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Terroristas assaltam empresário em Cabo Delgado

 


Um transportador foi obrigado por terroristas a pagar 150 mil Meticais em troca da sua vida e mercadoria. O sector privado em Cabo Delgado condena a situação.

É mais uma manobra encontrada pelos terroristas para intimidar a população. Desta vez, a vítima foi um condutor de um camião de mercadoria. Teve de escolher entre pagar 150 mil Meticais para ficar livre e ver a sua mercadoria queimada.

O referido assalto ocorreu no sábado, no distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, segundo conta o presidente do Conselho Empresarial da província.

“Um dos carros do nosso empresário do distrito de Quissanga teve problemas. O carro enterrou-se numa das áreas do troço e ele pediu socorro de um tractor para puxar o carro. Depois de puxar o carro, a caminho da vila, cruzaram-se com insurgentes. Eles não fizeram nenhum ataque, não queimaram o carro, simplesmente procuraram saber da proveniência da mercadoria e disseram: ‘queimamos a viatura juntamente com a mercadoria ou dá-nos 150 mil Meticais’, foi o que aconteceu.

Para evitar a queima do carro e das mercadorias, o comerciante viu-se obrigado a entregar o valor pedido e eles deixaram os carros. Não queimaram nada, simplesmente levaram um saco de arroz e duas embalagens de Frozzy, e eles libertaram os carros para seguir viagem. Não houve nenhum ataque.”

É uma situação que, segundo Mamundo Irache, prejudica o ambiente de negócios.

“O impacto é muito negativo nessas situações: imaginemos se o empresário não tivesse o dinheiro pedido, teria mais prejuízos. Há mercadorias que os empresários levam a crédito, isso traz mais prejuízos.”

Quando questionado se a situação já foi reportada às autoridades, Irache respondeu nos seguintes termos:

“Todos já temos a informação. Imagine, se nós que estamos na cidade de Pemba temos a informação, evidentemente que toda a gente já tem.”

Circula nas redes sociais uma suposta carta manuscrita do grupo de terroristas que obriga condutores a pagarem valores para circular nas estradas do Rovuma ao Maputo para não serem mortos e não perderem os seus bens.

⛲: O país 



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