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Bolsonaro alvo de inquérito por associar vacina contra COVID-19 à SIDA

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre Moraes, decidiu, ontem, abrir um inquérito a Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, por este ter associado a vacina contra a Covid-19 à SIDA.

Moraes decidiu aceder ao pedido da Comissão parlamentar de inquérito, cujo relatório final foi concluído no final de Outubro, e criticou a atuação da PGR por ter apenas aberto uma apuração preliminar interna para o caso, segundo avança o jornal Folha de São Paulo.

Em causa está um vídeo que foi transmitido, em directo, no dia 21 de Outubro, em várias redes sociais do Estadista.

No vídeo, Bolsonaro citou uma notícia falsa na qual se defendia que relatórios oficiais do Governo do Reino Unido teriam sugerido que algumas pessoas vacinadas contra estariam a desenvolver SIDA muito mais rápido do que o previsto, justificando assim a sua posição contra a imunização, escreve o Notícias ao Minuto.

“Eu só vou dar a notícia. Não a vou comentar porque já disse isso no passado e foi muito criticado. Relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que pessoas totalmente vacinadas estão desenvolvendo SIDA 15 dias após a segunda dose. Leia essa notícia. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha transmissão ao vivo”, disse o Presidente.

As declarações de Bolsonaro geraram uma onda de críticas de diferentes associações médicas e científicas, que rapidamente negaram qualquer ligação entre a vacina e a SIDA, e as rotularam como notícias falsas.

Na sequência das declarações, algumas redes sociais retiraram das suas plataformas o vídeo em questão.

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