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Maleiane diz que o aumento da força ruandesa não está ligada a saída da SAMIM

 


O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane diz que a permanência e incremento da força ruandesa em Cabo Delgado não está vinculada à saída da Missão Militar da SADC, mas sim, se fundamenta com base nas boas relações existentes entre os dois países.

No segundo e último dia da sessão de perguntas ao Governo, a bancada da Renamo insistiu em saber do futuro da província de Cabo Delgado, com a saída das tropas do bloco regional da SADC. E, Ruanda se predispõe a assistir Moçambique no preenchimento de zonas já recuperadas pelas tropas da amigas, situação que para o Primeiro-ministro, Adriano Maleiane se enquadra nos acordos de cooperação entre os dois países.

“O importante é que nós temos um acordo bilateral com Ruanda, e há necessidade deles reforçarem, e eles vão fazer isso, não pela saída dos outros, mas sim, porque, precisamos da ajuda dos nossos irmãos ruandeses.”, avançou o Chefe do Governo à saída do Parlamento.

Relativamente à quantidade de tropas a ser destacada para o teatro operacional norte, Maleiane entende que vai depender da realidade no terreno.

“Essa tática militar é em função das necessidades no terreno e se eles trouxerem mais gente, para nós será melhor”, afirmou Maleiane.

Quanto ao pedido de cerca de vinte milhões de euros, formulado pelo Governo moçambicano à União Europeia, para a assistência financeira para o reforço da logística militar em Cabo Delgado, o governante diz não ter informações sobre o montante que o executivo terá solicitado, porém, julga ser relevante.

“Nós temos vindo a trabalhar com a União Europeia em várias áreas, incluindo a formação das nossas forças e não seria estranho o pedido. Até porque, é uma assistência justa. Agora, quanto ao valor solicitado, não posso precisar”, disse o Chefe do Governo.

Importa referir que o Governo afirma que a missão militar das forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral sai da Cabo Delgado depois de ter alcançado o objectivo pelo qual foi criado, ao reassumir o controlo das zonas que estavam nas mãos dos terroristas.

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