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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

Jovens ocupam semáforos em defesa do artigo 51 da Constituição da República

 


Volvido um mês após a Polícia da República de Moçambique reprimir a marcha pacifica em homenagem a Azagaia, rapper que em vida cantava músicas de intervenção social, vários jovens ocuparam semáforos nas províncias de Maputo, Inhambane, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado para protestar contra o modus operandi da PRM e exigir o respeito do Artigo 51 da Constituição da República.

Moçambique, desde que Filipe Nyusi se tornou Presidente da República, se tornou um país alérgico a manifestações. A título de exemplo, no dia 18 de Março do corrente ano, várias organizações da sociedade agendaram uma marcha pacifica com propósito de homenagear o musico Azagaia.

No entanto, a Polícia da República de Moçambique reprimiu as manifestações com a desculpa de que tinhas evidências claras de as mesmas não seriam pacificas, tendo para o efeito lançado gás lacrimogêneo e disparado barras de borrachas.

Para além de protagonizar detenções arbitrarias, as acções das autoridades da lei e ordem deixaram várias pessoas feridas, dentre os quais dois perderam o olho.

No dia que se assinalou um mês desde a PRM reprimiu as manifestações pacificas em todo território nacional, os jovens hoje ocuparam semáforos de Maputo, Inhambane, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado para exigir o respeito do Artigo 51 da Constituição da República que faz menção ao direito à manifestação; justiça para os sobreviventes da brutalidade policial e Responsabilização dos que deram ordem.

Ao contrário do que aconteceu no dia 18 de Março, desta vez as ordens superiores não deram ordens a Polícia da República de Moçambique aos jovens que ocuparam os semáforos.


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