Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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O custo do dinheiro para os bancos comerciais, ou seja, a taxa de juro MIMO, reduziu de 16,50% para 15,75%. Tal abre espaço para que as instituições financeiras emprestem dinheiro às famílias, empresas e ao Estado a taxas de juro mais baixas.
Com este marco, o sonho do Banco de Moçambique de reduzir a taxa de juro de política monetária para menos de 10%, em 36 meses, já começou a ser realizado.
Pela segunda vez consecutiva, em dois meses, o Comité de Política Monetária do Banco Central cortou o custo de dinheiro para os bancos.
“Esta decisão é sustentada pela consolidação das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e das incertezas associadas ás projecções continuam favoráveis”, anunciou Rogério Zandamela.
O corte da taxa abre espaço para os bancos comerciais se financiarem a custos mais baixos, ou melhor, concederem créditos mais baratos às famílias, empresas e ao Estado.
O custo de vida é sim um dos factores que contribuiu favoravelmente para a redução, mas há um outro que continua de alto risco, a dívida pública interna.
“A pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada. O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 344,0 mil milhões de Meticais, o que representa um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023”, alertou o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
Para o governador do banco central, é normal que o Estado contraia dívidas dentro do país, mas a forma como esse dinheiro é usado é que preocupa.
“Você pode se endividar e o dinheiro é investido em infra-estruturas, melhores capacidades e transformação da economia, isso é uma boa notícia, porque a dívida de hoje vai ser paga amanhã, agora, quando estamos a endividar-nos porque estamos a consumir, ou porque estamos a pagar salários e despesas correntes, aí já vira um outro ciclo”, explicou, ontem, Rogério Zandamela.
No que toca aos apagões frequentes registados no sistema financeiro, ligados a pagamentos e à carteira móvel, Rogério Zandamela culpa os bancos comerciais.
“As instituições atrasam ajustar os seus sistemas à nova plataforma e isso cria problemas. Eu já disse às instituições que têm que trabalhar porque atrasaram ou porque acreditaram que não iria acontecer, não sei porquê”, referiu o governador.
Outro assunto que mereceu comentário foi o acordo extrajudicial com o banco Credit Suisse, através do qual o Estado passou a não ter de pagar parte da dívida de 622 milhões de dólares da ProIndicus. Zandamela não vê problemas no acordo.
“A dívida foi perdoada, mas nesse processo eles não eram os únicos credores, havia outros pequenos que exigiam pagamentos em dinheiro. Uma parte, usamos as nossas reservas para pagar esses pequenos credores, por parte de um acordo que tivemos”, explicou Rogério Zandamela.
No encontro que visava partilhar resultados da reunião do Comité de Política Monetária, o governador do banco central recusou-se a falar das recentes sanções a bancos comerciais, com destaque para o BCI e seus administradores.
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