem parcerias com Quelimane: "São municípios portugueses que veem Quelimane crescer e querem fazer parte deste processo", explica.

Há ainda outros motivos que levam o edil a viajar para fora do país. "Em abril vou ter de ir para os EUA, para a Universidade de Pensilvânia, para receber um prémio de liderança. Enquanto aqui nos partem as pernas, o mundo está a ver as coisas em Quelimane", remata.

Tribunal de QuelimaneTribunal de Quelimane

"Não há justiça em Moçambique", diz AraújoFoto: Marcelino Mueia/DW

Por seu lado, Manuel de Araújo acusa a FRELIMO de ter mandado incendiar a casa da sua mãe em 2019. Para Araújo, o facto de a Procuradoria Provincial da Zambézia ter, há duas semanas, encerrado o caso sem identificar os criminosos, é "prova inequívoca e evidente" da culpa da FRELIMO, uma vez que, explica, em Moçambique os processos só não avançam quando está envolvido o partido

Fogo posto pela FRELIMO?

Segundo a família de Araújo, a Procuradoria aconselhou a que recorressem da decisão ou que abrissem um novo processo.

"A nossa Justiça tem binóculos e escolhe. A nossa Justiça é forte para os fracos e é fraca para os fortes. Não há justiça neste país", disse o edil.

A DW África tentou obter uma reação às acusações junto do porta-voz do comité provincial da FRELIMO na Zambézia, Manuel Franco, sem sucesso até ao fecho da edição deste artigo.

A mãe de Manuel de Araújo, Inês Alcolete, conta que vive com medo desde que a sua casa foi incendiada, receio exacerbado pelo facto de este ser um ano das eleições autárquicas. "Eu pensei que neste período diriam alguma coisa, mas anunciaram que vão encerrar o caso. Estou assim mesmo, o meu guarda-fatos não tem recuperação, a roupa agora estou a pendurar em qualquer lugar. Queimaram o guarda-fatos, a cama, a mala, a pasta, a roupa que estava lá, foi tudo", contou à DW África.

Um dos guardas presentes no dia do incêndio disse, na altura, à DW África, que fora ameaçado com uma pistola por três assaltantes, que o amarraram, antes de despejar cerca de 40 litros de gasolina na casa


Dw África