Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Há crescente procura de oxigénio em doentes graves da COVID-19 no Centro de Internamento da Polana Caniço. Estima-se que em média 20 pessoas dão entrada diariamente na unidade sanitária, em busca de cuidados de saúde, devido à doença.
Mais de 20 mil pessoas em Moçambique já foram infectadas pelo novo Coronavírus. Na cidade de Maputo, alguns dos pacientes estão internados no Centro de Internamento da Polana Caniço, na sequência do agravamento do estado clínico. Entre os pacientes, estão crianças que devido ao estado de saúde precisam de oxigénio.
“Os pacientes que necessitam de menos oxigénio nós retiramos para uma determinada sala onde eles recebem oxigénio por concentradores. São máquinas que produzem o oxigénio, mas em baixas quantidades”, explicou Marino Maringue, director clínico do Hospital Geral da Polana Caniço.
No Centro de Internamento da Polana Caniço há capacidade para internamento de 120 pacientes da COVID-19. Actualmente há 83, sendo que 43 são graves, sete críticos e 33 moderados.
Para o oxigénio aos pacientes, a unidade sanitária tem um tanque de cinco mil litros. O recipiente é abastecido a cada dois dias.
Segundo a directora do Hospital Geral da Polana Caniço, Hélia Mananze, o tanque “realmente garante a resposta, sempre que há procura pelos pacientes”.
Entretanto, nas 120 camas disponíveis para pacientes com COVID-19, 78 já tem capacidade para abastecer oxigénio. Devido ao crescente número de casos nos últimos dias, o hospital quer aumentar a capacidade de resposta.
“Estamos a expandir para que todas as camas tenham oxigénio, de modo a garantir que todos os nossos pacientes graves, de princípio, o tenham disponível”, referiu Mananze.
Desde a eclosão da COVID-19 no país, em Março de 2020, a tendência de internamentos no Centro de Internamento da Polana Caniço foi registada desde Julho, onde houve cinco internados, em Agosto 22, em Setembro 63, em Outubro 102 internados, em Novembro 104 e os números dispararam em Janeiro corrente, com 184 pacientes internados, sendo que a média ronda nas 20 entradas diariamente.
“Para nós, isso acaba sendo um pouquinho preocupante, olhando para aquilo que são as equipas de trabalho que nós temos a dar resposta; acaba sobrecarregando o pessoal. Mas, temos que garantir uma boa resposta e uma boa qualidade para salvarmos vidas”, afirmou a responsável pela unidade sanitária.
Igualmente, desde Julho de 2020 até ao momento, já foram internados na Polana Caniço 559 pacientes vítimas da COVID-19.
Do número, 41 pacientes foram transferidos para outras unidades sanitárias por diversos factores, 124 pacientes não resistiram, ao perder a vida, havendo, por outro lado, 307 recuperados, que receberam alta.
“São essas altas que nos motivam. Depois de muitos esforços temos tido pacientes que entram aqui gravíssimos, mas que acabam superando e saem com alta. É verdade que temos tido também perdas, mas as altas nos motivam a continuar a dar muito mais de nós para salvar as vidas”, assinalou a dirigente.
Para além de pacientes que vêm de fora com COVID-19, a nível interno o Centro de Internamento da Polana Caniço já registou 14 casos de funcionários que testaram positivo ao vírus. As autoridades do hospital lançam um apelo aos moçambicanos em geral:
“Que a nossa população adopte as medidas que já foram traçadas pelo Ministério da Saúde, para ver se reduzimos aquilo que são os contactos e os novos casos. Assim, reduziremos também o nível de internamento e a sobrecarga”, concluiu Hélia Mananze, directora do Hospital Geral da Polana Caniço, lembrando que há mais de outras de outras patologias, que também demandam pelos cuidados médicos.
E enquanto os pacientes da COVID-19 vão precisando mais do pessoal da saúde, os cuidados e atenção no centro da Polana Caniço vão existindo. Uma luta que é travada no leito hospitalar, contra a pandemia que tem causado luto e dor em milhões de pessoas em todo mundo.
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