Cookie

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

sábado, 4 de março de 2023

Niassa regista 16 óbitos e mais de dois mil novos casos de cólera



A província de Niassa, no norte do país, continua em alerta devido aos casos da cólera numa altura em que o sector de saúde está a fazer de tudo para travar novas infecções, contudo nos últimos dias foram registados 16 óbitos e foram diagnosticados 2.598 novos casos.

Do total dos novos casos registados nos últimos dias, 2.558 receberam alta depois de dias de internamento nos Centros de Tratamento da Cólera – CTCs, na cidade de Lichinga e nos distritos de Chimbunila, Lago, Mecanhelas, Sanga e Mandimba, onde medidas de prevenção estão em curso, sendo que a mais expressiva é a campanha de vacinação lançada à 27 de Fevereiro.

As autoridades de saúde na província de Niassa esperam vacinar 719 mil pessoas nos cinco distritos que neste momento considerados como sendo os mais críticos. A campanha de vacinação, segundo a MISAU, está orçada em 20 milhões de meticais.

E porque ainda há casos de desinformação sobre a origem da cólera, os dirigentes daquela província, nomeadamente a Secretária do Estado, Lina Portugal, e a governadora, Judite Massangele, estão empenhados na sensibilização à população para aderir a vacinação em curso.

O Médico-chefe na província de Niassa, Narciso Rondinho, revelou que foram já imunizadas 225 mil pessoas, mas a participação da juventude, grosso número das vítimas que deram entrada nos Centros de Tratamento da Cólera, ainda está longe das expectativas.


⛲ Evidências 

sexta-feira, 3 de março de 2023

EUA anunciam hoje novo pacote de ajuda militar à Ucrânia

 


Os Estados Unidos da América anunciam hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, que consiste, principalmente, em munições para sistemas que as forças ucranianas já possuem.


A informação foi divulgada pelo porta-voz dos EUA para questões de segurança nacional, John Kirby, sem, no entanto, avançar mais detalhes.


O anúncio do novo pacote de ajuda militar coincide com a visita à Casa Branca do chanceler alemão Olaf Scholz. A última visita de Scholz à Casa Branca foi em Fevereiro de 2022.


Segundo o Notícias ao Minuto, os aliados ocidentais prometeram ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acelerar o fornecimento de armas e munições para permitir que as forças ucranianas repelissem a nova ofensiva das tropas russas.


A União Europeia anunciou recentemente um esforço para fornecer “de emergência” munições de 155 mm.


Os EUA forneceram à Ucrânia, desde o início do conflito, cerca de 29.800 milhões de dólares em assistência militar.


O último pacote foi apresentado na passada sexta-feira, dia que se assinalou o primeiro ano da guerra.


⛲ O País 

A Frelimo já decidiu: nada de eleições distritais em 2024

 


O grupo parlamentar da Frelimo considera que a realização das eleições distritais em 2024 seria inoportuna, segundo o diário “Noticias”, citando o chefe do grupo da Frelimo, Sérgio Pantie. O próximo passo será submeter ao parlamento uma proposta de alteração específica à Constituição da República.

As eleições distritais inserem-se num acordo entre o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, visando pôr cobro ao recrudescimento dos confrontos no centro do país. Neste momento, a constituição foi alterada para acomodar a demanda por essas eleições. Afonso Dhlakama morreu, os guerrilheiros da Renamo foram desmobilizados e o governo abandonou o acordo.

A Frelimo sugere que em 2024 apenas se realizem as eleições presidenciais, parlamentares e provinciais. Para a Frelimo, todo o processo de descentralização deve ser gradual, seguro e viável, devendo trazer uma mais-valia ao funcionamento das instituições. Neste contexto, segundo o argumento do chefe do grupo Frelimo, as eleições distritais não vão consolidar as instituições democráticas. Além disso, implicarão elevados custos para as finanças públicas, uma vez que será necessário constituir novos órgãos: o novo administrador distrital, o representante do Estado e a assembleia distrital.

Um outro argumento da Frelimo é que a realização destas eleições complicaria a gestão e causaria uma tremenda confusão entre os cidadãos, porque colocariam em causa o papel do governador provincial. Cada distrito teria um administrador, que não prestaria contas ao governador provincial.

O ensaio para anunciar que não haverá eleições distritais em 2024 já havia começado no dia anterior. Por exemplo, o diário “Notícias”, de 27 de Fevereiro, publicou uma notícia em que alguns analistas, um deles ligado ao partido Frelimo, desaconselhavam a realização das eleições distritais no próximo ano. Pedro Nguiliche apresentou o mesmo argumento do grupo parlamentar da Frelimo. Para ele, não é estratégico nem oportuno ir às eleições distritais antes de consolidar, aprofundar e melhorar o desenho do governo provincial, concretizado nas eleições passadas.

Perante este cenário, a Frelimo vai propor uma alteração específica à Constituição da República. Para aprovar uma emenda constitucional, a Frelimo não precisa de votos da oposição, pois tem 73% dos deputados no parlamento, muito mais do que os dois terços exigidos pela Constituição. Esta posição revela as razões pelas quais o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, não está a constituir a comissão que prometeu em Dezembro para discutir a viabilidade destas eleições.

Aliás, a decisão de não avançar com as eleições distritais foi tomada em Maio do ano passado, durante uma reunião do Comité Central da Frelimo. Na altura, Filipe Nyusi, falando na qualidade de presidente do partido, alertou para a necessidade de o país reflectir sobre a viabilidade das eleições distritais, sob o argumento de que Moçambique pode não estar preparado para acolher este evento.


⛲ CARTAMOZ 

Ucrânia: EUA exigem à Rússia que coloque um fim à guerra

 


O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, revelou hoje que pediu ao homólogo russo, Serguei Lavrov, que acabe com a "guerra de agressão" da Rússia na Ucrânia.

Num encontro à margem do encontro de chefes de diplomacia do G20, em Nova Deli, Antony Blinken e Serguei Lavrov falaram por alguns minutos, apesar de não estar prevista nenhuma reunião bilateral.

"Eu disse ao ministro dos Negócios Estrangeiros (russo) o que eu, como tantos outros, disse na semana passada nas Nações Unidas e o que tantos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 disseram: ponha fim a esta guerra de agressão, empenhe-se numa diplomacia significativa que possa produzir uma paz justa e duradoura", disse Blinken, em declarações aos jornalistas.

Blinken e Lavrov não se tinham encontrado presencialmente a sós desde janeiro de 2022, algumas semanas antes do início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Ainda assim, os dois chefes de diplomacia conversaram por telefone, mas sobre outros assuntos além da Ucrânia.

Durante as sessões da reunião ministerial do G20 em Nova Deli, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia criticou o "comportamento obsceno de uma série de delegações ocidentais, que transformaram o trabalho na agenda numa farsa", segundo a agência pública russa TASS.

A reunião de chefes de diplomacia do G20 terminou sem um comunicado final conjunto, evidenciando as diferenças que existem entre os membros deste fórum, composto por 19 das maiores economias mundiais e pelo bloco da União Europeia, sobre a guerra na Ucrânia.

Em vez de um comunicado formal, os anfitriões do encontro optaram por um texto de síntese dos debates realizados, onde se afirma que cada um dos países reiterou as respetivas posições em relação ao conflito desencadeado há pouco mais de um ano pela ofensiva militar russa.

A Rússia e a China, que fazem parte do G20, opuseram-se a um parágrafo do comunicado final conjunto que exigia "a retirada total e incondicional da Rússia do território da Ucrânia", segundo um resumo das discussões divulgado pela presidência indiana.

A Rússia também quis incluir no documento a necessidade de uma investigação "imparcial", após as explosões que em setembro danificaram os gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico, de acordo com a versão divulgada pela comitiva da Rússia.

Durante a reunião, os delegados dos países ocidentais disseram temer que a China esteja a ponderar fornecer armas à Rússia e disseram, antes da cimeira, que pretendem desencorajar Pequim de intervir no conflito.

"Se a China se envolver no apoio material letal para a agressão da Rússia ou se envolver na violação sistemática de sanções para ajudar a Rússia, isso constituirá um problema sério", disse Blinken.


⛲Dw

Cidadão angolano denunciou tráfico de droga em Angola e arrisca deportação de Moçambique

 


O jovem angolano Man Gena fugiu de Luanda com a família depois de ter denunciado polícias e políticos envolvidos no tráfico de drogas em Angola e ter sofrido uma tentativa de rapto. As autoridades moçambicanas alegam que entrou ilegalmente no território nacional e querem deportá-lo para Angola.

Adriano Nuvunga, presidente da Rede Moçambicana dos defensores de Direitos Humanos, indignou-se quanto ao motivo avançado pelas autoridades moçambicanas relativamente à entrada ilegal no território nacional.

"Man Gena não tem os os documentos para estadia em Moçambique porque saiu fugindo para tentar salvar a sua vida e a da sua família. Man Gena está em Moçambique à procura de asilo, porque ele é perseguido politicamente em Angola, não pode e não deve ser devolvido a Angola. Ele tem que ser protegido à luz do direito internacional sobre o asilo. Em caso de ser deportado para Angola, vai ser claramente assassinado"- diz Nuvunga considerando preocupante a atitude das autoridades moçambicanas.

"Man Gena já escapou a várias tentativas de assassinato em Luanda. Há uma ligação entre Luanda e Maputo, para onde ele fugiu, e houve um movimento estranho de perseguição. No domingo tentaram raptá-lo [em Maputo] e de domingo até ontem, toda a conversa na esquadra foi no sentido de o deportar com a sua família de volta para Angola."

Quanto às razões da fuga de Man Gena de Angola, Adriano Nuvunga disse que "ele fugiu de Angola porque vem denunciando o envolvimento da classe política angolana no tráfico de droga. Por isso tem sido perseguido. As tentativas de assassinato de que foi vítima estão ligadas a todas estas denúncias."

Adriano Nuvunga apontou ainda para a responsabilidade do governo moçambicano.

O Estado moçambicano tem a responsabilidade internacional de proteger Man Gena e a sua família porque ele é um defensor de direitos humanos, que está em Moçambique para escapar ao risco de vida que corre em Angola. Tem que lhe ser concedido o estatuto de asilo político. Man Gena não é criminoso, é um cidadão que denunciou crimes que envolvem altas patentes e isto é que tem estado na origem do empobrecimento dos nossos povos. Ele tem que ser protegido à luz da defesa dos direitos humanos.

Man Gena encontrava-se ainda nesta quarta-feira (01) na esquadra, onde está retido desde domingo. O presidente da Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos falou sobre o seu estado:

Man Gena está num estado de espírito bastante debilitado. Está com a esposa que está grávida. Estão na esquadra, as crianças dormem no chão, sem nada para comer. Quero fazer um apelo a toda a sociedade moçambicana: quem tem pão, que o vá entregar, quem tem um pouco de chá, vá entregar àquela família, porque estão em Moçambique para salvar a sua vida.

"Man Gena, o único crime que cometeu é de lutar pelo interesse público. O Estado moçambicano tem responsabilidades e estamos por isso confiantes que o Estado e o Presidente Nyusi em particular vão tomar a decisão certa, que é proteger Man Gena em Moçambique", confiou ainda Adriano Nuvunga.


⛲ Carta

quinta-feira, 2 de março de 2023

Terrorismo em Cabo Delgado: Extremistas mataram 1127 pessoas em 384 ataques em 2021 – relatório do Departamento de Estado dos EUA



O grupo extremista Estado Islâmico realizou um total de 384 ataques em Moçambique em 2021, que resultaram em 1.127 mortos entre civis, militares e terroristas, segundo um relatório divulgado ontem (01) pelo Departamento de Estado norte-americano.

De acordo com o Country Reports on Terrorism 2021, documento publicado pelo gabinete de contra-terrorismo do Departamento de Estado dos EUA sobre as actividades terroristas no mundo, o ano em análise ficou marcado, em Moçambique, pela tomada da vila de Palma, em Cabo Delgado pelo Estado Islâmico de Moçambique (ISIS-M) em Março de 2021, e pela posterior resposta das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, com o apoio da Missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) e da Forca de Defesa do Ruanda (RDF), que “recuperou vastas zonas do território ”sob o controle do grupo terrorista”.

“Em 24 de Março, o ISIS-M atacou a vila de Palma, no nordeste, criando milhares de deslocados internos enquanto o ISISM expandia o seu controlo sobre a província” e “em resposta, a TotalEnergies interrompeu as suas operações de gás natural na península de Afungi e declarou força maior, observa o relatório.

A partir de Julho do mesmo ano, o destacamento da Missão militar da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) em Moçambique e da Força de Defesa do Ruanda (RDF) “auxiliou as Forças Moçambicanas de Defesa e Segurança (FDS) a reconquistar o território, incluindo Palma e Mocímboa da Praia, uma cidade portuária estratégica que o ISIS-M havia tomado em 2020″.

Esta resposta permitiu ainda ao Governo moçambicano anunciar a 30 de Novembro desse ano que “as tropas capturaram 245 suspeitos de terrorismo e mataram 200 terroristas em combate”.

Por outro lado, a dispersão do grupo terrorista esteve na origem de vários ataques a aldeias, inclusive em dois distritos da província do Niassa, vizinha de Cabo Delgado, aponta o Departamento de Estado norte-americano.

O relatório estima que o ISIS-M manteve [em 2021] cerca de 800 operacionais activos no norte de Moçambique e a designação abrangente do ISIS-M empregada no relatório inclui entidades tão diversas quanto os grupos armados; Ansar al-Sunna: Ajudantes da Tradição Ahl al-Sunna wa al-Jamaa ou al-Shabaab em Moçambique, entre outros.

O relatório detalha os principais incidentes terroristas ocorridos em 2021, a começar pelo ataque e tomada de Palma a 24 de Março desse ano, que provocou a deslocação de 50 mil pessoas.

Em 12 de setembro, o ISIS-M emboscou um comboio de forças ruandesas no distrito de Mocímboa da Praia, matando quatro soldados da RDF e ferindo outros seis e no dia 2 de Outubro raptou sete mulheres da aldeia de Nacate, distrito de Macomia.

“Em Novembro e Dezembro, o ISIS-M atravessou pela primeira vez a linha de limite que separa Cabo Delgado do Niassa” e “atacou várias aldeias nos distritos de Mecula e Marrupa”, segundo o texto do Departamento de Estado norte-americano, equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“No dia 15 de Dezembro, o ISIS-M teria decapitado um pastor cristão no distrito de Macomia e ordenado que sua esposa entregasse a sua cabeça às FDS”, detalha o relatório.

O relatório aponta “nova legislação para alterar as actuais leis de terrorismo” introduzidas pelo governo moçambicano, nomeadamente sanções penais para crimes relacionados com o terrorismo doméstico. No entanto, “não houve mudanças significativas em 2021 na capacidade de aplicação da lei em Moçambique”, lê-se. “A segurança das fronteiras continuou a ser um desafio para Moçambique, sem alterações significativas” em 2021, acrescenta.

O combate ao financiamento do terrorismo merece uma nota particularmente negativa do Departamento de Estado norte-americano, resultante da observação de “lacunas importantes de compliance técnico” e da inexistência de uma Avaliação Nacional de Risco (NRA), “factores que colocam Moçambique em risco de colocação em A 'lista cinzenta' do Grupo de Accao Financira Internacional (GAFI) de países nomeados publicamente como deficientes em medidas de financiamento ilícito”.

Em causa esta o facto de nao ter cumprdo 80 por cento das recomendacoes internacionais contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

O governo moçambicano “começou a colmatar estas lacunas através da elaboração de novas leis sobre terrorismo doméstico, branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, embora todas estivessem pendentes de conclusão no final do ano”, refere o relatório.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021 com o apoio do Ruanda e da SADC, libertando distritos junto aos projectos de gás, mas novas vagas de ataques têm surgido no sul da região e na província vizinha de Nampula.

O conflito já deslocou um milhão de pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortos, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.


⛲ carta

Moçambique assume presidência do Conselho de Segurança da ONU



Moçambique assume, hoje, a presidência mensal do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

De acordo com a RM, na sua Presidência, o País aponta os temas sobre a mulher, paz e segurança internacionais, combate ao terrorismo e extremismo violento e mudanças climáticas como prioritários.

O embaixador moçambicano, junto das Nações Unidas e representante do nosso país no Conselho de Segurança, Pedro Comissário, reitera que o combate ao terrorismo é um assunto incontornável no actual contexto.

Pedro Comissário diz que a presidência de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU acontece numa altura em que a guerra russo-ucraniana e o conflito israelo-palestiniano apresentam-se como temas urgentes à escala global.


⛲ Folha de Maputo 

Ucrânia: Moçambique privilegia "pressão positiva" pela paz

 


Moçambique defende a paz na Ucrânia, "como todo o mundo", mas privilegia como caminho para lá chegar uma "pressão positiva", considerando infrutíferas resoluções a condenar a Rússia, diz chefe da diplomacia moçambicana.

Em declarações à agência Lusa e à emissora portuguesa RTP após ter dirigido os trabalhos de uma reunião extraordinária dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL) com a União Europeia, Verónica Macamo, que durante a sua intervenção no encontro lamentou a "destruição da Ucrânia" e a "violência sem dó nem piedade", rejeitou qualquer contradição entre as palavras e ações - quando confrontada com as sucessivas abstenções de Moçambique nas resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas a condenar a agressão militar russa.

"Não, não há contradição, porque estamos como todo o mundo está", em defesa da paz, e "o problema são os caminhos" para a alcançar, disse a chefe da diplomacia moçambicana, apontando que "Moçambique acha que é importante" que seja exercida "uma pressão positiva para que a Ucrânia e a Rússia se sentem à mesa para ultrapassar o problema", pois todos os conflitos só terminam na mesa de negociações. 

No dia em que Moçambique assume a liderança mensal rotativa do Conselho de Segurança da ONU -- no qual é membro não permanente desde 3 de janeiro passado, por um período de dois anos -, a chefe de diplomacia disse não conhecer ninguém "que não queira a paz" na Ucrânia, mas salientou que há diferentes abordagens, e enquanto "uns pensam que é por via de resoluções, outros pensam que é pela via do diálogo".

"Se olharmos para as resoluções que passaram, e já são muitas, alguma coisa mudou? Então, pensamos que se calhar há que mudar de estratégia. Mas não há contradição, estamos todos pela paz", declarou Verónica Macamo.


Verónica Macamo

"Pressão positiva"

Reforçando a sua ideia de uma "pressão positiva" para que as partes se juntem à mesa das negociações, a ministra disse que "quando se encontra dois irmãos a lutar", sendo que Moçambique considera os dois países "irmãos", dar razão a uma das partes prejudica o papel de mediação.

Insistindo que o grande objetivo é alcançar a paz na Ucrânia, porque "estão a morrer pessoas e o país está a ficar destruído", a chefe da diplomacia disse que Moçambique tem conversado com as duas partes, "ainda antes de estar no Conselho de Segurança das Nações Unidas", a "apelar para que efetivamente se sentem à mesa e haja conversações".

Durante a reunião, e após uma apresentação das prioridades do mandato de Moçambique enquanto membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pediram a palavra o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Avelino Correia, e a diretora para África do Serviço Europeu de Ação Externa, Rita Laranjinha, tendo ambos sublinhado a importância de condenar sem ambiguidade a agressão russa, "que põe em causa os princípios e os valores da paz e da segurança internacional".

Questionada sobre se Moçambique continuará assim a abster-se de condenar a ofensiva lançada por Moscovo há já mais de um ano, a ministra disse que não pode antecipar os acontecimentos futuros, mas insistiu que a prioridade é lograr conversações de paz.

"Estou a dizer o que nós estamos a pensar hoje. Amanhã, podemos evoluir e pensar de outra maneira, mas eu não posso imaginar como é que os moçambicanos vão pensar daqui a um mês ou dois meses. Agora, achamos que o que é preciso é que as duas partes se sentem", concluiu.

Na mais recente votação, realizada a 23 de fevereiro passado, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com uma esmagadora maioria de 141 votos, uma resolução que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura".

O projeto de resolução, elaborado pela Ucrânia e aliados com apoio da União Europeia, obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU, reforçando mais uma vez o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão China, Angola, Moçambique e Cuba.


⛲ Dw

quarta-feira, 1 de março de 2023

Frelimo oficializa gabinetes de preparação de eleições



A Frelimo oficializou, esta quarta-feira, os gabinetes provinciais de preparação das eleições. O partido no poder endereçou ainda condolências às famílias das vítimas mortais das chuvas que causam cheias no país.

O partido no poder continua a afinar a máquina tendo em vista as eleições que se avizinham. Desta vez, a Comissão Política do partido convocou a imprensa para anunciar a oficialização dos gabinetes provinciais que deverão garantir a preparação para as eleições.

Ainda no encontro da agremiação, ocorrido hoje, foi decidida a divulgação das decisões tomadas no 12º Congresso da Frelimo.

O partido manifestou ainda a sua solidariedade para com as famílias afectadas pelas enxurradas que têm fustigado o país. Através da porta-voz da formação política, Ludmila Maguni, o partido endereçou, ainda, condolências aos familiares das vítimas mortais das inundações.

“Reitero o apoio a todos os segmentos da sociedade moçambicana a continuarem envolvidos no amplo movimento de solidariedade de moçambicano para moçambicano em apoio às famílias afectadas por este fenómeno cíclico”, apelou Ludmila Maguni.

O partido congratulou as selecções seniores masculinas e femininas pelo apuramento ao Afrocan e Afrobasket.


⛲ O País 

Detido Pai acusado de violar sexualmente sua filha em Tete



Um indivíduo de 36 anos de idade, residente no bairro Mateus Sansão Muthemba, na cidade de Tete, violou sexualmente a sua filha de 12 anos, estando já detido numa das esquadras desta capital provincial.

De acordo com o Notícias Online, a denúncia foi feita pela mãe da menor, que encontrou o esposo, com quem está casada há 14 anos e tem cinco filhos, em flagrante com a sua filha no quatro, após abandoná-la em meio a “uma bebedeira”.

“Disse-me que queria adiantar e que iria encontrá-lo em casa, mas a dado momento senti a necessidade de voltar e acabei encontrando-o no quarto, violando a nossa filha”, detalhou.

A vítima, que se fez à esquadra na companhia da mãe, conta que seu pai a violou, mas pede que seja perdoado, alegando que nestes dias em que está detido a família tem estado a passar por dificuldades para se alimentar.

Entretanto, o pai nega ter violado a menor e acusa sua esposa de querer prejudicá-lo, manchando a sua reputação, pois ultimamente tem apresentado uma moral sexual não ajustada aos padrões sociais.

“Essa história de que violei minha filha é mentira! Desde os tempos que vivíamos em Manica que não nos entendemos muito bem. O desentendimento deve-se ao facto de ela abandonar a casa para ir ao distrito de Moatize e outras vezes para Tambara (em Manica), alegando que está a trabalhar. Já lhe disse para parar com esse tipo de comportamento, porque temos crianças por cuidar, mas não me quer ouvir”, defendeu-se.

Por seu turno, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Feliciano da Câmara, atesta que houve violação, recorrendo aos exames médicos como a prova do crime.

Garantiu, por outro lado, que a menor já foi conduzida aos serviços de saúde para que possa ser assistida. Quanto ao pai, decorre o expediente para que seja responsabilizado criminalmente, como forma de também dissuadir este tipo de comportamento.


⛲ Folha de Maputo