Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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O candidato à liderança do PSD/Madeira Manuel António Correia, hoje derrotado, defendeu que as eleições internas foram injustas, argumentando que não houve igualdade de oportunidades para as duas candidaturas e apontando a existência de pressões.
"Jogámos um jogo condicionado, no tempo e com as regras dos outros, em que tivemos um adversário que foi simultaneamente árbitro e ainda assim estamos de parabéns porque obtivemos em muito pouco tempo um extraordinário resultado", afirmou Manuel António Correia, em declarações na sede de campanha, no Funchal, depois de conhecidos os resultados das internas da estrutura regional do PSD.
O atual líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, venceu as eleições internas, derrotando o seu adversário, Manuel António Correia, por 2.243 votos contra 1.856, num universo de 4.388 votantes inscritos, indicou o secretariado do partido.
As eleições internas decorreram da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, no âmbito do qual o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e demitiu-se, o que levou à queda do Governo de coligação PSD/CDS-PP, com apoio parlamentar do PAN.
Na perspetiva de Manuel António, as eleições "não foram justas porque não houve igualdade de oportunidades para as duas candidaturas".
"Eu convoco todos os militantes a darem o seu testemunho. [...] Eu penso que quase todos tiveram uma experiência pessoal de pressão, de condicionamento", declarou.
O candidato apontou que houve sinais durante a campanha para as internas do PSD/Madeira "de que poderá haver delitos de opinião neste partido e pessoas perseguidas porque votaram em candidatos que não o vencedor".
"E, por isso, tenho de pedir publicamente: não persigam pessoas porque tiveram outra opinião", apelou, reforçando que estará particularmente atento e que não permitirá que "alguém seja punido" por ter apoiado a sua candidatura.
Manuel António Correia disse, por outro lado, não ter qualquer informação que coloque em causa a transparência do ato eleitoral em si.
Questionado pelos jornalistas, o social-democrata não indicou se estará ativo na vida política ou não, sublinhando que mais importante que o candidato é o partido.
"O PSD não acaba hoje nem nasceu hoje e, portanto, numa lógica de médio/longo prazo eu acredito que é possível credibilizar, unir e vencer. Vamos refletir, vamos repensar de forma clara, estruturada, fazer um debate interno que não aconteceu durante as eleições", sugeriu.
Manuel António Correia admitiu também que a noite "não foi boa em termos de resultados", mas considerou que foi lançada a "semente da mudança na Madeira".
As eleições internas decorreram entre as 17:30 e as 20:30, nas sedes concelhias e de freguesia do PSD espalhadas pelos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira, sendo que 4.388 militantes estavam em condições de votar, num total superior a 12.000.
Em 2014, Manuel António Correia, então secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais no executivo chefiado por Alberto João Jardim, disputou a liderança do PSD/Madeira precisamente com Miguel Albuquerque, mas perdeu a corrida na segunda volta, obtendo 37% dos votos, contra 63% do adversário.
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