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quarta-feira, 29 de março de 2023

Mambas perdem de cabeça erguida mas ganham conjunto e coesão



A selecção nacional de futebol perdeu em casa, diante do Senegal, por uma bola sem resposta, em partida da quarta jornada de qualificação para o CAN 2023. O golo foi apontado na primeira parte, mas os Mambas perderam de cabeça erguida e com um conjunto mais formado para os próximos jogos. Ivan, Domingues e os dois Mexer foram as melhores unidades dos Mambas

Jogo electrizante no Estádio Nacional do Zimpeto, com dois momentos distintos: o golo de Dia, aos 18 minutos, que encontrou os Mambas descompensados, e uma segunda parte em que os Mambas foram superiores em todos os aspectos e só não marcaram por mera infelicidade.

Ivan terá sido uma das melhores unidades, com defesas espectaculares que evitaram que a derrota fosse por mais golos. Mas Domingues, que entrou na segunda parte, foi uma peça fundamental para a mudança de jogo dos Mambas, assim como Mexer Macandza e Mexer Sitoe, que conseguiram apagar, por completo, a estrela-mor do Senegal, o melhor jogador africano.

CONDE PROMETEU, CONDE CUMPRIU

Chiquinho Conde tinha prometido, na antevisão, que faria mexidas na equipa inicial e, quão surpresa, deixou Zainadine Jr. e Domingues no banco de suplentes.

Depois do suposto bate-boca, a mensagem de Chiquinho Conde parecia clara em relação a quem manda no balneário dos Mambas, ou seja, que não existem intocáveis e as escolhas pertencem somente a si, como timoneiro. Mas também deixou claro que terá, mesmo, havido alguma situação desagradável no balneário, em Dakar.

Além de Zainadine e Domingues, comparado com o onze inicial de Dakar, Conde deixou de fora Gion, Bruno Langa e Clésio, lançando de início Ivan na Baliza, um quarteto defensivo com Edmilson Dove, Mexer Sitoe e Martinho como centrais, e Mexer Macandza, os mesmos médios defensivos Kambala e Amados, Shaquile mais a frente, com Witi e Gildo nas laterais e Ratifo na frente.

Do lado do Senegal nenhuma surpresa, com Aliou Cissé a usar quase toda a equipa inicial do jogo de Dakar.

E foi precisamente o Senegal a entrar com pretensões claras no jogo, com Ndiaye, aos quatro minutos, a rematar ao lado, depois de uma confusão na área de Ivan.

Os Mambas não se intimidaram e Mexer Macandza foi o primeiro a testar Gomes, num remate à entrada da área, sem muito perigo.

Aos 11 minutos, numa outra investida dos Leões de Teranga, apareceu do meio da rua Dia a rematar em jeito para o lado mais distante de Ivan, mas o guarda-redes dos “touros” esticou-se para evitar o primeiro da partida.

De tanto ataque do Senegal e perigo que rondava a baliza de Ivan, não espantou que o primeiro chegasse. Perda de bola de Edmilson, com a bola a chegar aos pés de Sadio Mané, que serviu Dia, na direita, solto de marcação, a atirar para o fundo das malhas. Jogava-se o minuto 18.

A meia hora do jogo, Chiquinho Conde foi obrigado a fazer uma substituição com a saída do lesionado Witi e, para seu lugar, entrou Melque.

Os Leões de Teranga baixaram as linhas e os Mambas subiram no terreno e chegaram mais vezes à baliza de Gomes. Num canto da esquerda, Edmilson esteve perto do golo, ao cabecear ligeiramente ao lado.

Senegal, mesmo sem acelerar muito, mantinha-se sempre perigoso quando saísse ao ataque. Aos 40 minutos, ganhou um livre perigoso na quina da esquerda da área, cobrado por Sarr para uma defesa de Ivan, e Edmilson a aliviar.

O intervalo chegou com vantagem dos forasteiros, mas com os Mambas a reagirem bem e a contrariarem o poderio do Senegal.

DOMINGUES E BRUNO LANGA PARA REVOLUCIONAR

No intervalo, Chiquinho Conde fez sair Kambala e Martinho e, para os seus lugares, entraram Domingues e Bruno Langa bastante aplaudidos pelos cerca de 30 mil espectadores.

Edmilson passou a central, em dupla com Mexer e Bruno Langa para a esquerda.

E parecem ter tido efeito as substituições porque as alas começaram a funcionar a contento. Aliás, foi dos pés de Domingues que surgiu o cruzamento perigoso para a tentativa de remate de Ratifo, atabalhoado para a defesa contrária.

Depois, foi o próprio Domingues a ter uma ocasião de visar, após tirar um adversário do caminho, mas o remate com pé esquerdo a sair frouxo. Era o melhor momento dos Mambas que procuravam o empate na partida.

Sadio Mané estava desaparecido no campo e nem a oportunidade que teve aos 75 minutos, quando tentou rodopiar sobre Mexer e procurar uma boa posição, resultou em algo, aliás, este seu remate saiu ao lado e sem perigo.

Mas a segunda parte era mesmo pertença dos Mambas, que ganhavam todas as bolas e criavam mais perigo junto à baliza de Gomes.

Com o tempo a correr e os Mambas espevitados pelos adeptos, subiram no terreno à procura do empate.

Domingues cobrou um canto na esquerda para Bruno, na entrada da área, que tirou um adversário do caminho e rematou com precisão para a defesa apertada de Gomes, com o árbitro a fechar os olhos a um canto.

Com o andar do tempo, os Mambas foram perdendo as pernas e o Senegal aproveitou para crescer no jogo, já na compensação e Ivan voltou a ser gigante nos postes para evitar o segundo golo

Os Mambas perderam no Estádio Nacional do Zimpeto, mas saíram de cabeça erguida e com um conjunto mais forte e coeso para os próximos dois jogos.

Chiquinho Conde

“Dar os parabéns aos meus jogadores. Foram dois jogos diferentes e de elevado grau de dificuldades. Recebemos os campeões africanos e é sempre difícil, mas motivo de orgulho e motivação para os jogadores, principalmente com público fantástico e agradeço por isso, porque ajudou no crescimento da equipa. Entramos receosos e não respeitamos as nossas ideias iniciais, enquanto a equipa adversária pressionava com três jogadores e nós tínhamos receio de falhar. O nosso jogo e a nossa ideia são sair com bola em precisão e foi o que fizemos na segunda parte. O Ivan esteve bem e deu muita confiança à equipa. Na segunda parte, mudámos e invertemos o triângulo com algumas substituições e tivemos mais bola e com Domingues, galvanizado pelo público, fez um bom jogo e espevitou a equipa. Pena que não marcamos nem empatamos. Mudámos cinco peças e a equipa demorou reagir, mas, com a união da equipa e diante do público, queríamos brindar com um resultado positivo. Mas, com o desgaste dos jogadores, tínhamos que mudar alguma coisa. Depois deste jogo, grande parte do público já terá esquecido a goleada e agora vai falar da boa exibição dos Mambas. Felizmente com o Moçambola a começar, teremos mais opções, até porque os jogadores que jogam na Europa e os lesionados estarão aptos e, como tal, teremos que melhorar aquilo que é o nosso conhecimento dos jogadores que devem ser convocados. A estrutura deve estar completa com alguém que vai analisar os jogadores, acompanhar os jogadores nas suas equipas. Sei que a FMF esteve a fazer isso, espero que continue e que Moçambique possa estar no CAN, porque merece, temos potencial e precisamos de potencializar os jogadores, temos muito talento.”


⛲ O País 

Fiilpe Nyusi defende na ONU acção urgente contra o alastramento do terrorismo


O Presidente da República diz que o alastramento do terrorismo, sobretudo em África, é uma ameaça que requer uma resposta urgente. Filipe Nyusi falava, hoje, numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por si dirigida.

Moçambique termina, este mês, os 30 dias da sua presidência no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde é membro não-permanente até Janeiro de 2025. Esta terça-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi, presidiu a uma sessão especial sobre o terrorismo e extremismo violento.

“O combate ao terrorismo representa ainda um desafio na consolidação de espírito de solidariedade entre os povos-Estados devido ao seu carácter e à sua imprevisibilidade quanto ao local, momento de ocorrência e potenciais alvos por atingir”, afirmou Filipe Nyusi, Presidente da República. 

De acordo com Filipe Nyusi, questões socioeconómicas e o crime organizado continuam a tornar o terrorismo consistente, e urge uma resposta firme ao mal.

“O alastramento do terrorismo é bastante ameaçador e é impulsionado por factores que variam de contexto para contexto. Por um lado, a doutrinação radical movida por intolerância e, por outro lado, a manipulação de factores socioeconómicos têm acelerado o recrutamento, sobretudo de jovens para os grupos terroristas. A associação do terrorismo ao crime organizado transacional tem concorrido para a sobrevivência e expansão dos grupos terroristas”, sustentou Nyusi.

O estadista moçambicano apresentou dados sobre o terrorismo no país, nomeadamente em Cabo Delgado, mas também no continente, indicando que o Índice Global de Terrorismo de 2022 dá conta de que África contribui com cerca de 48% das mortes relacionadas ao terrorismo.

Nyusi usou o debate de alto nível para propor uma revisão da estratégia contra o terrorismo global. Esta reforma visa estabelecer um fundo para fortalecer iniciativas locais, como projectos de geração de empregos para a juventude, particularmente em África e no Médio Oriente.

“Além disso, gostaríamos de propor que seja considerado um fortalecimento da cooperação entre o Conselho de Segurança e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana e blocos regionais, a fim de impedir a propagação e consolidação do terrorismo no continente africano”, apelou Nyusi.

O Presidente da República terminou a sua intervenção com um apelo à comunidade internacional, de modo a ajudar a reestruturar a dívida externa de Moçambique e facilitar o acesso a financiamentos mais baratos aos países mais pobres e mais expostos ao risco do terrorismo.

“Para esse fim, o sistema financeiro internacional precisa de ser transformado pela reforma das instituições financeiras multilaterais”, defendeu.

O Secretário-Geral da Organização Nações Unidas, António Guterres, mostrou-se preocupado com o alastramento do terrorismo e garantiu apoio à África para acabar com o mal.

“Estou profundamente preocupado com os ganhos que os grupos terroristas estão a obter no Sahel e em outros lugares. A trilha do terror está a alargar-se, com combatentes, fundos e armas fluindo cada vez mais entre as regiões e por todo o continente e com novas alianças sendo forjadas com o crime organizado e grupos de pirataria”, alertou Guterres.

António Guterres disse, também, ter testemunhado uma determinação dos líderes africanos para enfrentar a ameaça do terrorismo em evolução, dando como exemplo a recente Cimeira Extraordinária da União Africana sobre o terrorismo e mudanças inconstitucionais de Governo.

“Assim como o terrorismo separa as pessoas, enfrentá-lo pode unir os países. Vemos isso em toda a África, que abriga várias iniciativas regionais de combate ao terrorismo. De esforços conjuntos no Sahel, na bacia do Lago Chade, em Moçambique e além. As Nações Unidas estão com África para acabar com este flagelo”, avançou António Guterres.

Desencorajar o financiamento ao terrorismo deve, na óptica do presidente da União Africana, ser o caminho a seguir para estancar o problema em África.

“Um dos factores que contribuiria para deter a expansão do terrorismo seria uma maior atenção às abordagens preventivas. Gostaria, portanto, de exortar o Conselho de Segurança da ONU a redobrar os seus esforços e a reforçar a cooperação entre a União Africana e as Nações Unidas para que a prevenção seja menos dispendiosa a longo prazo”, apelou Azali Assoumani, Presidente da União Africana.

O presidente da União Africana pediu, ainda, um financiamento mais previsível, flexível e sustentado em prol das operações de manutenção da paz da União Africana, e instou à criação de centros de combate ao terrorismo a nível regional para apoiar os esforços nacionais em termos de prevenção e combate ao mal.

“Precisamos, especialmente, de garantir que actuamos de forma mais global, mais forte, de forma mais coordenada, sejamos mais inovadores e que estejamos lado a lado se quisermos erradicar este flagelo”, concluiu Assoumani.

A sessão desta terça-feira decorreu sob o lema “Ameaças à paz e segurança internacionais causadas por actos terroristas”.


⛲ O país

terça-feira, 28 de março de 2023

Grupos armados e forças governamentais mataram “milhares de civis” em África


Os ataques de grupos armados mas também de forças governamentais mataram milhares de civis em África no último ano. Esta é uma acusação da Amnistia Internacional (AI) no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, divulgado esta segunda-feira.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos, o flagelo de conflitos manteve-se enraizado e mostrou poucas promessas de abrandamento.

A Etiópia, a República Democrática do Congo (RDCongo), onde os ataques se intensificaram e “grupos armados mataram mais de 1.800 civis”, e a região do Sahel são destacadas no relatório da AI como locais onde as lutas de “forças governamentais e grupos armados causaram a morte de milhares de civis”.

Na Nigéria, segundo a organização, os ataques dos extremistas do Boko Haram espalharam-se do nordeste para áreas do centro norte e noroeste e estes e outros atacantes não identificados “mataram pelo menos 6.907 pessoas”.

A Amnistia documentou muitos outros ataques a civis em África, como os dos combatentes do Estado Islâmico do Sahel (ISS, na sigla em inglês) no Mali, onde o grupo paramilitar russo Wagner apoia as forças governamentais, segundo denúncias da União Europeia e outros organismos.

A AI refere “ataques indiscriminados do ISS” como os que deixaram “centenas de civis mortos em outubro, ou um do Grupo de Apoio aos Islâmicos e Muçulmanos que fez “pelos menos 130 mortos, a maioria civis” em Junho.

Na Etiópia, ataques de forças governamentais, incluindo a um jardim-de-infância, mataram centenas de civis no Tigray, e, na República Centro-Africana, pelo menos 100 foram mortos por grupos armados e forças governamentais só “entre Fevereiro e Março”.

Na Somália, o grupo extremista Al-Shebab foi responsável pela maioria das 167 mortes e 261 feridos civis em ataques entre Fevereiro e Maio e um novo ataque, em Outubro, matou mais de 100 pessoas.

As graves violações e abusos dos direitos humanos em África agravaram-se com as alterações climáticas, responsáveis em grande pelo aumento da fome, e também as repercussões da guerra na Ucrânia.

“Grandes segmentos da população enfrentaram fome aguda e elevados níveis de insegurança alimentar, incluindo em Angola, Burkina Faso, República Centro África, Chade, Quénia, Madagáscar, Níger, Somália, Sudão do Sul e Sudão”, indica o relatório.

Em Angola, relata a Amnistia, a insegurança alimentar nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe foi das piores do mundo.

No Burkina Faso, que viveu dois golpes de Estado num ano, estimativas da ONU indicaram que 4,9 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar, incluindo muitos deslocados internos devido ao conflito.

Nas violações dos direitos reiteradas em África está também a violência contra mulheres, raparigas e pessoas LGBTI (sigla que designa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo), ocorrendo no contexto dos conflitos armados, mas “a maior parte em tempo de paz”, sublinha a Amnistia Internacional.

Entre os casos mais graves está a Nigéria, onde, das centenas de crianças em idade escolar raptadas pelo Boko Haram em anos anteriores, “110 raparigas permaneciam em cativeiro no final do ano”.

Moçambique é também referido no relatório, porque na província de Cabo Delgado, grupos armados, identificados como extremistas islâmicos, continuaram a “raptar mulheres e raparigas”, e as forças governamentais “também cometeram violações dos direitos humanos contra a população, incluindo desaparecimentos forçados, assédio e intimidação de civis”.

A repressão da dissidência e da liberdade de manifestação e expressão são direitos humanos e civis largamente violados nos países africanos, como mostra a morte de dezenas de manifestantes relatada e atribuída ao uso excessivo da força pelas forças de segurança no Chade, RDCongo, Guiné, Quénia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Somália e Sudão, entre outros países.

Em 2022, os impactos da pandemia da COVID-19, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e condições meteorológicas extremas comprometeram “seriamente” os direitos de milhões de pessoas à alimentação, a um nível de vida adequado e também à saúde.

Vários países registaram novos surtos de doenças, como o sarampo no Zimbabué, onde mais de 750 menores de cinco anos morreram, e no Congo (112 crianças mortas), as epidemias de cólera no Malawi (576 mortes), na Nigéria (320 mortes) e nos Camarões (298 mortes), ou um surto de ébola no Uganda, que resultou em 56 mortes.


⛲ O país 

Celso Correia garante que não haverá escassez de açúcar apesar da perda de hectares de cana-de-açúcar



Quinze mil hectares de campos de cana-de-açúcar continuam inundados, na Maragra, distrito da Manhiça, Província de Maputo, o que representa mais da metade do total da área cultivada, cerca de 29 mil hectares. Ainda assim, o ministro da Agricultura diz que não haverá escassez de açúcar nem subida do preço.

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, sobrevoou, esta segunda-feira, a área para aferir o nível de estragos causados pela água e confirmou que “a destruição é muito grande e há campos completamente alagados”.

Segundo disse, dos 15 mil hectares destruídos, cerca de 8500 pertencem aos produtores subcontratados, o que representa grandes prejuízos, pois, na sua maioria, segundo Correia, fizeram grandes investimentos e têm dívidas no banco.

“Os dados da avaliação preliminar indicam que serão necessários cerca de mil milhões de Meticais só para recuperar a área perdida dos subcontratados, onde serão precisos cerca de 650 milhões de Meticais para o replantio e cerca de 350 milhões de Meticais para a reposição de infra-estruturas de transportes e drenagem, diques, entre outras”, disse Celso Correia, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

A previsão é que só daqui a seis ou oito semanas os campos estejam em condições de ser trabalhados e apurar-se de forma exaustiva as reais necessidades de reinvestimentos.

Embora haja perdas, o ministro disse que há boas notícias: “Ficamos confortados, primeiro, em saber que não haverá ruptura de stock de açúcar no país; segundo não se antevê a subida do preço do açúcar, pelo menos por agora”.

Por seu turno, Júlio Parruque, governador da Província de Maputo, garante que os produtores terão mais facilidades para acelerar a recuperação do que foi perdido.

“Para nós, Província de Maputo, a cana-de-açúcar é nosso ouro verde, cujas áreas afectadas serão, pelo Governo provincial, isentadas do pagamento da taxa anual de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT)”, garantiu Júlio Parruque, governador da Província de Maputo.

O sector de produção do açúcar sustenta cerca de 25 mil famílias, no país, e tem um volume anual de negócios de cerca de 150 milhões de dólares e com cerca de 65 milhões de dólares nas exportações.

AGRICULTORES VÍTIMAS DAS CHEIAS RECEBEM APOIO DO “SUSTENTA EMERGÊNCIA”

Depois de ter sobrevoado os campos inundados, na Maragra, Celso Correia foi a Boane ter com agricultores vítimas das inundações, que se beneficiaram de kits de produção, compostos por enxadas e sementes.

Os produtores de maior escala receberam tractores no âmbito do “Sustenta Emergência”, que, conforme disse o ministro, são ao todo 12 mil kits para a Província de Maputo e 42 mil para o resto do país, nas zonas afectadas pelas inundações.

“Façam bom uso dos meios que têm. Aos extensionistas que usem estas motas para estar mais próximos dos nossos produtores; eles precisam de vocês, principalmente nos próximos 30 dias que são de lançamento da semente na terra”, recomendou.

Celso Correia disse que cada kit está avaliado em cerca de 12 a 18 mil Meticais, tendo em conta a compra, a logística e o transporte.

Segundo Judite Mussácula, secretária de Estado na Província de Maputo, os meios entregues devem servir para mudar os indicadores agrícolas dos produtores, aumentar a produção e a produtividade e melhorar o bem-estar dos beneficiários.

“Aos produtores que receberam os kits hoje (segunda-feira), esperamos que, com a vossa experiência e com a assistência dos extensionistas aumentem a vossa capacidade produtiva e abasteçam os mercados com produtos agrícolas em quantidade e qualidade, fruto do vosso trabalho”, advertiu Mussácula.

Os beneficiários, alegres, disseram que os kits farão muita diferença, uma vez que, além de terem perdido as suas culturas nas “machambas” e os produtos colhidos que já estavam nos celeiros, a água arrastou os seus instrumentos de trabalho.

⛲ O país 

Azagaia é um Herói Nacional, consagrado pelo povo, Teodato Hunguana

 


Eis uma afirmação que vai levantar polêmica dentro da corrente autocrática que domina a Frelimo, partido no poder em Moçambique. “Azagaia é um herói nacional, consagrado pelo povo”, afirmou esta manhã, peremptoriamente, Teodato Hunguana, à margem do velório de corpo presente de Pascoal Mocumbi, antigo Primeiro-ministro de Moçambique falecido na semana passada, vítima da doença de Alzheimer.

Teodato Hunguana é um prestigiado membro da Frelimo, agora retirado. Seu último cargo público foi o de Presidente do Conselho Constitucional. Ele foi chamado a comentar se Mocumbi não podia ser considerado um herói nacional, de acordo com a legislação relevante. Hunguana disse, entre outras coisas, que Mocumbi não tinha feito nada para o desmerecer. 

O constitucionalista acabou, entretanto, falando de Azagaia, na perspectiva de que, se há heróis cuja consagração é feita por decreto, há os que são nomeados espontaneamente pelo povo. “Esse é Azagaia. Ele tem a bandeira de Samora”, disse.

Estas palavras vão fazer correr muita tinta, sobretudo porque estão em contramão da cartilha oficial, que colocou o falecido Rapper como um inimigo do partido no poder. Nas suas hostes, militantes da Frelimo que prestassem reconhecimento a Azagaia podiam ser sancionados. O Presidente Nyusi não endereçou condolências à família, passando a mensagem de que Azagaia era um pária, mesmo perante tamanho reconhecimento popular da sua obra. 

Teodato Hunguana é das poucas reservas da Frelimo que em momento oportuno coloca os pontos nos “ii”. E estes sobre Azagaia são bem merecidos e vêm mesmo a calhar.


⛲ Carta

Embaixadora americana felicita Nyusi pela bem “sucedida presidência de Moçambique no Conselho de Segurança”

 


A embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas reuniu-se nesta segunda-feira, 27, com o Presidente moçambicano, em Nova Iorque, onde Filipe Nyusi se encontra para reuniões na última semana da Presidência rotativa de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU

O porta-voz de Linda Thomas-Greenfield informou que ela “felicitou o Presidente Nyusi pela bem sucedida presidência de Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

Thomas-Greenfield diz que situação em Cabo Delgado melhorou mas terroristas"ainda são uma ameaça"

Nate Evans acrescentou que Thomas-Greenfield reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a África, “observando a viagem da vice-presidente Harris à região e outras visitas de alto nível realizadas em 2023 pela primeira-dama, secretária do Tesouro e secretário de Estado.

A diplomata americana também elogiou Nyusi “pelo papel de Moçambique como pacificador em conflitos internos e regionais” e exortou-o “a partilhar estas experiências com a comunidade internacional na busca da resolução de conflitos em África”.

Evans concluiu que Thomas-Greenfield reiterou o seu interesse em coordenar de perto as prioridades compartilhadas por Washington e Maputo no Conselho de Segurança.

A diplomata americana visitou Moçambique em Fevereiro.

Deputados questionam indicação do banco central como possível gestor do Fundo Soberano

 


Os deputados das bancadas da Renamo e do MDM questionaram, hoje, ao Governo por que é que sugere o Banco de Moçambique (banco central) como gestor do futuro Fundo Soberano. No seu entender, o banco tem pautado por algumas condutas que o fazem não merecer ser gestor do fundo.

Num frente-a-frente, os deputados questionaram o Governo os critérios usados na proposta de criação do Fundo Soberano. Uma das maiores preocupações das bancadas da oposição está na indicação do Banco de Moçambique como proposta de gestor do fundo. Segundo o deputado Fernando Bismarque, do MDM, o facto de o governador do banco central ser nomeado pelo Presidente da República já é suspeito.

“No âmbito da governação e gestão do Fundo Soberano, penso que o Parlamento tem de assumir o maior protagonismo. Há competências que foram atribuídas ao Governo, mas é difícil encontrar a separação entre o banco central e o Governo, atendendo que a nomeação do governador do banco tem sido política, diferentemente de outros países que optam pela nomeação do governador e passa pelo crivo do parlamento”, defendeu o deputado Fernando Bismarque, do Movimento Democrático de Moçambique.

Outro aspecto de desconfiança levantado pelo deputado do MDM, Fernando Bismarque, e reforçado pelo deputado da Renamo, Eduardo Namburete, é o facto de, nas demonstrações de resultados do banco, haver sempre considerações dos auditores a darem conta de pelo menos alguma coisa errada desde 2017.

O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, e seu elenco responderam às questões. Quanto ao gestor proposto, Max Tonela explica que não vê problemas, atendendo a sua experiência. O governante falava ontem, na Assembleia da República, numa auscultação solicitada pela primeira comissão parlamentar.

“O Banco de Moçambique, neste momento, faz a gestão das reservas líquidas das divisas do país. O que é que eles fazem? O dinheiro não está guardado nas contas do Banco de Moçambique, são feitas as aplicações. Compram moedas diversas, aplicam em activos diversos, acções, obrigações, moedas e outros tipos de activos e fazem em zonas geográficas diversificadas. Para isso, por vezes é melhor contratar um gestor que conhece melhor aquele mercado. É prática corrente desta actividade, por isso, na lei, se coloca, o Estado não tem obrigações, o banco central é único responsável”, disse Max Tonela.

Além do banco central, a proposta prevê mais intervenientes na implementação do fundo. “Na estrutura de governação, nós prevemos a Assembleia da República, o Banco de Moçambique, o Comité de Supervisão, que responde directamente à Assembleia da República. É a Assembleia da República que vai definir como é que este comité é estabelecido, quem são as pessoas que devem constituir”, disse Max.

Segundo o ministro da Economia e Finanças, a proposta prevê ainda uma auditoria interna, semestral, sobre a gestão do fundo que é feita pelos serviços de auditoria do Estado, mas também um auditor externo, além do trabalho feito pelo auditor do Estado, o Tribunal administrativo.

Para já, a proposta do Governo é que, nos primeiros 15 anos, 60 por cento das receitas arrecadadas dos projectos de gás e petróleo sejam direccionadas ao Orçamento do Estado e os restantes 40 por cento ao fundo. Depois desse período, a alocação passaria a ser de 50 por cento para cada uma das partes.


⛲ O País 

segunda-feira, 27 de março de 2023

Nyusi nos EUA: "Ventos internos" podem manchar Moçambique



Com uma onda de contestação social em casa, o PR moçambicano chega aos EUA no âmbito da ONU e deverá desviar atenções dos direitos humanos, diz analista. Rumores de golpe de Estado podem ser tentativa de limpar imagem.

O Presidente moçambicano está em Nova Iorque. Até à próxima quinta-feira (30.03), Filipe Nyusi participa em eventos relacionados com a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que Moçambique detém desde 1 de março.

O chefe de Estado chega aos Estados Unidos numa altura de grande contestação social e de críticas à atuação das autoridades moçambicanas, que tem manchado a imagem do país em termos de respeito pelos direitos humanos. A própria ONU condenou a repressão policial de cidadãos que tentaram participar nas marchas de homenagem ao rapper Azagaia.

Wilker Dias, analista político, acredita que Nyusi vai evitar tocar no tema sensível das convulsões sociais e desviar as atenções para a questão do terrorismo em Cabo Delgado e outros desafios.

DW África: O Presidente moçambicano chega a Nova Iorque num momento crítico para a sua governação, de grande contestação social. O que se pode esperar dos discursos de Filipe Nyusi, perante todas estas críticas?

Wilker Dias (WD): Eu acredito que, numa primeira fase, o Presidente da República não vai tocar neste assunto que acaba sendo uma preocupação para os moçambicanos, mas também para outras comunidades que marcam a atualidade internacional, pois é uma questão um pouco sensível que ainda está em tratamento ao nível das instituições e órgãos políticos nacionais. O que pode ocorrer é que o discurso de Filipe Nyusi foque os desafios e êxitos que Moçambique teve ao longo desta presidência do Conselho de Segurança e, se calhar, os grandes desafios que podem marcar a perpectiva de discussão no próprio Conselho de Segurança ou do próximo país que assumir a presidência.

Essas questões ligadas às violações dos direitos humanos em Moçambique serão um pouco deixadas de lado, focando mais concretamente o terrorismo em Cabo Delgado e o extremismo violento que tem marcado grande parte dos países africanos. Se calhar, [o Presidente] focará mais esta vertente, deixando de lado as convulsões sociais que têm manchado África, não só Moçambique. Temos o caso concreto da África do Sul, que está com a mesma situação, e provavelmente Angola.

DW África: Filipe Nyusi é um líder que chega a Nova Iorque de certa forma enfraquecido, perante o aumento das críticas públicas? Recordo que tem havido não só críticas da população à atuação policial e à violência, mas também a própria ONU condenou o uso desnecessário da força por parte da polícia.

WD: Sim, é um ponto que pode até não ser abordado de viva voz, mas poderá merecer alguma atenção nos debates off the record [à margem dos eventos oficiais], porque este assunto acaba preocupando, [tendo em conta] a integridade dos moçambicanos. Olhando mais uma vez para a questão dos direitos humanos, este é um dos principais papéis do Conselho de Segurança das Nações Unidas: preservar este núcleo dos direitos humanos nos diversos países que os têm violado.

Moçambique deveria ser o exemplo, mas, infelizmente, não foi o que ocorreu nas últimas semanas. Acredito que estes ventos internos podem manchar um pouco a dimensão externa no âmbito do Conselho de Segurança. Defende-se uma coisa mas, na prática, verifica-se completamente o contrário.

DW África: O Canal de Moçambique noticiou hoje que foi reforçada a segurança no Palácio da Ponta Vermelha e na Presidência da República, devido a supostos boatos sobre um eventual golpe de Estado. O que é qe se diz em Moçambique sobre estas suspeitas?

WD: O que se diz é que a maior parte dos moçambicanos comunga de uma visão geral de que não há elementos para dizer, neste momento, que Moçambique esteve ou está perante uma ameaça de golpe de Estado. Os movimentos que foram surgindo - no caso concreto, esta marcha pelo Azagaia - foram praticamente pacíficos. Na minha ótica, acaba-se levantando esta questão do golpe de Estado como uma tentativa de limpar a imagem de Moçambique perante a má ação que se tomou para debelar as manifestações pacíficas. É mais uma forma que o Governo moçambicano arranjou para contornar esta situação.

Wilker DiasFoto: Arcénio Sebastião/DW

Os questionamentos são vários: tivemos o caso concreto da ONU, que criticou e até vai apurar, através duma investigação. Não temos elementos suficientes para podermos dizer que existem condições para a existência dum golpe de Estado, principalmente com uma mão externa, como se tem dito por aí. Se formos analisar, tudo o que vem ocorrendo a nível nacional, essa onda de insatisfação, sobretudo da camada juvenil, está muito relacionado com diversos acontecimentos internos: o alto custo de vida, a falta de oportunidades de emprego, a falta de habitação, condições básicas de vida dos moçambicanos.

DW África: Nas redes sociais, diz-se que pode ser uma "desculpa" do Governo para declarar esta instabilidade no país e até inviabilizar as próximas eleições. É preciso, antes de mais, que o Governo reconheça que as coisas não estão bem na sociedade moçambicana, antes de fazer qualquer tipo de acusação?

WD: Sim, é importante que o Governo reconheça isto, mas não só. É importante que o próprio partido que está no poder perceba que as coisas não estão bem, porque essas vozes [que falam] de golpe de Estado também vêm do seio partidário. É importante que o partido possa sentar e analisar e perceber o que é que está a falhar na espécie de governação existente em Moçambique. Parece que não, mas são factores históricos. E à medida que o tempo vai passando, a situação vai-se agudizando e vai chegar a um momento em que a população já não vai querer saber de nada e é capaz de rebentar com tudo.


⛲ Dw

Rússia acusa NATO de participar diretamente do conflito na Ucrânia

 


O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, acusou hoje a NATO de participar diretamente no conflito na Ucrânia ao fornecer armas ao país e informação com o objetivo de vencer a Rússia no campo de batalha.

"Na verdade, os países da NATO fazem parte do conflito. Eles transformaram a Ucrânia num enorme campo militar. Enviam armas e munições às tropas ucranianas, fornecem informações, inclusive de satélites e drones", disse o secretário do Conselho de Segurança ao jornal Russian Rossiiskaya Gazeta.

Patrushev adiantou que a NATO está a preparar os militares ucranianos, destacando igualmente que na linha da frente "estão mercenários dos países que lutam ao lado das Forças Armadas" ucranianas.

"Ao tentar prolongar ao máximo este confronto bélico, não escondem o seu objetivo principal, que é derrotar a Rússia no campo de batalha e depois desintegrá-la", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Desde o início da guerra, já morrerem mais de 8.300 civis, segundo dados da ONU, que alerta para o facto de os números estarem muito aquém dos reais.


⛲ Folha de Maputo 

Presidente da República dirige a partir desta terça-feira sessões do Conselho de Segurança da ONU

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, já está em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, onde vai reunir-se com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres e dirigir sessões do Conselho de Segurança de Alto Nível.

Para além do Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o evento irá contar com a presença dos presidentes da Suíça, do Gana e da Comissão da União Africana.

Filipe Nyusi, chegou a Nova Iorque, na noite deste Domingo, madrugada em Moçambique, acompanhado pela Primeira-Dama, Isaura Nyusi e a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Após a reunião habitual com a sua delegação, a Verónica Macamo falou à imprensa detalhando a agenda do Chefe de Estado em terras norte-americanas.

“Encontro-me desde ontem em Nova Iorque, Estados Unidos da América, onde até dia 30 vou orientar actividades enquadradas na presidência rotativa mensal do Conselho de Segurança que Moçambique detém desde dia 1 de Março. Dentre várias actividades, destaque para dois debates de alto nível que vou presidir dois debates na sede da ONU sob os temas “Ameaças à paz e segurança internacionais causadas por actos terroristas: combate ao terrorismo e prevenção do extremismo violento” e “O impacto das políticas de desenvolvimento na implementação da Iniciativa Continental do Silenciar de Armas”, contando com vários convidados”, informou o Chefe do Estado.

Ainda em Nova Iorque, Nyusi vai participar numa sessão de reflexão e partilha de experiências de Moçambique na construção da paz.

“Falarei dos desafios globais da actualidade, a situação do terrorismo em África, experiências do país e iniciativas regionais em curso para conter as acções terroristas”, declarou o Chefe do Estado.


⛲ O país