Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
As autoridades governamentais da província de Cabo Delgado estão preocupadas com os actuais níveis de desinformação sobre cólera, nos distritos afectados pela doença, escreve o sítio da Rádio Moçambique.
Face à situação, os conselhos de representação do Estado e executivo provincial convocaram líderes comunitários, políticos, religiosos e da AMETRAMO, para juntos procurarem caminhos para a solução do problema.
O secretário de Estado na província, António Supeia, disse que o problema está a ganhar novos contornos, com a entrada dos Naparamas nessa onda de desinformação, numa autêntica afronta ao Estado moçambicano.
E, porque o mal corta-se pela raiz, a delegada provincial da AMETRAMO, Albertina Navaya, disse que já falou a curandeira que, supostamente, dá poderes mágicos aos Naparamas, a quem mandou terminar de o fazer.
No ano passado, a província de Cabo Delgado registou catorze tumultos relacionados com a desinformação sobre cólera, que resultaram na morte de três líderes comunitários e destruição de cinquenta casas.
SEIS MORTOS NOS ÚLTIMOS DIAS
Lembre-se que, recentemente, cinco pessoas morreram na sequência de uma onda de desinformação sobre a cólera no país, segundo avançou o comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael.
As vítimas eram maioritariamente líderes locais e técnicos de saúde, mortos por populares sob alegações de estarem a levar casos de cólera às comunidades, explicou Bernardino Rafael, durante um comício em Chiure, na província de Cabo Delgado.
“Pedimos à população para não acatar esta mensagens e denunciar as pessoas que propagam desinformação em relação à cólera”, declarou, na altura, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique.
Os casos foram registados sobretudo nos distritos de Chiure, Montepuez e Namuno, na província de Cabo Delgado, onde as autoridades registaram metade dos 26 casos de violência registados no país devido a desinformação.
O fenómeno também está a ser registado em alguns pontos recônditos dos distritos das províncias de Nampula, no norte de Moçambique, e Zambézia, no centro, avançou.
Entretanto, 16 pessoas foram detidas, entre Maio e Novembro do ano passado, na província de Sofala, por passarem informações erróneas sobre a cólera, anunciou o ministro do Interior.
Os boatos sobre a origem da doença “atentam contra a integridade física daqueles que se predispõem a ajudar na solução desta problemática, além de causarem danos em infraestruturas públicas e privadas, tais como postos de saúde, postos policiais e residências comunitárias”, declarou, em novembro, o ministro do Interior moçambicano.
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