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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Graça Machel quebra o silêncio, diz que a Frelimo está capturada e propõe uma reunião nacional de quadros com carácter de urgência

 


Eis uma carta da autoria da activista Graça


 Machel, antiga primeira-dama e Ministra da Educação, veterana da luta de libertação anti-colonial. Ela escreve no contexto da actual crise eleitoral Moçambique, onde a Frelimo, partido no poder desde a independência em 1975, é acusado de uma monumental fraude eleitoral.


“A Frelimo deve reconhecer a derrota onde as houver”, escreve ela. 

Texto integral:


  • "É URGENTE A REALIZAÇÃO DA REUNIÃO DE QUADROS PARA REFLECTIRMOS EM COLECTIVO SOBRE A VIDA DO PARTIDO"

Eu sou membro do partido Frelimo por opção, consciência e convicção. Tal como eu, são milhões de membros, cerca de quatro milhões, com ou sem cartão, e atrevo-me a adicionar os simpatizantes, que comungam os valores de liberdade, democracia, unidade nacional, paz, igualdade, solidariedade e justiça social, assentes nos Estatutos que regem a organização;

 • Por inércia, inacção e complacência, nós, os milhões de membros da Frelimo, assistimos, nos últimos anos, à captura da máquina administrativa do Partido por uma fracção de membros, responsáveis pela erosão e desvirtuamento da razão e sentido de ser da Frelimo;


 • Deixamos de implementar o princípio unidade, crítica e unidade, que sempre nos guiou, e relegámos parte da máquina administrativa do Partido a um grupo de interesse com agenda própria, que age em nome da Frelimo, mas contra a própria Frelimo. Os quadros permitiram que se confundisse o Partido com essa parte da máquina administrativa infiltrada por um punhado de membros com compromissos contrários aos nossos Estatutos e Programa;


 • Nem todos os membros que compõem a máquina administrativa da Frelimo traíram o Partido, mas a influência da fracção a que me refiro levou a que se perdesse o sentido de família, a ideia de que a Frelimo são todos os seus membros e de que a máquina de direcção, toda ela, serve os interesses da organização no seu todo. Daí se explica o desfasamento entre a gestão do Partido e os milhões de membros, assim como as dificuldades da Frelimo em continuar a ser, no mapa político, um partido de massas, aglutinador, que capta e transforma em agenda de trabalho as demandas, necessidades e sentimentos do povo moçambicano;

 • A inércia, inacção e complacência dos quadros permitiu que, na sociedade moçambicana, se gerasse e consolidasse a narrativa de que a Frelimo, o nosso Partido, é formado por ladrões, assassinos e arrogantes;


 • É de extrema importância e urgência desfazermo-nos deste descalabro e resgatarmos, como milhões de membros e simpatizantes, a verdadeira identidade da Frelimo, a sua história, as suas tradições e as suas práticas. É Urgente resgatarmos o nosso DNA. Como militante, subscrevo a proposta, veiculada por alguns camaradas, de realização de uma REUNIÃO NACIONAL DE QUADROS, para, em colectivo e de forma aberta, refletirmos sobre a vida do Partido e abrirmos novos caminhos para recuperar a confiança, credibilidade, respeito e a química com o nosso povo. A soberania e manutenção da Frelimo residem nos seus membros. Vamos sacudir a inércia, inacção e a complacência. Vamos assumir a nossa militância! 


 • A fase crítica que o Partido atravessa impõe-nos, como milhões de membros, humildade, para assumirmos responsabilidades e reconquistarmos a legitimidade perante o nosso povo. A humildade a que me refiro passa necessariamente por reconhecer os erros cometidos pela Frelimo e, se necessário, pedir desculpas ao povo; passa por nos distanciarmos do grupo minoritário que assaltou parte da máquina do partido e que age em sentido contrário à sua história, suas tradições e suas práticas; passa por reconhecer e aceitar as vitórias onde ganhamos honestamente e reconhecer e aceitar honestamente as derrotas onde as houver;


 • Vamos assumir a nossa militância! Está em causa a nossa sobrevivência como Frelimo - o partido do Povo!!! 

 

Graça Machel,

Maputo, Novembro de 2023


⛲ CARTAMOZ 

sábado, 4 de novembro de 2023

Os 6 assassinatos pós-votação que o Ministro do Interior Pascoal Ronda omitiu no parlamento



O ministro do Interior, Pascoal Ronda, foi esta semana ao parlamento dizer que, durante as 130 manifestações contra a fraude eleitoral em Nampula, Zambézia, Niassa, Sofala, Tete e cidade de Maputo, houve apenas “uma morte em Cabo Delgado”, referindo-se ao jovem simpatizante da Renamo assassinado pela polícia no dia 12 de Outubro em Chiure. As estatísticas do ministro escondem cerca de seis assassinatos nas cidades de Nampula e Nacala-Porto.

Na cidade de Nampula houve quatro mortos. O boletim CIP Eleições localizou familiares de dois deles, que confirmaram os factos. Sabonete Saíde, 27 anos, foi morto por um tiro policial em sua casa. Sabonete era casado e pai de dois filhos, de dois e três anos. A sua mulher está grávida de dois meses, confirmou Atumane Saíde, irmão do assassinado. A foto abaixo é a certidão de óbito formal.

A outra vítima das balas policiais é um menino de 14 anos chamado Atipo Juma, filho de Juma Macussete Abdala. A criança foi baleada enquanto vendia maheu, uma bebida não alcoólica feita de farinha de milho, na rua. Após ser baleado, Atipo Juma foi transportado para o Hospital Central de Nampula, onde faleceu. Juma Abdala, o pai do menino, foi à uma Esquadra da Polícia para protestar, mas foi informado apenas que ele deveria ir enterrar o filho.

Tanto Juma Abdala como a família de Sabonete Saíde não receberam até agora visitas ou apoio do Estado, disseram ao CIP Eleições.

Na cidade de Nacala-Porto confirmamos dois jovens assassinados pela polícia. O primeiro é Issa Félix, um jovem comerciante do mercado do Juma, o maior de Nacala. Félix foi morto a tiro por volta das 22 horas do dia 26 de Outubro, quando tentava atravessar a rua com o seu amigo, Issufo Momade Manuel.

“Ao anoitecer fomos passear juntos e, assim que chegámos ao mercado de Ontupaia, o meu amigo quis atravessar a rua, quando foi morto a tiro”, disse Manuel. O corpo de Félix permaneceu algum tempo na estrada sem ser retirado, pois outros tinham medo de levar um tiro.

No dia seguinte, a polícia matou a tiro um adolescente de 17 anos chamado Braimo Arlindo, vendedor de sacos de plástico em Nacala. Braimo e seu pai estavam escondidos em uma casa depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo. A polícia os perseguiu e os encontrou em seu esconderijo. Eles mataram o adolescente a tiros a sangue frio e feriram gravemente seu pai, que sobreviveu. A foto mostra o esconderijo onde foram baleados. 

Todas essas mortes não fazem parte das estatísticas do ministro e, portanto, do Estado, porque foram vítimas do próprio Estado

⛲ Cartamoz 

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Ameaça terrorista forçou deslocamento de cerca de 5600 crianças em Setembro

 


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que cerca de 5600 crianças foram deslocadas no mês de Setembro devido a ataques e à ameaça terrorista na província de Cabo Delgado.

De acordo com o relatório da situação humanitária referente ao mês de Setembro, divulgado esta quarta-feira pela organização, as facções terroristas na região “estão a reposicionar-se”, após a anunciada morte de líderes em operações militares realizadas em Agosto. Sucedem-se, desde Setembro, ataques em menor escala a populações em vários distritos de Cabo Delgado e a militares Incidentes que, segundo o relatório, “resultaram no deslocamento ou movimento de populações em fuga”.

Em Setembro, 10 463 pessoas, das quais 54,4% crianças, deslocaram-se, principalmente devido aos ataques (26%), medo de ataques (21%) ou regresso às áreas de origem (27%). Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe são os distritos principais de partidas e chegadas. Mais de 50% dos movimentos foram forçados e as principais necessidades relatadas foram, comida e abrigo”, acrescenta o UNICEF.

Segundo dados das agências das Nações Unidas no terreno, os ataques terroristas no Norte de Moçambique levaram à fuga de 338 086 crianças, com necessidades de ajuda humanitária.

O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, disse, em Outubro, que 70% da população deslocada pelos ataques terroristas regressou a Cabo Delgado, como resultado da restauração da segurança na região.

A província de Cabo Delgado enfrenta, há seis anos, uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Essa insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de exploração de gás.

⛲ O país 

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Mulher luta pela vida depois de uma compressa esquecida na sua barriga durante o parto



Uma jovem luta pela vida após uma compressa ter sido esquecida na sua barriga, durante o parto que ocorreu no Hospital José Macamo. Falando em anonimato com receio de que os médicos não a atendam bem quando for à observação, a jovem de aproximadamente 30 anos de idade, residente no bairro Ndlavela, na província de Maputo, teve um parto à cesariana em 2021 e desde lá nunca mais teve paz.

Depois dos médicos terem realizado a cirurgia para ela ter o seu bebé, que por sinal nasceu grande e saudável, surgiu uma borbulha no local onde foi operada e ela chegou a confundir com abscesso porque não parava de tirar sujidade.

Passados três meses, voltou para o Hospital José Macamo, local onde teve o seu bebé e explicou que não andava bem. Chegado lá, foi atendida por uma estagiária que lhe recomendou que fosse apenas exprimir a borbulha e lavasse o local com água e sabão.

“Fui lavando a borbulha e me apercebi que a mesma não parava de tirar sujidade, voltei novamente ao hospital e a enfermeira que me atendeu disse que não era nada de especial, eram apenas as linhas que foram usadas para a cirurgia que rebentaram e estavam a provocar essa dor e a libertar sujidade. Os meses foram passando e a situação não melhorou, até que um dia decidi marcar uma consulta no Hospital Central de Maputo (HCM) e encontrei uma médica que me recomendou fazer uma ecografia abdominal e não viram nada. Posto isto, a médica recomendou-me a fazer um Raio X e, quando saíram os resultados, disse que tinham esquecido uma compressa na minha barriga e recomendou-me a voltar para José Macamo e explicar o que estava a acontecer para que eles voltassem a operar-me”, contou a Jovem

“De volta ao Hospital José Macamo, já em 2022, fui mostrar os resultados do Raio X e expliquei que a médica do HCM disse que esqueceram uma compressa na minha barriga e a pessoa que me atendeu disse que não era nada disso e me disse que eu tinha fístula e devia aguardar na fila até que primeiro fossem operados os pacientes diagnosticados em 2021”.

Segundo conta a jovem, voltou para casa e foi aguardar enquanto a dor a consumia, mas ainda se sentia muito melhor que hoje. “Aguentei uma vez mais com a dor durante o ano de 2022, enquanto isso fui expulsa do lar pelo meu esposo e pela minha sogra, alegando que eu tinha maus espíritos por isso que tinha uma ferida que não sarava. Tive que voltar a viver com minha mãe e com poucas condições”.

A jovem conta que este ano (2023) continuou a arrastar a sua dor até que um dia assistiu a um programa televisivo que falava sobre uma campanha de cirurgias massivas de fístula obstétrica, realizadas por um médico da Clínica Cruz Azul e decidiu aproximar-se àquela unidade sanitária. No local, foi atendida pelo respectivo médico que a aconselhou a voltar para o Hospital onde tudo aconteceu para que fossem eles a operar a fístula com bastante urgência ″porque foram eles que provocaram aquele problema e que já se encontrava num estado avançado″.

“Para minha sorte, na Clínica Cruz Azul havia um médico que trabalhava no Hospital de Mavalane e quando leu os meus resultados disse que conhecia a médica que me estava a atender e que entraria em contacto com ela para que acelerasse a data da minha cirurgia. Graças a Deus e a esse médico, quando saí da clínica e voltei para casa, não fiquei uma semana e, no dia 02 de Agosto último, chamaram-me e foram operar-me dia seguinte”, conta.

“Fiquei feliz quando fui operada apesar de não me terem mostrado o que foi retirado da minha barriga, mas parece que foi daí que o meu martírio começou. Fiquei internada no Hospital José Macamo por quase 30 dias e os médicos deixaram uma parte da minha ferida aberta para poder libertar a sujidade, mas de lá para cá, mais dois locais da primeira operação se abriram e já tenho praticamente três buracos na minha barriga”, continua.

“Hoje, depois desta operação, sinto mais dores do que antes quando diziam que tinha compressa na barriga. Estou cada dia a perder peso, não consigo comer e quando bebo água sinto muita dor. Minha mãe não tem condições para cuidar de mim, até para termos comida aqui em casa é um problema e os médicos recomendaram a comer carnes, tomar leite Nido entre outras coisas que não conseguimos comprar”.

Contudo, o mais agravante é o facto de o pai da criança estar a ameaçar tirar o filho à jovem. “No hospital deram-me apenas vitaminas e dizem que vou melhorar e recomendaram a ir semanalmente para lavar a ferida e fazer o controlo, mas não temos dinheiro para alugar um carro que me tire de casa para o hospital porque não consigo andar. O pai do meu filho quer tirar a criança e está sempre a ameaçar-me em vez de me apoiar. Neste momento, só rezo que não me tirem o meu filho, o pai pode até não dar mais os 1000 mts que dá mensalmente desde que deixe o meu filho aqui. Eu quero que os médicos cuidem de mim. Eu quero ficar bem e depois disso poderei responsabilizar os que fizeram isso comigo”.

Contactada a direcção do Hospital José Macamo para reagir ao caso, esta recomendou apresentar mais dados.


⛲ CARTAMOZ 


domingo, 22 de outubro de 2023

Médicos do maior hospital moçambicano ameaçam abandonar horas-extra a partir de novembro

 


Em causa está a falta de pagamento do trabalho suplementar.

Os médicos do Hospital Central de Maputo (HCM), o maior de Moçambique, vão deixar de fazer horários-extra, a partir de 9 de novembro, devido à falta de pagamento deste trabalho suplementar, anunciou a direção do hospital.

"De facto, recebemos uma carta dos médicos, este é um problema que não vem de hoje e que tem sido discutido", afirmou o diretor do HCM, Mouzinho Saíde, em declarações ao canal público Televisão de Moçambique.

A Associação Médica de Moçambique (AMM) e a Associação dos Profissionais Unidos e Solidários de Moçambique (APUSM) já realizaram greves nos últimos meses, exigindo melhores salários.

⛲ Cm

sábado, 21 de outubro de 2023

CNE com medo de recontagem na Matola, recorre ao Conselho Constitucional



A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ao nível do distrito da Matola acaba de submeter um recurso ao Conselho Constitucional a contestar a decisão do Tribunal Judicial do Distrito da Matola que, ontem, ordenou a recontagem de votos em todas as assembleias de voto daquela urbe.

Trata-se de uma decisão insólita que mostra o quão desesperada a Comissão Distrital de Eleições para dar a vitória à Frelimo, mas também pelo receio de que uma provável recontagem – exigida pelo MDM e Renamo, esta ultima que inclusive reclama vitória – possa desvendar contornos escandalosos da fraude.

Para sustentar o seu recurso, o braço da CNE na Matola, socorre-se do falacioso argumento de que as cópias dos editais e actas originais produzidos nas mesas de voto e distribuídos aos mandatários como manda a lei, não são autênticos, por via disso não fazem fé em juízo.

“Os documentos juntos pelo impugnante não têm força probatória plena em juízo, por serem fotocópias não autenticadas e carecerem de pública forma; O Despacho em causa decidiu em medida superior e diversa do que sustenta o pedido, violando a essência do disposto no n.° 1 do artigo 661 do Código de Processo Civil; Falta fundamentação sobre em que medida as supostas irregularidades verificadas pelo tribunal podem ter influído substancialmente no resultado geral da eleição na Cidade da Matola”, sublinha a CNE.

Ainda no rol dos argumentos para convencer o Conselho Constitucional a anular a decisão da recontagem de votos em todas Mesas da Assembleia de Voto, a Comissão Nacional de Eleições invoca Incompetência Absoluta do Tribunal do Tribunal Judicial da Cidade da Matola para julgar o contencioso eleitoral.

“O Tribunal recorrido não prestou atenção na sua competência, quando decidiu dar provimento a uma acção protocolada para o Tribunal judicial da Cidade da Matola, (conforme se pode retirar do cabeçalho da peça petitória do recurso do contencioso eleitoral), que só se pode confundir com o Tribunal Judicial da Província de Maputo em razão da sua Competência. Ora, a Cidade da Matola é composta por 3 (três) postos Administrativos, nomeadamente, Matola Sede, Machava e Influente, sendo que em cada um deles existem Tribunais de Nível de Distrito que cabem os competentes recursos de contencioso eleitoral”

Para além de referir que não houve idoneidade na leitura da sentença, justificando que o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo não obedeceu os quesitos sine qua non para validação da sentença, nos temos da al. e) do n.3 do artigo 413 CPP, suma vez que na sentença não consta a assinatura da juíza e nem carimbo em uso no Tribunal Judicial do Distrito da Matola, atribuindo assim a nulidade da douta sentença, a CNE aponta, por outro lado, para a competência em razão da matéria.

“Conforme se pode retirar da douta sentença, publicitada nas redes sociais antes da notificação das partes e posteriormente notificada à comissão, há uma clara e inequívoca usurpação de Competências, visto que a decisão proferida pelo tribunal a quo, de recontagem de votos é competência exclusiva da Comissão Nacional de Eleições ou do Conselho Constitucional, conforme se retira do estabelecido no n. 1do artigo 145 da Lei 14. 2018, de 18 de Dezembro”.

Refira-se que a Comissão Nacional de Eleições reclama igualmente da Extemporaneidade da Decisão, visto que o recurso deu entrada ao tribunal no dia 16 de Outubro de 2023 e a recorrente só foi notificada do despacho no final do dia 19 de Outubro de2023, quando já passavam cerca de 72h o que viola o previsto no n.5 artigo 140 da lei 14. 2018, de 18 de Dezembro.

⛲ Evidências 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Privinvest denúncia tentativa de encobrir Nyusi no julgamento das dívidas ocultas em Londres

 


No seguimento do julgamento das dívidas ocultas no Tribunal Comercial de Londres, a Privinvest acusou os advogados contratados pela Procuradoria – Geral da República para defender o Governo moçambicano naquele processo de fazer desaparecer evidências sobre o envolvimento do actual Presidente da República, Filipe Nyusi, na contratação das dívidas ocultas.

Os mandatários judiciais da empresa libanesa e do seu proprietário, Iskandar Safa, Duncan Matthews disse perante ao Tribunal que os advogados da PGR comportam-se como Harry Potter, uma vez que estão a fazer de tudo para fazer desaparecer o nome do alto magistrado da nação moçambicana.

Prosseguindo, Matthews referiu que o nome do Chefe de Estado, que invocou imunidade diplomática para recusar prestar informações, foi “simplesmente apagado do processo”.

De referir que o Estado moçambicano, que exige indemnização 3,1 mil milhões dólares a Privinvest e o seu proprietário, a acusa a empresa libanesa de ter subornado funcionários públicos para aprovarem contratos e o financiamento de empréstimos de três empresas estatais, nomeadamente, Proindicus, EMATUM e MAM.

⛲ Evidências 

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Brazão Mazula acredita numa desorganização premeditada das eleições

 


Antigo Presidente da Comissão Nacional de Eleições diz que não é normal que tantos presidentes de mesas de voto tenham recusado assinar editais. Fala de uma possível orientação e revela que podem existir círculos que decidem sobre eleições fora da CNE e do STAE.

Primeiro presidente da Comissão Nacional de Eleições logo após o nascimento da democracia multipartidária, Brazão Mazula concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O País sobre as recentes eleições autárquicas. Mazula diz que está triste porque as sextas eleições autárquicas foram caracterizadas por desorganização.

“É desorganização quando os editais das mesas de voto não correspondem aos editais que são entregues aos delegados. Quando os números dos votantes é superior aos dos eleitores inscritos no recenseamento”, afirma o também antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, para quem a desorganização parece ter sido premeditada.

“Não quero acreditar que foi por falta de experiência. Posso pensar que foi premeditado, mas premeditação significa também malícia. Acho que o STAE e a CNE devem aprender de uma vez para sempre sobre uma organização limpa do processo.”

E mais. Considera que não é normal que tantos presidentes de mesas de voto tenham recusado assinar editais. “Se fosse um ou dois, eu diria que foi um acaso. Ou o contrato não foi bem feito e isso influenciou que acabasse não assinando, mas eles foram preparados sobre o que significa presidente de uma mesa de voto”, introduz Mazula, acrescentando que “se não assinou, é porque há qualquer coisa que ele viu. E como é uma coisa constante e são muito, duvido que foi uma atitude singular. Tenho de pensar que foi uma orientação”.

É ainda da opinião de que os órgãos de administração eleitoral estão com a credibilidade abaixo do zero e entende que os círculos de tomada de decisões sobre as eleições fora da CNE e do STAE. “Estes são órgãos oficiais, mas o processo indicou que há uma CNE fora, que há uma CNE real, que há um STAE real. São aqueles cujas ordens são executadas. Aquelas ordens segundo as quais não assina as actas, não entrega os editais. Até os secretários dos partidos desfazem as ordens da CNE”.


O país

Líderes da UE reúnem-se hoje para definir posição comum sobre conflito entre Israel e Hamas

 


 Os líderes dos 27 da União Europeia (UE) reúnem-se hoje por videoconferência para definir uma posição comum sobre o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas, e sobre a crise humanitária na Faixa de Gaza.

A reunião extraordinária foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no último sábado, e começará pelas 17:30 locais (16:30 em Lisboa).

O primeiro-ministro português, António Costa, vai participar.

Na carta que enviou aos chefes de Estado e de Governo da UE, Charles Michel reconheceu que “as cenas trágicas que se desenrolam na Faixa de Gaza, resultantes do cerco e da falta de [acesso] às necessidades básicas, combinadas com a destruição provocada por bombardeamentos significativos [de Israel], estão a fazer soar o alarme para a comunidade internacional”.

“É da maior importância que o Conselho Europeu, em linha com os tratados e os nossos valores, estabeleça uma posição comum e uma linha de ação clara e unificada que reflita a complexidade da situação que se desenrola”, defendeu.

Na opinião do presidente do Conselho, o conflito “tem muitas consequências, incluindo para a UE”.

“Em primeiro lugar”, prosseguiu na missiva, a União “sempre foi e tem de continuar a ser uma firme defensora da paz e do respeito pela lei internacional, como foi com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”.

A União Europeia “deve trabalhar para providenciar assistência humanitária” à população palestiniana, “evitar uma escalada regional do conflito e quaisquer brechas na lei humanitária”.

Fonte europeia disse, na segunda-feira, que é necessário fazer “um ponto de situação”, depois da difusão, na semana passada, de “diferentes mensagens da Comissão Europeia”.

A mesma fonte salientou que é importante que os 27 demonstrem unidade na condenação do ataque do Hamas e o direito de Israel a defender-se. No entanto, os Estados-membros concordaram que é preciso manter o diálogo com as autoridades palestinianas.

Os Negócios Estrangeiros, salientou, “são um assunto dos Estados-membros, do Conselho”, e os líderes da UE irão ainda abordar, na reunião de hoje, a questão dos refugiados palestinianos e como ajudar nesta crise.

Dirigindo-se às comunidades presentes nos 27, Charles Michel alertou para “as consequências”, “se não houver cuidado”, do “potencial de exacerbar tensões entre comunidades e alimentar extremismos”, nomeadamente contra muçulmanos e manifestações antissemitas.

“É imperativo que abordemos todos estes desafios juntos. A nossa unidade é a nossa força”, finalizou na carta endereçada aos 27.

O movimento islamita Hamas lançou no dia 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel, com o lançamento de milhares de mísseis e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas na Faixa de Gaza que identificou como pertencendo ao Hamas impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

⛲LUSA

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

MDM reconhece vitória da Renamo em Maputo

 


O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz que a Renamo venceu as autárquicas na Cidade de Maputo. O partido acusa a CNE e o STAE de serem parciais em benefício do partido Frelimo, por isso os considera “braços operativos da Frelimo”.

Augusto Mbazo, cabeça-de-lista do MDM na capital do país, deu uma conferência de imprensa, esta segunda-feira, para falar do processo eleitoral. O candidato começou por dizer que não concorda com os resultados divulgados pelos órgãos eleitorais.

“De acordo com a contagem paralela que o MDM, na Cidade de Maputo, fez, que foi com base nos números da contagem dos editais originais que foram obtidos nas mesas de votação, o MDM obteve 12,6% e não 6,8%, conforme foi divulgado no passado dia 14”, revelou Augusto Mbazo.

O cabeça-de-lista esclareceu que não cabe ao seu partido partilhar dados dos outros partidos, contudo, por considerar que o MDM “prima pela verdade eleitoral”, sentiu-se no dever de dizer que, de acordo com os dados que constam dos editais recolhidos, a Renamo foi o partido que obteve maior número de votos na Cidade de Maputo e, por isso, recomendou a “Perdiz” a reivindicar legalmente a vitória.

Na Cidade de Maputo, os resultados divulgados no sábado, pela Comissão de Eleições, dão vitória à Frelimo com 58,70% do total de votos.

O MDM diz não ter dúvidas de que “somos um Estado autoritário, que se faz passar por um Estado democratico” e que não respeita a vontade do povo.