Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Residentes locais dão conta de várias baixas entre os militares moçambicanos, mas não há ainda confirmação das autoridades.
Os grupos rebeldes que aterrorizam a província moçambicana de Cabo Delgado atacaram uma posição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique no distrito de Macomia.
O ataque a posição das FDS aconteceu entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, entre 23h00 e 03h00 (21h00 e 01h00 em Lisboa), no posto administrativo de Mucojo, a 45 quilómetros da sede distrital de Macomia, na região central da província moçambicana de Cabo Delgado, disse à comunicação social local o administrador distrital, Tomas Badae.
"Tomaram, sim, a posição e assaltaram-na, mas não temos mais informação se ainda estão lá ou já abandonaram", disse Tomas Badae, administrador de Macomia.
Desde a ocorrência do ataque, a comunicação com Mucojo ficou interrompida.
"Há problemas de comunicação em Mucojo, então torna-se difícil dizer se estão ainda lá ou não", frisou, sem mais detalhes.
Rlatos de residentes locais à imprensa dão conta de várias baixas entre os militares moçambicanos, mas não há ainda confirmação das autoridades.
As confrontações levaram algumas pessoas a abandonar os seus campos de produção.
"Os terroristas estão a matar e a situação está cada vez mais difícil", lamentou à Lusa uma fonte a partir de Macomia.
Na manhã de sábado, os rebeldes atacaram a comunidade de Litamanda, também em Macomia, onde, segundo fontes locais, terão matado uma jovem de 19 anos.
"Litamanda tem um número muito reduzido de pessoas a viver lá e, acho eu, por isso eles entraram. A jovem foi encontrada morta nas imediações", disse à Lusa uma fonte próxima à vítima.
A situação gerou pânico entre os moradores, parte dos quais decidiram abandonar a aldeia para se refugiarem na vizinha comunidade de Chai, onde tem uma posição militar.
A aldeia de Litamanda faz fronteira com o distrito de Muidumbe.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reivindicados com o grupo extremista Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos do gás.
Após um período da relativa estabilidade, nas últimas semanas novos ataques e movimentações foram registados em Cabo Delgado, embora localmente as autoridades suspeitem que a movimentação esteja ligada à perseguição imposta pelas Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Macomia, Quissanga e Muidumbe, entre os mais afetados.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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