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CEMIRDE combate tráfico de seres humanos apoiando em alimentos a possíveis vítimas


 Comissão Episcopal de Migrantes, Refugiados e Deslocados (CEMIRDE), na província de Nampula, considera que a pobreza extrema tem sido um dos maiores motivos que faz com que muitas famílias carenciadas caiam, involuntariamente, nas mãos de traficantes de seres humanos.


Para contornar este problema, aquela organização pertencente a igreja católica está a apoiar mais de 400 famílias carenciadas, nos distritos de Murrupula, Mecubúri, Rapale e Ribáuè em géneros alimentícios, vestuários e material de higienização.

Iniciado em Maio do ano passado e com duração de dois anos, a acção inserida no projecto de sensibilização e prevenção do tráfico de seres humanos/covid-19, visa sensibilizar e desencorajar as famílias vivendo em extrema pobreza a não aderirem ao aliciamento de ofertas de emprego e melhores condições de vida pelos traficantes.

“Notamos com maior preocupação que muitas famílias em situação de pobreza extrema facilmente cedem ao aliciamento de melhores condições, por parte dos traficantes de seres humanos, e acabam entregando seus membros. Portanto, nós identificamos algumas famílias e estamos a apoiar em diferentes aspectos, entre alimentares e psicológicos, como forma de evitar o tráfico de pessoas na província”, disse Charles Moniz, vice-coordenador provincial da CEMIRDE em Nampula.


 
Numa primeira fase, segundo Charlez Moniz, o projecto decorre em quatro distritos da província mais populosa de Moçambique, abrangendo 400 famílias, e espera-se que o mesmo venha a beneficiar cerca de 1000 (mil) famílias nestes distritos.

Mais apoio a deslocados de guerra

Num outro desenvolvimento, o vice-coordenador da Comissão Episcopal de Migrantes, Refugiados e Deslocados (CEMIRDE), na província de Nampula, deu a conhecer que a sua organização está, à semelhança do centro de acolhimento dos deslocados em Corrane, a identificar e apoiar, em alimentos e vestuários, famílias deslocadas nos distritos de Cabo Delgado vítimas de ataques terroristas, nos distritos de Nampula, Rapale e cidade de Nampula.

“Nestes locais, nós identificamos, através dos responsáveis pelas paróquias e autoridades locais, os deslocados acolhidos nas residências de familiares para posterior apoio”, disse o responsável daquela organização de caridade.

Neste momento, a Comissão Episcopal de Migrantes, Refugiados e Deslocados (CEMIRDE) assiste mais de 500 famílias na cidade de Nampula, 200 em Rapale e 100 no posto administrativo de Anchilo, distrito de Nampula, província com o mesmo nome. 

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