Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, promete "medidas mais contundentes" para a nova vaga de ataques em direção ao sul de Cabo Delgado. ACNUR "profundamente preocupado" com escalada da crise humanitária na província.
"Estamos a trabalhar em medidas mais contundentes que vão ser tomadas para ultrapassarmos esta situação", declarou esta sexta-feira (01.03) Filipe Nyusi, durante um encontro com estudantes moçambicanos na Argélia, no âmbito de uma visita ao país.
Em causa está uma nova vaga de ataques, incursões justificadas pelo executivo moçambicano como resultado da “movimentação de pequenos grupos de terroristas” que saíram dos seus quartéis (…) em direção ao sul de Cabo Delgado, após um período de relativa estabilidade.
“A situação tinha abrandado bastante e as populações já estavam a voltar às vilas que tinham sido ocupadas anteriormente pelos terroristas e que foram recuperadas. Mas agora, nessas últimas semanas, há uma tendência de grupos pequenos atacarem algumas aldeias com uma tendência de descer para os distritos de sul”, frisou Filipe Nyusi.
Os populares em fuga são sobretudo moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B e Nacussa, maioritariamente pontos do interior de Chiure, onde milhares de pessoas estão a abandonar as aldeias percorrendo quilómetros ao longo da estrada Nacional (N1).
Deslocados de Cabo DelgadoDeslocados de Cabo Delgado
Escalada da crise humanitária
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está "profundamente preocupado" com a escalada da crise humanitária em Cabo Delgado, indicaram fontes oficiais.
No seu 'briefing' diário à imprensa, em Nova Iorque, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, indicou que desde a última eclosão de violência e ataques a civis no início de fevereiro, mais de 70.000 pessoas foram deslocadas à força em toda a região.
Citando dados do ACNUR, o porta-voz sublinhou que aproximadamente 90% das pessoas deslocadas são mulheres - muitas delas grávidas - , pessoas com deficiências e idosos.
Mais de metade das pessoas recentemente deslocadas são crianças, frisou Dujarric.
"O ACNUR e outros parceiros estão a fornecer artigos de ajuda essenciais e estão a ser planeadas e discutidas intervenções adicionais com as autoridades locais. Mas, como podem imaginar, a falta de financiamento está a prejudicar a nossa capacidade de resposta", observou o porta-voz de António Guterres.
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