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terça-feira, 23 de abril de 2024

Populares capturam cinco supostos terroristas em Cabo Delgado

 


Situação criou agitação entre os moradores, tendo alguns preferido dormir fora das suas residências

Populares da aldeia de Mahipa, no distrito de Chiùre, na província moçambicana de Cabo Delgado, capturaram e entregaram às autoridades cinco suspeitos de integrarem grupos terroristas que operam na região, disseram esta terça-feira à Lusa fontes locais.

De acordo com as mesmas fontes, o ato aconteceu no sábado, 20 de abril, quando os populares neutralizaram cinco pessoas estranhas na aldeia, que foram de imediato capturados e entregues às autoridades, sob suspeita de fazerem parte dos grupos terroristas que há mais de seis anos atuam na província de Cabo Delgado.

"Na comunidade de Mahipa, as pessoas ficaram agitadas por conta de cinco pessoas. Eram estranhas e a comunidade pegou e entregou-as às autoridades locais", disse uma fonte local.

A situação criou agitação entre os moradores, tendo alguns preferido dormir fora das suas residências, relataram ainda.

"Entramos em pânico, alguns moradores dormiram fora das suas casas porque não se sabe, são terroristas", disse uma fonte local.

Algumas pessoas abandonaram as residências devido aos rumores da presença do grupo dos terroristas nas matas de Chiùre, sul da província, e juntaram-se durante três dias no posto de controlo do rio Lúrio, fronteira entre as províncias de Cabo Delgado e Nampula, ao longo da estrada Nacional 1, tentando chegar ao vizinho distrito de Eráti (Namapa), mas foram travadas pelas Forças de Defesa e Segurança, para supostamente não criarem agitação.

"A minha mãe voltou hoje para Alaca porque mandei dinheiro para ela poder voltar, ficou três dias no posto de controlo do rio Lúrio com outras pessoas, tiveram medo dos rumores da possível presença dos terroristas na zona de Chiùre-Velho", relatou outra fonte a partir de Pemba, capital da província.

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados por grupos associados ao Estado Islâmico.

Depois de vários meses de relativa normalidade, a província de Cabo Delgado registou nos últimos meses novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África austral, libertando distritos junto aos projetos de gás natural.

⛲ Cm

Dois moçambicanos acusados de associação ao terrorismo

 


Ambos os cidadãos foram detidos "em flagrante delito" em março de 2023.

Dois cidadãos moçambicanos vão ser julgados na província de Cabo Delgado, norte do país, implicados em crimes de financiamento ao terrorismo, recolha de informação, adesão a organização terrorista e associação criminosa, segundo fonte do Ministério Público.

De acordo com a mesma fonte, ambos foram detidos "em flagrante delito" em março de 2023, na vila de Mocímboa da Praia, na posse de 885.500 meticais (13 mil euros) e "diversos géneros alimentícios que se destinavam a garantir a sustentabilidade de um grupo terrorista, que se encontrava acampado em Cabo Delgado".

O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) instaurou um processo criminal contra os dois cidadãos e, segundo o Ministério Público, da instrução "constatou-se que os arguidos, para além de comprarem géneros alimentícios, adquiriam cartões SIM, cupões de recargas das operadoras de telefonia móvel e os remetiam ao líder do grupo terrorista".

"Que, por sua vez, procedia à distribuição aos demais integrantes, para garantir comunicações, internet, bem como transações de dinheiro, com recurso a carteiras móveis, para os membros do grupo e sustento dos seus familiares", acrescentou a fonte.

"Os cartões SIM, depois de usados, eram destruídos, como forma de apagar os vestígios e escapar à ação da Justiça e com o dinheiro adquiriam informações, destinadas ao líder do grupo terrorista, sobre a localização, movimentação e posição das Forças de Defesa e Segurança", prosseguiu a fonte, acrescentando que, finda a instrução, foi entretanto deduzida a acusação e o processo remetido ao Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, no dia 22 de abril, com os dois arguidos presos.

"Contra os arguidos indiciam suficientemente os autos a prática de crimes de financiamento ao terrorismo, recolha de informação, adesão a organização terrorista e associação criminosa", concluiu a fonte.

A província enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência, que desde dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e dos países da África austral, libertando distritos junto aos projetos de gás.

⛲ Cm

ANC recorre da sentença a favor do Umkhoto We Sizwe

 


O Congresso Nacional Africano diz que vai recorrer da sentença do Tribunal Superior de Durban, que rejeitou o pedido do ANC de impedir o uso do logotipo e nome Umkhoto We Sizwe pelo novo partido, liderado por Jacob Zuma.

O secretário-geral do ANC, Fikile Mbalula, diz que o juiz decidiu com base em questões políticas e não com base nos factos arrolados pelo partido que governa a África do Sul relativos a propriedade do Umkhoto We Sizwe, apartido liderado por Jacob Zuma,

Mbalula reitera que o logotipo e o nome Umkhoto We Sizwe pertencem ao ANC, que os atribuiu ao braço armado criado em 1961.

O Secretário-Geral do ANC explicou que o recurso a ser apresentado ao Supremo Tribunal de Apelação vai estar centrado na questão do uso não autorizado da propriedade intelectual.

O Tribunal Superior de Durban disse que chumbou o pedido porque o ANC não chegou a colocar a questão da propriedade do logotipo e do nome, desde a aparição do Umkhoto We Sizwe como partido político, acrescentou ainda que o pedido do ANC não era urgente e que deveria ter sido canalizado ao Tribunal Eleitoral e não ao Tribunal Superior de Durban.

Em Março passado, o ANC também falhou, no tribunal Eleitoral, a tentativa de anular o registo do Umkhoto We Sizwe como partido político.

⛲ O país 

Mais de 50 viaturas foram roubadas na RAS e contrabandeadas para o país

 


Mais de 50 viaturas foram roubadas na África do Sul e contrabandeadas para Moçambique, de Janeiro a esta parte. A polícia sul-africana confirma a detenção de pelo menos um agente envolvido no crime.

Há cerca de duas semanas, o ministro da Polícia Sul Africana esteve em Moçambique para, entre outros assuntos, garantir a cooperação bilateral para o combate ao contrabando de viaturas daquele país para Moçambique, através da fronteira da Ponta de Ouro.

Na última sexta-feira, a polícia sul-africana anunciou que de Janeiro a esta parte mais de 50 viaturas foram roubadas, na província de Mpumalanga, e contrabandeadas para Moçambique, através da fronteira.

A população da aldeia de Mbuzini acusa a Polícia local de cooperar com moçambicanos envolvidos no crime.

“A Polícia está envolvida. Digo isso porque sempre que um carro contrabandeado atravessa, vemos os carros da polícia antes ou depois deles, como se estivesse a escoltar”, disse um popular.

E a Polícia confirma. Donald Mdluli, porta-voz da Polícia em Mpumalanga, citado pelo canal SABC, fala de pelo menos um agente detido em conexão com o crime, para além de processos crime e disciplinares contra agentes fronteiriços.

A Polícia fala também do envolvimento de jovens da aldeia de Mbuzini na facilitação do crime.

Recorde-se que está em curso a construção dos primeiros cinco quilómetros de um muro de betão ao longo da fronteira com Moçambique, na província sul-africana de KwaZulu-Natal afim de travar a saída de viaturas furtadas e o contrabando de mercadorias.

⛲ O país 

FMI considera que crescimento de Moçambique será "modesto a médio prazo"

 


O economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) que coordenou o relatório sobre África subsaariana considerou hoje à Lusa que o crescimento de Moçambique deverá manter-se modesto nos próximos anos, mantendo-se os desafios significativos.

"Para este ano e a médio prazo, esperamos uma recuperação modesta do crescimento", disse Thibault Lemaire, em declarações à Lusa no final dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorreram até sábado em Washington.

O setor não mineiro deste país lusófono "deverá acelerar em 2024, impulsionado por uma melhoria da dinâmica da indústria transformadora e da construção", apontou o analista, salientando que no ano passado a economia apresentou "resultados mistos, com a robustez do setor mineiro a contrastar com o crescimento modesto do setor não mineiro".

Para este ano, o FMI prevê para Moçambique um crescimento de 5%, depois de no ano passado a expansão económica ter melhorado para 6%, acima dos 4,4% registados em 2022.

A expansão económica de Moçambique "foi impulsionada pelo projeto de gás natural liquefeito do Coral Sul, o primeiro projeto GNL em grande escala do país, no entanto devido a condições financeiras restritivas, o crescimento do setor mineiro ficou aquém do seu potencial", afirmou o economista à Lusa

Para o FMI, a petrolífera TotalEnergies deverá recomeçar as obras em Cabo Delgado "nos próximos meses", o que terá "um impacto positivo e significativo no crescimento, nas receitas fiscais e na conta corrente do país, após o início da produção" e exportação de GNL.

Moçambique, concluiu, "enfrenta desafios significativos de desenvolvimento, nomeadamente na maior frequência e gravidade das catástrofes naturais e choques climáticos".

Na África subsaariana, o crescimento deverá aumentar de uns 3,4% previstos em 2023 para 3,8% em 2024 e 4% em 2025, "com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente", diz o Fundo.

A nível mundial, o FMI melhorou em uma décima a previsão do crescimento global para 3,2% este ano, taxa que também espera para o próximo ano.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê que o crescimento global, estimado em 3,2% em 2023, continue ao mesmo ritmo em 2024 e 2025.

A previsão para 2024 foi revista em alta em 0,1 ponto percentual (pp.) face ao relatório de janeiro e em 0,3 (pp.) face a outubro do ano passado.

⛲ Cartamoz 

Procuradores e defesa de Donald Trump apresentam argumentos contraditórios


Desenho do julgamento do antigo Presidente Donald Trump

No primeiro dia das alegações da acusação e da defesa no processo penal contra o antigo Presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 22, em Nova Iorque, um procurador e a defesa protagonizaram um aceso debate acerca de uma possível tentativa do então Presidente de, ilegalmente, influenciar o resultado nas eleições de 2016, quando concorreu e venceu, através de pagamentos, que não declarou, a duas mulheres que alegam ter mantido relações extraconjugais com ele.

“Foi uma fraude eleitoral, pura e simples”, disse sem rodeios o procurador Matthew Colangelo ao júri de 12 membros na sua declaração de abertura do primeiro julgamento criminal contra um ex-Presidente dos EUA.

E concluiu que “este caso é sobre uma conspiração criminosa encoberta”.

Em resposta, o advogado de defesa de Trump, Todd Blanche, disse aos jurados que o antigo Presidente “é inocente”.

”O Presidente Trump não cometeu nenhum crime. Ele está coberto de inocência”, acrescentou.

Os encontros românticos

Nas alegações, o procurador Mattew Colangelo expôs o que considerou ter sido um trama abrangente orquestrado por Trump para impedir que os eleitores soubessem, poucos dias antes das eleições, dos supostos casos românticos com a atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, e a Playmate do Ano, Karen McDougal, que o então candidato sempre negou.

Colangelo disse que a partir das provas que pretende produzir, os jurados chegariam a “apenas uma conclusão: “Donald Trump é culpado de 34 acusações de falsificação de registos comerciais em primeiro grau”, para reembolsar o seu ex-advogado e conselheiro político, condenado por perjúrio.

O procurador se referia a Michael Cohen, quem disse ter pago a Daniels, a mando de Trump, 130 mil dólares para a manter calada.

O advogado do antigo Presidente, Blanche chamou o relato do procurador de enganoso e falso.

“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso se chama democracia”, afirmou Todd Blanche.

“Somos nova-iorquinos. É por isso que estamos aqui. Se vocês fizerem isso, haverá um veredito muito rápido – muito rápido – de inocente”, concluiu o defensor, na sua declaração de abertura do julgamento que pode durar seis semanas.

Testemunha

Depois, o procurador Joshua Steinglass convocou a primeira testemunha, David Pecker, ex-editor do popular tablóide National Enquirer.

A acusação espera que Pecker descreva como ele, Trump e Cohen conspiraram no que Colangelo chamou de “conspiração da Torre Trump” para impedir que histórias eventualmente prejudiciais a Trump fossem publicadas no tablóide antes das eleições de 2016.

“usamos o jornalismo de talão de cheques e pagamos pelas histórias”, disse Pecker aos jurados.

Ele explicou que tinha a "palavra final" sobre as decisões editoriais e que qualquer valor acima de 10 mil dólares por uma história teria que ser aprovado por ele.

Os procuradores alegam que o tablóide pagou a Karen McDougal, a ex-Playmate do Ano, que diz ter tido um caso de 10 meses com Trump, 150 mil dólares para comprar os direitos da sua história, mas depois não a publicou alegadamente para proteger Trump.

O testemunho de Pecker foi, entretanto, suspenso logo após o seu início, por o juiz do Supremo Tribunal de Nova Iorque, Juan Merchan, considerar que celebra-se hoje a Páscoa judaica.

Espera-se que Pecker, de 72 anos, retome o depoimento na terça-feira.

Entretanto, antes, o juíz vai realizar uma audiência, a pedido da Procuradoria, para determinar se Donald Trump pode ou não ser preso, por desacato ao tribunal em virtude de, supostamente, ter violado a ordem de silêncio do juiz que o proíbe de depreciar testemunhas e figuras-chave do caso.

Trump negou qualquer irregularidade.

No início da audiência, o juíz emitiu uma decisão que favorece os procuradores.

Juan Marchant determinou que se Trump decidir testemunhar no julgamento, os procuradores poderão fazer perguntas sobre os processos civis que ele perdeu nos últimos meses.

O antigo Presidente disse que pretende testemunhar em sua própria defesa, mas especialistas afirmam que tal decisão pode tornar o seu depoimento no processo criminal mais problemático.

Em última análise, caberá a Trump decidir ou não prestar depoimento depois de ouvir o conselho dos seus advogados.

⛲ Voa Português 

Afetados pelas inundações na Katembe pedem permanecer nos centros de acolhimento

 


Famílias afectadas por inundações em Guachene pedem mais tempo no centro de acolhimento. A razão é que as condições de higiene e saneamento trazidas por inundações oferecem graves riscos à saúde.

Estrada bloqueada, ruas precárias, casas abandonadas e algumas praticamente inacessíveis, são consequências que ainda estão relutantes em desaparecer semanas depois da chuva que assolou o país, sobretudo as províncias do sul.

Em Maputo, no distrito municipal Katembe, os estragos continuam visíveis e algumas vítimas, sobretudo as dos quarteirões 1, 3, 4 e 7, logo debaixo da ponte Maputo-Katembe, preferem mais tempo no centro de acolhimento de Guachene, uma vez que é iminente o risco de contrair doenças hídricas.

Nilza Jorge, que está no centro acompanhada de seus três filhos e marido, reclamou que ainda não é possível a habitabilidade na sua casa porque ainda resta muito matope carregado de maus-cheiros. “As nossas casas de banho são de construção precária e estão muito cheias d’água. Pedimos para ficar um pouco mais de tempo para a situação melhorar. Para nós seria melhor que ficássemos pelo menos mais duas semanas visto que já faz sol. Assim que quiserem nos expulsar, o que faremos com estas crianças?”, questionou.

Quem também carrega o mesmo clamor é Laurinda Zimila, que também está com a família no centro, embora reconheça que as casas estão inabitáveis, admite não ter escolha caso a decisão de regressar a casa seja tomada. “A minha casa ainda tem muita água mas se quiserem que volte, eu volto. Eu, como todas as pessoas no centro, temo porque é água suja. Se fosse água normal até suportava, mas são águas das nossas precárias casas de banho que se misturam e nossas latrinas ficaram cheias ao que toda água veio acima, não é seguro voltar” reclamou.

Apesar dos acolhidos estarem a escassos metros de suas casas, reclamam também que os dois lugares, no caso, o centro e suas casas, não há água potável para consumo assim como não há espaço para banho. Nilza Jorge, denunciou que o centro não tem torneiras ao procurar alguns espaços nas proximidades para lavar os filhos que frequentam a escola. “Aqui, lavamos as nossas crianças na rua, dizem que temos de procurar água porque não temos torneiras e a água dos dois tanques acaba rápido por ser insuficiente para todos nós. Assim que nos expulsam, onde vamos tomar banho se em casa também está cheio de matope e não temos água?, reflectiu.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres, através da Coordenadora ao nível do bairro Guachene esclareceu que não é da sua vontade que as pessoas voltem para locais inseguros. “Temos uma equipa que se faz ao terreno recorrentemente para fazer avaliação das condições e só voltam aqueles cujas residências já não tem água e não matope”, esclareceu.

A secretária do bairro Marta da Cruz, mostrou-se satisfeita com os trabalhos no centro de acolhimento que agora tem 167 pessoas e considerou que estão a bom ritmo, entretanto, precisa encerrar visto que sobrevivem apenas de apoios.

Secretária do Bairro

O problema das inundações é tão grave que os moradores pedem reassentamentos e recordam que já foram prometidos.

– Adélia – Moradora de Guachene

Os quarteirões: um, sete, três e quatro que se encontram debaixo da ponte Maputo-Katembe foram os mais afectados no bairro Guachene.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Candidato presidencial da Frelimo será conhecido a 3 de Maio na sessão extraordinária do CC

 


O candidato presidencial da Frelimo poderá ser conhecido no dia 3 de Maio próximo, na sessão extraordinária do Comité Central do partido. O evento terá lugar na Escola Central da Frelimo, na cidade da Matola. O anúncio foi feito, hoje, pela porta-voz do partido, Ludmila Maguni, depois de mais uma sessão da Comissão Política do partido no poder.

Ainda na sessão de hoje, a Comissão Política da  Frelimo avaliou a participação de Filipe Nyusi na Conferência Internacional sobre o Maneio da Floresta de Miombo, realizada nos dias 16 e 17 de Abril, em Washington, evento que produziu uma Carta de Intenções e de forma consensual.

A referida carta apresenta como algumas questões patentes o princípio de financiamento permanente e a gestão das áreas existentes da floresta do Miombo, pois este documento convoca que os países signatários da Declaração de Maputo sobre a Floresta do Miombo e todos os actores-chave devem proteger as áreas existentes e dar espaço à criação de novas.

O dispositivo adoptado destaca, igualmente, a importância de se financiar projectos nas zonas de protecção, focando-se particularmente nas pequenas e médias empresas orientadas para negócios de biodiversidade.

ADIN tem 2,5 milhões de dólares para reconstruir Cabo Delgado

 


A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte dispõe de 2,5 milhões de dólares para a reconstrução de Cabo Delgado. Ainda assim, a instituição diz haver necessidade de mobilização de mais fundos.

Há três anos, o Governo apresentou o plano de emergência para a recuperação das zonas afectadas por terroristas em Cabo Delgado, orçado em 300 milhões de dólares.

A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, coordenadora do plano, garante haver resultados positivos no terreno.

“Temos muitas organizações a trabalharem em Cabo Delgado. Talvez não se veja muito porque a ADIN tem um papel de coordenação. Neste momento, estamos a fazer um banco de dados, onde vamos ter inscritas todas as organizações que trabalham connosco em Cabo Delgado”, explicou Jacinto Loureiro.

O presidente da ADIN, Jacinto Loureiro, falava esta segunda-feira, após um encontro com parceiros no qual foi anunciado um financiamento de 2,5 milhões de dólares pelo Fundo Global de Engajamento e Resiliência da Comunidade para a reconstrução.

“O objectivo é promover projectos de desenvolvimento para a juventude, quer em pequenos negócios, quer em formação, para poderem aderir a negócios locais”, disse.

De acordo com Loureiro, já decorrem cerca de 140 obras de reconstrução de infra-estruturas.

RENAMO intervém após mortes em naufrágio e defende apoio

 


O líder da RENAMO promete apoio jurídico ao proprietário do barco que naufragou em Nampula, causando 98 mortos. Critica a "irresponsabilidade" do Governo e exige mudanças após a tragédia.

O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) afirmou hoje que o maior partido da oposição dará "assistência jurídica" ao proprietário do barco que naufragou este mês em Nampula, provocando 98 mortos, e criticou o Governo.

"O Estado deve começar a pagar pela sua irresponsabilidade", escreveu Ossufo Momade, após visitar no fim de semana o posto administrativo de Lunga, distrito de Mossuril, na província de Nampula, de onde o barco de pesca partiu em 07 de abril, naufragando a cerca de 100 metros da costa da ilha de Moçambique, quando transportava 130 pessoas a bordo, em fuga por recearem um surto local de cólera.

"Vivemos de perto o sofrimento vivido pelo nosso povo devido ao abandono total, tendo a ilha de Moçambique como principal refúgio para suas necessidades básicas de saúde e comerciais, para além da inexistência de vias de acesso de qualidade, energia elétrica, posto de saúde, mercados e um centro de desenvolvimento agrário", descreveu o líder da Renamo.

O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes. De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito.

 O dono e um responsável pela embarcação estão detidos, disse na altura à Lusa a porta-voz da polícia na província de Nampula, Rosa Chaúque.

O Governo anunciou a construção de uma estrada e uma ponte na zona do naufrágio, como forma de evitar o transporte de passageiros em barcos sem condições.Foto: Leo Correa/AP Photo/picture alliance

"Foi com tristeza que acompanhamos a prisão do proprietário da embarcação, o senhor Hassane, pelo facto de ter autorizado a entrada da população na sua embarcação de forma gratuita como forma de apoiar o povo, na maioria crianças, sem, no entanto, verificar procedimentos de segurança marítima", continuou o líder da RENAMO.

RENAMO acusa Estado

Momade acrescentou que a detenção "desgasta a população local e que a culpa deste ato não foi do marinheiro e nem do seu proprietário, mas da própria população, que assim exigiu" ao dono da embarcação.

"Na sequência do pedido de assistência jurídica do mesmo daremos a devida assistência jurídica para a sua liberdade e a consequente responsabilização do Estado", garantiu o político.

O Governo moçambicano anunciou em 18 de abril a construção de uma estrada e uma ponte na zona do naufrágio, como forma de evitar o transporte de passageiros em barcos sem condições.

O Presidente Filipe Nyusi "orientou o Governo para, de imediato, trabalhar no sentido de (...) reabilitar a estrada de 36 quilómetros que liga Naguema a Lunga", disse o ministro da Indústria e Comércio.

Silvino Moreno falava numa reunião plenária da Assembleia da República dedicada a perguntas dos deputados ao executivo.

"Há um trabalho que já foi iniciado e vai ser construída também uma ponte com 210 metros sobre o rio Monapo, para que a comunicação entre Naguema e Lunga possa ser feita com facilidade e para desencorajar o uso de pequenos barcos", declarou Moreno.

O Conselho de Ministros decretou luto nacional de três dias na sequência do acidente, com vários países parceiros de Moçambique a manifestarem solidariedade face à tragédia. 

⛲ Dw