Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
Mais de quatro mil alunos da Escola Primária de Matlemele têm as aulas suspensas, devido às águas das chuvas, que inundaram as instalações do estabelecimento. Devido à situação, a escola recebeu, neste arranque de ano, mais de 300 pedidos de transferência de alunos para outras instituições de ensino.
É o culminar de uma situação que se arrasta há um ano, na Escola Primária Completa de Matlemele, na Província de Maputo. Construída na década de 70, o estabelecimento de ensino tem sido, desde o mesmo período do ano passado, assolado por inundações, segundo avançam encarregados de educação e, inclusive, a direcção da escola.
Para pais e encarregados, o cenário é preocupante. “A escola não tem condições. Estas crianças são menores, vão sofrer. O que nós, como pais, pedimos é ajuda a quem de direito, para se aproximar e ajudar a resolver esta situação”, pediu a encarregada de educação, Filipa Zitha.
É sobre pedras, com botas ou até enfrentando riscos que alunos e pais acedem à escola para tratar dos seus expedientes, seja para inscrever pela primeira vez, seja para renovar a matrícula.
O ano lectivo de 2024 arrancou há cinco dias, mas os mais de quatro mil alunos da Escola Primária de Matlemele não sabem, para já, quando vão começar a ter aulas.
“Antes de chegar aqui à escola, levei as minhas filhas para o espaço onde nos foi dito que os alunos vão estudar. Mas ainda se está a limpar o espaço, em que ainda não há tendas para os alunos lá estudarem.
A encarregada reclama do facto de as tendas destinadas a acolher os alunos estarem em mau estado e serem poucas. “O pior é que não se sabe quando vão começar as aulas, por causa desta inundação”, partilhou a encarregada Flora Muianga, que tem três filhas inscritas na escola.
O cenário fez com que a escola autorizasse o pedido de encarregados, de transferência de mais de 300 crianças para outros estabelecimentos de ensino. Mas há pais que se dizem sem alternativa, devendo, assim, sujeitar-se às condições existentes.
A situação é complicada, entende Rosário Alberto, que, apesar de ver um cenário desafiador para o seu educando, diz que não vai desistir de matricular o filho. “Não tenho como desistir, vou esperar e ouvir a solução da escola”.
O professor Francisco Alicene, que dirige a escola desde 2017, conta que as inundações no local foram provocadas por chuvas de Fevereiro do ano passado. Na altura, recorreu-se ao aterro de Matlemele, local para onde regressam um ano depois.
“Estamos nesta situação desde Fevereiro do ano passado, ou seja, há um ano. Com a última chuva, a escola ficou ainda mais cheia de água.”
“As aulas só vão iniciar-se assim que terminarmos de limpar o terreno onde as crianças vão estudar, ou seja, estamos a criar as devidas condições para colocarmos lá as salas. Contamos com a colaboração de pais e encarregados de educação. As salas serão feitas de chapas. A princípio, estudariam em tendas, mas viu-se a necessidade de fazê-las de chapas”, detalhou o director da Escola Primária Completa de Matlemele.
E nas salas com cobertura de chapa, os alunos deverão ficar até à construção de uma nova escola. “A estrutura do bairro, a direcção da escola, os serviços distrital e provincial e o próprio ministério identificaram um espaço para erguer uma nova escola”, referiu Francisco Alicene.
Só para este ano, a Escola Primária de Matlemele, disponibilizou mais de 800 vagas para os novos ingressos da primeira classe, tendo sido preenchidas, até aqui, 560. As matrículas, na instituição, ainda estão em curso.
⛲: O país
0 Comentários