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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Confrontos fazem cinco mortos e três feridos em Cabo Delgado



Pelo menos cinco insurgentes morreram durante confrontos ocorridos, esta terça-feira (24.01), na aldeia de Nacala, a 50 quilómetros de Mueda. Outras três pessoas ficaram feridas.

Milícias em Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciaram, esta quarta-feira (25.01), ter morto cinco insurgentes durante confrontos ocorridos na terça-feira na aldeia de Nacala, situada entre Nanhala e Chude, a 50 quilómetros da sede de distrito de Mueda. 

"Disparámos porque eles começaram a queimar casas", referiu um dos membros da chamada "força local", acrescentando que, entre os feridos, estão dois elementos da "força local" e um civil. 

Outra fonte da "força local" referiu que as trocas de tiro continuaram até às 05:00 (UTC - Tempo Universal Coordenado) desta quarta-feira e que a situação já estava controlada por parte da milícia.

Os confrontos fizeram com que muitas pessoas fugissem desde terça-feira em direção a Mueda, relatou uma mulher de 43 anos, mãe de cinco filhos, e que decidiu procurar segurança na sede de distrito. 

Insurgência armada

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. 

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.  

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLE.


Fonte:Dw

Joe Biden vai enviar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia


O anúncio acontece no mesmo dia em que a Alemanha informou ter autorizado o envio de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, para Kiev.

Joe Biden anunciou esta quarta-feira que o governo norte-americano aprovou a entrega às forças armadas da Ucrânia de 31 tanques M1 Abrams

"Os tanques são a prova do compromisso à Ucrânia. A Europa e os Estados Unidos estão unidos na ajuda à Ucrânia. Putin estava errado, estamos todos unidos", afirmou na Casa Branca, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

O envio dos carros blindados será acompanhado de outras medidas, como o treino das tropas ucranianas, com o objetivo de "melhorar a sua capacidade de manobra em campo aberto" e as suas capacidades militares a longo prazo, segundo o chefe de Estado norte-americano.

Durante a comunicação, Biden aproveitou para agradecer ao chanceler alemão, Olaf Scholz, pelo envio de tanques Leopard 2 (de fabrico alemão) para a Ucrânia e garantiu que esta medida "não é uma ameaça ofensiva para a Rússia".

A decisão representa uma mudança de planos por parte da administração de Joe Biden sobre estes tanques de guerra de fabrico norte-americano, embora possa levar meses ou anos até que os M1 Abrams sejam entregues, noticiou esta terça-feira a agência Associated Press (AP).

Este anúncio acontece no mesmo dia em que a Alemanha informou ter autorizado o envio dos tanques Leopard 2 para Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Fonte:DN

Comissão não identificou suposto deputado traficante em 15 dias de investigação

 


Passados quinze dias de investigação na província da Zambézia, para averiguar a informação sobre o alegado envolvimento de um deputado da Assembleia da República no caso de tráfico de drogas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) diz que ainda não foi apurada nenhuma informação nem suspeitas sobre o assunto.

Na última quarta-feira, a referida comissão prestou uma conferência de imprensa a jornalistas na Zambézia e não trouxe detalhes da investigação do caso.

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia da República trabalhou em todas as rotas onde supostamente circulam drogas na província da Zambézia. Esteve em Quelimane, no Porto de Macuse, nos distritos de Namacurra e de Mocuba, entre outros locais, onde inquiriu e interagiu com diversos actores sobre o assunto. Volvidos quinze dias, a CPI diz que não tem conclusões sobre o assunto.

“O nosso trabalho vai culminar com a apresentação dos resultados daquilo que ainda estamos a produzir. Uma vez concluído o trabalho, caberá à referida comissão dar o tratamento que julgar adequado às conclusões que a comissão for tirar. Como não temos ainda conclusões sobre este assunto e dada a natureza do processo, não temos informação para partilhar até ao preciso momento”, disse António Niquice, presidente da CPI.

O jornal O País perguntou a António Niquice se a CPI constatou ou não o facto de Zambézia ser corredor de drogas, ao que respondeu que, neste momento, a comissão não tem como entrar em detalhe sobre a investigação, porque está ainda em curso, mas “como já é do domínio público, em Macuse foi apreendida uma embarcação, que faz parte da rede de narcotráfico, também sabemos que, em Mocuba, a Polícia apreendeu quantidades significativas de metanfetamina e canábis sativa, o que preocupa, sobremaneira, as autoridades e não só”.

António Niquice fez saber que a sistematização da informação colhida no terreno já foi concluída e será submetida à Comissão Permanente da Assembleia da República que, na sequência, fará o pronunciamento público. Disse ainda que, durante o trabalho, foram seguidas todas as exigências necessárias para apurar a verdade.

Esta quarta-feira, a CPI partiu para a capital do país, Cidade de Maputo.


Fonte: Opais 

Covid na China: caixões esgotados à medida que aumentam as perdas rurais

 


A BBC encontrou evidências de um número considerável de mortes relacionadas à Covid nas regiões rurais da China, à medida que o vírus se espalhava das grandes cidades para áreas mais remotas com populações mais velhas.

Na região de Xinzhou, no norte da província de Shanxi, os fabricantes de caixões estão ocupados. Observamos os habilidosos artesãos enquanto esculpiam elaboradas decorações na madeira recém-cortada. Nos últimos meses, dizem eles, não tiveram tempo de parar.

Um aldeão, um cliente, nos disse que às vezes os caixões se esgotam. Rindo com uma dose do humor negro que se encontra na zona, acrescentou que quem trabalha na indústria funerária tem “ganhado uma pequena fortuna”.

Tem havido muito debate sobre o número real de mortes por Covid na China, depois que o vírus se espalhou por suas megacidades.

Cerca de 80% da população - mais de um bilhão de pessoas - foi infectada desde que a China suspendeu as restrições em dezembro, segundo o importante epidemiologista Wu Zunyou. No fim de semana passado, a China registrou 13.000 mortes relacionadas à Covid em menos de uma semana, somando-se às 60.000 mortes contabilizadas desde dezembro.

Mas essas mortes ocorreram em hospitais. Nas áreas rurais, há apenas instalações médicas esparsas e aqueles que morrem em casa não são contabilizados.

Não há sequer uma estimativa oficial do número de mortes nas aldeias. Mas a BBC encontrou evidências de que o número de mortos está aumentando.

Visitamos um crematório e eles também estavam ocupados, enlutados vestidos de branco avançando carregando a caixa cerimonial que eventualmente conteria os restos mortais de um ente querido.

Em outra aldeia, vimos um homem e uma mulher carregando enormes pássaros de papel de seda na traseira de um caminhão-plataforma. "Eles são guindastes. Você monta o guindaste para a vida após a morte", disse a mulher.

Enquanto empacotavam outras elaboradas imagens budistas recém-feitas de papel de seda, eles disseram que tiveram uma explosão na demanda por suas decorações funerárias, duas ou três vezes mais do que o normal.

Todos que conhecemos nesta parte de Shanxi que estão ligados à indústria funerária nos contaram uma história semelhante sobre um aumento de mortes e todos atribuíram isso ao coronavírus.


Fonte: BBC 

FMF garante 75 mil meticais pela qualificação



A FEDERAÇÃO Moçambicana de Futebol (FMF) vai pagar, a cada jogador, 75 mil meticais pela qualificação aos quartos-de-final da sétima edição do Campeonato Africano de Futebol reservado para jogadores internos (CHAN) em curso na Argélia.

A informação foi prestada na manhã de ontem, em Argel, pelo chefe da delegação, Jorge Bambo, que é igualmente vice-presidente para a área financeira da FMF, dissipando todos equívocos de que os jogadores estariam em greve. 

Aliás, Bambo disse que foi esse entendimento a que se chegou numa reunião havida na segunda-feira com os jogadores que exigiam 100 a 150 mil e que a FMF oferecia 40 mil pelo feito. 

Assegurou que parte desse valor, 50 mil meticais, já foi depositado nas contas dos atletas.

Em relação ao ambiente de trabalho, afirma que reina alegria e tranquilidade no seio do grupo e que o foco, agora, é vencer Madagáscar e seguir em diante. 

TSU: novos salários dos “altos” dirigentes da nação continuam “chorudos”



O Governo aprovou a 17 de Janeiro corrente os novos salários dos “altos” dirigentes da nação após a revisão anunciada há 14 dias. Dos cálculos que “Carta” fez, conclui-se que, mesmo com cortes, os actuais vencimentos continuam elevados.

No âmbito da reforma salarial na função pública, através da implementação de uma Tabela Salarial Única (TSU), o Governo anunciou há duas semanas a intenção de reduzir os salários dos Servidores Públicos, dos Titulares ou Membros de Órgão Público e dos Titulares e Membros dos Órgãos da Administração da Justiça.

Para a materialização desse desiderato, na semana passada, o Conselho de Ministros procedeu à revisão e publicação de três decretos, nomeadamente, o Decreto n.º 1/2023: Altera o artigo 9 e os Anexos I, II e IV do Decreto n.º 31/2022, de 13 de Julho; o Decreto n.º 2/2023: Altera o Anexo I do Decreto n.º 32/2022, de 13 de Julho e o Decreto n.º 3/2023: Altera o Anexo I do Decreto n.º 55/2022, de 14 de Outubro.

O principal objectivo dos novos decretos é alterar o Regime e os Quantitativos dos Suplementos dos Servidores Públicos, dos Titulares ou Membros de Órgão Público e dos Titulares e Membros dos Órgãos da Administração da Justiça aprovado pelo Decreto nº 31/2022, de 13 de Julho no âmbito da implementação da Lei nº 5/2022, de 14 de Fevereiro, que aprova a TSU.

Com as alterações, o salário base do Presidente da República, o mais elevado de todos os governantes (Nível 21A+100% de 21A), passa a ser de 263 516 Meticais, incluindo um subsídio de representação fixado em 40%, totalizando 368 921,4 Meticais mensais, contra 464 122,40 Meticais (de salário base mais subsídio de representação), uma diferença de 95.200 Meticais.

De acordo com o artigo 14 da Lei n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro, que define as regras e os critérios para a fixação de remuneração dos servidores públicos, dos titulares ou membros de órgão público e dos titulares e membros dos órgãos da Administração da Justiça e aprova a TSU, o vencimento do Presidente da República constitui referência para a determinação do vencimento do titular ou membro de órgão de soberania e de gestores de órgão público.

Nesse diapasão, “Carta” constatou que o Presidente da Assembleia da República, os Juízes-Presidentes do Tribunal Supremo, do Tribunal Administrativo, do Conselho Constitucional e o Procurador-Geral da República auferem um vencimento mensal correspondente a 80% do salário do Presidente da República, acrescido de subsídio de representação equivalente a 30% do respectivo vencimento, tal como determinam as alíneas b) e c) do número 1 do artigo 17, da Lei que aprova a TSU.

Assim, com o Chefe de Estado a receber 263 516 Meticais de vencimento base mensal, os restantes titulares dos órgãos de soberania e o Procurador-Geral da República passam a auferir 210 812,8 Meticais, acrescidos de subsídio de representação, totalizando 274 056,64 Meticais contra 344 776,64 Meticais, uma redução de 70 720 Meticais.

Por seu turno, o Primeiro-Ministro aufere um vencimento mensal correspondente a 77% do vencimento base do Presidente da República, sendo acrescido de subsídio de representação equivalente a 30% do respectivo vencimento, de acordo com a alínea d) do número 1 do artigo 17 da referida Lei.

Deste modo, o Primeiro-Ministro passa a receber 202 907, 32 Meticais, mais o subsídio de representação de 60,872,20 Meticais, de acordo com o Anexo I do novo Decreto nº 1/2023 de 17 de Janeiro que fixa os quantitativos e suplementos dos servidores públicos. No total, o Primeiro-ministro aufere mensalmente 263 779,51 Meticais, contra 331 847,52 Meticais uma diferença de 68 068,01 Meticais.

As alíneas e), f), g) e h) do número 1 do artigo 17, da Lei n.º 5/2022, de 14 de Fevereiro, determinam que os deputados, os Juízes Conselheiros, os Procuradores-Gerais Adjuntos, os Ministros, o Director-Geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado e o Provedor de Justiça auferem vencimento mensal correspondente a 75% do vencimento do Presidente da República, acrescido de subsídio de representação equivalente a 30% do respectivo salário. Assim os referidos membros passam a receber, mensalmente, um salário base de 197 637 Meticais, acrescidos de um subsídio de 30%, o que totaliza 256 928,1 Meticais, contra 344 776,64 Meticais uma diferença de 87 848,54 Meticais. 

Enquanto isso, os Secretários de Estado a nível Central, os Reitores das Universidades Públicas, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições e os vice-Ministros passam a receber um vencimento equivalente a 70% do Presidente da República e um subsídio de 15% de representação. Dos cálculos feitos pelo Jornal, conclui-se que estes servidores públicos passam a auferir 184 461,2 Meticais, mais o subsídio de representação no valor de 27 669,18 Meticais, totalizando 212 130,38 Meticais. Antes da revisão, esses servidores recebiam 301 679,56 Meticais mensais, uma redução de 89 549,18 Meticais.

Já os Governadores provinciais, os Presidentes das Assembleias Provinciais, o Presidente do Conselho Municipal de Nível A (Cidade de Maputo) e o respectivo Presidente da Assembleia Municipal terão ordenados equivalentes a 55% do salário do Presidente da República. Assim, mensalmente, passam a receber um salário base de 144 933,8 Meticais e um subsídio de representação de 14 493,38 Meticais. A soma desses dados é igual a 159 427,18 Meticais, contra 237 033,94 Meticais, uma diferença de 77 606,76 Meticais.

Após os cálculos, depreende-se que, mesmo com as reduções, os titulares dos órgãos públicos continuarão a ser os principais servidores públicos mais bem pagos da função pública, com destaque para o Chefe de Estado. Para além de receber o dobro do salário do técnico mais bem pago da função pública, Nyusi é também o único titular do órgão de soberania com um subsídio de representação de 40%. Os restantes titulares têm um subsídio de representação de 30%, 15% e 10%.

Para além do vencimento base e do subsídio de representação, os servidores públicos também se irão beneficiar de diversos subsídios já fixados nas instituições que lideram. O destaque vai para as ajudas de custo, para aqueles dirigentes que estão quase sempre a viajar para dentro e fora do país supostamente em missão de serviço, que vão "engordar" ainda mais os seus ganhos.


Fonte: Cartamoz 

Malfeitores queimam autocarro com passageiros a bordo na África do Sul

 


Desconhecidos queimaram, no território sul-africano, um autocarro com passageiros a bordo, que seguia na rota Durban – Maputo. Não há, até ao momento, registo de danos humanos.

Num vídeo amador posto a circular em várias plataformas digitais é possível ver o autocarro que saiu, esta terça-feira, de Maputo com destino a Durban, no território sul-africano, com fumaça e em chamas, o que deixou assustados os passageiros.

Devido a situação a viagem teve que ser interrompida. Uma das passageiras é uma jovem negociante, que saiu ontem de Durban, numa viagem que dura, habitualmente, de 5 a 6 horas só conseguiu desembarcar na Cidade de Maputo na manhã desta quarta-feira, assustada com o que acompanhou esta segunda-feira.

“Sofremos um pouco, tivemos que voltar porque disseram-nos que havia greve, estavam a queimar machimbombo de majugar e tivemos que dormir na fronteira, dormimos na rua”.

Armando Chemane conduz um mini-autocarro e opera na rota Cidade de Maputo-Durban e vice-versa. Quando viu incendiado o autocarro, Chemane seguia com destino à Cidade de Maputo e viu-se obrigado a desviar a rota.

“Saímos ontem de Durban então quando chegamos numa zona chamada Lhilhuli paramos nas bombas a abastecer o carro, apareceu um senhor moçambicano e chegou ali a avisar que não adiantava usarmos aquela via, e, logo que tivemos essa informação viramos e procuramos alternativas”.

O impacto dessa situação não tardou, no terminal internacional da Baixa, até ao meio dia desta quarta-feira, só tinha saído um carro com poucos passageiros contra uma média diária de três carros, disse Lopes Ambrósio, Presidente das Associações de Transportadores Internacionais.

“Acaba afetando todas as rotas para a África do Sul, porque as pessoas ficam com medo. Por exemplo, hoje as pessoas estão com medo. Aqui no terminal da baixa está muito fraco, quase que não há trabalho”.

Até ao momento ainda não foi possível apurar as causas deste incidente e aguarda-se igualmente pelo pronunciamento das autoridades.


Fonte:Opais 

Renamo no silêncio sobre greves salariais nos municípios

 


Continua “surda” e “muda” a liderança da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), em relação às sucessivas greves laborais que têm marcado a gestão de quatro, das cinco autarquias por si governadas, na província de Nampula.

Desde o ano de 2019 que deixou de ser novidade a paralisação de actividades nos Conselhos Municipais geridos pela segunda maior força política do país, na província de Nampula, em consequência de atrasos no pagamento de salários.

Angoche, Ilha de Moçambique, Malema e Nacala-Porto já foram palcos de manifestações, protagonizadas por funcionários dos respectivos Conselhos Municipais, em resultado da falta de salários. O Município de Nampula, também gerido pela Renamo, também registou atrasos no pagamento de salários de Maio e Junho de 2019, mas sem ocorrência de qualquer greve laboral.

O pontapé de saída teve lugar na Cidade de Angoche, em Novembro de 2019, quando mais de 400 funcionários da Edilidade local paralisaram as actividades, exigindo o pagamento de salários dos meses de Janeiro, Outubro e Novembro daquele ano e do 13º vencimento do ano de 2018.

Na altura, o Edil de Angoche, Ossufo Rajá, apontou a falta de transparência na alocação de verbas do Fundo de Compensação Autárquica (FCA) por parte do Governo, como a principal razão dos atrasos salariais e garantiu que a paralisação tinha motivações políticas.

De seguida, foi a vez dos funcionários e membros da Assembleia Municipal da Cidade da Ilha de Moçambique, que em Junho de 2021 paralisaram as actividades, exigindo o pagamento de salários, que se encontravam atrasados desde Abril daquele ano.

Tal como em Angoche, a Edilidade da Ilha de Moçambique apontou os atrasos no desembolso do FCA, como estando na origem dos atrasos no pagamento de salários e que a greve tinha motivações políticas. Sublinhe-se, entretanto, que os salários dos funcionários dos Conselhos Municipais são pagos com recurso aos FCA.

Já no princípio deste ano, funcionários dos Municípios de Nacala-Porto e Malema entraram em greve, devido aos atrasos no pagamento de salários. Em Nacala-Porto, os funcionários reivindicam o pagamento de salários dos meses de Novembro e Dezembro de 2022, enquanto em Malema exige-se o pagamento de salários dos meses de Outubro, Novembro e Dezembro do ano passado.

O Município de Nacala-Porto justificou os atrasos, por um lado, com o “peso” da folha salarial, que subiu de 8.5 milhões de Meticais mensais para 13.3 milhões de Meticais e, por outro, com os atrasos do Governo no desembolso do FCA.

O atraso no desembolso do FCA constitui igualmente a razão para a falta de salários no Município de Malema. Motivações políticas são também apontadas como estando na origem das manifestações num Município onde o respectivo Edil, Mário Muimela, admite ser normal haver atrasos salariais.

A situação levou o Secretário de Estado da província de Nampula a convocar, há dias, uma reunião com os Edis das Autarquias da província de Nampula, com vista a discutir o assunto. Na ocasião, o Director do Serviço Provincial de Economia e Finanças de Nampula garantiu ter-se desembolsado todo o FCA previsto para aquele ano fiscal.

Clementina Bomba e seu partido no silêncio

Face a esta realidade, “Carta” contactou, no dia 17 de Janeiro (terça-feira), a Secretária-Geral da Renamo, Clementina Bomba, para obter o seu posicionamento em torno desta situação e saber que soluções estavam a ser desenhadas para a sua resolução. No entanto, depois de sucessivas promessas, Clementina Bomba não respondeu ao nosso pedido de entrevista para discutir o assunto.

Nesta segunda-feira, em conferência de imprensa convocada para reagir ao anúncio dos novos quantitativos da Tabela Salarial Única (TSU), a questão foi colocada ao porta-voz da Renamo, Saimone Macuiane, tendo respondido nos seguintes termos: “em relação à segunda questão que levanta, não tem nada a ver com este assunto, poderemos ter outra conferência de imprensa para o efeito”.

“Carta” até tentou, novamente, contactar Clementina Bomba, mas esta cancelou a chamada, tendo enviado, de seguida, uma mensagem com o seguinte teor: “já ligo de volta”. Entretanto, até ao fecho desta reportagem, a Secretária-Geral da Renamo ainda não tinha retornado à ligação


Fonte: Cartamoz 

Alemanha vai enviar tanques para a Ucrânia - imprensa

 



Berlim decidiu entregar tanques de batalha Leopard à Ucrânia, avançam vários meios de comunicação alemães. Deverá também autorizar a reexportação dos Leopard.

Berlim terá cedido à pressão dos parceiros e vai fornecer à Ucrânia tanques Leopard para combater as forças russas, avançaram esta terça-feira (24.01) vários meios de comunicação alemães, incluindo a revista Spiegel e a agência de notícias dpa.

A decisão já foi saudada por 

Mateusz Morawiecki: "Não querem ajudar a Ucrânia"Foto: Nicolas Landemard/Le Pictorium/MAXPPP/picture alliance

Zelensky adotou uma linha especialmente dura, dizendo que a hesitação de Berlim estava a custar vidas ucranianas políticos, inclusive dos Verdes e liberais, do FDP, partidos que integram a coligação governamental. No entanto, o Governo ainda não confirmou a informação.

Segundo a imprensa, Berlim também vai autorizar que países como a Polónia e a Finlândia reexportem os tanques de fabrico alemão para a Ucrânia, revelaram fontes próximas do Governo.

Anteriormente, um porta-voz do Executivo federal confirmou apenas a receção de um pedido da Polónia para enviar tanques Leopard para Kiev. Os contratos estipulam que a Alemanha deve autorizar todas as exportações para países terceiros.

Medo de enviar tanques?

O chanceler alemão, Olaf Scholz, resistiu durante meses contra o coro internacional que o incitava a enviar os tanques para Kiev - não só do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas também de aliados da NATO e membros do seu próprio Governo de coligação.


O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, apelou esta terça-feira à Alemanha que desse uma resposta urgente ao seu pedido de fornecimento de tanques à Ucrânia.

"Espero que esta resposta da Alemanha venha mais depressa, porque a Alemanha está a atrasar, está a ser vaga e a agir de uma forma difícil de compreender", comentou Morawiecki.

"Vemos claramente que não querem ajudar a Ucrânia, que se está a defender. Significa medo? Ou uma apreensão incompreensível? Ou que acredita que é possível voltar a ter relações normais com a Rússia?", acrescentou.

"Apontar o dedo não é solução"

A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, alertou, no entanto, que apontar o dedo aos parceiros não é solução.


"Sim, temos de fazer mais na defesa da Ucrânia; sim, temos de fazer mais na questão dos tanques. Mas o mais importante, e o crucial, é que o façamos em conjunto e que não entremos numa troca de acusações na Europa, porque estamos a combater numa guerra contra a Rússia e não contra nós próprios."

A Alemanha é um dos maiores fornecedores de armas da Ucrânia. Mas existe algum ceticismo na sociedade alemã quanto ao envio de tanques Leopard - muitos cidadãos temem o agravamento do conflito e que a Alemanha seja arrastada para a guerra.

O chanceler Olaf Scholz argumentou também que o envio de tanques deveria ser feito em sintonia com os Estados Unidos. Esta terça-feira, a imprensa norte-americana noticiou que a administração do Presidente Joe Biden está prestes a aprovar a entrega à Ucrânia de tanques M1 Abrams.



O porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, Pat Ryder, afirmou, no entanto, que, "de momento", os EUA não têm qualquer anúncio para fazer sobre as notícias do envio dos Abrams".

Na semana passada, o ex-Presidente russo, Dmitri Medvedev, alertou o Ocidente contra o envio de tanques para a Ucrânia, evocando a possibilidade de uma "guerra nuclear".

Quem mais deverá enviar tanques?

Entre os 14 Estados europeus que têm tanques Leopard, apenas a Finlândia e a Polónia manifestaram, até agora, publicamente a sua vontade de os entregar à Ucrânia.

Nenhum tanque pesado de concepção ocidental foi entregue à Ucrânia para combate defensivo contra as forças russas. Mas o Reino Unido comprometeu-se a entregar 14 tanques Challenger

Até agora, a Ucrânia recebeu apenas tanques de fabrico soviético que constavam do inventário dos países da NATO no leste europeu.


Fonte:Dw



terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Lula da Silva reconhece que Forças Armadas estão com Bolsonaro

 


O presidente do Brasil admitiu que a maioria das Forças Armadas respondem a Bolsonaro e advertiu os argentinos do risco de votarem na extrema-direita nas eleições de outubro.

"Aconteceu um fenómeno no Brasil. Eu não sei explicar como, mas Bolsonaro conseguiu a maioria em todas as forças militares. Na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária, numa parte da Polícia Militar e numa parte das Forças Armadas. Agora teremos um trabalho de muita responsabilidade para que o país volte à normalidade", anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Rosada, sede do Governo argentino.

Lula da Silva está na Argentina, na sua primeira viagem internacional, simbolizando a prioridade do Brasil pelo seu principal sócio estratégico cuja relação é eixo da integração regional.

Lula da Silva fez declarações à imprensa ao lado do presidente argentino, Alberto Fernández, com quem assinou acordos, memorandos e declarações.

"O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou o papel das Forças Armadas. Tenho certeza de que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade", prometeu quando questionado se, com a troca no comando do Exército, acabou o clima de desconfiança entre o Governo e os militares, depois dos ataques de 08 de janeiro às instituições democráticas, em Brasília.

"Primeiro escolhi um comandante do Exército que não deu certo e depois escolhi um novo comandante que pensa exactamente como eu sobre o papel das Forcas Armadas", disse, explicando que as Forças Armadas não podem servir um político, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

"As Forças Armadas existem para garantir a soberania do país, a segurança do povo. Está tudo regulamentado na Constituição", apontou.

No último sábado, Lula demitiu o comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda. O Presidente perdeu a confiança após os ataques aos três poderes da República.

O comando foi passado ao general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que tem defendido a institucionalidade e o papel apolítico e apartidário da Força. O novo comandante terá o papel de purificação política da Força.

Ao seu lado, o presidente argentino disse que "definitivamente isso (o ataque) não poderia acontecer na Argentina" porque "as Forças armadas da Argentina estão comprometidas com o processo democrático e com a institucionalidade".

"Sou o primeiro presidente da democracia cuja cúpula militar está integrada completamente por oficiais formados durante a democracia", sublinhou Alberto Fernández.

A ditadura militar argentina durou sete anos, entre 1976 e 1983. Apesar da duração substancialmente menor do que as dos demais países da região (a do Brasil durou 21 anos, entre 1964 e 1985), o regime militar argentino foi um dos mais sangrentos com um saldo de 30 mil sequestrados, torturados e mortos.

Lula aproveitou para recomendar aos argentinos que, nas próximas eleições gerais, em outubro, tenham cuidado com as opções de extrema-direita cujo crescimento nas intenções de voto é detectada por todas as sondagens.

"Que a Argentina não permita que a extrema-direita ganhe as eleições porque a extrema-direita não deu certo em nenhum país. Espero que o povo argentino seja inteligente e não permita que aconteça na Argentina um desastre eleitoral", pediu Lula.

Os candidatos na Argentina só serão definidos a partir de maio. O presidente argentino, Alberto Fernández, não descarta concorrer à reeleição, embora as sondagens de consultoras como Synopsis, Poliarquía e Giacobbe indiquem que a popularidade de Fernández não passa de 25 por cento. A oposição de centro-direita lidera as intenções de voto.


Fonte:Folha de Maputo