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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Mabunda teria recebido USD 8.9 milhões da Privinvest sem prestar serviço


São 8.999.916 milhões de dólares que o réu Fabião Salvador Mabunda teria recebido da Privinvest, no esquema das dívidas ocultas, entretanto admitiu hoje em Tribunal que apesar de ter fechado contratos de empreitada com o grupo empresarial, não chegou a prestar serviço algum.

“Assinei contratos com a Privinvest Shipbuilding e Logistics International, mas não executei o objecto dos contratos”, disse Mabunda, depois de questionado pelo Ministério Público qual a sua relação com o Projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva.

Antes de responder ao interrogatório de Ana Sheila Marrengula, foi questionado pelo juiz (única pergunta colocada por Efigénio José Baptista) o que tinha a dizer em relação aos factos que pesam sobre si e Mabunda tinha a resposta bem clara e directa.

“Sou inocente, Meritíssimo”.

O réu diz ter conhecido os gestores da Privinvest no restaurante Sagres, apresentado pelo seu falecido amigo e arquitecto, após este ter dito que procurava oportunidades. Depois desta ocasião, Mabunda (proprietário da empresa M. Moçambique Construções) teria conseguido fechar contrato para a construção de infra-estruturas da zona económica exclusiva, no valor de 8.9 milhões de dólares, entretanto, de acordo com a acusação, aplicou a verba no interesse do casal Gregório e Angêla Leão, familiares e no seu próprio.

Mabunda diz, porém, que não conhecia Gregório Leão. Conhecia apenas a co-ré Ângela Leão por ter sido solicitado para dar orçamento de uma obra da cidadã Leão.

A dado momento perdeu contacto com Ãngela Leão após ter ficado sem telefone, que teria desaparecido num dia em que estava embriagado e sequer sabe se perdeu os celulares ou foram roubados.

Manuel Araújo diz que esse julgamento e uma farsa

 


Numa entrevista que concedeu ao Semanário Savana, o Presidente do Conselho Municipal  de Quelimane, Manuel de Araújo, mostrou receios em relação ao julgamento das dívidas ocultas.

“Não tenho muita expectativa, porque não nos vai dizer onde está o dinheiro. Este julgamento não é sobre o endividamento do governo moçambicano. Isto é um teatro de diversão, é um circo.”, referiu, tendo acrescentado que “O que levou os moçambicanos à desgraça são as dívidas ocultas e o que está a ser julgado na tenda da BO, pelo menos até à audição de Ndambi Guebuza, não é o essencial. Está-se a julgar a vírgula do problema que é o suborno.”.

Segundo o político e acadêmico o julgamento devia se focar nos 2.2 mil milhões de dólares.

“Duvido que nos traga o real filme dos USD 2.2 mil milhões”, e questionou o facto de apesar de terem sido feitas referências ao antigo Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, o mesmo ainda não ter sido arrolado como declarante.

“Numa situação normal, o juiz ou o Ministério Público, quando se falou de ex. Ministro da Defesa, deveriam ter perguntado o nome e até requerer para ser ouvido como declarante. Infelizmente, ninguém teve coragem de fazer. Isto mostra que as pessoas vivem debaixo de um medo instalado pelo regime. Também prejudica o presidente Nyusi porque não é lhe dada a oportunidade de se explicar e defender a sua honra”, referiu.

Tribunal interroga hoje Fabião Mabunda que recebeu dinheiro para Gregório Leão



Julgamento do processo das dívidas ocultas retoma hoje com a audição do oitavo arguido. Fabião Mabunda é o homem que se segue no banco dos réus e deverá explicar os contornos nos quais recebeu 9 milhões de dólares da Privinvest.

Fabião Mabunda, Ângela Leão e Sidónio Sitoi são os réus que serão ouvidos esta semana no julgamento das dívidas ocultas. Os três réus são acusados pelo Ministério Público de receberem e fazem lavagem dos cerca de 9 milhões de dólares destinados a Gregório Leão, antigo Director-geral do SISE.

Fabião Mabunda, um técnico de construção civil, de 43 anos de idade é dono da empresa M. Moçambique Construções que assinou um contrato de prestação de serviços de construção à empresa Privinvest Shipbuilding, mas o objecto do contrato nunca foi realizado.

Pelo contrato, Fabião Mabunda recebeu dinheiro que, segundo a acusação, era na verdade para Gregório Leão, à data dos factos, Director-geral dos Serviços de Informação e Segurança do Estado, SISE. Leão terá participado na concepção da três empresas e recebido 9 milhões de dólares.

Da operação de lavagem de dinheiro, Fabião Manunda recebeu 17.5 milhões de meticais. A sua audição deveria ter iniciado na sexta-feira, com duração de dois dias, segundo o programa do julgamento.

Entre terça e quinta-feira será ouvida Ângela Leão, 44 anos, esposa de Gregório Leão, classificada pela acusação como gestora do dinheiro destinado pela Privinvest ao marido.  O dinheiro recebido pela familia Leão foi usado para comprar e construir vários imóveis e parcelas de terra.

Angêla Leão, por sua vez, recorreu a SIDÓNIO SITOE, de 50 anos, para receber o dinheiro da família Leão e simular a compra de casas e mais tarde devolver o dinheiro. Sidónio Sitoe deverá ser ouvido na sexta-feira, 17 de Setembro.

Manuel Chang não está em julgamento, diz André Thomashausen

 


O ex-ministro das Finanças de Moçambique Manuel Chang, permanece detido na África do Sul desde dezembro de 2018, a aguardar extradição para os EUA ou para Moçambique. Como Ministro das Finanças sob o então Presidente Armando Guebuza, era tarefa de Chang procurar o dinheiro para um programa de segurança marítima e outras medidas de capacitação militar, propostas pela empresa Privinvest, sediada nos Emirados Árabes Unidos. 

Para  Moçambique, não possuindo sequer de capacidade para um fabrico de carrinhos de mão, o projecto de diversos sistemas de meios militares sofisticados a serem integrados em apoio da operação de embarcações navais ultra rápidas, com um orçamento em roda dos 2 mil milhões de euros, o plano só podia existir no mundo das fantasias.

Chang é o criador das dívidas ocultas incorridas com garantias soberanas por Moçambique. Os empréstimos de 2 mil milhões de euros nunca foram submetidos ao Parlamento e foram transferidos para contas bancárias privadas, fora dos canais oficiais e de contabilidade do Banco Nacional de Moçambique. Em maio de 2020, os empréstimos tão rapidamente e sem burocracias transferidos  pelos banqueiros suíços instruídos por Chang, foram declarados inconstitucionais pelo Conselho Constitucional de Moçambique. 

Como explica e demonstra um estudo da CIP em Maio de 2021 o total da dívidas ocultas (ou melhor, roubada) acumulou com juros e penalidades a soma 15 mil milhões de Dólares, equivalente à totalidade do PIB de Moçambique em 2019. No Índice de Desenvolvimento do PNUD, Moçambique ocupa a 180a posição  em 188 países, com um total de pouco menos de 3 milhões de crianças que sofrem de desnutrição crónica e cerca de 4 milhões de adultos reduzidos a uma média de um alimento intacto em cada dois dias.

Nos EUA, Chang foi indiciado num processo criminal por defraudar cidadãos e empresas Americanas que tinham investido nas Obrigações de Tesouro de Moçambique, emitidas para financiar os empréstimos de 2 mil milhões de euros. Na base desse processo, Chang fora detido na África do Sul em dezembro de 2018, para ser extraditado para os EUA.

Algumas semanas após a sua detenção, Moçambique apresentou um pedido de extradição concorrente, apoiando-se na representação de que Chang teria sido subitamente convocado para comparecer e prestar testemunho numa investigação criminal em Maputo. Disfarçaram de que Chang naquela altura gozava de imunidade na sua qualidade de membro do Parlamento e estava pela lei do sigilo proibido de revelar seja o que fosse dos assuntos que conhecera na sua qualidade de ministro.

Em 20 de maio de 2019, o meu artigo na rede de jornais IOL na África do Sul expôs o pedido de extradição de Moçambique como uma fraude. O recém-nomeado Ministro da Justiça Roland Lamola revogou então a decisão do seu antecessor de extraditar Chang para Moçambique. Em documentos submetidos ao Tribunal, o seu então diretor-geral Vusi Madonsela referiu-se especificamente à divulgação desse documento para justificar a decisão do Ministro Lamola.

Há 16 meses seguidos, em 23 de agosto de 2021, Lamola anunciou agora que Chang seria afinal extraditado para Moçambique, uma vez que já não gozava de imunidade parlamentar. Em fundamento dessa decisão, o novo Director-geral do Ministério da Justiça, um Senhor Mashabane, num depoimento jurado com data de 26 de Agosto de 2021, declarou falsamente que as disposições relativas aos pedidos de extradição concorrentes constantes do Tratado de Extradição Sul-africano com os EUA de 1999 e do Protocolo de Extradição da SADC de 2002 "são imagens de espelho", quer dizer idênticas umas das outras (ao par 40 da Declaração), e sendo assim a África do Sul estaria livre de escolher como melhor achasse.

As formulações reais das disposições referidas revelam diferenças gritantes. O Tratado com os EUA exige, em primeiro lugar, que as datas dos pedidos concorrentes, bem como a nacionalidade das vítimas dos crime

In Cartmoz

Extradição de Manuel Chang é ilegal e inconstitucional

Manuel Chang


A Fundação Helen Suzman [HSF na versão inglesa], organização sul-africana da sociedade civil, considera ilegal e inconstitucional a decisão de extradição do antigo ministro das Finanças Manuel Chang para Maputo, pedindo a sua revisão. Aquela organização submeteu, na sexta-feira, seus argumentos ao Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, para justificar o seu pedido de revisão e anulação da decisão do Ministro da Justiça e Assuntos Correcionais de extraditar Manual Chang para Moçambique.

A 23 de Agosto, o Ministério da Justiça e Assuntos Correcionais da África do Sul informou que o antigo ministro das Finanças seria extraditado para Moçambique, depois de mais de um ano à espera da decisão do governo de Pretória. Ele deveria ter sido extraditado para Moçambique no passado dia 25 de Agosto. Mas a extradição acabou não acontecendo depois da contestação do Fórum de Monitoria de Orçamento, que defende a extradição de Manuel Chang para os Estados Unidos da América.

A audiência sobre o recurso apresentado pelo Fórum de Monitoria de Orçamento contra a extradição de Manuel Chang para Moçambique foi marcada para 17 de Setembro (sexta-feira) pelo Tribunal Superior de Gauteng, em Johannesburg, África do Sul. Na sequência do recurso do Fórum de Monitoria do Orçamento ao Tribunal Superior Gauteng em Johannesburgo, citando a Fundação Helen Suzman como assistente, apresentou os seus argumentos para rever e anular a decisão do ministro de Justiça e Assuntos Correcionais de entregar o ex-ministro das Finanças a Moçambique. Mas as autoridades moçambicanas querem a todo custo que o antigo ministro das Finanças seja extraditado para Maputo.

Na sua petição, a HSF requer a revisão e anulação da decisão do ministro Ronald Lomola de 23 de Agosto de 2021 de entregar Chang a Moçambique. "O Ministro Lomola violou os deveres legais internacionais da África do Sul para combater a corrupção e garantir a responsabilização pela corrupção", argumenta a HSF, adiantando que a organização está preocupada com os princípios da democracia e constitucionalismo, bem como com o Estado de Direito e as obrigações constitucionais e internacionais da África do Sul (incluindo as convenções da ONU e da SADC, e o Tratado de Extradição entre a África do Sul e os Estados Unidos da América).

Refere igualmente que o flagelo da corrupção e do crime organizado “mina os direitos consagrados na nossa Declaração de Direitos, põe em perigo a estabilidade e a segurança da sociedade e põe em risco o desenvolvimento sustentável, as instituições e os valores da democracia e dos valores éticos, a moralidade, o Estado de Direito e a credibilidade do governo”.

"Isso é verdade tanto para África do Sul como para os nossos vizinhos - incluindo Moçambique. Esses direitos humanos e valores sociais e éticos estão arraigados no sistema jurídico africano e são aqueles que a Fundação Helen Suzman procura promover e levar a consideração do Tribunal", lê-se no depoimento submetido à justiça.

Obrigações constitucionais e internacionais da África do Sul

Para a HSF, uma das considerações relevantes sobre Chang é saber se será (ou provavelmente será) processado se for extraditado para Moçambique, não apenas por boa-fé de Moçambique ou vontade de processar Chang, mas também se Chang seria sujeito a prisão depois de extraditado para posterior julgamento.

Para o HSF, a decisão do ministro Lomola carece de uma averiguação sobre se Chang seria detido à sua chegada a Moçambique e mantido sob custódia enquanto decorre a acusação e julgamento. A FHS diz no seu depoimento que o ministro Lomola deu grande importância, nas suas razões, apenas ao facto de Chang ter sido indiciado em Moçambique.

“Uma acusação não é um mandado de prisão e não oferece nenhum conforto de que uma prisão ocorreria após a chegada de Chang a Moçambique. É preciso apreciar a distinção entre uma acusaçao.

Centro e norte do país poderão registar chuviscos locais

 


O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê céu pouco nublado, possibilidade de ocorrência de chuviscos locais ao longo da faixa costeira e vento a soprar de sueste a nordeste, fraco a moderado na região centro e norte do país. No sul, o prognóstico é de céu pouco nublado ou limpo, vento a soprar, por vezes com rajadas e possibilidade neblinas matinais locais.

As cidades de Maputo, Xai-Xai, Inhambane e Vilankulo poderão registar temperaturas máximas de 31, 30, 29 e 28 e mínimas de 15, 17,19 e 17 Celsius, respectivamente.

Beira, Chimoio, Tete e Quelimane, na zona centro do país, poderão vislumbrar temperaturas máximas de 27, 27, 35 e 30 e mínimas de 16, 14, 22 e 19, graus Celsius de mínima.

Na zona norte, a previsão máxima é de 28, 30 e 24 e mínima de 19, 22 e 10 para Nampula, Pemba e Lichinga.

domingo, 12 de setembro de 2021

Vacinas contra COVID-19 em Crianças na África do Sul

 


A África do Sul começou a vacinar crianças e adolescentes com idades entre seis meses e 17 anos contra COVID-19 na sexta-feira, como parte dos testes clínicos globais de Fase III da vacina chinesa Sinovac.

A África do Sul já aprovou a vacina Sinovac para uso emergencial em adultos e agora a está a testar em crianças, pela primeira vez.

Dois jovens sul-africanos, de 15 e 17 anos, foram os primeiros no país a receber o jab CoronaVac fabricada na China em Pretória na sexta-feira.

A directora do projecto Sinovac Pediatric Vaccine Trial Sanet Aspinall referiu que é preciso proteger aos adolescentes e crianças porque as estatísticas mostram que nos últimos dois meses já morreram 400 crianças, vítimas da pandemia.

A África do Sul e o Quénia são os dois únicos países africanos que participam do estudo pediátrico global.

A vacina já foi testada com segurança em adultos e crianças na China, de acordo com a directora do projecto Sinovac Pediatric Vaccine Trial.

Dados das autoridades sul-africanas de Saúde indicam que um total de quase 14 milhões de doses de vacina já foram administradas na África do Sul.

Renato Matusse sugere que diplomacia moçambicana saiu a ganhar na relação com Jean Boustani

 

Renato Matusse

Na audição desta sexta-feira, a contar para terceira semana do julgamento do “caso dívidas ocultas”, Renato Matusse, à data dos factos, Conselheiro para Assuntos Políticos do Presidente da República, Armando Guebuza, explicou que a sua amizade com Jean Boustani esfriou quando o libanês percebeu que ele não tinha influência sobre Chefe do Estado.

Matusse explicou ao tribunal que viu em Jean Boustani uma possibilidade de conseguir bons resultados diplomáticos para Moçambique na relação com o Médio Oriente. Aliás, o antigo Conselheiro para Assuntos Políticos do Presidente Armando Guebuza afirmou que graças a Jean Boustani e a outros actores que foi conhecendo conseguiu a almejada influência no mundo árabe para o país. Por exemplo? “Nós tínhamos o problema de conseguir voos da Emirates [Airlines] para Moçambique. Até tivemos incidentes com alguns moçambicanos que lá foram negociar. Conseguimos reatar o diálogo em Março de 2013. A [nova] delegação moçambicana vai aos Emirados para negociar com a empresa Emirates e são surpreendidos com um bónus. Porque, além da Emirates, entrou a Etihad Airways [no interesse de voar para Moçambique]”.

Além disso, Matusse referiu-se a outro ganho diplomático na sua relação com Jean Boustani (e outros actores): a abertura de uma Embaixada de Moçambique em Abu Dhabi e em Riad, capital da Arábia Saudita, o que considera um grande êxito do país naquela região.

Renato Matusse acrescentou ainda que graças aos corredores feitos por Boustani e outros actores, de observador, Moçambique passou a ser membro com direito de voto das exposições internacionais, e é nessa qualidade que participa na Expo Dubai 2020, adiada ano passado por causa da COVID-19.

Outra vantagem apontada na audiência: “Agora temos em Moçambique a Câmara de Comércio de Dubai, a terceira em África, além daqui se encontra na Etiópia e no Gana. Agora estamos próximos ao mundo árabe e fazemos negócio directamente com Dubai”.

Portanto, Renato Matusse salientou que viu vantagens em cooperar com Jean Boustani para penetrar no difícil mundo árabe, o que ao acontecer, na sua opinião, contribuiu para a abertura da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Maputo.

Renato Matusse disse que não recebeu subornos (dois milhões de dólares), mas ofertas de Jean Boustani porque o libanês pretendia suprir as suas necessidades, sobre as quais não quis falar em Tribunal. Ao invés de dinheiro, Matusse recebeu bens móveis e imóveis orçados em um milhão e seiscentos e sessenta mil dólares. No interrogatório dirigido pelo Ministério Público, o réu disse haver questões pouco claras no processo.

Matusse disse ao Tribunal que não assumiu papel de facilitador ou de intermediação para os interesses da Privinvest em Moçambique. Não recebeu bens e nem dinheiro da ProIndicos, MAM e EMATUM. Sobre a monitoria e criação de zona exclusiva, apenas teve, na altura, um conhecimento genérico. E não se lembra de ter participado em nenhuma reunião sobre esse assunto que considera técnico, relativo à Defesa e à Segurança.

Renato Matusse é acusado de três crimes: associação para delinquir, branqueamento de capitais, tráfico de influências e corrupção passiva.

Oposição protesta contra o que considera reforma injusta da lei eleitoral em Angola

 


Em Angola, centenas de apoiantes da oposição reuniram-se este sábado (11.09) em Luanda para protestar contra alterações à lei eleitoral que, segundo afirmam, irão minar a transparência das eleições gerais do próximo ano.

O Presidente de Angola João Lourenço apresentou recentemente um projeto de lei que,entre outros aspectos,centraliza a contagem dos votos nas eleições ,em vez de o fazer a nível de cada município e província.

Insatisfeito com a proposta, o principal partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), manteve uma marcha neste sábado (11.09), apoiada por outros movimentos políticos e grupos da sociedade civil, para exigir "eleições livres e justas".

A UNITA propôs uma série de medidas para prevenir a alegada fraude, incluindo a identificação biométrica dos eleitores e o envolvimento da sociedade civil na contagem dos boletins de voto.

Centenas de manifestantes reuniram-se este sábado em Luanda, agitando bandeira da UNITA (foto de arquivo).

Protestos

Pelo menos uma centena de manifestantes reuniu-se na capital, agitando bandeira da UNITA e angolanas enquanto entoavam "MPLA fora".

Eles marcharam pelo centro da cidade segurando cartazes que diziam: "Exigimos os nossos direitos" e "queremos controlo biométrico". A polícia armada com bastões cercou a manifestação.

Entretanto, João Lourenço também suscitou controvérsia por querer alterar outra lei eleitoral, que recentemente submeteu à Assembleia Nacional com sugestões de emendas.

Eleito em 2017, depois de José Eduardo dos Santos ter deixado o posto que ocupou por 38 anos, João Lourenço deve buscar um segundo mandato nas eleições de 2022.

O MPLA tem governado o país africano desde a sua independência de Portugal, em 1975.

sábado, 11 de setembro de 2021

Risco de cheias e inundações Em Moçambique

 


Estima-se que mais de um milhão de pessoas, em todo o país, poderão ser afectadas por cheias na época chuvosa 2021/2022. As previsões climáticas apontam, ainda, para chuvas normais e acima do normal para as zonas sul e centro do país, assim como abaixo do normal para a região norte.

Estamos há um mês para o início da época chuvosa 2021/2022 e já há previsão de como o tempo poderá comportar-se.

“A previsão é de chuvas normais para acima do normal em toda a extensão da zona sul de Moçambique, subindo para o centro e chuvas abaixo do normal na região norte, sobretudo nas províncias de Niassa e Cabo Delgado. Isso no primeiro período de Outubro, Novembro e Dezembro”, revelou Bernardino Nhantumbo, técnico do Instituto Nacional de Meteorologia.

E, para a outra metade da época de chuva, não há muitas mudanças. “Nós esperamos chuvas normais para acima do normal para grande extensão do país, mas para algumas regiões da zona norte, sobretudo ao longo da costa de Nampula, Cabo Delgado e Zambézia, bem como a província esperamos chuvas abaixo do normal”, detalhou Bernardo Nhantumbo.

E são essas chuvas que vão causar cheias que poderão afectar pouco mais de um milhão de pessoas em todo o país. “Para a região sul, entre Outubro e Dezembro de 2021, temos risco moderado de ocorrência de cheias em bacias hidrográficas como Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo e na zona centro temos o Búzi e Zambézia. Para o norte, temos risco baixo. Não estamos a prever ocorrência de cheias e de Janeiro a Março de 2022, nós estamos à espera de risco moderado a alto da ocorrência de cheias nas bacias de Incomáti, Limpopo, Búzi, Zambeze e Licungo”, alertou Agostinho Vilanculos da Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos

Se houver cheias, “há possibilidade de se afectar cerca de um milhão e duzentas pessoas pelas inundações neste ano hidrológico e, igualmente, pensamos que cerca de 400 escolas e uma média de 100 unidades sanitárias poderão ser afectadas”.

Entretanto, caso haja ocorrência de ciclones, o número de pessoas afectadas pode disparar para três milhões.

O prognóstico da época chuvosa aponta, ainda, para a ocorrência de doenças como malária e diarreia um pouco por todo o país, sendo que o risco varia de moderado para elevado em cada província

“para o primeiro período da época chuvosa, Outubro, Novembro e Dezembro, o sector está a prever, para a região sul, um risco em relação à malária, sendo moderado para a cidade e província de Maputo. Sobre a zona centro do país, nós previmos um risco alto para o norte da província da Zambézia e região central de Tete. Já no norte, estamos a prever um alto risco de malária para Nampula”, descreveu a previsão da primeira metade da época chuvosa 2021/2022, Tatiana Marrufo, do Ministério da Saúde

Na segunda metade, o risco de malária continuará moderado em Maputo, estendendo-se para Gaza e grande incidência da doença continua na província da Zambézia, moderado para Tete e volta a subir para o norte, sobretudo em Nampula, mas moderado no sul de Niassa e Cabo Delgado.

As previsões sobre as doenças diarreicas, “estamos a prever um risco moderado no centro do país, especificamente no norte da província da Zambézia. Para o norte, previmos um risco alto para Nampula e moderado para sul de Cabo Delgado e Niassa. Isso para o primeiro período”.

Para o restante período da época chuvosa 2021/2022, Janeiro a Março, as previsões apontam para um risco moderado para cidade e província de Maputo, estendendo-se para o litoral de Inhambane. “Por outro lado, estamos a prever que, para a região centro, nós teremos um risco moderado em toda esta região em áreas focalizadas para as quatro províncias. No norte, estamos a prever um risco alto em Nampula, Cabo Delgado e Niassa e moderado para as duas últimas”, apontou Tatiana Marrufo.

As informações foram reveladas, esta sexta-feira, em Maputo, no VIII Fórum Nacional de Antevisão do Clima, cujo discurso de abertura foi proferido pela vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo.

CONFIRA ABAIXO A PREVISÃO DO ESTADO DO TEMPO PARA AS PRÓXIMAS 24 HORAS

NA ZONA SUL

Maputo, Xai-Xai, Inhambane e Vilankulo poderão regista temperatura máxima de 27, 26, 26 e 26 graus e mínimas de 15, 17, 20 e 19, respectivamente.

NA ZONA CENTRO

Beira, Chimoio, Tete e Quelimane poderão registar máximas de 26, 24, 31 e 27 e mínimas de 20, 13, 21 e 19 graus celsius, respectivamente.

NA ZONA NORTE

Nampula, Pemba e Lichinga poderão registar máximas de 28, 28 e 23 e mínimas de 18, 20 e 10 graus celsius, respectivamente.