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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Alemanha entrega sistema de defesa Patriot à Ucrânia



O Governo alemão já entregou sistema de defesa aérea Patriot e mísseis à Ucrânia, além de 16 camiões e outros veículos. O sistema é utilizado para combater aviões inimigos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.

Já foi entregue à Ucrânia um sistema de defesa aérea Patriot, de acordo com a página oficial do Governo alemão.

Berlim já tinha prometido fornecer a Kiev uma bateria Patriot em janeiro, após o compromisso de Washington de enviar o sistema fabricado nos Estados Unidos.

A agência Associated Press (AP) também noticiou a chegada à Ucrânia de algumas das armas mais importantes pedidas por Kiev.

Segundo a agência alemã dpa, os soldados ucranianos também já receberam formação da Alemanha e dos EUA.

O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, avançou em 30 de março que 65 soldados ucranianos completaram o treino em sistemas Patriot em Fort Sill, Oklahoma, e regressaram à Europa.

Sistema Patriot é utilizado para combater aviões inimigos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro

A Ucrânia tem pressionado pela entrega de Patriots e outros sistemas de defesa aérea aos seus aliados ao longo dos últimos meses e o da Alemanha parece ter sido o primeiro a chegar. 

No enatnto, o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, recusou-se a confirmar esta terça-feira que o sistema Patriot já está no país, de acordo com a RBC-Ucrânia.

Ihnat sublinhou que receber os mísseis será um evento marcante, permitindo que os ucranianos derrubem alvos russos a uma distância maior.

O sistema Patriot é a arma de defesa antiaérea mais avançada do arsenal dos EUA. Uma bateria Patriot tem entre quatro a oito lançadores projetados para quatro mísseis cada.

Os patriotas visam melhorar significativamente a defesa das cidades ucranianas e infraestrutura crítica contra ataques regulares de mísseis russos.


⛲ Dw

Coreia do Sul disponível para apoiar Ucrânia pela primeira vez

 


A Coreia do Sul está disponível para apoiar a Ucrânia na guerra com a Rússia. O anúncio foi feito pelo Presidente daquele país, Yoon Suk Yeol.

Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para disponibilizar apoio militar a Kyiv.

“Se existe uma situação que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em grande escala contra civis, massacre ou violação grave das leis da guerra, pode ser difícil, para nós, insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro”, afirmou Yoon Suk Yeol, citado pela Reuters.

Apesar de ser um forte aliado dos Estados Unidos e um grande produtor de munições de artilharia, a Coreia do Sul tem, até agora, evitado antagonizar a Rússia, devido às suas empresas que operam naquele país e à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.

“Acredito que não haverá limitações à extensão do apoio para defender e restaurar um país que tenha sido ilegalmente invadido, tanto ao abrigo do direito internacional, como nacional”, considerou, desta feita, Yoon, acrescentando: Contudo, considerando a nossa relação com as partes envolvidas na guerra e os desenvolvimentos no campo de batalha, tomaremos as medidas mais apropriadas”, escreve o Notícias ao Minuto.


⛲ O País 

África do Sul estende mandato de contingente militar em Moçambique


O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decidiu prorrogar o mandato das tropas daquele país vizinho destacadas para Cabo Delgado, onde se encontram a apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) no combate ao terrorismo.

Segundo o portal sul-africano News24, Ramaphosa também decidiu estender o mandato das tropas sul-africanas que se encontram numa missão de paz na República Democrática do Congo (RDC), a um custo total de cerca de 984 milhões e 368 mil randes.

Ramaphosa informou a presidente do Parlamento sobre a decisão, numa carta com datada a 06 de Abril corrente.

Na referida carta, dirigida a presidente da Assembleia Nacional, o parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e ao presidente do Conselho Nacional das Províncias, Amos Masondo, Ramaphosa informa que o destacamento de tropas em Moçambique será prolongado até Abril de 2024.

“Esta (carta) serve para informar à Assembleia Nacional que estendi o destacamento de mil quatrocentos e noventa e cinco (1.495) membros da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) para serviço em cumprimento de um acordo internacional e obrigação da República da África do Sul perante a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) de apoiar a República de Moçambique no combate aos actos de terrorismo e extremismo violento que afectam as zonas do norte de Moçambique no âmbito da Operação VIKELA”, escreve Ramaphosa, citado pela AIM.


⛲folha de Maputo 

Marcha Pacífica: "A geração 18 de março vai protestar sem aviso



Várias cidades moçambicanas foram hoje palco de protestos pacíficos para assinalar um mês do 18 de março, dia em que a polícia reprimiu com violência marchas pacíficas em homenagem a Azagaia.

Esta manhã, os jovens da "geração 18 de março", como se apresentam, ocuparam semáforos nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Inhambane, Sofala e Maputo.

A ativista moçambicana Quitéria Guirengane, que integra o movimento, publicou fotos das manifestações na sua página na rede social Facebook.

Em entrevista à DW, a jovem lamenta a falta de responsabilização da polícia pela violência no mês passado e garante que ações como esta vão continuar a acontecer sem aviso prévio.

Quitéria Guirengane também diz aguardar que a Justiça responsabilize os mandantes da repressão à marcha em homenagem ao rapper Azagaia. Afirma ainda que a Polícia da Moçambique se tornou alvo de troça, um "meme", e mostra-se expectante quanto ao posicionamento da Procuradora-Geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, sobre o ocorrido.

"Vamos eternizar esta data como a data da resistência dos jovens"

DW África: Um mês depois dos episódios de repressão policial em Moçambique, os jovens voltaram hoje a manifestar-se de um modo diferente, neste caso, nos semáforos de várias cidades do país. Com que intuito? 

Quitéria Guirengane (QG): Como jovens da "geração 18 de março", sentimos a necessidade de nos reinventarmos e ocuparmos o espaço cívico, ocupando as ruas e mostrando que elas são o nosso espaço de pertença e devem ser um espaço seguro para jovens, idosos, mulheres, homens e crianças. Nós não sentimos que sejam um espaço público seguro para nós. Por isso, era importante uma ação de afirmação, de resistência e de ocupação do espaço público para educar as pessoas e as instituições sobre o artigo 51 [da Constituição, o direito à liberdade de reunião e manifestação] . Mas, acima de tudo, para exigirmos responsabilização, porque passou um mês desde o massacre de 18 de março, desde que nos prometeram de alguma forma investigar, responsabilizar. E nós queremos uma resposta efetiva em relação ao que aconteceu no dia 18 de março. Quem é o autor das ordens superiores para massacrar, aterrorizar e brutalizar os jovens que pretendiam tão somente manifestar pacificamente em Moçambique?

DW África: Estas novas formas de protesto são mais um sinal de que os jovens estão decididos a fazer-se ouvir?  

QG: Sem dúvida. Nós temos um compromisso para com a nossa geração. Nós não desistimos de Moçambique, e também não esqueceremos o 18 de março. Porque não desistimos de Moçambique, continuamos aí, seja nos semáforos, seja em forma de ações que não carecem de aviso, seja em forma de ações de cidadania, de grupos de consciencialização, seja em forma de marcha. Nós não vamos desistir da Constituição porque alguém não quer que a gente exerça os nossos direitos.

DW África: Estas ações concertadas vão continuar a repetir-se nos próximos meses?

QG: Nós nunca vamos avisar o que vamos fazer. No contexto de Moçambique, avisar é um risco. Então, o que podem esperar é que nós não esqueceremos o 18 de março e vamos eternizar esta data como a data da resistência dos jovens, como a data de afirmação dos jovens.

DW África: Já falámos aqui do silêncio das autoridades, mesmo depois de o Presidente Filipe Nyusi ter anunciado que haveria a abertura de uma investigação. Um mês depois, também a polícia ainda não veio assumir a responsabilidade do que aconteceu no dia 18 de março e mantém ainda a versão de que agiu de forma preventiva. É justificável esta posição, depois de todos os vídeos que foram publicados?

QG: Com todo o respeito que nós temos pela nossa polícia, a polícia em Moçambique transformou se num "meme". E, infelizmente, a pior coisa que se pode fazer a uma juventude é fazer com que ela perca o medo. Foi isto que a polícia fez. A Procuradora-Geral da República vai amanhã prestar o seu informe e nós esperamos ouvi-la sobre a legalidade e perceber como é que ela trata este assunto, porque este é um assunto de urgência nacional. Então, nós nunca esperámos que fosse a polícia a vir reconhecer, porque a polícia está envergonhada e ninguém toma a sério qualquer coisa que tenha sido dita pela nossa polícia naquele dia.


⛲ Dw

terça-feira, 18 de abril de 2023

Será interdita circulação de bebidas alcoólicas prontas a consumir sem selo a partir do dia 02 de Maio


A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) vai iniciar com a interdição de circulação de cervejas e bebidas alcoólicas prontas para o consumo, sem o devido selo de controlo, a partir do dia 02 do próximo mês (Maio).

De acordo com um comunicado da AT, datado de 13 de Abril último e a que nossa Redacção teve acesso, a decisão surge em cumprimento do Despacho de 06 de Maio de 2022, da Presidente da AT, que reajustou o Calendário da implementação da fase 03 do programa de selagem obrigatória, que abarca as cervejas e bebidas prontas a consumir (RTD’s) e que serão interditas de circular no mercado nacional.

O documento diz que todos os produtores e importadores, armazenistas e retalhistas que possuem stocks das mercadorias mencionadas para que observem de forma rigorosa esta medida com vista a garantir que a abrangência e harmonia constatadas, sobretudo desde a proibição da introdução destas mercadorias sem selo de controlo a 01 de Novembro do ano passado, subsistam.

Mais adiante, AT refere que os interessados que tiverem dúvidas devem contactar a Unidade de Implementação de Selagem das Bebidas Alcoólicas e Tabacos Manufacturados cita no edifício da Autoridade Tributária.

Refira-se que, desde o início deste processo de selagem de bebidas, a AT tem estado a lidar com situações de falsificação e vendas paralelas destes selos e as pessoas reinventam-se a cada dia para contornar a implementação desta medida.



⛲ Cartamoz 

SAMIM confirma resistência do grupo armado em Cabo Delgado



O grupo armado continua activo na província de Cabo Delgado. O facto foi confirmado pelo chefe da Missão Militar da Comunidade dos Países da África Austral, que estão a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo, durante um seminário sobre a violência baseada no género, especialmente contra mulheres vítimas do conflito armado.

A Missão Militar da Comunidade dos Países do África Austral, que está a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo, conseguiu repor a ordem e a segurança em Cabo Delgado, mas continua a registar focos de resistência do grupo armado, segundo fez saber Mpho Molomo, Chefe da SAMIM: “Em termos de segurança pública, as pessoas das zonas urbanas já retomaram as suas vidas com normalidade, mas ainda há muito trabalho por se fazer, porque ainda não conseguimos erradicar, totalmente, o Al Suna Al Jamah”.

Apesar da resistência do grupo armado, a SAMIM considera a situação de segurança na província de Cabo Delgado estável, especialmente nos principais centros urbanos. “Também estamos interessados em assegurar que a população de Cabo Delgado viva livremente, recupere a dignidade e produza alimentos para os seus filhos”, disse Mpho Molomo, chefe da SAMIM, tendo acrescentado que, “como missão, vemos que fizemos sucessos importantes nas etapas percorridas, mas o problema não está [totalmente] resolvido, e a nossa missão termina em Julho deste ano”.

A missão militar da comunidade dos países da África Austral começou em Julho de 2021 e deverá terminar em Julho deste ano.


⛲ O País 

RENAMO não equaciona afastar Momade em ano eleitoral



É desta forma que o chefe-adjunto nacional de mobilização da RENAMO reage às declarações de um grupo de generais que exigiu, no sábado, a renúncia do líder do partido, Ossufo Momade.

Em Moçambique, um grupo de oito generais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), representados por Timosse Maquinze, antigo líder de guerrilha do braço armado do partido, exigiu a demissão do presidente, Ossufo Momade. Em declarações numa conferência de imprensa, no fim de semana, na cidade da Beira, o grupo acusou Momade de "incapacidade" para liderar o principal partido da oposição.

No entanto, e em entrevista à DW, o chefe-adjunto nacional de mobilização do partido, Domingos Gundana, deixa claro que a liderança de Ossufo Momade não está em risco e que é para continuar até janeiro do próximo ano, altura em que o partido fará um novo congresso.

Para Domingos Gundana, o descontentamento manifestado por Timosse Maquinze está relacionado com os atrasos no pagamento das pensões aos guerrilheiros desmobilizados. "Tudo gira em torno do dinheiro, da fome que os combatentes que já estão em casa estão a passar", diz.

DW África: Como reage a RENAMO às declarações de Timosse Maquinze?

Domingos Gundana (DG): A pessoa que estava a ler a mensagem [Timosse Maquinze] é membro da Comissão Política Nacional da RENAMO, está no centro de decisões da RENAMO, e nunca levantou alguma questão relacionada com aquilo que apareceu a ler perante os colegas.

DW África: E qual é a leitura que faz? É sinal de que, dentro do partido, não existe abertura para que sejam levantadas essas questões?

DG: Todos nós temos espaço dentro do partido. A Comissão Política Nacional é o órgão que decide sobre o dia a dia do partido. Ele está lá para nos representar, é lá onde ele deve colocar as preocupações que existem. Ao não fazer isso e vir por fora falar, revela, de facto, que não é algo dele e que há alguém por trás que queira, neste momento, a caminho das eleições, perturbar o foco da RENAMO para as autárquicas do dia 11 de outubro. Foi surpresa para todos nós, mas reconhecendo que são colegas nossos, o partido vai chamá-los [para conversar]. Ainda esta semana, a Comissão Política Nacional da RENAMO poderá reunir e ele, sendo membro da Comissão Política, terá espaço para explicar o que está por detrás das chamadas reivindicações, entre as quais, se propõe a destituição de um presidente eleito pelo congresso e que termina o seu mandato a 20 de janeiro do próximo ano.

Ossufo Momade, líder do maior partido da oposição em Moçambique (esq.), e o Presidente da República, Filipe NyusiOssufo Momade, líder do maior partido da oposição em Moçambique (esq.), e o Presidente da República, Filipe Nyusi

Críticas à liderança de Ossufo Momade surgem quando falta apenas encerrar uma base da antiga guerrilha da RENAMO, no âmbito do processo de DDR. Na foto: Ossufo Momade, líder do maior partido da oposição (esq.), e o Presidente Filipe NyusiFoto: Roberto Paquete/DW

DW África: Maquinze fala mesmo em tirar Ossufo Momade "à força" se permanecer...

DG: Não há nenhuma possibilidade dentro da RENAMO de retirarmos o presidente Ossufo à força, porque estaríamos a ir contra os estatutos. [Eles] têm que se conformar com os estatutos do partido. Não existe a força para tirar um presidente de um partido. Isso seria o quê? Antigos militares a fazer um golpe político para afastar um presidente eleito.

DW África: Mas a RENAMO cogita, por exemplo, antecipar o congresso para eleger um novo líder? Visto que não é a primeira vez que surgem críticas à liderança de Momade?

DG: Não, não há essa possibilidade. Estamos num ano eleitoral. Neste momento, os nossos esforços estão concentrados nas mais de 60 autarquias do país. As eleições gerais são em 2024 e, em janeiro de 2024, o partido realizará o seu congresso. Por isso, não temos espaço para criar convulsões de retirar a liderança num ano eleitoral. Não há esta previsão, nem estamos a pensar nisto.

A [questão] das pensões e dos projetos prometidos aos ex-guerrilheiros faz com que eles pensem que o líder é fraco e não está a trabalhar o suficiente. Este é que é o cerne da questão, tudo gira em torno do dinheiro, da fome que os combatentes que já estão em casa estão a passar. Mas quem deve pagar as pensões é o Governo, não é a RENAMO, nem o líder da RENAMO. [Os ex-guerrilheiros] acham que, afastando o presidente, o que vier vai conseguir tratar a questão das suas pensões, mas esse processo já está bem avançado e há instrumentos legais em Moçambique que dão o direito destas pessoas às pensões.


⛲ Dw

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Quatro terroristas mortos pela Força Local no distrito de Muidumbe


Quatro terroristas foram abatidos na quinta-feira (13) por um grupo da Força Local, na aldeia Litapata, no distrito de Muidumbe, norte de Cabo Delgado. Fontes disseram à "Carta" que os terroristas foram vistos naquela aldeia, onde estavam à procura de alimentos, durante a missão de patrulhamento da força local, tendo começado a sua perseguição. De seguida, o grupo da força local abriu fogo contra os terroristas, tendo atingido mortalmente quatro, enquanto outros foram feridos.

Entretanto, no dia seguinte, 14 de Abril, os terroristas retaliaram já na aldeia Mandava, na zona baixa do distrito de Muidumbe, onde atingiram um jovem que estava no seu quintal. A vítima contraiu ferimentos num dos braços e, de imediato, foi socorrida na aldeia Muambula por um grupo de militares e, mais tarde, conduzida ao Centro de Saúde de Miteda, onde até sábado estava em tratamento.


⛲ Cartamoz 

Combates continuam e aumenta número de mortes no Sudão

 


Os confrontos violentos entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) no Sudão começaram no sábado e já causaram a morte de pelo menos 97 pessoas. Presidentes do Quénia, Sudão do Sul e Djibuti vão mediar o conflito.

Subiu para pelo menos 97 o número de mortos nos confrontos entre o exército e os paramilitares, segundo a atualização feita pelo Sindicato dos Médicos do Sudão nas primeiras horas desta segunda-feira (17.04). 

Um número que não inclui todas as baixas, já que muitas pessoas não conseguem chegar aos hospitais no meio dos confrontos, esclareceu o sindicato.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os hospitais na capital, Cartum, onde vivem cerca de seis milhões de pessoas, estão sobrecarregados. Pelo menos 1.126 pessoas foram feridas, disse a organização neste domingo.

Entre os mortos no sábado estavam três funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM), que teve de interromper a sua missão de ajuda devido às mortes.

Confrontos entre exército e paramilitares em Cartum começaram no sábadoConfrontos entre exército e paramilitares em Cartum começaram no sábado

No domingo (16.04), milhares de pessoas foram retiradas de centros e instalações na capital através de corredores humanitários criados na cidade, numa breve pausa de três horas nos combates.

Um repórter local, citado pela agência de notícias Associated Press, disse que os intensos combates continuaram depois do cessar-fogo temporário: "Os confrontos só pararam cerca de três a quatro horas e foram retomados ao amanhecer."

"Agora, as forças paramilitares controlam a base militar de Merowe, no norte do Sudão, e também uma base aérea no sul de Cartum. Também controlam alguns locais próximos do comando geral do exército na capital", relatou.

Não está claro quem lidera agora a luta pelo poder, segundo relatos dos media locais, que noticiariam que os combates em torno do comando geral do exército sudanês na capital se tinham intnsificado.

O confronto entre o exército e os paramilitares começou inesperadamente no sábado de manhã na capital. As forças paramilitares reivindicaram ataques ao aeroporto no norte da cidade e o palácio presidencial.

Imagem de satélite mostra fumo e visão geral do Aeroporto Internacional de CartumFoto: Maxar/REUTERS

Apelos ao diálogo e cessar-fogo

Perante a violência que eclodiu no fim de semana, o ex-primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok apelou ao diálogo: "A paz continua a ser a única opção disponível para o povo sudanês para evitar entrar numa guerra civil."

Os acontecimentos desencadearam receios a nível mundial de uma guerra civil no país de cerca de 46 milhões de habitantes.

Também suscitaram apelos da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato. "Ambos os lados devem parar os combates e evitar mais derramamento de sangue", escreveu o da ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, na rede social Twitter.

A Espanha anunciou o encerramento temporário da sua embaixada em Cartum por falta de condições de segurança.

À medida que a situação se agrava, o Conselho de Segurança da ONU apelou a todas as partes em conflito que parassem os combates e iniciassem conversações para pôr fim à crise.

A União Africana (UA) anunciou que o seu líder, Moussa Faki Mahamat, estava a caminho do Sudão para negociar um cessar-fogo. Também os presidentes do Quénia, William Ruto, Sudão do Sul, Salva Kiir, e Djibuti, Ismail Omar Guelé, viajarão em breve para o Sudão para tentar mediar o conflito armado entre o Exército e as paralimitares.


⛲Dw


Nampula promete (novamente) grande disputa eleitoral

 


O secretário-geral da Frelimo diz que o seu partido só se sentirá confortável se tiver o Município de Nampula sob a sua gestão. Roque Silva não esconde o peso da pesada derrota que o seu partido sofreu nas últimas eleições autárquicas.

O secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, está na província de Nampula, num trabalho de revitalização das bases rumo às eleições autárquicas de Outubro. Num encontro com a população do distrito de Eráti, fez um discurso direccionado aos jovens, com uma mensagem que tinha um alcance nacional, e o tema era mesmo sobre as manifestações contra o Governo do dia.

“Esses que andam a escrever minhocas nas redes sociais para atrapalhar cabeças aqui fizeram lá na Líbia. Começaram a falar do Governo da Líbia, começaram a falar mal de Kadafi e fizeram aquela revolução ali. Acabou a felicidade dos jovens. Na Líbia, hoje, apanhas jovem que anda descalço – que não tem sapatos, jovem que, quando amanhece, não sabe o que vai comer até ao dia seguinte. Se nós brincarmos, podemos cair numa desgraça daquelas”.

E no plano local, Roque Silva não escondeu o pesadelo que o partido Frelimo ainda carrega pela pesada derrota que sofreu em Nampula nas últimas eleições autárquicas. “Nós, como Frelimo, temos um grande desafio em Nampula. Como sabem, nas eleições de 2018, a Frelimo não conseguiu ganhar em cinco autarquias daqui de Nampula. Isto é democracia. Temos que reconhecer quando os outros conseguem mobilizar mais e melhor”, reconheceu.

As eleições autárquicas, nos últimos tempos, têm sido hilariantes em Nampula, onde há cada vez mais conquista dos partidos da oposição. As cidades de Nampula e Nacala, a Ilha de Moçambique, a cidade de Angoche, pontos estratégicos, estão na gestão da Renamo. A última vez que a Frelimo governou o Município de Nacala, por exemplo, foi no mandato 2009–2013, com Castro Namuaca, depois perdeu para o MDM e nas últimas eleições para a Renamo.

Num encontro que manteve com empresários, na cidade de Nampula, Roque Silva confessou: “Nampula é uma das principais cidades do país. Nampula tem responsabilidades na influência que tem que transmitir em todo o processo de desenvolvimento do país. Daí que tem que ser um Município gerido de forma responsável, tem que ser um Município que inspire outras zonas territoriais em matérias de desenvolvimento e nós só nos sentiremos confortáveis se tivermos este Município de volta em matérias de gestão”.

Roque Silva trabalha em Nampula até ao dia 18.


⛲ O País