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quinta-feira, 23 de março de 2023

Detidos dois alunos por consumo e venda de drogas em Chimoio

 


Dois alunos secundários, de 17 e 23 anos de idade, que se dedicavam à venda e consumo de drogas nas escolas, foram detidos ontem, em Chimoio, província de Manica.

A jovem de 23 anos de idade, aluna da 12.ª classe na Escola Secundária Samora Moisés Machel, em Chimoio, confessa o crime, tendo revelado que consumia e traficava drogas há mais de três anos.

Explicou que adquiria os estupefacientes através de fornecedores, cuja identidade não revelou. Justificou que praticava a actividade para garantir o seu sustento.

O segundo jovem, de 17 anos, estudante 10.ª classe, na Escola Secundária Eduardo Mondlane, em chimoio, também confessa o seu envolvimento no crime, apontando que consome drogas para se livrar de stress do quotidiano.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Manica, Mateus Mindu, explicou que os dois jovens ora detidos na terceira esquadra de PRM, em Chimoio, foram encontrados na posse de “quantidades significativas de estupefacientes” escondidos em suas residências.

Cannabis sativa, vulgo suruma e outras “drogas pesadas” são os estupefacientes que foram achados nas residências dos dois estudantes, cujos principais clientes eram seus colegas da escola.

“Pra além da suruma, encontramos na posse dos jovens, outras drogas injectáveis, pesadas, extremamente prejudiciais à saúde humana”, disse Mindu.

Ainda na terceira esquadra da PRM em Chimoio, encontra-se detida uma cidadã por tentativa de suborno à Polícia com um valor monetário de 200 meticais.

A indiciada queria, com o suborno, evitar a sua detenção, uma vez ter sido surpreendida na posse de electrodomésticos roubados


⛲ Folha de Maputo 

Nyusi exige punição exemplar para os “agitadores” da marcha em homenagem a Azagaia


Volvidos cinco depois da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) reprimir a marcha em homenagem ao musico Azagaia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, veio ao terreno que os agentes da lei e ordem foram obrigados a agir para garantir a ordem e tranquilidade porque havia pessoas que queriam aproveitar a manifestação para criar desordem, tendo, por outro lado, sem mencionar nomes, exigido punição exemplar aos agitadores.

Foi à margem da XVIII Cerimónia de Graduação em Ciências Policiais (ACIPOL) que o Chefe de Estado se pronunciou sobre os tumultos ocorridos durante a marcha em homenagem ao Azagaia. Desde que Filipe Nyusi tomou posse Moçambique tornou-se um país alérgico a manifestações, mas nesta quinta-feira reconheceu que os moçambicanos têm a manifestação e a liberdade de expressão.

Nyusi justificou que é papel da PRM garantir a ordem e segurança pública, tendo referido que as autoridades da lei e ordem tinham informações de que existiam indivíduos que se queriam aproveitar da marcha para criar desordem o que, ao seu ver, culminou com uso desproporcional da força pela corporação.

Ainda no seu discurso, o Presidente da República, mesmo sem mencionar nomes, exigiu a punição exemplar para os agitadores, referindo que que a população deve ser vigilante para travar actos que podem atrasar o desenvolvimento do país.


⛲ Jornal Evidências 

terça-feira, 21 de março de 2023

Violência compromete imagem de Moçambique nas Nações Unidas

 


Organizações de defesa dos direitos humanos criticam a violência policial contra manifestantes que pretendiam homenagear o falecido rapper Azagaia, numa altura em que Moçambique preside ao Conselho de Segurança da ONU.

Era para ser uma simples marcha de homenagem à figura de Edson da Luz, mais conhecido nos meandros da música como Azagaia, que faleceu a 9 de março. Mas a polícia caiu em peso sobre os manifestantes no sábado (18.03), fazendo vários feridos.

A ativista Quitéria Quirengane, uma das coorganizadoras do evento em Maputo, acredita que os manifestantes caíram numa emboscada. "Porque deram-nos um despacho a dizer que não havia objeção, disseram-nos que a polícia nos ia proteger, mas nós não estávamos a sentir um ar de proteção", disse à DW.

Por precaução, os organizadores tinham pedido autorização e várias marchas foram aprovadas, incluindo na capital Maputo, na Beira e em Nampula. É algo que não é preciso fazer, até porque de acordo com a lei moçambicana, basta informar as autoridades da realização da marcha ou manifestação, não é preciso autorização.

Mesmo assim, a Polícia da República de Moçambique (PRM) lançou gás lacrimogéneo e disparou balas de borracha contra os manifestantes que pretendiam homenagear o músico de intervenção social Azagaia.

Segundo a lei moçambicana, basta informar as autoridades da realização de uma marcha ou manifestaçãoSegundo a lei moçambicana, basta informar as autoridades da realização de uma marcha ou manifestação

A investigadora da Human Rights Watch (HRW) Zenaida Machado diz que houve pelo menos 18 pessoas que contraíram ferimentos graves, que deram entrada em unidades sanitárias da cidade de Maputo por inalação de gás lacrimogéneo ou por terem sido brutalmente espancadas pela polícia.

"Há muita coisa errada na conduta policial no sábado: Primeiro, impediram uma marcha pacífica legal, que estava devidamente autorizada, em clara violação do direito à manifestação previsto na Constituição da República. Depois, usaram balas de borracha e gás lacrimogéneo contra manifestantes não violentos, também em clara violação a todos os protocolos internacionais sobre o uso de força durante protestos e manifestações."

Advogado João Nhampossa

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) também repudia os episódios de violência registados no fim de semana. Em entrevista à DW, o advogado João Nhampossa, da Comissão dos Direitos Humanos da OAM, não descarta a possibilidade de processar o Estado moçambicano.  

"A ordem está a recolher todos os dados possíveis sobre todo o tipo de violência que teve lugar para melhor avaliar o tipo de ações que vai submeter para a responsabilização dos infratores. Não nos interessa se é o Estado, se é contra edil, município, se é contra um agente da polícia, se é contra qualquer outra autoridade"

ONU condena "uso desnecessário" da força

A Organização das Nações Unidas condenou o "uso desnecessário" e "desproporcional da força pela polícia em meio a marchas pacíficas em homenagem a vida do artista de rap e crítico do Governo Azagaia" e apelou à investigação das alegadas violações. Moçambique preside, este mês, ao Conselho de Segurança da ONU.

Investigadora Zenaida

A investigadora da HRW chama a atenção das autoridades para agirem em consonância com a posição assumida no organismo: "Penso que é mais do interesse de Moçambique do que qualquer um de nós mostrar que é merecedora daquela posição e que terá a autoria moral de chamar a atenção a outros Estados quando os mesmos cometerem ações parecidas com as que vimos no sábado ou piores".

Zenaida Machado defende que "Moçambique deve dar o exemplo de que é um país em que as leis são obedecidas e em que os direitos humanos estão acima de quaisquer outros interesses."

Até agora, nem a PRM nem o Governo se pronunciaram sobre os acontecimentos de sábado. Só a polícia em Nampula se pronunciou, recusando ter agredido manifestantes.

Zenaida Machado alerta para as implicações de ignorar os apelos de responsabilização dos infratores. "Se não responderem, não significa que esses abusos são apagados do historial moçambicano. Moçambique vai continuar a estar na história dos direitos humanos como um mau executor das tarefas e responsabilidades que lhe são devidas para proteger os seus cidadãos", conclui.


⛲ Dw

Homenagem a AZAGAIA: Governo de Nyusi volta a exibir seu autoritarismo ao mundo



Preocupante! É o que se pode dizer em relação ao estágio dos direitos humanos no país, passados quase 33 anos depois de Moçambique ter aprovado a sua primeira Constituição que define o país como um Estado de Direito Democrático, onde os direitos e as liberdades individuais são respeitados, entre os quais, o direito à manifestação.

A Polícia da República de Moçambique (PRM), através das suas Unidades de Intervenção Rápida (UIR) e Canina, voltou a mostrar a sua musculatura, inviabilizando marchas de homenagem ao rapper AZAGAIA, falecido no passado dia 09 de Março. As mesmas Unidades da PRM, lembre-se, já tinham inviabilizado, na passada terça-feira, o cortejo fúnebre do autor da música “Povo no Poder”.

Gás lacrimogénio, balas de borracha e verdadeiras e cacetadas são algumas das formas usadas pela PRM para dispersar milhares de moçambicanos que, nas cidades de Maputo, Beira e Xai-Xai, saíram à rua para homenagear o “herói do povo”, estatuto ganho pelo artista Edson da Luz, através das suas letras de intervenção social.

Em Maputo, mais de uma dezena de manifestantes foram detidos e 19 deram entrada no Hospital Central de Maputo (HCM), vítimas de agressão física, protagonizada pela PRM. Aliás, um cidadão de nome Inocêncio Manhique perdeu um olho, depois de ter sido atingido por uma bala disparada pela Polícia, na cidade de Maputo.

Na cidade da Beira, capital provincial de Sofala, 12 pessoas foram detidas e uma ficou ferida, uma atitude considerada “um padrão perturbador de tácticas imprudentes e ilegais contra as pessoas durante os protestos” pela Amnistia Internacional.

As manifestações inviabilizadas nas cidades de Maputo, Xai-Xai e Beira tinham sido comunicadas às autoridades municipais locais com devida antecedência, tal como manda a Lei, mas no lugar de garantir protecção e segurança aos manifestantes, a Polícia usou da força para impedir a realização das marchas, alegando ter recebido “ordens superiores”.

As “ordens superiores”, sublinhe-se, foram invocadas pelo Presidente do Município de Vilanculos, na província de Inhambane, para negar a realização da marcha naquela cidade turística e violar a Constituição da República, perante o silêncio cúmplice do Presidente da República, o “garante da Constituição”, o autointitulado “empregado do povo” e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança.

Este não é primeiro caso de inviabilização de marchas pacíficas em Moçambique protagonizada pela Polícia, perante o silêncio das autoridades, incluindo o Chefe de Estado. Aliás, desde que Filipe Nyusi ascendeu ao poder, Moçambique nunca assistiu à realização de marchas, organizadas por cidadãos e organizações da sociedade civil. Apenas assistiu às organizadas pelo partido Frelimo em saudação ao Presidente da República, que é também líder daquela formação política.

As últimas marchas realizadas por diversos cidadãos e organizações da sociedade civil, no país, foram vistas em Outubro de 2013, no penúltimo ano do segundo mandato de Armando Emílio Guebuza, quando as organizações da sociedade civil uniram-se para protestar contra os raptos e contra a guerra que se verificava na zona centro.

Desde esse ano, só a Frelimo tem agradado a Polícia, em manifestações que contam, aliás, com a presença das bandas da Polícia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Sublinhe-se que o Índice de Democracia de 2022, produzido pela revista The Economist, coloca Moçambique entre os regimes autoritários, estando no 117º lugar, de uma lista de 167 países analisados. Isto é, Moçambique está entre as 50 piores democracias do planeta terra.


⛲ Cartamoz

segunda-feira, 20 de março de 2023

Nyusi tem medo das organizações da sociedade civil

 




O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, falando na qualidade de líder do partido no poder, Frelimo, afirmou, quinta-feira, que algumas das organizações da sociedade civil do país querem destruir a Frelimo. Discursando numa reunião, na cidade da Matola, do órgão disciplinar da Frelimo, a Comissão de Verificação, Nyusi disse que há “intrusos” no partido que querem enfraquecê-lo e arrastar o seu nome para a lama.

Ele exortou os membros da Frelimo a estarem vigilantes contra todos aqueles que querem destruir o partido. Ele pediu a coesão entre os membros como única forma de enfrentar os desafios colocados pelas forças que actuam contra o Partido.

“O Partido Frelimo opera num mundo de intensa competição política”, disse Nyusi. “Assim, somos chamados a perfeição de nossos métodos de trabalho para enfrentar as forças que se opõem aos nossos desígnios”.

Avisou que os opositores da Frelimo estão a fortalecer os seus métodos de actuação, “procurando subverter as orientações do Partido”.

“Tal como no passado, o principal alvo dos nossos adversários é destruir a unidade e a disciplina do nosso Partido”, declarou Nyusi.

“Tribalismo, regionalismo e outras formas de sentir estão entre os meios invocados por alguns elementos, dentro ou fora do partido, para encobrir a sua ambição de poder, ou para experimentar interesses pessoais ou de grupo”.

Sublinhou que a Frelimo precisa de se reorganizar para enfrentar os desafios das eleições autárquicas marcadas para Outubro.

“Este é um momento de extrema importância no ciclo político nacional”, disse Nyusi. “Nosso Partido tem o desafio de manter a governança dos 44 municípios hoje sob nosso governo, de recuperar os nove que estão na oposição e de vencer nos 12 novos municípios”. Ele alertou que tal vitória só pode ser conquistada com base na “transparência, responsabilidade, justiça e integridade”.

Acima de tudo, o Partido deve garantir que os seus candidatos eleitorais sejam capazes de atrair o apoio dos candidatos “para uma vitória conquistadora da Frelimo”. (AIM)


⛲ Cartamoz 


Governo moçambicano tem "medo de uma Primavera Árabe"

 


Analistas dizem que uso excessivo da força pela polícia moçambicana, este sábado, reflete o falhanço das políticas da FRELIMO e pode fazer aumentar a revolta popular. Oposição diz que sucedido pode ferir presença na ONU.

A violência usada, este sábado (18.03), pela polícia moçambicana para travar as marchas organizadas em homenagem ao 'rapper' Azagaia mostram que a FRELIMO, partido no poder, tem "medo de uma Primavera Árabe" no país. 

O Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) "tem medo que aqueles movimentos lá de cima, que aconteceram no Magrebe, possam descer para esta zona subsaariana", afirmou, esta manhã à Lusa, João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural (OMR).

O também sociólogo defendeu que as várias crises que Moçambique atravessa provocam uma "desconfiança profunda" nas autoridades, levando-as a "negar por completo direitos constitucionais de participação [política], de livre expressão e de liberdade de reunião".

"Tiques fascistas"

A atuação da polícia, prosseguiu, reproduz um contexto "sinistro", com "tiques fascistas do tempo colonial", contra os quais a FRELIMO usou a luta armada.  

"A FRELIMO constituiu um movimento de jovens que encontraram na violência a única forma possível de participação [na resolução dos problemas do país], eles foram empurrados para a violência pelo Governo colonial", enfatizou, tentando expor as contradições do partido no poder, ao repetir os erros do sistema colonial português no tratamento às reivindicações das antigas colónias. 

Mosambik DemonstrationMosambik Demonstration

Polícia moçambicana reprimiu, este sábado, com gás lacrimogéneo marcha de homenagem a Azagaia em MaputoFoto: Da Silva Romeu/DW

Também Régio Conrado, docente de Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), considera que a sistemática repressão de manifestações populares por parte da polícia traduz a consciência que o Governo tem do falhanço das suas políticas e do acentuado descontentamento social.

"Quando um determinado regime atinge este nível de podridão, de incompetência e de ineficiência, obviamente, que o que lhe resta à sua disposição é o uso excessivo da força", enfatizou Conrado.

Para "a sua própria sobrevivência" perante o desgaste da imagem, continuou, o Governo da Frelimo recorre ao "uso excessivo da força".

Destacando que as marchas convocadas em memória de Azagaia eram pacíficas, o académico salientou que a violência policial só vai intensificar a revolta popular e aumentar "a agonia do regime".

"É um Governo fraco"

O diretor da ONG Centro de Integridade Pública (CIP), Edson Cortez, referiu que o atual Governo está a mostrar que é o "mais fraco da história de Moçambique e recorre à violência para travar o exercício das liberdades fundamentais".

"É um Governo fraco, os governos fracos aumentam a força da repressão e este é o Governo mais fraco que Moçambique já teve em toda a sua história", frisou Cortez.

Mosambik DemonstrationMosambik Demonstration

Ação policial está a ser severamente criticadaFoto: Da Silva Romeu/DW

Para o diretor do CIP, o Governo da Frelimo é hostil ao pensamento diferente, mas permite manifestações e marchas de apoio ao partido no poder.

"Para proteger o cidadão, [a nossa polícia] nunca lá está, sempre é das entidades públicas menos credíveis", frisou.

A polícia moçambicana não respeita a lei e está sempre associada a atividades criminosas, incluindo raptos", destacou.

Presença na ONU

Reagindo também aos acontecimentos desta manhã, Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), questiona: "Que presidência [do Conselho de Segurança] estamos a demonstrar com esta violação dos direitos humanos?".

O líder daquele partido da oposição falava aos jornalistas nas ruas de Maputo, à margem da ação policial, e questionou qual a imagem que o país transmite ao violar "os princípios básicos da paz".

"Nós, moçambicanos, queremos a paz", realçou.

Azagaia

Vítor da Fonseca, comissário dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique, também nas ruas da capital, criticou igualmente a ação da polícia.

"Moçambique ficou membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e está a violar a segurança" no seu próprio solo, referiu.

"Parece que estamos numa ditadura"

Aquele responsável perguntou até se "virão sanções", face ao que considerou ser um uso excessivo da força.

"Este povo não tem nenhuma pedra, nenhum instrumento, só a boca a dizer: 'povo no poder'", referiu, numa alusão a um dos temas mais conhecidos do 'rapper' Azagaia e cujo título foi hoje repetido nas ruas da capital.

"Parece que estamos numa ditadura, não num Estado de direito democrático", disse, considerando que os acontecimentos de hoje "vão contra o que a Constituição da República preconiza no artigo 51, quando fala do direito a reunião e manifestação".

"O Estado está sendo ofuscado por algumas pessoas que não querem o Estado de direito democrático", concluiu.

Moçambique assumiu em janeiro o mandato de membro não-permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2023 e 2024. Este órgão, criado para manter a paz e a segurança internacionais em conformidade com os princípios das Nações Unidas, tem cinco membros permanentes - Estados Unidos de América, Rússia, França, Reino Unido e China - e dez membros não-permanentes.


⛲:Dw

sábado, 18 de março de 2023

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Vladimir Putin

 


O Tribunal Penal Internacional emitiu, hoje, um mandado de detenção contra o Presidente russo, Vladimir Putin, acusando-o de ser responsável por crimes de guerra na Ucrânia. A Ucrânia elogiou a medida, entretanto a Rússia diz que a mesma é insignificante por Moscovo não ser signatário do Estatutos de Roma.

HRW pede investigação ao uso de gás lacrimogéneo no funeral de Azagaia em Maputo



A Human Rights Watch (HRW), organização internacional de defesa dos direitos humanos, pediu uma investigação ao uso de gás lacrimogéneo pela polícia moçambicana durante o cortejo fúnebre do ‘rapper’ Azagaia, na terça-feira, em Maputo.

“As autoridades moçambicanas devem investigar rápida e imparcialmente o uso de gás lacrimogéneo pela polícia no cortejo fúnebre de um famoso ‘rapper’ no dia 14 de março de 2023, em Maputo”, defendeu hoje a Human Rights Watch em comunicado.

O cortejo do chamado ‘rapper’ do povo, que juntou milhares de pessoas na capital moçambicana, foi bloqueado por blindados e polícia fortemente armada num ponto do percurso que passaria em frente à residência oficial do Presidente da República.

Testemunhas citadas pela HRW referiram que a tensão aumentou quando a multidão se recusou a obedecer às ordens da polícia, com algumas pessoas a ajoelhar-se e a levantar os braços em sinal de paz, outras a gritar com a polícia.

Recorrendo às redes sociais e imagens de uma televisão local, a organização viu “polícias de choque dispararem para o ar e usarem gás lacrimogéneo contra a multidão, para a dispersar”, momento em que “um polícia que parecia ser o comandante gritou: ‘Parem de atirar. Eu sou o único que dá ordens aqui’”, descreve o comunicado.

O carro fúnebre com a urna acabaria por passar, mas a população que o acompanhava foi obrigada a recuar e seguir por uma via alternativa.

"A polícia moçambicana responsável pela segurança em cortejos fúnebres ou outras reuniões públicas deve sempre respeitar as normas de direitos humanos para o uso da força", disse Ashwanee Budoo-Scholtz, vice-diretor para África da HRW. 

"Uma investigação imparcial é necessária para determinar se os agentes se apressaram desnecessariamente a usar gás lacrimogêneo e para responsabilizá-los”, acrescentou.

A organização cita diretrizes das Nações Unidas e da União Africana para sublinhar que o uso da força deve ser um último recurso para proteger vidas e de forma proporcional à ameaça.

No caso particular do gás lacrimogéneo, “só deve ser utilizado depois de ser dado um aviso e os participantes terem tido tempo para obedecer ao aviso e ter um espaço ou rota segura para se moverem”, aponta a HRW, citando indicações das Nações Unidas.


⛲ Cartamoz 


sexta-feira, 17 de março de 2023

Nyusi diz que há organizações da sociedade civil que querem destruir a Frelimo

 


O presidente da Frelimo diz que há intrusos no partido que visam fragilizar e sujar o nome da organização política. Filipe Nyusi, que falava esta quinta-feira durante a abertura do seminário de capacitação dos membros do Comité de Verificação da Frelimo, instou os membros a manterem-se vigilantes contra todos os que querem destruir o partido.

A Frelimo esteve reunida, esta quinta-feira, na escola central do partido, na Matola, para capacitar os membros do Comité de Verificação, eleitos recentemente no 12º congresso do partido, que decorreu em Setembro do ano passado.

Durante o discurso de abertura do seminário de capacitação, Filipe Nyusi, apelou à coesão dos membros da Frelimo, pois só assim poderá estar capacitada para enfrentar quaisquer desafios impostos por forças que actuam contra o partido.

“O partido Frelimo está inserido num mundo de intensa competição política. Assim, somos chamados a aperfeiçoar os métodos de trabalho para fazer frente às forças contrárias aos nossos desígnios”, disse Nyusi, afirmando que os adversários da Frelimo têm vindo a reforçar os métodos de actuação, visando subverter as linhas de orientação do partido.

O número um da Frelimo disse: “Tal como no passado, os nossos adversários têm como alvo principal destruir a unidade e a disciplina do nosso partido. O Tribalismo, o regionalismo e outras formas de discriminação são algumas formas que alguns elementos de dentro ou de fora usam ou, por vezes, invocam para encobrir a ambição por poder ou para satisfação de interesses pessoais e de grupos”.

Filipe Nyusi acrescentou que o partido precisa de se reorganizar para poder fazer face aos desafios das eleições autárquicas de Outubro próximo.

“Em outubro, terão lugar as sextas eleições autárquicas, um momento de extrema importância no ciclo político nacional, em que o nosso partido tem o desafio de manter a governação das 44 autarquias sob nossa gestão, resgatar as nove sob gestão da oposição e vencer nas 12 novas autarquias. Mas isso só pode ser bem feito na base, onde funciona a peneira ou a seiva, e isso passa com transparência, responsabilidade, justiça e integridade”, defendeu o presidente da Frelimo.

Segundo Nyusi, acima de tudo, o partido deve garantir que sejam escolhidos candidatos com perfil adequado, capazes de atrair o voto dos eleitores, para uma “vitória esmagadora da Frelimo”.

Ao Comité de Verificação, Nyusi apelou ao combate à corrupção, tanto dentro do partido, quanto nas instituições públicas, uma vez que os membros do partido são também parte do Governo e têm a possibilidade de agir contra as acções ilegais; mas também porque cabe ao Comité de Verificação garantir o estrito cumprimento dos estatutos do partido.

“Com a liberalização política que o país vive e atento a outros fenómenos que o país vive, a actuação de determinadas forças e organizações que, sob a capa de apoiar as comunidades, procura minar a posição da Frelimo e do Governo”.

Uma das principais responsabilidades do Comité de Verificação do Comité Central é a verificação do perfil dos candidatos aos pleitos eleitorais, por isso Nyusi apelou à verificação escrupulosa deste pacote, rumo às eleições autárquicas.


⛲ O País 

quinta-feira, 16 de março de 2023

Nove países vão entregar 150 tanques Leopard à Ucrânia

 


Nove países já se comprometeram a enviar cerca de 150 tanques Leopard para a Ucrânia. A informação foi revelada esta quarta-feira pelo chefe do Estado-Maior norte-americano, o general Mark Milley.

Em declarações aos jornalistas no final da décima reunião do grupo de trabalho para a ajuda militar a Kyiv, Mark Milley não especificou se este número, de 150 tanques, inclui aqueles que a Alemanha, Polónia e outros países já tinham anunciado que iriam entregar à Ucrânia.

No entanto, Milley especificou que a Suécia decidiu fornecer 10 tanques Leopard e que a Noruega fornecerá dois sistemas de defesa antiaérea NASAM.

O Canadá anunciou, por sua vez, que doará aproximadamente 8.000 cartuchos de munição de 155 mm, bem como 12 mísseis de defesa aérea do inventário das Forças Armadas do Canadá e mais de 1.800 cartuchos de munição de treino para tanques.

“Mas para a Ucrânia proteger o seu território soberano e defender os seus cidadãos a longo prazo, devemos continuar”, lembrou, por sua vez, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

O governante norte-americano assegurou também que a ajuda ao país invadido pela Rússia não vai parar.


⛲ O país