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segunda-feira, 17 de abril de 2023

Quatro terroristas mortos pela Força Local no distrito de Muidumbe


Quatro terroristas foram abatidos na quinta-feira (13) por um grupo da Força Local, na aldeia Litapata, no distrito de Muidumbe, norte de Cabo Delgado. Fontes disseram à "Carta" que os terroristas foram vistos naquela aldeia, onde estavam à procura de alimentos, durante a missão de patrulhamento da força local, tendo começado a sua perseguição. De seguida, o grupo da força local abriu fogo contra os terroristas, tendo atingido mortalmente quatro, enquanto outros foram feridos.

Entretanto, no dia seguinte, 14 de Abril, os terroristas retaliaram já na aldeia Mandava, na zona baixa do distrito de Muidumbe, onde atingiram um jovem que estava no seu quintal. A vítima contraiu ferimentos num dos braços e, de imediato, foi socorrida na aldeia Muambula por um grupo de militares e, mais tarde, conduzida ao Centro de Saúde de Miteda, onde até sábado estava em tratamento.


⛲ Cartamoz 

Combates continuam e aumenta número de mortes no Sudão

 


Os confrontos violentos entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) no Sudão começaram no sábado e já causaram a morte de pelo menos 97 pessoas. Presidentes do Quénia, Sudão do Sul e Djibuti vão mediar o conflito.

Subiu para pelo menos 97 o número de mortos nos confrontos entre o exército e os paramilitares, segundo a atualização feita pelo Sindicato dos Médicos do Sudão nas primeiras horas desta segunda-feira (17.04). 

Um número que não inclui todas as baixas, já que muitas pessoas não conseguem chegar aos hospitais no meio dos confrontos, esclareceu o sindicato.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os hospitais na capital, Cartum, onde vivem cerca de seis milhões de pessoas, estão sobrecarregados. Pelo menos 1.126 pessoas foram feridas, disse a organização neste domingo.

Entre os mortos no sábado estavam três funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM), que teve de interromper a sua missão de ajuda devido às mortes.

Confrontos entre exército e paramilitares em Cartum começaram no sábadoConfrontos entre exército e paramilitares em Cartum começaram no sábado

No domingo (16.04), milhares de pessoas foram retiradas de centros e instalações na capital através de corredores humanitários criados na cidade, numa breve pausa de três horas nos combates.

Um repórter local, citado pela agência de notícias Associated Press, disse que os intensos combates continuaram depois do cessar-fogo temporário: "Os confrontos só pararam cerca de três a quatro horas e foram retomados ao amanhecer."

"Agora, as forças paramilitares controlam a base militar de Merowe, no norte do Sudão, e também uma base aérea no sul de Cartum. Também controlam alguns locais próximos do comando geral do exército na capital", relatou.

Não está claro quem lidera agora a luta pelo poder, segundo relatos dos media locais, que noticiariam que os combates em torno do comando geral do exército sudanês na capital se tinham intnsificado.

O confronto entre o exército e os paramilitares começou inesperadamente no sábado de manhã na capital. As forças paramilitares reivindicaram ataques ao aeroporto no norte da cidade e o palácio presidencial.

Imagem de satélite mostra fumo e visão geral do Aeroporto Internacional de CartumFoto: Maxar/REUTERS

Apelos ao diálogo e cessar-fogo

Perante a violência que eclodiu no fim de semana, o ex-primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok apelou ao diálogo: "A paz continua a ser a única opção disponível para o povo sudanês para evitar entrar numa guerra civil."

Os acontecimentos desencadearam receios a nível mundial de uma guerra civil no país de cerca de 46 milhões de habitantes.

Também suscitaram apelos da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato. "Ambos os lados devem parar os combates e evitar mais derramamento de sangue", escreveu o da ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, na rede social Twitter.

A Espanha anunciou o encerramento temporário da sua embaixada em Cartum por falta de condições de segurança.

À medida que a situação se agrava, o Conselho de Segurança da ONU apelou a todas as partes em conflito que parassem os combates e iniciassem conversações para pôr fim à crise.

A União Africana (UA) anunciou que o seu líder, Moussa Faki Mahamat, estava a caminho do Sudão para negociar um cessar-fogo. Também os presidentes do Quénia, William Ruto, Sudão do Sul, Salva Kiir, e Djibuti, Ismail Omar Guelé, viajarão em breve para o Sudão para tentar mediar o conflito armado entre o Exército e as paralimitares.


⛲Dw


Nampula promete (novamente) grande disputa eleitoral

 


O secretário-geral da Frelimo diz que o seu partido só se sentirá confortável se tiver o Município de Nampula sob a sua gestão. Roque Silva não esconde o peso da pesada derrota que o seu partido sofreu nas últimas eleições autárquicas.

O secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, está na província de Nampula, num trabalho de revitalização das bases rumo às eleições autárquicas de Outubro. Num encontro com a população do distrito de Eráti, fez um discurso direccionado aos jovens, com uma mensagem que tinha um alcance nacional, e o tema era mesmo sobre as manifestações contra o Governo do dia.

“Esses que andam a escrever minhocas nas redes sociais para atrapalhar cabeças aqui fizeram lá na Líbia. Começaram a falar do Governo da Líbia, começaram a falar mal de Kadafi e fizeram aquela revolução ali. Acabou a felicidade dos jovens. Na Líbia, hoje, apanhas jovem que anda descalço – que não tem sapatos, jovem que, quando amanhece, não sabe o que vai comer até ao dia seguinte. Se nós brincarmos, podemos cair numa desgraça daquelas”.

E no plano local, Roque Silva não escondeu o pesadelo que o partido Frelimo ainda carrega pela pesada derrota que sofreu em Nampula nas últimas eleições autárquicas. “Nós, como Frelimo, temos um grande desafio em Nampula. Como sabem, nas eleições de 2018, a Frelimo não conseguiu ganhar em cinco autarquias daqui de Nampula. Isto é democracia. Temos que reconhecer quando os outros conseguem mobilizar mais e melhor”, reconheceu.

As eleições autárquicas, nos últimos tempos, têm sido hilariantes em Nampula, onde há cada vez mais conquista dos partidos da oposição. As cidades de Nampula e Nacala, a Ilha de Moçambique, a cidade de Angoche, pontos estratégicos, estão na gestão da Renamo. A última vez que a Frelimo governou o Município de Nacala, por exemplo, foi no mandato 2009–2013, com Castro Namuaca, depois perdeu para o MDM e nas últimas eleições para a Renamo.

Num encontro que manteve com empresários, na cidade de Nampula, Roque Silva confessou: “Nampula é uma das principais cidades do país. Nampula tem responsabilidades na influência que tem que transmitir em todo o processo de desenvolvimento do país. Daí que tem que ser um Município gerido de forma responsável, tem que ser um Município que inspire outras zonas territoriais em matérias de desenvolvimento e nós só nos sentiremos confortáveis se tivermos este Município de volta em matérias de gestão”.

Roque Silva trabalha em Nampula até ao dia 18.


⛲ O País 

domingo, 16 de abril de 2023

Mais de 60 mortos em confrontos no Sudão

 


Os confrontos entre o exército e paramilitares continuam no Sudão. Mais de 60 civis foram mortos nas últimas 24h. Entre as vítimas estão três funcionários da ONU. A comunidade internacional apela ao cessar-fogo.

Os combates no Sudão entraram num segundo dia, este domingo (16.04). Os confrontos provocaram a morte de 61 civis em 24h, segundo um balanço citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

Uma rede de médicos do Sudão disse que há dezenas de mortes adicionais entre as forças rivais, e cerca de 600 feridos, incluindo civis e combatentes.

Três funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM), da Organização das Nações unidas (ONU), estão entre as vítimas mortais.

O representante da missão no Sudão, Volker Perthes, "condenou veementemente os ataques ao pessoal da ONU" e expressou condolências às famílias das vítimas.

Após os últimos acontecimentos, o PAM decidiu suspender temporariamente as operações no Sudão.

Os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) envolveram-se em combates com o exército sudanês no sábado (15.04) de manhã, em Cartum, mas a violência alastrou-se a outras zonas do país do nordeste de África.

Combates intensos envolvendo veículos blindados, metralhadoras montadas em camiões e aviões de guerra continuaram este domingo em Cartum, na cidade vizinha de Omdurman e noutros pontos do país, segundo a AP.

Em Cartum e Omdurman, foram noticiados combates em torno do quartel-general militar, do Aeroporto Internacional de Cartum e da sede da televisão estatal. 

"As batalhas não pararam", disse o defensor dos direitos humanos Tahani Abass, que vive perto do quartel-general militar, citado pela AP. "Eles estão a disparar uns contra os outros nas ruas. É uma guerra total em zonas residenciais, acrescentou.

Tanto os militares como as RSF afirmaram controlar locais estratégicos em Cartum e noutros locais, mas estas reivindicações não puderam ainda ser verificadas de forma independente.

Apesar dos combates, as forças armadas do Sudão e as RSF anunciaram neste domingo que "concordaram com uma proposta das Nações Unidas de abrir uma passagem segura para casos humanitários", incluindo a evacuação dos feridos.

Luta pelo poder

Os confrontos fazem parte de uma luta pelo poder entre o general Abdel-Fattah Burhan, comandante das forças armadas, e o general Mohammed Hamdan Dagalo, chefe das RSF.

Os dois generais são antigos aliados que orquestraram o golpe militar de outubro de 2021, que interrompeu a transição de curta duração do Sudão para a democracia.

Nos últimos meses, negociações apoiadas internacionalmente reavivaram as esperanças de uma transição ordeira para a democracia.

Contudo, as tensões crescentes entre Burhan e Dagalo acabaram por atrasar um acordo com os partidos políticos.

Comunidade internacional reage

Os Estados Unidos, China, Rússia, Egito, Arábia Saudita, o Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia e a União Africana apelaram para um rápido fim das hostilidades que ameaçam agravar a instabilidade numa região bastante abalada pela violência.

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana, no entanto, após reunião extraordinária este domingo, rejeitou fortemente qualquer "interferência externa que possa complicar a situação no Sudão".

Numa reunião extraordinária da Liga Árabe, o Sudão pediu que não haja "interferência internacional" e que "o assunto seja deixado para os sudaneses".

"Recomendamos que o assunto seja deixado para os sudaneses concluírem o acordo entre si, longe de interferência internacional", disse o representante permanente do Sudão na Liga Árabe, Al Sadiq Omar Abdallah.

No Vaticano, o papa Francisco afirmou que reza para que "se deponham as armas" no Sudão e que se consiga um "diálogo". "Acompanho com preocupação os acontecimentos no Sudão e estou próximo do povo sudanês, que já sofreu tanto", disse o pontífice a milhares de fiéis na Praça São Pedro.


⛲ Dw

Lula diz que EUA e Europa prolongam a guerra



"A Europa e os EUA continuam a contribuir para a guerra", disse Lula da Silva em visita aos Emirados Árabes Unidos. Líder brasileiro propôs uma mediação conjunta com Abu Dhabi e Pequim no conflito entre Rússia e Ucrânia.

O Presidente brasileiro propôs neste domingo (16.04) uma mediação conjunta com China e Emirados Árabes Unidos (EAU) na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma questão que disse ter disutido em Pequim e em Abu Dhabi.


Luiz Inacio Lula da Silva, que concluiu hoje uma visita aos EAU depois de ter estado na China, também reafirmou as acusações aos Estados Unidos da América (EUA) e à União Europeia (UE) de prolongarem a guerra.

A guerra foi provocada por "decisões tomadas por dois países", Rússia e Ucrânia, disse Lula da Silva na conferência de imprensa em Abu Dhabi que encerrou a visita aos EAU, citado pela agência francesa AFP.

"G20 político"

Lula da Silva disse esperar que China, EAU e outros países se juntem num "G20 político" para tentar pôr fim à guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

"O Presidente Putin não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra; [o Presidente Volodymyr] Zelensky da Ucrânia não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra", disse o líder brasileiro, através de um tradutor oficial. 

"A Europa e os EUA continuam a contribuir para a continuação da guerra. Portanto, têm de se sentar à volta da mesa e dizer: 'basta'", afirmou o Presidente brasileiro que na China já tinha acusado Washington de "encorajar a guerra" na Ucrânia.

Proposta já foi apresentada a líderes ocidentais

Lula da Silva disse ter sugerido aos Presidentes dos EAU, Mohammed bin Zayed Al-Nahyane, e da China, Xi Jinping, a criação de um grupo de países que teriam a missão de mediar. "O G20 [foi] formado para salvar a economia [mundial], que estava em crise", disse. 

"Agora, é importante criar outro tipo de G20 para pôr fim a esta guerra e estabelecer a paz. Esta é a minha intenção e penso que vamos ser bem-sucedidos", afirmou.

Lula da Silva disse ainda que já tinha discutido a iniciativa com o Presidente dos EUA, Joe Biden, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes dos países sul-americanos. 

Visita aos EAU

O Presidente do Brasil chegou aos EAU no sábado (15.04), após uma visita de dois dias à China, durante a qual assinou acordos no valor de 10 mil milhões de dólares (mais de nove mil milhões de euros).

Lula da Silva, que voltou ao poder em janeiro após dois mandatos entre 2003 e 2010, disse em Pequim que o Brasil estava de volta ao palco internacional e esperava mediar a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Ao contrário de outros países, a China e o Brasil nunca impuseram sanções financeiras à Rússia e estão ambos a tentar posicionar-se como mediadores.

Os EAU também tomaram uma posição neutra no conflito, atraindo um grande número de empresários russos que fogem do impacto das sanções ocidentais, particularmente no Dubai, um importante centro financeiro.


⛲ DW

Combatentes da Renamo exigem a demissão de Ossufo Momade


Generais e outros oficiais superiores, co-fundadores da Renamo que foram, em tempos, homens de confiança de Afonso Dhlakama, acusam o líder do partido de marginalização de membros, particularmente os guerrilheiros, e de ter abandonado todos os princípios que nortearam as negociações deixadas pela ex-presidente, no processo de DDR.

Os antigos guerrilheiros da Renamo, na sua maioria desmobilizados no âmbito do DDR e que não estão a auferir as suas pensões há meses, devido à falta de disponibilidade financeira aliado a burocracias, acusaram, ainda, Ossufo Momade de estar ao serviço da Frelimo, ao manter-se impávido e sereno face às alegadas tentativas para se evitar a realização de eleições distritais e um suposto terceiro mandato na Presidência da República. Por estas razões, exigem a demissão do seu líder da liderança do partido.

Falando em conferência de imprensa na cidade da Beira, no passado sábado, Thimosse Maquinze, afirmou que “os antigos guerrilheiros da Renamo, ora desmobilizados no âmbito do processo de DDR, recorrem, para sobreviver, a biscatos e, em troca, recebem cinco quilos de milho ou um litro de óleo, para poderem alimentar as suas famílias. Grande parte deles residem nas cidades e com os filhos e esposas, alguns em casas arrendadas à espera de promessas de reintegração e nada acontece”.

Maquinze acrescentou ainda que “o que mais preocupa a ala militar é que vários guerrilheiros foram raptados e mortos em circunstâncias pouco claras, por esquadrões de morte e Ossufo Momade sempre se manteve impávido e sereno, o que nos faz concluir que ele é cúmplice”.

Por sua vez, o General Josefo Mwera acusou Ossufo Momade de não estar a levar a sério as preocupações dos ex-guerrilheiros e membros do partido.

“Os combatentes da Renamo estão, desde meados de 2022, a tentar manter contactos com o presidente do partido para um encontro formal através de uma conferência nacional de desmobilizados ou mesmo um encontro como General Maquinze, mas, infelizmente, tudo foi desprezado. Para nós, é uma demonstração clara de que os combatentes não têm nenhum valor na organização.”

Josefo Mwera acrescentou que “para poder reinar, depois da sua eleição como presidente, Momade expulsou os oficiais do Estado-Maior General em Gorongosa; foram detidos e colocados em várias unidades como se fossem inimigos, numa demonstração clara de que pretendia introduzir uma Renamo diferente daquela que Afonso Dhlakama dirigia”.

Josefo Mwera disse mais: “A nível das delegações, Ossufo Momade mandou cortar os subsídios de muitos membros funcionários do partido a tempo inteiro. Notamos falta de consideração ao General Maquinze, na assistência médica, dado o seu estado de saúde actual”.

Na óptica dos guerrilheiros, o trabalho político da Renamo é um fracasso, segundo acrescentou Mwera, e, dando como exemplo, indicou que a Renamo fica na “sombra” dos acontecimentos que minam a evolução da democracia no país e referiu que as bases políticas do partido estão moribundas.

A terminar, Josefo Mwera apelou ao Conselho Nacional da Renamo para convocar um encontro com a finalidade de decidir a permanência ou não de Ossufo Momade na liderança.

“Por tudo que foi arrolado, nós, os combatentes da Renamo, liderados pelo General Thimosse Maquinze, exigimos que o presidente Ossufo Momade se demita e sendo o Conselho Nacional da Renamo, o segundo órgão deliberativo, exigimos que o mesmo convoque, com urgência, um congresso extraordinário, de modo que, de uma forma pacífica, a Renamo encontre a sua liderança que corresponde aos anseios dos membros do partido e da sociedade moçambicana em geral.”

Josefo Mwera e Thimosse Maquinze afirmaram que falavam em representação dos mais de 5200 guerrilheiros da Renamo, grande parte dos quais abrangidos pelo processo de DDR.


⛲ O País 

Angola exige certificado de vacina contra COVID-19 para entrada no país



Há novas regras em Angola para a gestão administrativa da pandemia da COVID-19.

O Presidente João Lourenço promulgou um decreto que actualizou novas regras para a gestão administrativa da pandemia. As entradas no territórioangolano estão sujeitas a apresentação de certificado de vacina.

O decreto assinado esta sexta-feira pelo Presidente João Lourenço, que segundo o Observador entrou em vigor às 00h00 de sábado, determina que as entradas no território nacional estão dependentes da apresentação de certificado de vacinação que ateste imunização completa “ou, em alternativa, da apresentação de teste” do vírus SARS-COV 2, de tipo RT-PCR, com resultado negativo, efectuado nas 48 horas anteriores à viagem, exceto crianças até 12 anos.

As saídas do território nacional, segundo o decreto, estão dependentes da apresentação de certificado de vacinação que ateste a imunização completa, sem prejuízo de formalidades adicionais exigidas pelo país de destino.

O decreto estabelece como medida de contenção sanitária a obrigatoriedade da utilização de máscara facial nas unidades sanitárias e nas farmácias ou serviços equiparados, sendo facultativa a sua utilização nos restantes locais de acesso público.


⛲ O País 

Ramaphosa diz que a crise atravessada pela RAS retrai investimentos

 


O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considera que a actual crise de energia, os níveis de criminalidade e a corrupção afectam a atração de investimento estrangeiro, na África do Sul.

Falando na abertura da 5.ª Conferência de Investimento da África do Sul, organizada pelo Governo, em Joanesburgo, a capital económica do país, Ramaphosa atribuiu a crise de energia ao subinvestimento, má administração e corrupção no sector.

O chefe de Estado referiu que a nomeação do novo ministro da Electricidade agilizará a implementação do plano de acção do seu executivo, considerando que as reformas em curso no sector da electricidade facilitarão também a atração de investimento privado na área.

Na sua intervenção, o Presidente sul-africano sublinhou que o crime e a corrupção continuam a dificultar o desenvolvimento da África do Sul.

Todavia, acrescentou que após o impacto devastador da pandemia de Covid-19, o investimento fixo total em termos nominais aumentou de 756 mil milhões de rands [mais de 3 biliões de meticais], em 2020, para 811 mil milhões de rands [cerca de 3 biliões e meio de meticais], em 2021, e para 933 mil milhões [mais de 4 biliões de meticais], em 2022.

Na óptica de Ramaphosa, que é também Presidente do partido Congresso Nacional Africano, no poder desde 1994, a África do Sul é um destino de investimento com significativo potencial inexplorado.


⛲ O país 

sábado, 15 de abril de 2023

Generais da RENAMO voltam a exigir afastamento de Momade



Os generais da RENAMO pronunciaram-se hoje na Beira sobre seu descontentamento com processo de DDR e com raptos e assassinatos de membros e desmobilizados. Exigem o afastamento incondicional do seu líder, Ossufo Momade.

Um grupo composto por oito generais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) provenientes de todo país solicitou este sábado, na Beira, capital de Sofala, centro de Moçambique, a renúncia incondicional do presidente do partido, Ossufo Momade.

Alegam "incapacidade" do mesmo em liderar o maior partido da oposição moçambicana. Na mesma ocasião, os membros do conselho nacional do partido foram instados a convocar um congresso extraordinário de emergência para a eleição de um novo presidente da RENAMO.

"Nós já não queremos [Ossufo Momade], ele já não é presidente da RENAMO. Nós guerrilheiros o afastamos. Os membros [do partido] também não o querem. Se ele insistir, vamos pedir ajuda aos embaixadores, como ao líder de grupo de contacto, Mirko Manzoni", disse Josefo de Sousa durante a leitura do comunicado chancelado por Timosse Maquinze, chefe do estado maior da RENAMO actualmente desmobilizado no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de homens do partido de oposição.

"Se prevalecer, vamos tirá-lo a força tal como o Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, e vários outros presidentes africanos foram tirados. Temos força suficiente para tal e este é um dos primeiros passos", acrescentou Maquinze num discurso feito em língua Chitewe, predominante na cidade de Chimoio.

A posição foi tornada pública este sábado (15.04), através de uma conferência de imprensa na residência de Timosse Maquinze, antigo chefe de estado maior da RENAMO, atualmente desmobilizado no âmbito do DDR.

"Sem consulta à ala militar"

Maquinze relembrou que Momade foi indicado ao cargo de coordenador interino da RENAMO após a morte de Afonso Dhlakama sem consultar a ala militar, que garante a disciplina partidária.

O mesmo disse ainda que, quando Momade foi eleito líder, ele "destruiu toda estrutura do estado maior general", tendo, na altura, "posto refém alguns generais da confiança do falecido Afonso Dhlakama".

"De lá para cá, ele foi atropelando todos os acordos que [Dhlakama] tinha feito. Estamos cansados - o presidente Ossufo Momade abandonou os princípios que nortearam as negociações tendo adaptado um estilo de liderança que não ajuda alcançar os objetivos políticos da RENAMO",dizem.

"Autoritário"

"Autoritariamente, introduziu o método de indicação de estruturas de base e violou grosseiramente os princípios democráticos", acrescentam.

Timosse Maquinze assegurou ainda, em nome dos combatentes presentes e não-presentes, que não deve haver mais guerra movida pelos combatentes da RENAMO.

"Exigimos que o presidente Momade se demita das funções de presidente da RENAMO, comprovada a incapacidade do mesmo em liderar o partido", disse.

Durante a conferência de imprensa, o presidente da RENAMO foi apontado como alguém que está ao serviço da FRELIMO e a facilitar todas alegadas "manobras" do partido no poder.

"Anular as distritais"

"Constatamos que o presidente Ossufo não tem vontade de reagir quanto ao 'apetite' do Presidente da República [Filipe Nyusi] de 'rasgar a Constituição da República'".

"Deixa a FRELIMO ao seu belo prazer [e com os seus] objetivos claros de anular o processo das eleições distritais - que é uma das grandes conquistas da luta da RENAMO - e de introduzir um terceiro mandato do candidato e presidente da FRELIMO", criticam.

Os combatentes da RENAMO esperam, com a apresentação das indignações, não serem mal interpretados, daí reiterarem o não retorno à guerra.

"Esperamos também que a nossa indignação com o presidente Ossufo Momade seja entendida como única forma interna e pacífica encontrada para alavancar e organizar o nosso partido", dizem.

"Somos pela paz, reconciliação nacional e desenvolvimento do país", dizem.

A DW África tentou contatar a RENAMO por telefone, mas sem resposta.

Entretanto, Domingos Gundana membro da comissão de contacto para assuntos de desmobilizados da RENAMO, reagiu e disse hoje à imprensa moçambicana que as alegações dos guerrilheiros são falsas.

"Isso é normal sempre que se aproximam eleições: há membros que procuram desestabilizar o partido", afirmou Gundana. 

Não é a primeira vez que membros da RENAMO pedem a saída de Momade. Em outras ocasiões, Momade foi também acusado de má gestão e clientelismo dentro da RENAMO, a maior força política da oposição em Moçambique.


⛲ Dw

Marcha estudantil em Luanda é impedida e tem líder detido



Líder do Movimento dos Estudantes Angolanos foi detido na tarde deste sábado após autoridades terem impedido a manifestação sobre o regresso às aulas nas universidades públicas. Professores angolanos continuam em greve.

A detenção do estudante aconteceu enquanto a JMPLA, braço juvenil do partido no poder, realizava a sua marcha em comemoração aos 21 anos de paz e reconciliação nacional. Para este sábado estavam agendadas duas marchas.

A JMPLA com apoio de algumas igrejas cristãs e vários outros cidadãos, caminhou do Cemitério da Santana até ao Largo da Família, no 1 de Maio, em Luanda com a asseguramento da Polícia.

Os estudantes que pretendiam exigir o regresso às aulas e ensino de qualidade nas universidades angolanas escolheram a rota Largo das Heróinas-Largo da Independência.

Entretanto, o local da concentração estava cercado pela polícia que impediu a presença dos estudantes.

Em declarações à DW África, Arminda Milena acusa a polícia de "sabotar" o exercício de cidadania, que visava exigir o direito às aulas nas universidades.

"Cumprimos com todos os requisitos e avisamos as instituições. [Mas] eles privaram a carta. O Governo Provincial não deu entrada da carta ao comando da polícia e essa também diz que não recebeu a carta do MEA. Eles alegam que não receberam nenhuma carta. Se não receberam a carta, porque razão ligaram para reunirmos?", questionou.

Milena diz que que as autoridades angolanas escolheram "a dedo" quem pudesse realizar marcha em Luanda. Neste caso, a estudante diz que a JMPLA foi favorecida.

"É vergonhoso porque o MEA marcou primeiro a marcha, a JMPLA veio a seguir. Na última sexta-feira (14.04), a polícia deixou claro que iriam prender se insistíssemos com a marcha. Eles só praticaram o que eles planearam", explicou.

"Como o nosso presidente, Francisco Teixeira, é conhecido, praticamente tiveram a facilidade de o prenderem"

Os estudantes afirmam que não haveria nenhum constrangimento se as duas marchas fossem realizadas neste sábado.

Entretanto, Francisco Teixeira e os outros cinco estudantes já estão em liberdade.

A DW procurou ouvir polícia, mas não teve nenhuma reação.

A porta-voz do MEA afirma que prevê manifestações para os próximos sábados.

"Essas detenções não vão nos intimidar, vamos continuar a manifestar. Essa foi a primeira. Reprimiram, mas não tem problema. Vamos realizar outra no próximo sábado. Agora, vamos ver se a JMPLA passará a realizar marcha todos os sábados", desabafam.

Em Angola, os estudantes universitários estão sem aulas há dois meses devido àgreve iniciada a 27 de fevereiro pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), que inquieta a comunidade estudantil.

Este é o pano do fundo das manifestações convocada pelo MEA, a organização da sociedade civil que defende os direitos da classe estudantil.

Já a "marcha da juventude de apoio à paz" promovida pelo braço juvenil do MPLA, decorreu em todo país. Em mensagem aos jovens, o secretário-geral da JMPLA descreveu o ato como sendo o "comprometimento da juventude em preservar a paz".

Crispiniano dos Santos apelou à juventude a apoiar o Presidente angolano, João Lourenço.

"A juventude angolana deve estar comprometida consigo mesmo, com Angola e com os angolanos. Deve apoiar o nosso Presidente da República com ações práticas e propostas concretas", disseram.

"O nosso Presidente tem dado prova clara na manutenção da paz, e tem sido líder incansável e patriota, que se revela o mais preocupado os problemas do povo em geral, e em particular o problemas da juventude", argumentaram.

Um jovem que fala em nome da "Juventude Estudantil" no ato político da JMPLA, Antoniel António felicitou o executivo pelo que considera melhoria no sistema de ensino.

"Apelamos o executivo a investir fortemente no setor da educação e ensino, na formação integral dos jovens angolanos".


⛲ Dw