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quarta-feira, 2 de março de 2022

EUA avançam que terrorismo em Cabo Delgado pode estar a ser financiado a partir da Africa do Sul

 


Desde Outubro de 2017 que a província de Cabo Delgado tem sido fustigada por ataques protagonizados por grupos armados. Os ataques que deixaram um rasto de destruição e uma crise humanitária sem precedentes foram reivindicados pelo Estado Islâmico (ISIS). O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos da  América  tornou publico a lista de quatro supostos facilitadores financeiros do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) e Estado Islâmico -Moçambique (ISIS-M) com base na África do Sul.

De acordo com uma nota do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de  América  , trata-se de Farhad Hoomer, Siraaj Miller, Abdella Hussein Abadigga e Peter Charles Mbaga que vinham desempenhado um papel cada vez mais central na facilitação da transferência de fundos do topo da hierarquia do Estado Islâmico para filiais em toda a África.

“O Tesouro está tomando essa acção para interromper e expor os principais apoiantes do ISIS que exploram o sistema financeiro da África do Sul para facilitar o financiamento de filiais e redes do ISIS em toda a África”, disse o subsecretário do Tesouro dos EUA, Brian Nelson garantido depois que “Estamos a trabalhar com nossos parceiros africanos, incluindo a África do Sul, para desmantelar as redes de apoio financeiro do ISIS no continente.”

Indo mais longe, os EUA referem que as filiais do Estado Islâmico no continente africano dependem de esquemas locais de angariação de fundos, como roubo, extorsão de populações locais e sequestro por resgate.

O Departamento de Tesouro dos EUA tornou público que Peter Charles Mbaga facilitou as transferências de fundos da África do Sul e procurou fornecer apoio ao Estado Islâmico em Moçambique, ajudando o grupo a adquirir equipamentos da África do Sul.

Se por um lado, Peter Charles Mbaga, designado como Executivo E.O. 13224, pesam sobre si acusações de ter disponibilizado suporte financeiro, material ou tecnológico para, bens ou serviços para apoiar o Estado Islâmico em Moçambique.

Por outro lado, Farhad Hoomer, Siraaj Miller e Abdella Hussein Abadigga são acusados de  fornecer suporte financeiro, material ou tecnológico para, ou bens ou serviços para ou em apoio ao ISIS.


O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos decidiu, por outro lado, congelar as contas de Farhad Hoomer, Siraaj Miller, Abdella Hussein Abadigga e Peter Charles Mbaga nos Estados Unidos da América.


“Como resultado da acção de hoje, todos os bens e participações em propriedades das pessoas físicas acima mencionadas, e de quaisquer entidades que sejam detidas, directa ou indirectamente, em 50% ou mais por elas, individualmente, ou com outras pessoas bloqueadas, que estejam nos Estados Unidos ou na posse ou controlo de pessoas dos EUA, devem ser bloqueados e relatados ao OFAC”, explicam os EUA.



Fonte:Evidências

Presidente da República exonera Machatine, Maleane, Mesquita, Tonela, Maíta e Siliya.

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, no usos das competências que lhe são conferidas pela alínea a) do número 2 do artigo 159 da Constituição da República exonerou através de Despachos Presidenciais separados seis ministros do Governo, depois de ter orientado um Conselho de Ministros que durou dois dias (ontem e hoje).

A lista é composta por alguns dos ministros que foram pedras fundamentais no seu primeiro mandato, como são os casos de Adriano Afonso Maleiane, do cargo de Ministro da Economia e Finanças; Max Tonela, do cargo de Ministro dos Recursos Minerais e Energia; Carlos Mesquita, do cargo de Ministro da Indústria e Comércio e João Osvaldo Machatine, do cargo de Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.

Mas para além destes, o Presidente da República decidiu refrescar os ministérios do Mar, Águas Interiores e Pescas e dos Combatentes, exonerando Augusta Maita  e Carlos Siliya, respectivamente. Ministros com uma prestação apagada como é o caso de Janfar Abdulai, do Ministério dos Tansportes e Comunicações, continuam de pedra e cal.

No entanto, Evidências sabe que a exoneração de Adriano Maleane e Carlos Mesquita foi a pedido dos visados, enquanto João Machatine pode estar ligada a escândalos ligados às portagens ao longo da estrada circular e do desabamento de pontes e estradas um pouco por todo o país após a passagem da tempestade Ana, denunciando negociatas que contribuem para a má qualidade de obras.

Ao que Evidências apurou, esta mexida devia ter sido feita em Novembro último, mas o PR recuou depois do plano ter vazado. Nyusi ainda não nomeou sucessores, mas é provável que alguns exonerados sejam promovidos para outras pastas.



Fonte:Evidências

terça-feira, 1 de março de 2022

Rússia enviou 113 mísseis de cruzeiro com destino a território ucraniano

 


Segundo o presidente da Ucrânia, a Rússia terá também enviado 113 mísseis de cruzeiro com destino a território ucraniano.

Rússia realizou 56 ataques com recurso a mísseis desde o início, há já cinco dias, da invasão ordenada por Vladimir Putin à Ucrânia. A informação foi avançada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, noticia a Sky News.

Zelensky adiantou ainda que, segundo as informações mais atualizadas, a Rússia terá também enviado 113 mísseis de cruzeiro com destino a território ucraniano.

Estas declarações, proferidas na segunda-feira, surgem num dia em que dezenas de pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas após os ataques de mísseis de cruzeiro que abalaram a cidade ucraniana de Kharkiv.

Reagindo a estes “bombardeamentos”, o presidente do país refere que começa a ser necessário considerar o estabelecimento de uma zona de proibição de voo para os mísseis, aviões e helicópteros russos.

Segundo a Sky News, um embaixador ucraniano nos Estados Unidos terá, por sua vez, acrescentado que a Rússia utilizou também, durante os mais recentes ataques, uma “bomba de vácuo”. Também chamada de “arma termobárica”, esta é uma bomba que funciona através da absorção de oxigénio, o que possibilita explosões poderosas e de elevadas temperaturas



 Fonte:MMO

Disney, Netflix e Warner Bros suspenderam seus produtos na Rússia

 


A Disney anunciou na segunda-feira que não vai lançar novos filmes na Rússia devido à invasão da Ucrânia. Dada a invasão não provocada da Ucrânia e a trágica crise humanitária faremos uma pausa no lançamento dos nossos filmes na Rússia”, informou, em comunicado.

A empresa acrescentou que “tomaria futuras decisões empresariais” à medida que a situação evolui e prestaria ajuda humanitária através de organizações não-governamentais parceiras.

Imediatamente após o anúncio da Disney, a Warner Bros. disse que vai cancelar a estreia russa de “The Batman”, marcada para sexta-feira. Já a Netflix confirmou na segunda-feira que não vai cumprir a nova lei audiovisual da Rússia, que exigia à plataforma incluir cerca de 20 canais públicos para operar no país.

A legislação, prevista para entrar em vigor hoje, exige que a Netflix e outros serviços audiovisuais transmitam conteúdos de meios de comunicação social associados ao Kremlin, tais como o Canal Um, a rede de entretenimento NTV e o Canal da Igreja Ortodoxa.

O anúncio da Netflix veio horas depois da empresa tecnológica Meta confirmar que irá restringir o acesso nas redes sociais – que incluem Facebook, Instagram e WhatsApp – ao canal RT e à agência Sputnik, meios de comunicação social controlados pelo Governo russo, a pedido da UE.

O Twitter, outra rede social norte-americana, também anunciou na segunda-feira que irá acrescentar um aviso às ligações de partilha de mensagens e notícias dos meios de comunicação social controlados pelo Kremlin e também tentar reduzir a circulação na plataforma.



Fonte:MMO

Moçambique passa a fornecer energia ao Reino de Eswatini

 


A Eletricidade de Moçambique (EDM) assinou um novo contrato para fornecer energia ao Reino de Eswatini, indica uma nota oficial emitida hoje pela empresa pública moçambicana.

O contrato tem uma duração de 17 meses e prevê que a EDM forneça 20 megawatts de energia, quantidade que pode ser revista em função das necessidades da Eswatini Eletricity Company (EEC), indica a nota, Citada pela Carta de Moçambique.

“A relação bilateral entre a EDM e EEC tem mais de uma década, sendo Moçambique e África do Sul os principais fornecedores de energia que aquele país importa para atender a mais de 70% das suas necessidades internas de consumo”, refere a nota.

O encontro em que o acordo foi assinado também serviu para análise de projetos futuros existentes entre as duas empresas, com destaque para a Central Térmica de Temane, que está a ser construída no sul de Moçambique.

“O projeto da Central Térmica de Temane inclui uma linha de transmissão entre Vilanculos [província de Inhambane] e Maputo, que se interligará ao sistema da Motraco, o mesmo que faz interligação entre Moçambique e Reino Eswatini”, referiu o presidente da EDM, Marcelino Alberto, citado na nota.

Em dezembro, a empresa Globeleq, principal acionista da Central Elétrica Térmica de Temane anunciou que garantiu o financiamento total do projeto, no valor de 652 milhões de dólares (576,4 milhões de euros), prevendo o início da produção de eletricidade para 2024.



Fonte,Folha de Maputo

Renamo considera que Nyusi encalhou DDR por medo de perder controlo das FDS

 


No arranque da XI Sessão da nova Legislatura da Assembleia da Republica, os dignos representantes do povo moçambicano voltaram a trocar acusações. O chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, declarou que os êxitos da Forca Conjunta no Teatro Operacional Norte, incomodam a Renamo uma vez que esta sempre foi contra intervenção das tropas estrangeiras sem antes auscultar a Assembleia da Republica. No contra – ataque, o maior Partido da oposição em Moçambique declarou que  o DDR encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

O inicio foi como o fim para os três partidos com assentos na Assembleia da Republica. Tal como aconteceu na ultima sessão de 2021, no arranque dos trabalhos do corrente ano a Frelimo, Renamo e MDM voltaram a trocar acusações.

Para o chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, as conquistas das forcas que se encontram na linha da frente no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado incomodam a Renamo, uma vez que o Partido liderado por Ossufo Momade ainda defende que o Presidente da Republica antes de aceitar a entrada das tropas ruandesas e da SADC tinha auscultar a Assembleia da Republica.

“Os moçambicanos são testemunhas de que está RENAMO e sua Junta Militar sempre se opuseram as forças da SADC e do Ruanda para combater o terrorismo. A mesma RENAMO prognosticou um caos aquando do início da pandemia de Covid-19 em Moçambique. Os moçambicanos sabem que desta RENAMO os moçambicanos não se surpreendem porque sabem que é uma força forjada para desestabilizar, matar e destruir para desestabilizar o desenvolvimento do país”, atacou Pantie

Contra – atacando, Viana Magalhães, Chefe da Bancada Parlamentar do maior Partido da oposição em Moçambique, declarou que o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos ex-guerrilheiros da Renamo encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

“O DDR encalhou porque o chefe do comando operativo não quer perder o controlo das Forças de Defesa e Segurança, porque como disse o seu chefe e seu mentor não pode partilhar assuntos do estado porque a RENAMO é uma pedra no sapato daqueles que vivem a democracia no corpo do comunismo alicerçado no partido único”, disse Magalhães

“Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra”

Indo mais longe, Magalhães lançou um serio aviso ao Governo, declarando que o incumprimento do DDR é um barril de pólvora que um dia pode mergulhar o país no caos. Por outro lado, o chefe da Bancada Parlamentar da Renamo pediu um basta ao clima que perseguição que se vive no país desde Filipe Nyusi assumiu o poder.

“Chega de corruptos, chega de raptores, chega de sequestros, chega de esquadrões de morte, chega de caloteiros, chega de patrocinadores de terrorismo, cega de indolentes, chega mesmo. O nosso chega não será suficiente se o nosso povo não tomar atitudes e ações concretas constitucionalmente estabelecidas. É preciso agir e a hora é agora. Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra para como uma forma apropriada de esconder a incapacidade de governar daí afirmamos que todos são farinha do mesmo saco”.

Por sua vez, Lutero Simango, presidente e chefe da Bancada Parlamentar do MD, focou-se no restabelecimento da paz e tranquilidade na província de Cabo Delgado, propondo um dialogo com os grupos que, desde 2017, semeiam luto e terror naquele ponto do país.

“Medidas sociais e econômicas devem ser adoptadas de forma inclusiva e participativa com maior enfase para a juventude que deve ser orientada para exercer a soberania com auto estima e moçambicanidade”, avançou Simango.

De referir que na IX Sessão da nova Legislatura da  Assembleia da Republica serão  instrumentos de debate as leis de radiodifusão e da comunicação social,  depositados no Parlamento há cerca de dois anos.


Fonte:Evidências

Guebuza vs Nyusi : Jogo aberto para o Congresso

 


Guebuza estende Nyusi e fortifica a sua imagemNyusi vai ao congresso fragilizado e pode sair humilhadoDepois de anos como saco de pancadas, Guebuza volta a luta com a cabeça erguida


Grupos ligados a Nyusi intensificam propaganda para limpar imagem do PR


Quando o julgamento das dívidas ocultas arrancou, a 28 de Agosto do ano passado, estava tudo arquitectado para que o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, fosse humilhado e tirado de cena no panorama político interno do partido no poder, contudo, a sua audição, semana finda, para além de sacudir a “poeira” sobre o limite da sua responsabilidade no caso das dívidas ocultas, acabou reforçando o seu capital político e colocou sérias dúvidas sobre a integridade do actual Chefe do Estado, Filipe Nyusi, que agora arrisca-se a ir ao Congresso, de Setembro próximo, fragilizado politicamente, podendo sair humilhado. Protegido pelo tribunal e pelo Ministério Público, Filipe Nyusi é o único que prestou declarações à PGR durante a instrução preparatória, que não foi chamado como declarante para confirmar os seus dados e ser confrontados com os novos. Como tal, a opinião pública entende que a velada protecção demonstrada pelo juiz prova que ele tem algo a temer e, desde as declarações de Guebuza, o seu círculo de propaganda, através das redes sociais e órgãos de comunicação social, vem fazendo de tudo para limpar a sua imagem na opinião pública.

Reginaldo Tchambule

As tensões nalguns círculos do já fraccionado em alas partido Frelimo começaram a subir logo após a marcação do arranque, a 28 de Agosto, do julgamento do processo das dívidas ocultas em Moçambique, quase seis anos após o início da instrução preparatória e dois após a detenção preventiva do primeiro grupo dos 19 arguidos.

À medida que decorria o julgamento, a tenda da BO transformou-se num campo de batalha política titânica. Mas a guerra não só é travada a nível do tribunal, como também fora deste, tendo em conta que os “camaradas” encontram-se a preparar o Congresso electivo de 23 e 28 de Setembro próximo e já começaram a ser formadas as alianças para a sucessão de Filipe Nyusi como candidato do partido no poder à Presidente da República.

O seu mandato termina em 2024 e o julgamento das dívidas ocultas, para além de uma acção de busca de justiça e responsabilização, transformou-se desde o início numa batalha política, opondo as alas dominadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi e a do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, uma velha raposa da política moçambicana, que nos últimos anos tem se queixado de alguma perseguição por parte do seu sucessor.

Aliás, durante a sua audição, semana finda, Guebuza queixou-se do executivo de Filipe Nyusi estar empenhado em escangalhar o seu legado e deu indicações de que o julgamento é uma extensão da luta política.

Coincidência ou não, quase metade dos 19 arguidos fazem parte do círculo de Armando Guebuza ou têm conexões com alguém que lhe é próximo, incluindo o seu filho mais velho, Armando Ndambi Guebuza, a sua secretária particular, Inês Moiane, e o seu conselheiro Renato Matusse.


No dia em que Guebuza jogou pela sua sobrevivência


Numa audição marcada por constantes cortes de energia eléctrica, depois de na madrugada homens armados terem tentado sabotar o posto de transformação que alimenta a cadeia da máxima segurança, incluindo a tenda da BO, o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, assumiua responsabilidade, pelo menos política, pela concepção do Projecto de Protecção da Zona Económica e Exclusiva, que culminou com a criação das empresas ProIndicus, EMATUM e MAM, que se beneficiaram dos empréstimos na ordem de 2.2 mil milhões de dólares norte americanos avalizados de forma ilegal pelo Estado.

“Assumo responsabilidade pelo criação do SIMP, eu era Presidente da República, queria defender todo o país, incluindo o juiz”, justificou Guebuza, batendo na tecla de que as três empresas faziam parte do Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP), contrariando a posição do Ministério Público.

O antigo chefe do Estado disse que tomou a decisão devido a algumas ameaças à soberania que se registavam na altura, ligadas à entrada ilegal de estrangeiros pelas fronteiras mais a norte do país, para além da intensificação do tráfico de drogas que entravam no país pela via marítima. Igualmente, justificou a decisão apontando ataques piratas e de homens armados da Renamo.

No entanto, referiu ter confiado a negociação de aspectos financeiros e a operacionalização do projecto ao Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, pelo que remeteu a parte das questões ao antigo ministro da Defesa, Filipe Nyusi.

“Eu fiz um despacho em que delegava os poderes de negociação ao ministro da Defesa (Filipe Nyusi), ministro do Interior (Alberto Mondlane) e ao Director Geral do SISE (Gregório Leão). Portanto, havia um grupo delegado para negociar, não precisava ser eu a saber (de questões ligadas ao financiamento das empresas). Talvez o chefe do Comando Operativo (Filipe Nyusi) pudesse esclarecer melhor”, disse Guebuza, assumindo, que ele é que orientou o Comando Operativo para procurar financiamento, o que justifica o facto de terem sido Filipe Nyusi (em carta enviada a Manuel Chang) e Gregório Leão a solicitarem garantias a favor das três empresas.

Perante a insistência do Ministério Público, Guebuza voltou a atirar “não sei se estará cá alguém do comando operativo para explicar… O comando operativo tinha o seu chefe, que era o ministro da Defesa Nacional”, sentenciou, empurrando parte da responsabilidade para Filipe Nyusi. Durante toda a audição, que durou dois dias, Guebuza citou várias vezes o nome de Nyusi, tendo chegado a responsabilizá-lo pelo insucesso na implementação das três empresas.


Filipe Nyusi fragilizado e poderá sair humilhado no Congresso


Observadores em Maputo acreditam que as declarações de Guebuza, durante os dois dias da sua audição fazem parte da sua estratégia de sobrevivência política dentro e fora do partido e, ao que tudo indica, funcionou, pois neste momento todas as dúvidas pairam sobre o envolvimento de Filipe Nyusi nas dívidas ocultas e a sua imagem está, neste momento, bastante beliscada e poderá chegar ao Congresso que vai decidir a sua sucessão bastante fragilizado.

Depois da sentença do processo de Maputo, Nyusi fica com a “dívida” de Londres, onde a PrivInvest tenta arrastá-lo à brasa, tendo já conseguido uma autorização da Corte Suprema de Londres para notificar o Presidente de Moçambique para o julgamento que, de resto, está marcado para 2023, altura em que Nyusi estará quase a deixar o poder.

Aquando da contratação das dívidas ocultas, Filipe Nyusi era ministro da Defesa e, por inerência de funções, coordenador do Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, tornando-se uma das peças-chave do SIMP, tendo assinado alguns documentos, como é o caso da carta de 14 de Janeiro de 2013, dirigida a Manuel Chang, em que solicita garantias a favor da ProIndicus e aponta a Credit Suisse como solução para o financiamento.

Apesar de ter negado conhecer os fundamentos da criação da EMATUM e MAM durante as suas declarações no quadro da instrução preparatória, há muitas inconsistências nas declarações de Filipe Nyusi. Não convence a ninguém a tese de que não sabia da existência da MAM, cujos estaleiros, na base naval do exército moçambicano em Pemba, começaram a ser montados quando ainda era ministro e foram inaugurados no seu governo pelo ministro Salvador Mtumuke.

Ademais, há cartas inéditas que mostram seus contactos com o SISE, através de Gregório Leão e António Carlos do Rosário, sobre as três empresas, em que é dado a conhecer os desenvolvimentos da sua implementação e chega a dar sugestões.

Como se tal não bastasse, a imagem de um juiz e uma procuradora do Ministério Público empenhados em tudo fazer para que o seu nome não fosse associado ao calote e evitar a todo custo que fosse declarante, apesar de ter sido citado do primeiro ao último dia de audições, ao mesmo tempo que grupos de propaganda foram espalhados pelas redes sociais e órgãos de comunicação social para limparem a sua imagem, reforçam a ideia de que Filipe Nyusi tem algo que pretende manter oculto.

As declarações de Guebuza aumentaram as fricções dentro do partido no poder, entre Nyusi e Guebuza, cujo mal-estar dura há alguns anos. Celso Correia, o principal cérebro por detrás da governação e estratégias de Nyusi, quem acredita-se que tenha sob controlo, foi gravado em 2019 numa conversa com Inês Moiane, antiga secretária particular de Guebuza, tentando uma reconciliação entre os dois presidentes.

Durante a conversa, Celso Correia chegou a insinuar ter poder para influenciar a Procuradora-Geral da República para, uma vez conseguido o encontro entre Nyusi e Guebuza e aparentemente um pacto, “mexer alguns pauzinhos” para que ela e outros elementos próximos do antigo Presidente não fossem detidos. A verdade é que a conversa acabou sendo divulgada e nunca houve o encontro. Inês Moiane e os outros acabaram sendo recolhidos aos calabouços.

Neste momento, Guebuza conta com alguma solidariedade não só de uma parte da sociedade moçambicana, como também dentro do partido, havendo a destacar alguma proximidade com o também antigo Presidente da República, Joaquim Chissano e outros membros influentes de aspirações sulistas, que durante os últimos anos viram seus interesses económicos e empresariais colocados em causa pela ala Maconde, que tem como patriarca Alberto Chipande. Acredita-se que Guebuza e Chissano estejam em concertações para endossar seu apoio a um dos candidatos.


Fonte:Beira Notícias

Ucrânia: Oposição parlamentar moçambicana condena “guerra de invasão”, Frelimo em silêncio

 


A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, e o MDM, terceiro partido, condenaram hoje a invasão da Rússia à Ucrânia, criticando o “silêncio” do Governo moçambicano em relação à ação militar de Moscovo.

“É inconcebível e lamentável que, em pleno século XXI, um país lance uma guerra de invasão contra outro país”, afirmou o chefe da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Viana Magalhães.

Magalhães falava no discurso de abertura da V sessão ordinária da Assembleia da República (AR), que hoje retomou os trabalhos, após o interregno de fim de ano.

A ação militar russa na Ucrânia, prosseguiu, é uma violação do Direito Internacional e mostra falta de bom senso por parte de Vladimir Putin, Presidente da Rússia.

“Apelamos a que se siga o caminho do diálogo”, declarou Viana Magalhães, cujo partido negociou vários acordos de paz para acabar com conflitos armados que o opuseram ao Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O chefe da bancada parlamentar da Renamo criticou o “silêncio” do executivo de Maputo em relação à “invasão russa”, qualificando essa postura como “preocupante”.

A Frelimo foi um aliado de Moscovo durante o tempo da ex-URSS, tendo recebido apoio militar durante a luta contra o colonialismo português e ajuda económica e financeira depois da independência do país, em 1975.

Moçambique recebeu centenas de cooperantes russos de várias especialidades, no quadro da chamada política de solidariedade internacional implementada pelo ex-bloco do Leste em relação aos países da sua área de influência ideológica.

Numa nota enviada em resposta a um pedido da Lusa, o vice-chefe do Departamento de Informação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Augusto Pelembe, “repudiou os ataques à Ucrânia” defendendo uma “saída diplomática urgente”.

“O MDM insta, através ao contínuo repúdio e condenação a estes ataques à Ucrânia. Como moçambicanos e africanos, no geral, condenámos”, lê-se no comunicado.

Augusto Pelembe assinalou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem um enorme potencial de afetar a economia moçambicana, observando que o país africano importa da Rússia a maioria do trigo que consome.

A Frelimo não se quis pronunciar sobre o tema e o Governo moçambicano também ainda não falou a respeito do assunto.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.



Fonte:Cartamoz

Rússia já não pode sobrevoar espaço aéreo da União Europeia

 


Os países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, decidiram fechar os céus europeus aos aviões russos no âmbito das sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, reforçadas com a aprovação da exclusão da Rússia do sistema SWIFT de pagamentos internacionais.

A par do estrito segundo pacote de sanções, que visa limitar, desde logo, a capacidade de financiamento russo do esforço de guerra, os parceiros europeus avançaram igualmente com uma medida inédita: financiar a compra de armas para enviar para a Ucrânia.


Fonte:MMO

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Polícia sul-africana deteve líder do sequestro de Jahyr Abdula em Joanesburgo

 


A Polícia sul-africana anunciou ontem a detenção, em Brackenhurst, sul de Joanesburgo, de um homem de 37 anos suspeito de liderar o sequestro do moçambicano Jahyr Abdula e de outros raptos em Gauteng e na capital moçambicana, Maputo.

Contactada pela Lusa, a porta-voz do comando nacional da Polícia (SAPS, na sigla em inglês), Athlenda Mathe, avançou que o homem é de nacionalidade sul-africana.

Num comunicado divulgado na tarde de ontem, a polícia sul-africana considerou, sem avançar detalhes, o homem de 37 anos como sendo “o mentor e suposto líder por trás de uma onda de sequestros de elevado perfil em que foi exigido resgate, em várias partes de Gauteng, bem como em Maputo, Moçambique”.

Segundo a força de segurança sul-africana, o alegado mentor do sequestro do filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula, foi detido juntamente com mais três associados na passada quarta-feira, em Brackenhurst, junto a Alberton, localidade no sul de Joanesburgo, a capital económica do país, onde reside uma vasta comunidade portuguesa e lusodescendente.

“Nesta morada, a polícia encontrou e apreendeu três veículos de alta potência, 6.000 comprimidos de Mandrax, dinheiro em numerário, um recibo de venda de uma propriedade de 1,9 milhões de rands [110 mil euros], em Bryanston, várias roupas de marcas de luxo, todos os quais a polícia acredita terem sido adquiridos com o dinheiro dos pagamentos de resgate em dinheiro”, explicou a SAPS.

“Os quatro foram presos e estão sob custódia policial”, salientou.

A polícia sul-africana adiantou que um quinto elemento desta rede criminosa foi preso também, na quinta-feira, em Benoni, cerca de 40 quilómetros a leste da capital sul-africana, outra região significativa de portugueses e falantes de português.

“O mentor e seus associados são acusados de sequestro e de exigirem resgate em vários casos de elevado perfil, incluindo o de Jahyr Abdula, um cidadão moçambicano e o seu amigo, sequestrados em 15 de Outubro de 2021”, referiu a polícia sul-africana.

Segundo a SAPS, “a dupla tinha acabado de entrar em Joanesburgo vinda de Moçambique numa coluna de três veículos quando foram parados pelos seus captores que numa carrinha BMW azul equipada com luzes azuis e sirenes”.

“A dupla foi retirada da coluna e mantida em cativeiro”, adiantou.

A polícia sul-africana revelou que “o amigo de Abdula foi resgatado no mesmo dia por vários elementos das agências de segurança do país em articulação com empresas de segurança privada”, acrescentando que “[Jair] Abdula foi resgatado um mês depois numa residência na sexta-feira, 26 de Novembro de 2021”.

A SAPS destacou ainda o caso de Yasin Bhiku, um cidadão indiano que foi sequestrado à porta de sua casa em Lenasia, em 11 de Janeiro de 2021.

Apesar de não estar relacionada com este sindicato criminoso, a polícia sul-africana anunciou também ontem o resgate de uma menina de 11 anos que foi raptada à porta da escola em Mayfair, no ano passado.

A menina foi posteriormente encontrada e resgatada num assentamento informal perto do Soweto, sudoeste de Joanesburgo, segundo a polícia sul-africana.

A brigada especial anti-sequestro foi criada em 18 de Novembro de 2021, após um aumento no número de casos de sequestro em que foi exigido resgate, refere-se no comunicado da polícia sul-africana.

A África do Sul, um dos países mais violentos do mundo, registou um aumento do número de raptos denunciados à polícia no último trimestre de 2021, com 85 casos de pessoas sequestradas por resgaste, a maioria em Gauteng, segundo a polícia sul-africana.