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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Polícia sul-africana oferece 50.000 rands por informações sobre assalto à esquadra

 


A Polícia sul-africana está a oferecer uma recompensa de 50.000 Rands (pouco mais de 220 mil meticais), a quem fornecer informações que levem à detenção de três suspeitos do assalto a uma esquadra policial de Tsineng, na província do Cabo Setentrional.

 De acordo com a SAnews, citado pela Angop, no dia 31 de Julho, elementos armados não identificados entraram na unidade policial fingindo apresentar uma queixa.

Enquanto um oficial da Polícia abria o processo para o suposto caso, um dos suspeitos saltou o balcão e apontou uma arma ao agente de serviço, anunciando o assalto.

Os suspeitos terão ordenado ao agente da Polícia que abrisse um armário, de onde retiraram oito pistolas, três espingardas e outras armas devidamente carregadas, com as quais fugiram, sem efectuar qualquer disparo.

A Polícia sul-africana e a Brigada de Investigação da África do Sul garantem que todas as informações fornecidas serão tratadas com a mais estrita confidencialidade, deixando à disposição do público um contacto telefónico.


Comandantes das FADM irritados com o que chamam de “propaganda ruandesa”



Alguns comandantes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) estão irritados com as publicações ruandesas dando conta de sucessos alcançados por estas no combate aos insurgentes. 

Para as chefias, as referidas publicações não passam de propaganda, reporta o Jornal Zambeze na sua edição de hoje num artigo também assinado pelo Africa Monitor.

Alguns jornais digitais, sul-africanos e moçambicanos, publicaram, por exemplo, informação de que as tropas ruandesas abateram 30 terroristas perto de Quitunda (vila de reassentamento da Total) e que perseguiram outros para a Tanzânia. 

De acordo com o Zambeze/Monitor, fontes militares disseram  que esta informação é falsa e se insere no esforço de guerra psicológica e no objectivo de promover a imagem das tropas ruandesas. Outras fontes consultadas referem que a informação teve origem e foi disseminada por uma discreta empresa de análise de risco denominada Aldebaran, que trabalha com as forças ruandesas.


Cabo Delgado: Presença do Ruanda mais decisiva que a da SADC


O analista de defesa sul-africano, Helmoed Heitman, disse ao DefenceWeb, nesta semana, que a “resposta lenta”, tanto do bloco regional como da África do Sul foi “embaraçosa”, mesmo considerando o atraso causado por Moçambique não ter assinado atempadamente o acordo sobre as Forças de Alerta da SADC. Ele expressou dúvidas sobre as competências da força da SADC em Moçambique

Em comparação, a resposta do Ruanda foi decisiva, com relatos de que suas forças, em conjunto com forças moçambicanas, retomaram aldeias e outras posições em Cabo Delgado em tão pouco tempo. 

No início desta semana, soldados ruandeses terão morto cerca de 70 insurgentes durante confrontos em torno de Palma, antes dos esforços para retomar Mocímboa da Praia.

Heitman não se surpreende com as acções dos ruandeses em Moçambique.“Eles são impressionantes, uma espécie de  prussianos da África moderna. Sua resposta rápida não é surpreendente, mas não quero que ninguém pense que podem resolver o problema rapidamente. A situação é muito complexa para qualquer solução rápida; serão necessários anos para garantir a segurança, espera-se cada vez mais pelas forças locais, antes que uma situação normal possa ser alcançada”.

Como um observador, ele nota: “a coordenação vai ser interessante”. Existe uma provisão para um centro de coordenação, mas ele “terá de ser gerido de forma adequada”. Embora ainda seja cedo, Heitman afirma que a força da SADC não será forte o suficiente - mesmo com os ruandeses - para conseguir muito em pouco tempo. E as coisas "vão piorar se não houver coesão”.

Deficiências na capacidade de reconhecimento (apenas um par de UAVs – veículo aéreo não tripulados – lançados à mão), mobilidade aérea (dois helicópteros utilitários e relevância zero para aeronaves de transporte) e suporte aéreo (dois ataques e duas aeronaves de rotor armadas) somam-se a uma força muito pequena, muito levemente armada com reconhecimento, mobilidade e apoio aéreo inadequados, ele avisa


Força conjunta prepara ofensiva à vila sede de Mocímboa da Praia

 


Militares moçambicanos e ruandeses pretendem recuperar vila sede de Mocímboa da Praia que está há meses sob o controlo de insurgentes. Em Maputo, Nyusi recebe Presidente das Comores, onde há presença de jihadistas.

As forças conjuntas de Moçambique e Ruanda "controlam" áreas que haviam sido tomadas por insurgentes no distrito de Mocímboa da Praia e o objetivo agora é recuperar a vila sede, segundo fontes oficiais.

"A força moçambicana, com a parte irmã ruandesa, está a combater o terrorismo e vamos para frente", disse à comunicação social Aiuba Amade - um dos comandantes da Unidade de Intervenção Rápida da Polícia da República de Moçambique que está na localidade de Awassi, um dos pontos "importantes" dos rebeldes, recuperada nos últimos dias pela força conjunta.

Além de Awassi, a cerca de 50 quilómetros da vila sede, a força conjunta ocupou as posições dos insurgentes em Diaca, tendo apreendido material bélico dos rebeldes e abatido vários membros dos grupos armados, segundo uma fonte ligada ao Ministério da Defesa disse a agência Lusa.

A vila costeira de Mocímboa da Praia, por muitos apontada como "base" dos insurgentes, foi invadida e ocupada durante um dia por rebeldes em 23 de março do ano passado numa ação reivindicada pelo grupo "Estado Islâmico". No final de junho de 2020, a vila sede foi palco de longos confrontos, o que levou à fuga de parte considerável da população.

Militares moçambicanos contam com o apoio de ruandeses para ofensiva a Mocímboa da Praia

Radicalização nas Comores

Em Maputo, o Presidente Filipe Nyusi recebeu o chefe de Estado das Ilhas Comores, Azali Assoumani. Ambos abordaram a crise de segurança em Cabo Delgado.

Segundo escreve o especialista em violência política e terrorismo, Christian Jokinen,num artigo publicado em dezembro no Terrorism Monitor, da The Jamestown Foundation, o arquipélago das Comores já foi considerado um local improvável para a evolução do jihadismo devido à característica tolerante da sua população predominantemente muçulmana.

No entanto, "investigações apontam o envolvimento de nacionais comoranos com redes jihadistas no Quénia, Tanzânia e Uganda entre 2014 e 2017", escreve Jokinen. A França também observa a infiltração do "Estado Islâmico" em Maiote - um departamento francês, localizado entre Moçambique e Madagascar, com profunda identidade cultural com Comores, segundo o especialista.

Presidente Azali Assoumani esteve com Filipe Nyusi

Problemas comuns

Para o Presidente das Comores, a proximidade faz com que a cooperação entre os dois países seja importante. "Nós temos uma cooperação ao nível das instituições africanas, como é a União Africana e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, mas é ao nível bilateral que os dois países podem resolver os seus problemas, porque os problemas de um são os problemas do outro", frisou Assoumani.

O arquipélago das Comores, no oceano Índico, é composto por quatro ilhas: Grande-Comore, Anjouan, Mohéli e Maiote. A independência das Comores foi decretada em 1975, mas a ilha de Maiote manteve-se sob administração francesa.

Moçambique partilha o oceano Índico com as ilhas Comores e a relação entre os dois Estados já foi apontada por especialistas e estudiosos como importante para a proteção do canal de Moçambique.


Dezenas de feridos durante confrontos em protestos em Beirute

 


Esta quarta-feira à noite houve confrontos entre a polícia e manifestantes em Beirute, no Líbano. Há dezenas de feridos.

Revoltados com a instabilidade política e económica que o país atravessa, os manifestantes protestaram junto ao Parlamento e tentaram invadi-lo.

Exigem justiça pela explosão de há precisamente um ano no porto de Beirute e acusam alguns políticos de bloquearem a investigação que tenta achar os responsáveis.

Um ano depois da explosão, que matou mais de 200 pessoas e deixou feridas cerca de 6.500, as famílias das vítimas continuam sem respostas para o que aconteceu a 4 de agosto de 2020.

A sociedade civil libanesa acusa a classe política de obstruir o trabalho da justiça, para que não sejam apontados culpados, e o Parlamento de recusar retirar a imunidade a antigos dirigentes, para que possam prestar depoimento.

Com o país sem Governo e a enfrentar uma crise económica, que o Banco Mundial descreve como uma das mais profundas da história moderna, o Presidente francês voltou a criticar a classe política libanesa, a que já chamou vergonhosa, e apelou a eleições na próxima primavera.

Os supermercados e as farmácias têm as prateleiras cada vez mais vazias, num país que depende totalmente das importações, e onde mais de metade da população resvalou para uma situação de pobreza.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Suicidam-se Dois polícias que enfrentaram a invasão ao Capitólio dos EUA


As autoridades norte-americanas confirmaram que dois polícias que responderam à invasão e ataque ao Capitólio, por parte de apoiantes de Donald Trump. Este é o quarto caso de suicídio entre agentes da Polícia Metropolitana e da Polícia do Capitólio desde o episódio de violentos tumultos que deixaram um rasto de destruição em Washington DC, cinco mortos e 138 polícias feridos.

A Polícia Metropolitana confirmou ao WUSA9 a morte do agente Kyle DeFreytag, dias depois da família de outro agente, Gunther Hashida, dar a notícia de que se tinha matado (a 29 de julho).

“Estou a escrever para dar conta da notícia trágica da morte do agente Kyle DeFreytag, do 5.º distrito, que foi encontrado morto na noite passada”, escreveu o chefe da Polícia Metropolitana, Robert J Contee III.

O primeiro caso aconteceu com Howard Liebengood, que se matou três dias depois da violenta invasão ao Capitólio dos EUA. Seguiu-se o caso trágico de Jerry Smith, a 15 de janeiro.

Os dois últimos casos surgem uma semana depois de vários agentes da Polícia Metropolitana e da Polícia do Capitólio serem chamados a testemunhar no Congresso, perante o comité que investiga a invasão do Capitólio

Governador de Nova York foi acusado de assedio sexualmente a várias mulheres

 


O governador de Nova York, Andrew Cuomo, assediou sexualmente várias mulheres e criou um “clima de medo” dentro de seu governo, segundo uma investigação revelada na terça-feira (03). O democrata negou as acusações em meio a pedidos de renúncia.

“Abraços e beijos indesejados”, “toques sexuais e insinuações”: uma investigação independente de cinco meses descobriu que Cuomo “assediou sexualmente várias mulheres e, ao fazê-lo, violou a lei federal e estadual”, disse a procuradora-geral do Estado de Nova York, Leticia James, acrescentando que entre as vítimas estavam “atuais e antigas” funcionárias.

O explosivo relatório detalha as acusações de 11 mulheres que pintam um quadro “profundamente perturbador, mas claro” de um padrão de comportamento abusivo por parte do governador e de seu alto escalão, disse ela em entrevista coletiva.

James disse que o caso, que descreve “um ambiente de trabalho hostil para as mulheres”, é “de natureza civil” e não está claro se Cuomo enfrentará um processo criminal.

A investigação também descobriu que Cuomo e sua equipe retaliaram pelo menos uma ex-funcionária por denunciar sua suposta experiência.

O governador, um veterano político no cargo desde 2010, foi rápido em negar as acusações.

“Quero que saibam diretamente por mim que nunca toquei em ninguém de forma inadequada ou fiz insinuações sexuais inadequadas”, disse ele em um discurso transmitido pela televisão, no qual não deu nenhuma indicação de que pensava em deixar o cargo.

“Tenho 63 anos. Vivi toda a minha vida adulta sob os olhos do público. Isso não é o que sou. E esse não é quem eu tenho sido”, disse ele, acrescentando ter postado uma resposta às acusações em seu site: “Por favor, reserve um tempo para ler os fatos e decidir por si mesmo.”

Um indivíduo que testou positivo para a covid-19 fugiu dum hospital em Angoche


As autoridades de saúde, no distrito de Angoche, em Nampula, procuram um indivíduo que testou positivo para a Covid-19 e se encontra fugitivo em parte incerta.

O director do Serviço distrital de Saúde, Mulher e Acção Social de Angoche, Gervásio Vaxamuteco, disse a jornalistas que o incidente ocorreu na semana passada no bairro Ingúri, o mais populoso da cidade de Angoche, reinando por isso no seio das comunidades, uma grande preocupação.

Asseverou que a atitude irresponsável do visado, cuja identidade não foi revelada, poderá colocar em risco a sua vida e a de muitas outras pessoas, se não for localizado o mais urgente possível.

Falta de condições para juízes põe em causa combate à corrupção em Angola

 

"Pessimas" condições de trabalho dos magistrados ameaçam credibilidade do "cavalo de batalha" de João Lourenço, dizem analistas. Pela primeira vez na história do país, juízes e procuradores saíram à rua em protesto.

São os elementos fundamentais no processo de investigação e julgamento dos "poderosos angolanos" acusados de delapidar Angola, mas os procuradores e juízes queixam-se de falta de condições técnicas e até de baixos salários e saíram à rua no sábado (31.07), num protesto inédito para reivindicar melhores condições de trabalho.

O presidente do Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público (SNMMP), José Buengas, afirma mesmo que "a maior parte dos tribunais e das procuradorias" de Angola funcionam com dinheiro dos próprios magistrados que "tiram do seu bolso para comprar papel e tinteiro".

"O dia em que deixar de fazer isso e ficar à espera de que uma resma de papel para o mês todo chegue para imprimir todos os documentos, os constituintes, os advogados e a população vão ficar à espera, com todas as consequências que disso pode advir", alerta o sindicalista.

Magistrados angolanos protestam contra más condições laborais

O sindicato defende que os tribunais tenham orçamento próprio para o melhor funcionamento das instituições judiciais. "O magistrado faz o trabalho na sua casa. Vai ao tribunal quando tem audiência para realizar, porque não consegue permanecer no tribunal, porque não há condições para estar lá na maior parte das vezes", explica Buengas.

Corruptos "nos Lexus", magistrados "nos kupapatas"

Melhores condições de trabalho – é esta a exigência dos magistrados angolanos que têm a tarefa de julgar gestores públicos supostamente envolvidos em casos de corrupção.

"Os magistrados fizeram uma manifestação. Isto é muito forte e teve impacto que acho ser positivo", considera o analista político Olívio Kilumbo. "Está-se a viver o combate à corrupção, e, portanto, não se pode combater a corrupção sem ter uma justiça forte, competente e coesa".

O secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS) no Huambo, Solia Solende Lumumba, afirma que a manifestação dos juízes e procuradores é a prova de que o combate à corrupção em Angola é uma "farsa".

"Ao vermos que aqueles que trabalham nestes processos estão a sair à rua, dizendo que os corruptos estão a andar nos Lexus e os magistrados estão a andar nos kupapatas [mototáxis], é gravíssimo", sublinha Lumumba. "Significa que o combate à corrupção não existe. O que existe simplesmente é uma coisa que o Governo faz, no sentido de mostrar que está a combater a corrupção", diz o político do PRS.

Soberania do sistema judicial limitada

A falta de condições de trabalho nos tribunais prova que a soberania do sistema judicial angolano está limitada, considera o coordenador da ONG Projeto Agir, Fernando Sakuayela.

O ativista afirma que a dependência financeira dos tribunais mancha o programa de combate à corrupção e deixa a justiça de Angola mais fragilizada.

"No mínimo, diríamos que está claro que somente o Presidente da República é o órgão de soberania efetivo, na medida em que não temos um orçamento independente para o sistema de justiça. E isto expõe a dependência financeira do poder judicial ao poder executivo", frisa.

O analista em Governação Local e Políticas Públicas Osvaldo João tem opinião contrária. Entende que as reivindicações não "atrapalham" as investigações de casos de corrupção no país, lembrando que "desde que começou este processo várias entidades foram julgadas".

"Há aqui uma questão que tem se ser bem explicada que é a democracia. Nós, os angolanos, devemos adquirir um método lógico, prático e igual para todos. Não podemos julgar uns de uma forma e outros de outra forma por questões de poder e alegar questões de insuficiência financeira ou falta de material", considera.

Centenas de magistrados angolanos participaram no protesto de sábado. Houve marchas em todas as províncias de Angola. Até ao momento, o grupo não prevê novas manifestações.


Renamo exige sessão parlamentar extraordinária sobre presença de tropas estrangeiras



A Renamo, maior partido da oposição moçambicana, pediu hoje a convocação de uma sessão parlamentar extraordinária para um debate sobre a presença de forças estrangeiras no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país. 

“A posição da Renamo é a de que devíamos ter, de facto, uma sessão extraordinária, devido à urgência da matéria. O órgão que representa o povo é que devia, em princípio, debater todas as implicações da entrada de forças estrangeiras em Moçambique”, disse Venâncio Mondlane, relator da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) na Assembleia da República (AR). 

Para a Renamo, o procedimento usado para a entrada de tropas estrangeiras no país não respeitou a Constituição da República, defendendo, por isso, que se deve “o mais rápido possível, normalizar e legalizar” o processo.   

É preciso “rapidamente apresentar-se uma proposta concreta do que o Governo quer, se é um estado de sítio ou de guerra, e, segundo a constituição, a Assembleia da República tem 24 horas para se pronunciar”, acrescentou Venâncio Mondlane. 

A comissão permanente da AR de Moçambique anunciou na terça-feira que as três bancadas do parlamento foram unânimes em convocar, na próxima sessão do parlamento, que se inicia em outubro, o Governo para prestar informações em torno da presença dos contingentes estrangeiros no país.  

A Renamo negou hoje ter concordado com o agendamento da matéria para uma sessão ordinária em outubro, referindo que uma “situação de emergência” não pode ser debatida “daqui a dois ou três meses”. 

“A posição da Renamo sempre foi favorável ao apoio militar externo, contudo, este apoio deve ser feito respeitando o ordenamento jurídico nacional”, esclareceu a bancada. 

Além da Renamo, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, já tinha criticado o executivo por autorizar a presença de militares estrangeiros no país sem informar o parlamento. 

Também organizações da sociedade civil consideraram um desrespeito à AR o envio de contingentes estrangeiros a Moçambique sem comunicar ao parlamento. 

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique contam, desde o início de julho, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali. 

Além do Ruanda, Moçambique terá apoio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), num mandato de uma força conjunta em estado de alerta aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo, que debateu a violência armada naquela província, havendo militares de alguns países-membros já no terreno. 

Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC, que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados. Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reivindicados pelo grupo radical Estado Islâmico. 

Os ataques reclamaram até agora mais de 3.100 vidas, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e estão na origem de mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.