Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Fazem cinco dias em que famílias vivem em casas alagadas e aguardam pela evacuação na Cidade de Maputo. A situação torna-se dramática por não haver canais para o escoamento das águas da chuva. Algumas vítimas classificam como fracasso o trabalho que a edilidade tem feito. Eneas Comiche fala de aproveitamento político da situação das cheias.
No bairro de Maxaquene “C”, a casa de Nelly Moiane é uma das centenas que continuam dentro de água. São cinco noites passadas em claro e sem nada que possa fazer para contrariar a força das águas da chuva. Desesperada, Nelly diz que não tem como resistir, aceita abandonar a casa para um local seguro, mas não sai da memória o sofrimento destes dias.
“Estamos a viver dentro de água desde terça-feira; na quinta-feira, o meu marido ajeitou aquelas madeiras para servirem de cama”, contou a munícipe de Maputo.
Facto curioso é que, no bairro de Maxaquene “C”, foi construída uma bacia de retenção das águas da chuva, mas a infra-estrutura não está a ser capaz de reter água, tanto que inundou várias casas, como a de Calvino, que diz que “a água estragou tudo e deixou-nos sem nada”.
A Rua Marcelino dos Santos, no Distrito Municipal KaLhamankulo, recentemente reconstruída e reinaugurada, sumiu e deu lugar a um riacho.
Este é o drama das chuvas numa cidade onde as valas de drenagem são escassas e algumas das que existem não funcionam e a população reprova o trabalho feito pela edilidade.
De visita ao bairro, o edil de Maputo, Eneas Comiche, foi confrontado pelos moradores: “Por que não veio deste lado para ver como está a situação lá, cuide de nós pai, não vou falar nada, não vou insultar, não; peço tranquilidade e que cuide de nós para podermos elegê-lo e, se não cuidar [bem de nós], não vamos votar em si”, quebrou o silêncio Filomena Simbine, que, depois, disse, de forma directa e frontal, a Eneas Comiche: “o seu trabalho é um fracasso”.
Um tractor pertencente ao Município de Maputo com tanque-cisterna irrompe pela rua Marcelino dos Santos para bombear a água, depois de ter assumido, publicamente, que não está em condições de construir valas de drenagem. A edilidade apela aos cidadãos para contribuírem em limpezas para que não haja ocorrência de doenças. “O mais urgente é manter a limpeza porque tudo quanto é lixo pode agravar a situação sanitária”, exortou Eneas Comiche, para quem tem havido aproveitamento político da situação de inundações.
“Há aproveitamento político e nós estamos a acompanhar, mas não é isso que nos preocupa; nós estamos aqui para servir ao munícipe e estamos decididos para dentro daquilo que está no nosso plano de desenvolvimento municipal”, acusou o edil de Maputo.
Eneas Comiche visitou, junto da sua equipa de trabalho, os locais afectados pelas cheias na Cidade de Maputo.
Fonte:Opais
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