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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

Cabo Delgado. Insurgentes "sofreram as maiores baixas" de sempre em maio

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte do país, "sofreram as maiores baixas de todos os tempos" em confrontos com as forças governamentais, em maio.

Cabo Delgado. Insurgentes "sofreram as maiores baixas" de sempre em maio

"Os terroristas sofreram as maiores baixas de todos os tempos, centenas e centenas caíram no chão, ficaram fora de combate", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado referiu-se aos "últimos desenvolvimentos" no teatro de guerra em Cabo Delgado, quando discursava nas cerimónias centrais do dia da independência nacional.

Os insurgentes sofreram grandes baixas, quando tentaram lançar um ataque de "alguma envergadura" à zona de Mbau, no distrito de Cabo Delgado, tendo sido travados por uma resposta conjunta das forças governamentais moçambicanas e do Ruanda.

"Mais uma vez, a nossa saudação a esses filhos que dia e noite trabalham para estabilizar a região", referiu o chefe de Estado moçambicano.

Filipe Nyusi referiu que os rebeldes tentaram atacar Mbau, depois de terem fracassado na tentativa de ocupar a vila de Quissanga e de alastrar a sua ação ao sul da província de Cabo Delgado e de invadir distritos da província vizinha de Nampula.

"Em março, os terroristas atacaram a vila de Quissanga, com alguma dimensão anormal, e as Forças de Defesa e Segurança tiveram contacto em resposta a esses atos, daí o inimigo abandonou a zona e passou a fazer ataques isolados", frisou.

O chefe de Estado apontou os ataques terroristas na província de Cabo Delgado, como um desafio à paz e segurança, defendendo a unidade nacional como instrumento para a vitória contra a violência armada naquela região.

"O grande desafio é controlar o terrorismo que perturba alguns distritos da província de Cabo Delgado, mas estamos convictos de que se estivermos unidos, vamos vencer", declarou o Presidente moçambicano.

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

A população de outros distritos da província tem relatado a movimentação destes grupos de insurgentes, que provocam o pânico à sua passagem, nas matas, mas sem registo de confrontos, o que acontece numa altura em que os camponeses tentam realizar trabalhos de colheita nos campos de cultivo.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou em 16 de junho que a ação das várias forças de defesa permitiu acabar com "praticamente todas" as bases dos grupos terroristas que operam em Cabo Delgado, que se limitam agora a "andar no mato".

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