Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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O presidente do Comité Olímpico de Moçambique (COM), Aníbal Aurélio Manave, reconhece que a preparação dos atletas moçambicanos aos Jogos Olímpicos não foi a mais desejada, até porque havia necessidade de ser complementada com estágios fora do país.
Manave justifica que a não realização de estágios, tal como programado, ficou a dever-se a não abertura de certos países para receber atletas estrangeiros por conta da COVID-19.
“Este ano, tivemos um agravante por não termos conseguido colocá-las em estágio. Como sabe, o mundo estava muito fechado. As pessoas não quiseram receber atletas de outros países para estagiar. Por causa da COVID-19, não tivemos esta possibilidade, pois ninguém queria ficar infectado. Mas, o desporto é assim mesmo. Nós temos que superar todas as adversidades”, explicou Manave.
Igor Mogne foi o primeiro atleta moçambicano a entrar em cena nas olimpíadas de verão, tendo falhado o apuramento às meias-finais, assim como a melhoria do tempo com o qual partiu para esta competição: 3:54,90 minutos, registado no Mundial da Coreia do Sul.
Nada que o Comité Olímpico de Moçambique não estivesse à espera. “O desempenho não é satisfatório, não porque não atingimos a final, mas porque o atleta não superou a si próprio. Não melhorou as suas marcas. Como sabe, esta é uma daquelas modalidades a que não qualificou. Não teve os critérios para participar, como o de universalidade. Portanto, estava claro que muito dificilmente chegaria às meias-finais”, notou.
De resto, aponta o COM, a melhoria dos tempos é sempre algo a ter em conta quando se fala da participação dos atletas em eventos internacionais: “aquilo que nós esperávamos do atleta e de todos é que superem a si próprios. Batam os seus recordes nacionais e, sobretudo, consigam passar para etapa seguinte”.
O Comité Olímpico de Moçambique está, no entanto, ciente que, sem um centro de excelência em treinamento, à semelhança do que acontece em várias partes do mundo, dificilmente os atletas moçambicanos poderão atingir outros patamares.
“Teremos mesmo que ultrapassar esta situação. Aliás, estamos aqui e já há muitos contactos. Estamos a trabalhar para a criação de um centro de rendimento”, assegurou. E acrescentou: “já estamos a dar mais apoio àqueles que poderão atingir medalhas. É neste sentido que estamos a trabalhar e vamos continuar a apostar na melhoria das condições dos atletas. Estamos em contacto com os colegas. Estamos em contacto com as federações internacionais.”
Aliás, explicou Manave: “há coisas que nós temos, de facto, que ultrapassar. Eu acredito que, com melhores condições de treinamento no país, podemos dar o salto de que precisamos no desporto de alta competição. Nós, como país, ainda carecemos de condições de treinamento”.
Isto passa, segundo Manave, por “classificar mais atletas” assim como “definirmos e darmos apoio para poderem atingir as medalhas. É para isto que nós temos que trabalhar e vamos trabalhar para que as coisas não continuem como estão. Há bases que estão criadas”.
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