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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

27 perguntas e uma resposta do réu: “não vou responder”

 


O réu Bruno Langa usou a prerrogativa que legalmente o cobre para ignorar todas as questões feitas pelo assistente, no caso, a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM).

No início da sessão, havia uma questão prévia colocada pelo advogado de Cipriano Mutota, Rodrigo Rocha, pedindo que o réu a quem defende fosse dispensado da sala das audições, dado o peso da idade e o facto de as sessões de julgamento levarem muito tempo. Entretanto, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) entendiam que, para a sua própria defesa, até mesmo em sede de uma eventual acareação, era preciso que Mutota estivesse na sala. E o Juiz foi na mesma senda, até justificando com base na lei que o réu tinha de continuar no local das audições e assim ficou decidido.

Iniciado o interrogatório, o réu Bruno Langa nada disse se não “não vou responder a essa pergunta” para todas as questões levantadas pela OAM.

Das 27 questões feitas pela OAM, destacam-se as que dizem respeito aos empreendimentos da Privinvest visitados na Alemanha, o valor global do projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva, as acusações de ameaça que  teria recebido da Procuradoria-Geral da República, sobre os e-mails recebidos no endereço electrónico que ontem já havia dito não ser seu e se sentia a obrigação de ressarcir ao Estado moçambicano pelos danos causados, resultantes do calote das dívidas ocultas.

Polícia da Nova Zelândia mata homem a tiro após incidente de esfaqueamento em supermercado

 


A polícia da Nova Zelândia matou um homem a tiros depois que ele entrou em um supermercado de Auckland e esfaqueou várias pessoas.

Relatórios locais dizem que quatro pessoas ficaram feridas, com testemunhas descrevendo uma cena de histeria.

Uma testemunha disse à agência de notícias Stuff NZ que viu um homem idoso deitado no chão com um ferimento de faca.

Vídeos online mostram compradores em pânico correndo para fora do supermercado Countdown em LynnMall em New Lynn.

"A polícia pode confirmar que um homem entrou em um supermercado New Lynn e feriu várias pessoas", disse a polícia local em um comunicado.

"A polícia localizou o homem e ele foi baleado. Ele morreu no local. Este incidente ainda está ocorrendo neste momento."

Uma testemunha, identificada apenas como Tim, disse que foi uma cena de histeria em massa com várias pessoas sendo atacadas antes de o agressor ser baleado.

"[As pessoas] estavam correndo, histericamente, apenas gritando, gritando, com medo", disse ele ao Stuff NZ.

Dívidas ocultas: Bruno Langa confessa ter recebido 8,5 milhões de dólares

 


No oitavo dia de julgamento das dívidas ocultas, o réu Bruno Langa disse que recebeu o dinheiro da empresa Privinvest pelo seu trabalho de consultoria. E afirmou que foi alvo de ameaças durante a instrução preparatória.

Bruno Langa confessou esta quinta-feira (02.09) em tribunal que recebeu 8,5 milhões de dólares da Privinvest. A empresa é acusada de subornos, mas o réu rejeita que o dinheiro que recebeu tenha sido ilegal.

Segundo Bruno Langa, os 8,5 milhões de dólares foram para o pagamento do trabalho de consultoria de hotelaria e imobiliário que prestou à Privinvest.

"Sim, meritíssimo", confirmou Langa em tribunal.

"Ameaças" durante a instrução preparatória

Durante o interrogatório desta quinta-feira, o amigo de infância de outro arguido no processo,Ndambi Guebuza, filho mais velho do ex-Presidente Armando Guebuza, afirmou ainda que, durante a fase de instrução preparatória, foi obrigado a assinar as suas declarações.

A denúncia surgiu na sequência de uma pergunta do Ministério Público sobre o nível de participação de Bruno Langa no projeto da proteção da Zona Económica Exclusiva, em que a Privinvest estava envolvida.

Arguido Bruno Langa à entrada da audição desta quinta-feira (02.09)

O Ministério Público constatou que as declarações do réu em tribunal contradiziam as suas declarações na fase de instrução preparatória. Depois de ler as suas declarações anteriores, Bruno Langa voltou atrás na palavra e reconheceu: "O que eu disse aqui é verdade".

No entanto, "o que está ali escrito", nos documentos da fase de instrução preparatória, "o procurador Alberto Paulo fez com que eu dissesse aquilo. Ameaçou prender-me por várias vezes", declarou Langa

"Estou tranquilo"

O Ministério Público quis entender o grau da alegada ameaça do procurador ao réu, perguntando a Bruno Langa se "estava tranquilo" sobre essa revelação, que considerou ser "grave".

- "Sim, estou", respondeu Langa.

- "O senhor esteve ou não acompanhado pelo seu advogado?", indagou o Ministério Público.

- "Sim, estive."

- "O seu advogado presenciou as ameaças e, não obstante, permitiu que o senhor assinasse um auto de declarações nestas condições, em que o senhor foi ameaçado e coagido?"

- "Sim", afirmou o arguido.

Bruno Langa revelou que, no âmbito do seu trabalho para a Privinvest, viajou até aos Emirados Árabes Unidos e a Kiel, na Alemanha. Neste país teria encontrado o amigo Ndambi Guebuza, em dezembro de 2011, além de outro arguido no processo, Teófilo Nhangumele.

Durante a sessão desta quinta-feira, o arguido começou a responder às perguntas do juiz Efigénio Baptista de forma serena, mas acabou entrando na onda do inquérito a Ndambi Guebuza ao responder com "não me recordo" ou "não vou responder a essa pergunta".

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Bruno Langa contraria Ndambi: “Viajei para Alemanha ao lado de Teófilo Nhangumele”

 


Na sua audição, Armando Ndambi Guebuza declarou que as viagens que faz para Alemanha e Emirados Árabes Unidos estava na companhia do seu amigo Bruno Langa. Entretanto, nesta quinta-feira, contrariou o que foi dito pela “Cinderela, ou seja, afirmou viajou para Alemanha e Emirados Árabes Unidos na companhia de Teófilo Nhangumele.

No prosseguimento do julgamento das dívidas ocultas, depois de Cipriano Mutota, Teófilo Nhangumele e Armando Ndambi Guebuza, foi a vez de Bruno Langa contar a sua versão dos factos. O amigo de longa data do antigo presidente da República, por sinal afilhado de casamento de Nhangumele, declarou que está a ser acusado de crimes que não cometeu.

“Conheço o senhor Ndambi Guebuza desde os tempos de escola, estudamos juntos na Escola primaria a Luta Continua. Depois fomos para Secundaria Polana e mais tarde para Josina Machel. A amizade veio mais tarde quando fomos para África do Sul. Os laços ficaram fortes quando fomos para a África do Sul. Primeiro fui para África do Sul e ele veio depois”, contou Langa.

O sócio de Armando Ndambi Guebuza na extinta Mobi Móvel, empresa que se dedicava ao fornecimento de mobiliário de escritório, narrou como conheceu Teófilo Nhangumele em 2010.

“Conheci Teófilo entre 2009 e 2010. Ele trabalha para no COJA. Fui pra lá a busca de pormenores do concurso público para o apetrechamento da vila única parra os Jogos Africanos que seriam realizados em Maputo. Foi a altura que conheci o Teófilo. Tornamo-nos amigos e mais tarde tornou-se padrinho de casamento quando casei em 2017”

Teófilo Nhangumele foi o homem que desenhou o projecto de protecção para a Zona Econômica Exclusiva com objectivo de defender a costa moçambicana que era usado para o tráfico de armas. Questionado pelo juiz Efigênio Baptista se conhecia o projecto em alusão, o réu declarou que soube do mesmo através das mídias.

“Não, ouvi falar, comecei a ouvir falar do projecto na televisão, media, jornal. Acredito que foi em 2015, mas antes ouvia por alto, as pessoas comentavam, diziam que era isso e aquilo”.

Alemanha foi ponto de partida das viagens que mais tarde viriam originar os empréstimos para a criação da Proindicus. Ndambi Guebuza confirmou que fez a viagem para aquele país europeu na companhia de Bruno Langa, contudo, nesta quinta-feira, 02 de Setembro, Langa disse que viajou ao lado Teófilo Nhangumele. N

“Sai daqui fui para a Alemanha, por isso perguntei o que é viajar porque a viagem é uma programação a pessoa programa a viagem, eu não fiz programa de viagem. Estive na Alemanha na data em que o meritíssimo se referiu, fui com o Teófilo Nhangumele sentado ao meu lado. Encontrei com o senhor Armando na Alemanha, Em Kiel. Também vi o Antônio Carlos de Rosário em Kiel” disse Langa para depois responder a pergunta sobre os objectivos da viagem.

“Na altura não era claro, mas já tinha sido contactado pela Privenvest em Maputo para fazer consultorias para eles. Eu não conhecia o Boustani, foi nessa altura que o conheci pessoalmente, trocamos várias ideias, ele estava interessado em trabalhar comigo e aceitei o trabalho”

Langa foi contratado por Jean Boustani por indicação de Teófilo Nhangumele. Na altura, segundo Bruno Langa, o franco libanês tinha interesse de investir em Moçambique. 

“Falei com ele telefonicamente em 2010, ele ouviu falar de mim com o Teófilo, o Teófilo disse-me que era estava interessado em falar comigo porque na altura eles queriam expandir os negócios deles para África Austral e Moçambique um dos focos nessa altura. Fui a Alemanha conversamos e mais tarde é que assinamos o contrato”.

 A frase “não me lembro, já faz muito tempo” voltou a ser ouvida na Penitenciaria da Máxima, mas com um novo protagonista. Langa assumiu que a viagem para Alemanha foi custeada pelo SISE, mas não teve memória para lembrar do e-mail enviado por Nhangumele contendo programa de viagem para aquele país do leste do europeu.

“Não tenho certeza absoluta, mas pelo que ouvi foi o SISE. Eu recebi as passagens no aeroporto, não sei o nome do senhor que foi lá me entregar as passagens, mas ouvi dizer que ele era da SISE. Não posso confirmar que recebi o e-mail, já passa muito, é difícil lembrar. Preferia ver no meu computador. Passaram 10 anos, é difícil lembrar…”

Governo Moçambicano Não Comprou 100 Autocarros Que Havia Prometido Adquirir No Mês De Agosto

 


O Governo de Moçambique, no início deste ano, disse perante a imprensa nacional, que precisamente no mês de ia comprar pelo menos 100 autocarros para serem usados no grande Maputo Maputo.

Mas segundo uma reportagem exibida no jornal das 13h, na Stv, informa que o governo falhou ou não comprou os 100 autocarros que havia prometido adquirir no mês de Agosto.

Entretanto, a Stv, entrevistou o governo sobre esta promessa que falhou aos olhos dos Moçambicanos. O governo por sua vez, reconheceu que o plano falhou, mas garante que os mesmos autocarros vão ser comprados no próximo ano, no mês de Agosto.

Os 100 autocarros eram avaliados em 6 milhões de dólares norte-americano.

De facto, se o plano não tivesse falhado, a região de grande Maputo, já estaria fora da lista das zonas que tem problemas de transporte.

 Porém, até próximo ano, o problema ainda vai permanecer e quem vai sofre é o povo.

SISE teria custeado viagem de Bruno Langa à Alemanha para assuntos pessoais

 


As contradições entre os réus crescem a cada audição. Afinal, Bruno Langa viajou à Alemanha lado a lado com Teófilo Nhangumele e não com Ndambi Guebuza, como este o havia dito. E mais, a viagem foi custeada pelo Serviço de Informação e Segurança, de acordo com o que Bruno Langa diz ter ouvido falar.

Conta que não tinha muita clareza sobre os objectivos da viagem, mas diz que havia interesse por parte de Jean Boustani, em nome da Privinvest, de trabalhar consigo e pretendia conhecê-lo pessoalmente.

Bruno Langa conta que encontrou Armando Ndambi Guebuza na Alemanha, concretamente em Kiel e teria visto, também, António Carlos do Rosário na mesma cidade alemã. Ndambi Guebuza estava na Alemanha a tratar de assuntos pessoais diferentes, tendo estado, primeiro, em Hamburgo.

O réu, ouvido hoje, explica que, apesar de ter conhecido Jean Boustani na Alemanha, em 2011, já tinha recebido uma chamada para manifestar interesse em trabalhar consigo. Boustani ouviu falar de Bruno Langa com Teófilo Nhangumele.

Após conversações com Jean Boustani na Alemanha, onde também conheceu os empreendimentos do Grupo Privinvest, com destaque para os da hotelaria, a 20 de Janeiro de 2012, fechou contrato com o grupo, na qualidade de consultor.

“NÃO ME LEMBRO, MERITÍSSIMO. PASSA MUITO TEMPO”, A HISTÓRIA REPETE-SE…

Foram das palavras mais pronunciadas por Armando Ndambi Guebuza, quando interrogado pelo juiz da causa, Efigénio Baptista, e, hoje, Bruno Langa revela ter os mesmos problemas de memória. O réu viajou também a Abu Dhabi, de novo com Teófilo Nhangumele e com o mesmo objectivo da viagem à Alemanha. Diz terem encontrado Armando Ndambi Guebuza em Dubai e a viagem seguiu com os três elementos.

Nessa viagem, cada elemento tinha os seus objectivos particulares. Diz não lembrar quem custeou as despesas da ida a Abu Dhabi, nem se recorda do hotel onde esteve hospedado.

“Não me lembro, Meritíssimo. Passa muito tempo”.

A dado momento, recordou-se do trabalho que teria feito em Moçambique a favor da Privinvest. Diz que fez consultoria na área imobiliária, visto que a Privinvest queria investir em condomínios.

“A prova está no pagamento que eles fizeram, porque eu fiz o meu trabalho. Ninguém lhe dá dinheiro sem trabalhar”, argumenta Bruno Langa.

Questionado sobre quanto valor recebeu pelo trabalho prestado à Privinvest, o réu diz ter encaixado 8.5 milhões de dólares.

Dos autos consta que Bruno Langa tem um visto de residência, no qual é tido como mecânico de diesel. O réu diz que a informação é falsa e que não foi ele quem tratou do documento, mas sim a Privinvest.

“Levaram o meu passaporte e trataram a documentação”.

Admite, porém, que usava o documento para entrar em Abu Dhabi, argumentado ter residência e assumindo-se como mecânico de diesel.

Lembre-se que Bruno Langa teria recebido dinheiro ilegal da Privinvest numa conta em Abu Dhabi e, de acordo com a acusação, este valor (8.5 milhões de dólares) foi espalhado por várias outras contas fora de Moçambique e para contas domiciliadas aqui, no país, além de ter comprado imóveis em território moçambicano (pagando a partir de Abu Dhabi) para, depois de algum tempo, revender aos mesmos proprietários (que já canalizavam o dinheiro nas suas contas cá, em Moçambique), como forma de não chamar atenção ao sistema financeiro nacional.

O réu é acusado de chantagem, falsificação de documentos e uso de documentos falsos, abuso de confiança, posse de armas proibidas, associação para delinquir, corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Como declarante no processo, Guebuza não devia ter assistido ao julgamento da BO


Se o Tribunal que julga o processo das “dívidas ocultas” tivesse sido rigoroso, seguindo à risca a doutrina do processo penal, o antigo Presidente da República Armando Guebuza teria sido impedido de seguir “in loco” a audição de seu filho nas segunda e terça feiras.

Na segunda-feira, quando ele irrompeu na BO adentro, o juiz Efigénio Baptista, a procuradora Sheila Marrengula e os advogados dos réus mantiveram uma breve conferência para determinar se o Tribunal mandava de volta Guebuza para a casa, ou não.

Consta que na sexta-feira passada, Armando Guebuza informou ao Tribunal que iria participar das audições do seu filho. Mas isso era contraproducente: a doutrina legal estabelece que um declarante não pode presenciar o interrogatório dos réus; sempre foi assim. Aliás, na segunda-feira a Procuradora Sheila Marrengula manifestou sua oposição à presença de Guebuza na sala. Essa oposição por pouco vingaria e Guebuza seria convidado a sair. Mas o juiz da causa, Efigénio Baptista, com o apoio de alguns advogados, deixou que Guebuza assistisse às audições. Essa posição causou um certo mal-estar nos meandros do Ministério Público, apurou “Carta”.

Sofala inicia cadastro de famílias vulneráveis no âmbito da mitigação da COVID-19


Cerca de 186 mil famílias vulneráveis, sendo 149 mil residentes na cidade da Beira e outras 36 do distrito de Dondo, província de Sofala, vão beneficiar-se de um subsídio mensal de 1500 meticais, por um período de seis meses, numa iniciativa do Governo, no âmbito da mitigação dos impactos da COVID-19.

Para tal, inicia hoje o cadastramento das referidas famílias, que foram identificadas nos últimos meses pelo Instituto Nacional de Accão Social, em coordenação com as estruturas dos bairros abrangidos.

“Os inquiridores foram capacitados sobre os critérios e propósitos do alistamento, para evitarmos constrangimentos como, por exemplo, por que um grupo foi beneficiado e outro não”, explicou a secretária do Estado na província de Sofala.

Os apoios sociais em referência serão efectivados em Novembro deste ano e Stela Zeca referiu que o cadastramento vai garantir um pagamento devidamente controlado neste processo.

“A estratégia que foi desenhada é fazer o registo em cada casa e família, porque já existe a pré-inscrição ou alistamento. Nalguns locais onde estão previstas dificuldades de aceder aos beneficiários por razões logísticas ou outras, serão feitos pequenos grupos organizados para garantir o registo dos mesmos.

Stela Zeca pediu à população para apoiar no controlo. “Vigilância porque existem pessoas de má-fé que querem aproveitar-se deste processo para burlar os beneficiários, fazendo cobranças aos mesmos, tal como já aconteceu e os casos foram entregues às autoridades, porque burla é crime”.

Bruno Langa conta hoje sua versão sobre o papel que teve no caso das dívidas ocultas

 


Após contradições entre os co-réus Teófilo Nhangumele e Armando Ndambi Guebuza, sobre a comparticipação de Bruno Evans Tandane Langa, no calote das dívidas ocultas, hoje é a vez de este último réu deixar a sua versão em tribunal.

Amigo e sócio de Armando Ndambi Guebuza na empresa Mobimóveis, Bruno Evans Tandane Langa é dos nomes repetidamente mencionados pelos co-réus já ouvidos no julgamento do caso das dívidas ocultas, mas em situações divergentes.

Cipriano Mutota (réu já ouvido) explicou que concebeu o projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva com ajuda do seu amigo Teófilo Nhangumele. Este que, a dado momento, ficou responsável por convencer as autoridades moçambicanas a aprovarem o projecto que lhe tinha sido apresentado por Jean Boustani, do Grupo Privinvest.

Notando a demora na aprovação do projecto que Nhangumele apresentara às autoridades, decidiu, então, seguir por outras vias.

“Contactei o Bruno Langa. Eu já conhecia Bruno Langa, que não era meu amigo, mas eu sabia que ele era amigo de Armando. Eu disse, pergunte ao teu amigo Armando se, por ventura, o seu pai não tivesse recebido uma apresentação (sobre o projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva)”, disse Nhangumele.

E o processo deu seguimento, na versão de Teófilo Nhangumele. Versão que, em Tribunal, o filho do antigo Presidente da República, Armando Ndambi Guebuza, disse desconhecer por completo e que ele e o seu amigo Bruno não tratavam de assuntos do Estado.

“Nós tínhamos outro propósito que não era da Zona Económica Exclusiva. É por isso que nunca houve abordagem desses assuntos por parte de Bruno e senhor Teófilo para comigo”

Sobre a possibilidade de ele ter servido de ponte para o projecto chegar a Armando Guebuza, Ndambi disse que isso nem seria possível, mesmo que quisesse, porquanto o seu pai tinha canais próprios para receber projectos desta natureza.

A versão dada por Teófilo Nhangumele coincide, entretanto, com a acusação do Ministério Público, que aponta Bruno Langa como quem recebeu a chamada de Teófilo Nhangumele para falar com o seu amigo, Ndambi, de modo que este fizesse chegar a proposta da Privinvest de protecção da Zona Económica Exclusiva ao seu pai, então Presidente da República, Armando Guebuza.

Ter-se-ia também, segundo a acusação, integrado numa comitiva que seguiu viagem à Alemanha, em nome do Estado moçambicano, para apreciar a capacidade do Grupo Privinvest em protecção costeira, trabalho que lhe terá rendido 8.5 milhões de dólares.

Verdade ou não, Bruno Langa é o próximo a ficar frente-a-frente com Efigénio Baptista, a partir desta quinta-feira para deixar a sua versão no tribunal.

Em termos de tipos legais de crimes, Bruno Evans Tandane Langa é acusado de chantagem, falsificação de documentos e uso de documentos falsos, abuso de confiança, posse de armas proibidas, associação para delinquir, corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Com os 8.5 milhões de dólares obtidos ilegalmente, Bruno terá feito a construção e compra de imóveis, apartamentos, mais de 840 cabeças de gado bovino, tractores, máquina escavadora e outras viaturas, além de viagens.

Filipe Nyusi é quem deve responder sobre impactos negativos ao país”, diz Ndambi Guebuza


Ndambi Guebuza, filho do antigo Presidente de Moçambique Armando Guebuza, ouvido em tribunal no caso das "Dívidas Ocultas", 30 de Agosto 2021

Conduta de Ndambi é apontada como de pouca cooperação, arrogância e falta de respeito ao Ministério Público

Ndambi Guebuza, filho do antigo Chefe de Estado, Armando Guebuza, sugeriu hoje que o Presidente da República, Filipe Nyusi, seja chamado para esclarecer a algumas penumbras sobre o projecto da Zona Económica Exclusiva (ZEE) e os valores de financiamento de que resultou o calote de 2,2 mil milhões de dólares ao Estado.

Numa das questões colocadas pela Ordem dos Advogados, assistente no processo das dívidas ocultas, sobre o impacto negativo que o calote trouxe ao país, Ndambi escusou-se de responder, remetendo a resposta a Nyusi.

“O ex-ministro da Defesa (Filipe Nyusi) é a melhor pessoa para responder sobre os danos causados ao país” disse Ndambi, por duas vezes, quando questionado sobre se tem ou não consciência do impacto negativo que as dívidas ocultas trouxeram