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Líderes mundiais tentam travar conflito entre Irão e Israel

 Num momento de escalada de tensões no Médio Oriente, líderes mundiais desdobram-se em contactos para tentar evitar um possível conflito entre o Irão e Israel. Teerão voltou a ameaçar punir Israel após ataque a embaixada.



Ataque aéreo atingiu edifício da embaixada iraniana em Damasco, a 2 de abril 

Teerão prometeu retaliar depois de um ataque aéreo ter atingido o edifício da embaixada iraniana em Damasco, a 2 de abril

O ataque à embaixada iraniana, que ocorreu em 1 de abril, matou 12 pessoas, incluindo dois generais iranianos. "O mau regime cometeu um erro a este respeito, deve ser punido e será punido", disse o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei.

"Os consulados e as embaixadas em todos os países que existem são o território do país a que a embaixada pertence. Quando atacaram o nosso consulado, isso significa que atacaram o nosso território. Esta é a lei do mundo", sublinhou.

O Exército de Israel diz que há um risco real de o Irão realizar ataques em território nacional, mas indicou não ter ainda dado instruções de alerta à população, declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, sublinhando que o país se encontra "em alerta” e está "muito preparado” para vários cenários possíveis.

"Estamos preparados tanto a nível defensivo como ofensivo, em várias capacidades do exército. Um ataque a partir do território iraniano será uma prova sólida da intenção do Irão de fortalecer a sua presença no Médio Oriente e de deixar de se esconder atrás dos seus representantes", sublinhou.

Israel promete responder a ataques

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou esta quinta-feira (11.04) que haverá resposta a qualquer ataque: "Estamos a viver tempos difíceis. Estamos no meio da guerra em Gaza, mas também nos estamos a preparar para cenários de desafios de outras áreas."

"Estabelecemos um princípio simples: quem nos atacar, será atacado também. Estamos a preparar-nos para satisfazer as necessidades de segurança do Estado de Israel, tanto em termos de defesa como de ataque", acrescentou Netanyahu.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao lado de Joe Biden, Presidente dos EUABenjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao lado de Joe Biden, Presidente dos EUA

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Joe Biden, Presidente dos EUA.



A partir de Casa Branca, Joe Biden avisa que não quer que o conflito alastre. O Presidente norte-americano deixou claro que defenderá Israel em caso de ataque por parte do Irão.

"O nosso compromisso com a segurança de Israel contra estas ameaças do Irão e seus amigos é intransigente. Repito é intransigente. Faremos tudo que pudermos para proteger a segurança de Israel", frisou Biden.

Os Estados Unidos informaram esta sexta-feira (12.04) que um general norte-americano responsável pelo Médio Oriente já está em Israel para discutir com altos funcionários militares as "ameaças à segurança na região". Também o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, afirmou na quinta-feira (11.04) ter deixado claro ao homologo iraniano que o Irão não deve arrastar o Médio Oriente para um conflito mais vasto. A Austrália pediu ao Irão para não agravar o conflito no Médio Oriente.

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