terça-feira, 6 de abril de 2021
Crianças Dentro Das Tamigas na Cidade da Beira Por Causa da Areia
Huawei Moçambique doa tecnologia de ponta ao Governo
São ao todo 26 conjuntos de sistemas de vídeo-conferência remotos e cinco (5) conjuntos de sistemas de detecção térmica que foram doados ao Governo moçambicano esta segunda-feira.
MAPUTO- Esta doação vem para tornar as conexões mais eficientes por meio dos canais de tecnologia e plataformas de telecomunicações, ajudando a prevenção, controle, além do cuidado com a doença que tem vindo a assolar Moçambique e o Mundo.
Espera-se que esta doação melhore a capacidade e qualidade de comunicação nos Ministérios, principalmente nesta pandemia. Assim como contribuir para criação de nova forma de trabalho, a criação será também uma das soluções nesta fase que nos encontramos.
Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, com o sistema é possível reunir, em simultâneo, mil pessoas, através de dispositivos pessoais, como computadores portáteis e dispositivos móveis. Ou seja, os dirigentes podem reunir-se sem estar nos locais onde foram instalados os sistemas, o que para o ministro possibilitará a realização de sessões de trabalho sem necessidade de deslocações e contribuirá para a redução de tempo, custos e outras implicações logísticas.
Chu Xiaoxin, CEO da Huawei Moçambique e Angola, em seu discurso disse: "Como uma empresa de tecnologia líder mundial, a Huawei tem capacidade e confiança para alavancar suas tecnologias e experiência para ajudar o Governo de Moçambique a alcançar a transformação digital e promover o desenvolvimento econômico. Agradeço ao Governo de Moçambique por escolher e confiar na Huawei no curso da transformação digital.” Disse Chu Xiaoxin.
Wang Hejun, Embaixador da República Popular da China em seu discurso disse “Endereços agradecimentos a Huawei pela doação de sistema de videoconferência ao Governo Moçambicano, O governo chinês tem encorajado as empresas chinesas a promover o ambiente socioeconómico de cada país através de negócio e assumir as responsabilidades sociais apoiando as empresas para desenvolvimento de negócio.
Para finalizar, o diplomata agradeceu ao governo Moçambicano pela confiança atribuída à Huawei. ''Quero também incentivar a empresas chinesas a contribuírem activamente nas suas responsabilidades sociais e contribuírem para aumentar a boa relação entre os dois países.”
segunda-feira, 5 de abril de 2021
Miquissone e Reinildo imparáveis
Reinildo Mandava anula Di Maria e é preponderante para a vitória do Lille sobre o PSG, por 1-0. O internacional moçambicano foi considerado a melhor unidade da defesa do Lille. Já Luís Miquissone, desta vez na 5ª jornada, foi novamente eleito para o onze ideal da Liga dos Campeões africana.
O fim-de-semana Santo foi de bênçãos para alguns jogadores moçambicanos que actuam no estrageiro. Em terras francesas, Reinildo Mandava foi “gigante” no Parque dos Príncipes, terreno do PSG. Totalista no jogo em que o Lille venceu o Paris-Saint-Germain por 1-0, Isolando-se, desta feita, no comando da tabela classificativa, com 66 pontos, mais três que PSG, o jovem de Chiveve colocou Di Maria e Mbapé em sentido.
Bom taticamente a defender e atacar, a imprensa francesa destaca os bloqueios feitos com categoria na ala esquerda e os contra-taques venenosos por si elaborados.
No total, a defesa fez três desarmes, quatro interceções, dois alívios e igual número de dribles.
Nos duelos, foi superior em oito, dos 13 disputados. E no jogo aéreo, fez o corte in-extremen na única vez que lá foi.
Com uma precisão de 78.1%, completou 25 passes. Foi bem-sucedido em um cruzamento, de duas tentativas e completou apenas um passe longo de cinco lançamentos.
Disciplinarmente, o jovem jogador rocou a perfeição, tendo recorrido à uma falta apenas para parar o adversário.
“MIQUISSONE ESTRONDOSO”
Já Luís Miquissone, depois de ter estado ao serviço dos Mambas, voltou ao Simba, viu e venceu. O internacional moçambicano abriu as hostilidades da vitória do Simba por 4-1, sobre AS Vita Club da República Democrática do Congo.
O prodígio de Angónia foi titular na recepção aos congoleses e abriu o caminho para o triunfo da sua equipa, a passagem do minuto 30.
Por conta da sua actuação, Miquissone voltou a merecer destaque ao constar no onze ideal da 5ª jornada da Liga dos Campões africanos. Foi a segunda vez em que o jogador se figura nos destacados, depois de ter estado no onze na 2ª jornada, após exibição estrondosa diante do Al Ahly do Egipto. Nesse jogo de reencontro com Pitso Muzimane, antigo treinador do jogador, no Mamelodi Sundowns, na África do Sul, o homem de Tete fez o único golo que deu vitória aos tanzanianos.
Já Mexer foi titular na derrota do Bordeaux, diante do RC Strasbourg, por 2-3, mas acabou sendo substituído aos 67 minutos do jogo, por croata Toma Basic. Com a derrota averbada, a equipa do internacional moçambicano trocou de posição com Strasbourg e passou para a 14ª com 36 pontos.
Zainadine Jr entra em acção esta noite, com o seu Marítimo que se desloca ao Estádio da Luz para defrontar o Benfica.
A 10 jornadas do fim do campeonato, o Marítimo ocupa, actualmente, a 17ª posição, com 21 pontos e precisa de vencer, urgentemente, de modo a resolver a manutenção quanto cedo.
Presidente da República dirige-se esta segunda-feira à Nação
O Presidente da República, Filipe Nyusi, profere esta segunda-feira, às 19h30, uma comunicação à Nação no âmbito da Situação de Calamidade Pública.
A última comunicação do Chefe do Estado à Nação foi no dia 4 de Março sobre a Situação de Calamidade Pública. Nessa data, a saúde notificou 775 novos casos da COVID-19, seis óbitos e 280 recuperados.
Até 4 de Março passado, a cidade de Maputo continuava epicentro da pandemia, seguida pela província de Maputo e Sofala, respectivamente.
Comparativamente aos dois meses anteriores, Janeiro e Fevereiro, os números era mais reduzidos, mas o Chefe do Estado decidiu manter grande parte das medidas do decreto anunciado a 4 de Fevereiro, com destaque para: Recolher obrigatório das 21h00 às 04h00, encerramento dos locais de culto, conferências, reuniões e celebrações religiosas, por um período de 30 dias, em todo o território nacional, interdição dos eventos sociais e restrição do período de funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais de grandes superfícies, das 09h00 às 19h00.
Entretanto, o Chefe do Estado autorizou a retoma das aulas presenciais em todos os subsistemas de ensino, a partir do dia 22 de Março, observando as medidas de prevenção da COVID-19.
Transcorridos os 30 dias da vigência do decreto de Março, o país mostra, mais uma vez, sinais de melhorias e controlo da pandemia.
Ontem, 4 de Abril, o país registou 144 casos positivos, nenhuma morte, 159 indivíduos recuperados, dois novos internamentos. O número de casos activos passou de 16.210, em Março, para 10.209, em Abril.
FDS retomam o controle de Palma
Já está sob total controle das Forças de Defesa e Segurança (FDS) a vila-sede do distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado, após 11 dias de acesos combates com o grupo terrorista que invadiu aquele ponto do país no passado dia 24 de Março.
A informação foi avançada este domingo pelo porta-voz do Teatro Operacional Norte, o Brigadeiro Chongo Vidigal, durante a apresentação dos resultados das operações da reconquista de Palma à imprensa e ao Governador da província de Cabo Delgado.
Coronavírus quebra tradição de almoço no dia da páscoa
Há famílias que celebraram a Páscoa sem o habitual almoço devido às restrições impostas pela COVID-19, na cidade de Maputo.
Jesus Cristo ressuscitava e a sua ressurreição fortificavam os laços familiares através do habitual almoço de família no dia da páscoa. Era um cenário que lembrava o Natal. Numa casa, convergiam várias pessoas prevenientes de outros pontos. Hábitos que este ano foram quebrados devido à pandemia do novo Coronavírus.
Na cidade de Maputo, as ruas estão movimentadas. Há muita gente na rua e pouca em casa a celebrar a Páscoa. Carolina Luís Massingue vive no bairro de Chamanculo e é mãe de cinco filhos. Professa a religião “zione” e este ano não teve o almoço de páscoa. Sentou-se na cadeira e atenta à sua banca, fonte de sustento, com a mente nas panelas vazias…uma celebração da Páscoa diferente e para esquecer.
“Como é que vamos cozinhar, se não vamos a sítio algum por causa do Coronavírus. Estamos confinados. Não estamos a ter sucesso no negócio porque não há empregos. Como é que a pessoa vai comprar se, na sua maioria, perdeu emprego. Estamos em casa e os produtos apodrecem nas bancas”, lamentou Carolina Massingue, moradora do bairro Chamanculo, na capital moçambicana.
Agora estão confinados devido à COVID-19 que consigo levou os velhos hábitos e, por estes dias, só restam mesmo recordações dos velhos tempos.
“No dia da Páscoa preparava-lhes um frango porque o consumo da carne já estava liberado, mas antes da ressurreição de Jesus Cristo, na minha casa não se consumia pão e muito menos carne, mas hoje estamos aqui sentados, a comer “piripiri” com as crianças porque não há condições para me alegrar com a ressurreição de Jesus Cristo”, lembrou Carolina Massingue.
Avó Melinha, como carinhosamente é chamada, sentou-se em frente à sua casa e, nos risos, joga a conversa fora na companhia da sua vizinha, até porque é a única coisa que pode fazer numa páscoa celebrada no contexto da COVID-19.
“Se não fosse o Coronavírus, nesta Páscoa estariam aqui os filhos dos meus irmãos que vivem na Matola e dos meus tios. Estaríamos numa grande celebração da Páscoa. Com o Coronavírus não há dinheiro. Eles, também, estão com receio de vir para aqui”, contou Amélia Francisco, idosa residente de Chamanculo.
Não há habitual celebração da Páscoa na casa desta idosa de 68 anos, mas também nas panelas não há muito para uma comemoração à altura dos tempos idos. “Não cozinhei nada. O que iremos cozinhar? Ontem cozinhei arroz refogado de cebola. É o que hoje voltarei a comer”, disse num tom de frustração.
E foi o novo Coronavírus que levou a pouca ajuda que Fátima Zucula costumava ter nos dias de Páscoa, daí que este ano, a celebração da ressurreição de Cristo teve um sabor diferente.
“Davam-me alguma coisa para celebrar o dia, mas por causa do Coronavírus já não está a dar porque eles, também, não têm nada. Para a páscoa, tenho folhas de feijão-nhemba e arroz”, queixou-se Fátima Zucula, também, residente do histórico bairro de Chamanculo, na cidade de Maputo.
Para os residentes de Maputo, com ou sem o almoço no dia da Páscoa, o importante é que Jesus Cristo tenha ressuscitado no coração de cada cristão.
domingo, 4 de abril de 2021
A história de um bebé nascido em pleno ataque terrorista
Nem a mata, nem a noite, muito menos o perigo conseguiram impedir a vinda ao mundo de Salimo Abdala, bebé cuja mãe deu à luz sozinha, fugindo dos terroristas na Vila de Palma. Uma história de emoção e esperança no meio do terror que se vive naquele distrito da província de Cabo Delgado.
A mãe chama-se Fato Abdula, tem 29 anos. O bebé, tranquilo, carinha de anjo, passa a chamar-se Salimo Saíde, nome do avô.
Quase recuperada, a mãe de quatro filhos conta que, no dia 24 de Março, quando os terroristas atacaram Palma estava grávida, tendo-se perdido do marido e dos seus três filhos.
A mulher percorreu a mata por dias, na companhia dos outros deslocados, mas acabaria por ser abandonada, porque não conseguia correr. Dois dias depois, ainda na mata, entrou em trabalho de parto.
“Quando anoiteceu, fiquei sozinha e comecei a sentir dor. Senti como se estivesse a urinar, enquanto a criança estava perto. Fiz o parto sozinha e arranjei um pau, quebrei-o para cortar o cordão umbilical. Enterrei a sujidade e a criança ficou a chorar até amanhecer”.
Acabou por ser socorrida pelo mesmo grupo que a tinha abandonado, permaneceram nas matas durante mais dois dias até que foram resgatados no Rio Rovuma.
O pequeno Salimo está saudável. Dormia enquanto gravávamos a entrevista, mas conseguiu esboçar um sorriso. O momento que se vive em Cabo Delgado é de tensão, porém não abafa os sonhos que esta mãe tem para com o seu filho.
“O bebé está bem, não teve nenhum problema de saúde desde que chegámos aqui. Gostaria de fazer uma festa de aniversário no dia em que ele nasceu. Espero que ele estude e seja alguém no futuro”.
Mas a esperança sobre o futuro logo se apaga, quando se lembra da família perdida. Interrompeu a entrevista para mostrar-nos uma fotografia da filha mais velha e o Cartão de Eleitor do marido na expectativa de ajudarmos a localizá-los.
“Não sei se os meus filhos vão encontrar-se com o pai ou o meu marido virá para ver o filho. Peço ajuda para saber onde o meu marido e as crianças estão”
São vidas, rostos inocentes em ambiente de conflito.
JOANA KHOSSA ACREDITA QUE O “FICA EM CASA” VAI MUDAR A SUA VIDA
Aos 22 anos, cantora, instrutora de dança, vendedora de artigos Sex shop e estudante, Joana Khossa, participante do “Fica em casa”, sente que o reality show vai transformar a sua vida. Ela pretende apoiar crianças e adolescentes vulneráveis, caso vença o prêmio.
Faldo, hoje (04), numa conversa telefónica com a nossa equipa, Joana disse que vê o programa não apenas como o prêmio de 1 milhão de Meticais, mas como uma montra de várias oportunidades.
“A partir daqui, terei mais oportunidades para me impulsionar, em várias áreas, como cantora e instrutora de dança, com a visibilidade que o concurso me dará “, salientou.
Nessa perspectiva, ela quer aproveitar a casa para vender artigos da sua Sex shop.
“Sou viciada em vender, faço isso com toda a minha alma. Por isso, quero levar os produtos da minha Sex shop para vender, ou alugar, vai depender dos colegas. Espero que a produção aceite (risos)”, considerou.
Entretanto, a jovem planeia conquistar o prêmio, sendo verdadeira.
“Quero disputar sendo eu mesma, porque acho que é o que a maioria gosta em mim. No princípio, vai parecer que vesti uma capa, mas até ao fim, todos vão perceber que sempre fui eu mesma”, destacou.
Se ganhar, parte do dinheiro já tem um destino.
“Tenho um milhão de projectos, mas vou investir em obras de acção social que vão beneficiar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, além de oferecer ao mundo uma forma diferente de actuar e pensar”, avançou.
Reaizar tarefas domésticas na casa, não será um problema para a cantora, já que está acostumada, uma vez que vive sozinha. Porém, não quer ser chateada, ou aproveitada.
“Sou uma pessoa prestativa, paciente, fácil de lidar e dou tudo por quem gosto. Mas não é boa ideia me chatear, pois quando estou chateada criarei um alvoroço incontrolável”, avisa.
Sobre relacionamentos, ela diz que não está disposta a namorar com ninguém no concurso, mas que pode se apegar.
“Não pretendo namorar, mas gosto de afecto, de pessoas carinhosas e atenciosas, quem me der isso, fará com que eu me apague”, exprimiu.
O “Fica em casa” estreia a 19 de Abril, reunindo Joana e outros 25 participantes de todo o País, na disputa pelo prêmio.
ZALDA LANGA FALA SOBRE NAMORAR NO “FICA EM CASA
A empreendedora Zalda Feliciana Langa, que foi a primeira participante confirmada no “Fica em casa”, falou sobre relacionamentos no concurso.
Em conversa com a nossa equipa, hoje (04), Zalda Langa começou por dizer que o seu coração é muito intenso.
“Quando eu quero e gosto, é de verdade. Isso se nota no que faço, ao nível do meu trabalho”, pondera.
Entretanto, não revelou o seu estado civil, mas deixou uma pista.
“Uma vez que, ainda, faço as coisas roubando, o meu estado continuará no sigilo”, considerou e acrescentou, “isso não quer dizer que devem tentar me conquistar.”
Para o reality, ela conta que conviver com pessoas diferentes será a parte mais fácil, por ser algo que gosta.
Sobre namorar na casa, ela diz que não pode escolher.
“Se apaixonar é uma coisa que não escolhemos, mas peço a Deus que isso não aconteça comigo”, ressaltou.
O “Fica em casa” estreia a 19 de Abril, reunindo Zalda e outros 25 participantes de todo o País, na disputa pelo prêmio de 1 milhão
Papa Francisco ora pela paz em Cabo Delgado
O Papa Francisco presidiu, na Basílica Vaticana, a Santa Missa de Páscoa, com uma limitada presença de fiéis devido às restrições impostas pela pandemia da COVID-19. Esta situação também fez com que a mensagem Urbi et orbi fosse proferida em frente ao altar da cátedra.
Na mensagem Urbi et orbi, o santo padre desejou votos de paz a Moçambique, devido aos ataques terroristas em Cabo Delgado.
“No mundo, há ainda demasiadas guerras, demasiada violência! O Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”, clamou Papa Francisco.
Para além de Cabo Delgado, o Papa citou ainda a Síria, o Iêmen, a Líbia, a Ucrânia, o Sahel e a Nigéria, bem como a região de Tigré, escreve o Vatican News.
A mensagem pascal é dirigida também aos migrantes que fogem da guerra e da miséria. O Sumo Pontífice agradeceu aos países que acolhem, como Jordânia e Líbano, que enfrenta inclusive um “período de dificuldades e incertezas”.
In O País