Cookie

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

“É falso que as pessoas não lêem porque o livro é caro” José dos Remédios


No Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, livreiros defenderam, na Cidade de Maputo, que é falsa a afirmação de que as pessoas lêem ou não lêem pouco porque o livro é caro. Segundo entendem, os potenciais leitores têm outras prioridades, que não cruzam com a leitura.


As livrarias têm livros para todos os bolsos. E a leitura é importante porque amplia saberes em todos os sentidos. No entanto, tem-se dito que o livro é caro. Os livreiros da Cidade de Maputo discordam. “Se nós estamos preocupados por alguma coisa, fazemos sacrifícios para a obter. Com o livro não é diferente. Só é uma excepção quando não estamos interessados. Se olharmos para os nossos jovens, podemos ver que têm celulares muito mais caros do que um livro, mas, porque estão interessados no celular, conseguem comprar”, explicou o livreiro Laurentino, da Mabuko.

No Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, os livreiros da Mabuko, Escolar Editora e Paulinas abriram as portas das livrarias para defender que, na verdade, o problema não é o preço do livro, mas a diminuição do interesse pela leitura.

Além disso, desde que as restrições de mobilidade iniciaram em Moçambique, a procura pelo livro também abrandou significativamente. “Quando a escola abre, notamos alguma diferença, porque a procura pelo livro é notável”, disse Jonathan Diamante, da Livraria Escolar.

Diminuição de infecções dita alívio de restrições no Malawi


 O alívio das restrições contra o novo Coronavírus no Malawi abrange o recolher obrigatório, cujo início passa das anteriores 21 horas para meia-noite.

Os bares, que até quinta-feira estavam autorizados a funcionar até às 20 horas, já podem abrir até à meia-noite.

As portas dos supermercados e de outros estabelecimentos comerciais podem permanecer abertas até às 22 horas.

Segundo o executivo malawiano, os transportes públicos passam a observar uma lotação de até 75 por cento da sua capacidade.

Relativamente às reuniões públicas, os recintos fechados devem albergar apenas 100 pessoas e 250 participantes para eventos ao ar livre.

As novas medidas foram anunciadas pela ministra da Saúde malawiana, Khumbize Chipond, que esclareceu que vão vigorar durante quatro semanas.

A governante clarificou ainda que o uso de máscaras, a lavagem frequente das mãos e o dever de manter o distanciamento físico continuam em vigor.

O Malawi tem um cumulativo de 33.975 pessoas com a COVID-19, das quais 1.142 morreram, 31.852 recuperaram-se da doença e 842 continuam com o vírus activo.

Morreu Rogério Mariannii (1974-2021)


 Perdeu a vida, na madrugada desta sexta-feira, vítima de doença, o treinador de futebol Rogério Mariannii. Até à data da sua morte, Mariannii era treinador principal do Grupo Desportivo Maputo.


Rogério Mariannii, de nacionalidade italiana, nasceu a 31 de Julho de 1974, tinha um contracto com os “alvi-negros” desde 8 de Dezembro, quando foi chamado para substituir Dário Monteiro, que deixara a colectividade para se concentrar na selecção sub-20.


O técnico iniciou a sua carreira de treinador em 2005 pela porta do Olímpico da Catembe, tendo ainda passagens por mais 9 clubes nacionais, nomeadamente Benfica de Nampula, Estrela Vermelha de Maputo, Benfica de Quelimane, Têxtil de Púnguè, Vilankulo FC, Chingale de Tete, Águias Especiais de Maputo, Sporting de Nampula e Desportivo Maputo, o seu último clube. Tem, ainda, passagem por mais um estrangeiro, Mbabane Highlanders de eSwathini, em 2014/2015.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Governo assina contrato para expansão de água no sul e centro do país

 


O Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, assinou esta quinta-feira um contrato de concessão de oito sistemas de abastecimento de água. A iniciativa vai beneficiar as províncias de Niassa, Zambézia, Sofala e Gaza.


Avaliado em mais de 23 milhões de dólares norte americanos, o contrato rubricado hoje, é resultante de uma parceria público-privada. Ao todo são oito distritos das províncias de Niassa, Zambézia, Sofala e Gaza que, segundo o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, passam a ter acesso a água potável.


“O presente contrato de concessão com Operation Water enquandra-se na lei das PPP’s e assume o formato BOT, tendo resultado de um processo longo, de uma proposta não solicitada, prevista na lei das PPP’s, há sensivelmente três anos, que foi aprovada pelo Conselho de Ministros, em Dezembro de 2020, através do decreto 112 de 29 de dezembro”, destacou Machatine.


Por sua vez, Ryan Page, fundador da Operation Water em Moçambique diz que os esforços do Governo na provisão de água devem ser acompanhados pela contribuição dos beneficiários.


“Decidimos começar com Moçambique porque o Governo tem trabalhado com o sector privado no sentido de prover água para as populações, deixando claro que os cidadãos devem pagar pelo recurso de modo a garantir a sustentabilidade dos projectos”, frisou.


Vários têm sido os projectos do Governo para provisão e expansão de água potável no país. Neste projecto em particular, o executivo espera abranger mais 380 mil habitantes.

Subiu para 24 o número de mortos pelas chuvas em Luanda


 O número de vítimas das chuvas torrenciais de segunda-feira, em Luanda, aumentou para 24, dos quais nove são crianças, segundo dados actualizados pelo porta-voz da Comissão Provincial de Protecção Civil.

As informações foram transmitidas no final da reunião da Comissão Provincial, presidida por Joana Lina, governadora de Luanda e que coordena a comissão. Em declarações à uma estação de rádio local.

Do total de vítimas mortais, 10 residiam no Município de Cacuaco, cinco no Município de Luanda, três em Viana, e igual número nos Municípios do Cazenga e Kilamba Kiaxi.

Para além das vítimas humanas, há registo de 2.289 residências inundadas, 60 casas desabadas, 14 escolas alagadas, duas pontes parcialmente destruídas e outras quatro inundadas, 58 árvores caídas e quatro centros de saúde inundados, bem como o transbordo de nove bacias de retenção.

STAE quer “tentar” corrigir erros do passado nas próximas eleições em Nampula



 O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), instituição responsável na gestão técnica e administrativa dos pleitos eleitorais em Moçambique, reconhece algumas dificuldades do passado, a nível do maior círculo eleitoral do país, Nampula, e assegura que poderá melhorar a sua prestação técnica nas próximas eleições autárquicas previstas para 2023 e presidenciais e gerais de 2024 à escala nacional.


Em quase todos os pleitos eleitorais, desde a história do multipartidarismo, lembre-se, são frequentes avarias dos mobiles, erros nos cadernos eleitorais, reclamações de subsídio ao pessoal envolvido nos processos entre outros problemas que tem gerado revolta no seio dos cidadãos, organizações da sociedade civil e partidos políticos.


O chefe do departamento de Organização e Operações Eleitorais no STAE, a nível da província de Nampula, Rachide Cheia, falando a jornalistas, disse que a sua instituição está ciente dos problemas, mas assegurou, sem precisar entrar em detalhes, que nas próximas eleições passarão para história, uma vez que haverá preparações antecipadas para o efeito.


“Partindo das situações que os jornalistas notaram no processo passado, os problemas serão acautelados. Portanto, logo que estiverem marcadas as eleições as condições serão criadas [para o sucesso do processo eleitoral]”, garantiu o responsável.

Para o chefe do departamento de Organização e Operações Eleitorais, os únicos constrangimentos que poderão influenciar no processo preparativo das eleições serão as calamidades naturais, “que são inevitáveis, mas aquilo que diz respeito à preparação técnica do STAE acho que tudo será acautelado”.


Recorde-se que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) celebrou no ano passado, a 21 de Abril, o 25º aniversário desde a sua criação, à luz do decreto 11/95 de 21 de Abril, mas as festividades ficaram adiadas, devido a pandemia da covid-19.


Entretanto, neste ano, para fazer face as celebrações do 26º aniversário, a instituição está a desencadear uma série de actividades com destaque para palestras internas e externas, e exposições que retratam os processos eleitorais em Moçambique.


Os 25 anos do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral celebram-se sob o lema “STAE 25 anos promovendo a cidadania e democracia”.


De acordo com Rachide Cheia, “ao longo dos 25 anos, o STAE passou por várias transformações estruturais e legais para melhor responder aos desafios impostos para o cumprimento da sua missão de organizar, executar e assegurar as actividades técnicas e administrativas dos recenseamentos e processos eleitorais”, explicou.

Recluso testa positivo para a covid-19 na Ilha de Moçambique

 



Um recluso testou positivo para a covid-19, e o caso foi notificado no dia 20 do corrente mês de Abril, no Estabelecimento Penitenciário Distrital da Ilha de Moçambique na província de Nampula.


De acordo com o Dr. Geraldino Avalinho, chefe do departamento de Saúde Pública no Serviço Provincial de Saúde de Nampula, o paciente não apresenta sintomatologia, e neste momento “encontra-se isolado seguindo o protocolo sanitário”.


Ao nível do Estabelecimento Penitenciário Regional Norte, a fonte assegurou que 22 (vinte e dois) reclusos que testaram positivo para o novo coronavírus encontram-se, totalmente, recuperados.


“O caso da penitenciária regional, já passam mais de vinte dias”, disse o Dr. Avalinho, assegurando que assim que foram testados, “propusemos que a direção encontra-se uma cela para isolar os reclusos, e agora não temos nenhum caso activo lá”. 

Daviz simango , Já se passaram dois meses sem o nosso Presidente do município



DAVIZ SIMANGO , já se passaram dois meses sem o presidente de município da cidade da beira, o povo beirense ainda chora pela perda do presidente DAVIZ SIMANGO. 

Morto no dia 22 de fevereiro de 2021 , na vizinha África do Sul , vítima de Doença.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Onze dias de aventura no mar em busca de segurança


 Desde o passado dia 24 de Março, dia do ataque terrorista à Vila de Palma, a vida de quem lá vivia ficou marcada por histórias de tragédia, desespero e retrocessos. Desde então, dia-a-dia, dezenas de pessoas embarcam ou tentam embarcar em aventuras por terra ou mar, em busca de locais seguros para fugir dos terroristas


Cerca de um mês depois do ataque terrorista à Vila de Palma, a cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, continua a receber deslocados vindos de Palma


Nesta terça-feira (20), mais de 100 pessoas chegaram à cidade, em duas embarcações artesanais, que atracaram no bairro de Paquitequete. Consigo, traziam (muito) pouco do que conseguiam salvar e levar na fuga. O que trazem de mais são estórias dramáticas da longa viagem que os levou para longe das suas casas.


“De Palma para Pemba, levámos onze dias, por causa do mau tempo, especialmente o vento, que empurrava o nosso barco para alto mar”, confirmou Fatua Adamo, uma mulher de 45 anos de idade, depois de desembarcar em Paquite, com o marido e seis filhos menores.


Prosseguindo com a crónica da “longa e cansativa viagem”, Mandrasse Sumail, outro deslocado recém-chegado a Pemba, disse que a aventura, pelo mar, esteve cheia de incertezas, riscos e mesmo iminência de um final trágico.


“Saímos de Palma, 131 pessoas num único barco. Durante a viagem, o barco partiu-se, e, por sorte, estávamos perto de uma ilha, onde chegámos a nado. Aí encontrámos dois barcos pequenos e dividimo-nos. Foi assim que chegámos a Pemba”, descreveu Mandrasse Sumail, uma jovem de 20 anos de idade que fugiu da aldeia Quissengue, depois de ter escapado de vários ataques.


O maior drama da viagem, de acordo com os deslocados, foram a fome e a falta de água potável, e só conseguiram sobreviver “graças a pessoas de boa vontade”.


“Sofremos muito com chuva, dia e noite. Só comíamos quando encontrássemos uma ilha onde pedíamos ajuda em comida e água. Cozinhávamos, comíamos e ganhávamos forças para continuar com a viagem”, contou Sumail.


Os deslocados não confirmaram a ocorrência de qualquer ataque recente, dizem apenas que fugiram devido ao terror e pânico provocados depois do ataque de 24 de Março, que deixou várias aldeias vizinhas praticamente desertas.


“Quase todas aldeias, incluindo Quissengue de onde estamos a sair, estão abandonadas. Todos estão concentrados em Quitupo, perto do acampamento da TOTAL, à espera de uma oportunidade para sair de Palma, revelou Abdul Inze, um dos mais de 130 deslocados desembarcados esta terça-feira em Palma.


Os deslocados, na sua maioria mulheres e crianças, foram recebidos pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), que os encaminhou a centros transitórios de acomodação, com excepção daqueles que encontraram logo alguém da família.


O mapa de acolhimento


Um mapeamento, feito pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), indica que o distrito de Mueda tem sido o palco de refúgio da maioria das pessoas que fogem de Palma.


Com base em dados recolhidos até semana passada, dia 15 de Abril corrente, o levantamento da ACNUR indica que 33% das cerca de 20 mil pessoas registadas, que fugiram dos recentes ataques a Palma estão em Mueda, distrito localizado a mais de 250 quilómetros.


Em Nangade, distrito imediatamente vizinho de Palma, estão contabilizados 26% de deslocados, seguido de Pemba com 19%, Montepuez (17%) e Chiúre, mais a sul, acolhe três por cento dos deslocados.


Do total dos deslocados, a ACNUR revela que 74% estão acolhidos pelas comunidades locais, salientando ainda que, da recente vaga de fuga de Palma, 43% são crianças, das quais, pouco mais de 260 estão sem companhia familiar.

Carros nos passeios, buracos e outros obstáculos roubam-lhes a liberdade de circulação


 Deficientes visuais e cadeirantes têm dificuldades para se locomover dentro da cidade de Maputo devido aos obstáculos, como carros estacionados nos passeios e pavimento degradado. O Conselho Municipal de Maputo reconhece o problema e diz que a solução passa por criar mais locais de estacionamento de viaturas.


Com bengala, olhos incapazes de ver por onde andam, eles vasculham os obstáculos que lhes aparecem pelo caminho e não são poucos nos passeios da cidade de Maputo. Há muitos carros estacionados nos passeios, pavimento esburacado, pilaretes colocados sem obedecer às regras e fossas abertas nas ruas e avenidas da capital moçambique. É com isso que Lúcia Domingos, deficiente visual, desde à nascença lida todos os dias.


“É difícil caminhar na cidade de Maputo visto que os passeios têm muitos obstáculos. Se não são carros, são árvores ou alguns pilares. É, realmente, muito complicado”, lamentou Lúcia Domingos, deficiente visual e estudante da Universidade Eduardo Mondlane.


A jovem de 23 anos de idade, natural de Sofala, cidade da Beira, ainda tenta ganhar independência de circulação recorrendo, apenas, à sua bengala branca com a qual procura o lado onde haja menos obstáculos, um esforço muitas vezes em vão.


“Para circular nesta cidade, muitas vezes, tenho contado com a ajuda dos outros. Por exemplo, amigas e colegas da faculdade, porque, sendo uma cidade nova e complicada de caminhar, eu acho arriscado estar a caminhar sozinha, mas há casos em que tenho de o fazer e aí tenho optado em tomar o chapa do que andar a pé”, contou Lúcia Domingos.


Não anda a pé, porque o perigo está à espreita. Na avenida Amhed Sekou Touré, a bengala de Lúcia salva-lhe desta cova. Era uma fossa, daquelas antigas, mas sem tampa. Devia ter meio metro de profundidade. Ela tenta achar uma alternativa para continuar a marcha, mas à sua frente, mais um obstáculo. Aliás, são mais dois. Uma árvore e um poste de sinal de trânsito. Ao atravessar a estrada nem todos os carros lhe cedem passagem.


“Várias vezes, eu me bati com carros, já torci o pé num passeio e, também, em uma cova. Ainda na cidade, existem aqueles passeios que numa hora são altos e, depois, uma descida muito acentuada e nós não percebemos e tropeçamos”, narrou Lúcia Domingos.


Por estas e outras dificuldades, a jovem de 23 anos pede que a edilidade intervenha para garantir a mobilidade deste segmento da sociedade. Até porque “tem coisas que nós encontramos nos passeios que nós não vemos qual é a sua utilidade, então que eles também, ao estruturar os passeios, possam pensar em nós e haja um espaço apropriado para o estacionamento de carros”.


Com os passos lentos e cautelosos guiados pela sua bengala branca, Sérgio Mabjaia tenta contornar os carros estacionados nos passeios da cidade. “A ideia é confiar na bengala e, através dela, tentar procurar o que está a minha frente. Diante disso, só posso afastar para estrada que é um local perigoso ou posso apertar-me entre os carros e árvores que estão no passeio”, explicou Sérgio Mabjaia, deficiente visual e, também, estudante visual.


Uma vez que, entre as árvores, nem sempre é possível haver passagem, Sérgio não tem outra alternativa senão usar a estrada, onde a segurança depende da boa vontade dos condutores.


“Tem casos de colegas que já foram parar, inconscientes, no hospital devido a um acidente de viação, porque ele deveria andar no passeio onde é o local adequado, mas os carros o tinham tomado, ele viu-se obrigado a circular mais para estrada. Sem se aperceber, apareceu um carro à sua atrás e tocou-o, ligeiramente”, recordou o episódio, o jovem deficiente visual.


Usuário da cadeira de rodas há 17 anos, Paulo nunca soube o que é, na sua condição, andar livremente nas ruas e avenidas da capital do país.


“Há sempre promessas, mas não vejo nenhum trabalho a ser feito nos passeios que é para o melhoramento. Há casos em que um indivíduo mora num sítio e reabilita o passeio em frente à sua casa, mas nunca feito por parte do conselho municipal de modo a garantir a nossa mobilidade”, afirmou Paulo Single, cadeirante há mais de uma década, num tom de frustração.


Mais do que cair por conta dos vários obstáculos, este grupo vê-se limitado para usufruir de alguns direitos seus por dificuldades na mobilidade.


“Quando nós nos movemos, vamos à busca de algum direito desde educação, saúde e outros serviços, mas se tivermos limitação de mobilidade por um determinado sítio para acedê-los (os serviços), desistimos ou da próxima vez não voltam”, observou Hélder Buque presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique


A edilidade da capital do país reconhece que há dificuldades para a mobilidade de cegos e cadeirantes na cidade de Maputo e atira a culpa ao crescimento do parque automóvel na urbe.


“A cidade de Maputo tem, hoje (no sentido de actualmente), cerca de 450 mil viaturas e representa 50 por cento das viaturas que temos a nível nacional, o que sobrecarrega de muito a nossa cidade, em particular em termos de necessidade de estacionamento, esta é uma realidade”, apontou José Nicols, vereador dos Transportes e Mobilidade no Conselho Municipal de Maputo.


Depois de apontar o problema, o vereador indicou os caminhos que estão a ser seguidos para “livrar” os passeios das viaturas. “Já temos aprovados três projectos de silos automóveis, principalmente, para a baixa da cidade que é onde 50 mil viaturas vão todos os dias e a previsão é que as obras arranquem no segundo semestre deste ano e possam acomodar cerca de três mil viaturas”, avançou José Nicols.


Para já, sobre os que estacionam nos passeios e embaraçam a mobilidade dos cegos e cadeirantes, a edilidade diz que não pode sancionar, porque “entende haver escassez de espaços para estacionamentos”.


Além de criar mais espaços para o estacionamento de viaturas, José Nicols diz que o Conselho Municipal de Maputo vai retirar os pilaretes colocados sem obedecer às normas, obstruindo a passagem dos cegos e cadeirantes.


“A colocação dos pilaretes é colocada segundo a perspectiva dos munícipes e das empresas para evitar o estacionamento nos passeios e não obedecem às regras o que não permite a mobilidade de cadeirantes ou cegos. Em situações desse género, que o município não tenha detectado, recomendamos que os munícipes denunciem e alertem por forma a fazermos a correção”, referiu o vereador dos Transportes e Mobilidade no município de Maputo.