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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

Nenhum Estado-Membro da SADC pode ou deve enfrentar terrorismo por si só!”

 


Ministro das Relações Internacionais e Cooperação do Botswana, Lemogang Kwape, disse, em Maputo, que a SADC concorda que a situação de segurança em Moçambique não pode continuar a deteriorar-se, havendo necessidade de uma acção decisiva e abrangente.


Maputo acolheu, na tarde desta quarta-feira, 7 de Abril, a reunião extraordinária do comité ministerial da troika da SADC, órgão de defesa e segurança, com o objectivo de procurar soluções para travar o terrorismo em Cabo Delgado cujos efeitos se fazem sentir desde 2017.


Trata-se de um evento preparativo da cimeira extraordinária da troika do órgão, mais a República de Moçambique, que será seguida pela cimeira extraordinária da dupla troika da SADC.


Intervindo na sessão de abertura da reunião, o ministro das Relações Internacionais e Cooperação do Botswana, Lemogang Kwape, disse que a deterioração da situação de segurança em Cabo Delgado, especialmente os recentes ataques na cidade de Palma, é, de facto, uma grande preocupação para região e fora dela.


“As atrocidades e ataques indiscriminados contra a população inocente atingiram, sem dúvida, níveis intoleráveis e não se pode permitir que continuem no nosso quintal. É bastante claro que a situação se transformou numa ameaça à segurança muito maior e numa catástrofe humanitária grave do que inicialmente previsto”, referiu Kwape que, igualmente, é presidente do comité ministerial do órgão da SADC para cooperação na política, defesa e segurança.


Segundo Kwape, é também evidente que os terroristas estão a tornar-se mais sofisticados à medida que os ataques parecem bem coordenados em diferentes partes da cidade, com o uso de armamento moderno, como metralhadoras automáticas, em comparação com as catanas, quando começaram as ofensivas em Outubro de 2017, o que significa, definitivamente, que os países da região estão a lidar com uma criatura muito maior, com uma forte base de financiamento e fornecimento, incluindo um apoio logístico bem estabelecido.


“Como presidente do órgão, indicou, na sua recente declaração, estes hediondos ataques são uma afronta à paz e segurança, não só em Moçambique, mas também na região e na comunidade internacional como um todo. Apela, portanto, a uma resposta regional urgente e coordenada para enfrentar esta nova ameaça à nossa segurança comum, antes que essa se espalhe por toda a região”, afirmou Kwape, tendo, depois, acrescentado que impedir os ataques terroristas é uma tarefa complexa e desafiante para a comunidade internacional e, ainda mais, para um país por si só. Isso acontece porque os terroristas operam sem respeito por quaisquer regras, quanto mais sem consideração pelas fronteiras internacionais e pela soberania nacional.


O presidente do comité ministerial do órgão da SADC para cooperação na política, defesa e segurança concluiu que “nenhum Estado-Membro pode ou deve enfrentar esta ameaça por si só, pelo que é necessário que os países se mantenham firmes e unidos, como região, numa demonstração de solidariedade com Moçambique, concordando que que a situação de segurança não pode continuar a deteriorar-se.


Na mesma ocasião, a secretária-executiva da SADC, Stergomena Tax, disse que a cimeira da troika do órgão demonstra a solidariedade com Moçambique e o compromisso em prol da cooperação e integração no seio da comunidade.


Tax endereçou condolências ao Governo e ao povo moçambicanos pela perda de vidas inocentes, destruição de meios de subsistência, deslocação de comunidades e danos causados nas infra-estruturas socioeconómicas na sequência dos mais recentes ataques terroristas perpetrados em Cabo Delgado.


“Notando os ataques persistentes, não se pode subestimar a urgência de reforçar as medidas de segurança, através de uma abordagem regional coordenada e da prestação de apoio humanitário”, rematou a secretária-executiva da SADC.

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